sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Fui recusado.

Fui recusado. Não eu, mas meu pré-projeto. Sim, tinha um pré-projeto educacional, baseado na experiência de um colega em sala de aula, mas ele foi recusado.

Meu pré-projeto era simples. Embasado no PPP, Plano Político Pedagógico, que é elaborado pela Escola, ele tentaria da melhor maneira possível, aproximar meus futuros alunos dele.

No PPP consta, resumidamente, todo o projeto da Escola. Consta ali, mais precisamente falando, o que a "Comunidade Escolar" espera de seus alunos após a respectiva formação. O PPP é como uma Constituição: linda, bem formulada, e voltada ao social. O problema do PPP, também é similar ao de toda Constituição: fica tudo só no papel. E foi ousando querer tirar as coisas do papel que fiz meu pré-projeto. Meu primeiro erro foi esse. No sistema, tirar as coisas do papel é ofender. Você é chamado de revolucionário, anarquista, comunista, sonhador, e outros adjetivos mais, que os ofensores nem sabem direito o que significam.

A base e a justificativa do meu pré-projeto era bem simples: já que a Escola prega em sua "Constituição" que devemos formar alunos críticos e politizados, nada mais justo que façamos política dentro da escola. E fazer política é indagar sobre o que ocorre. É compreender e tentar melhorar. É ser crítico e ativo. É enfim, no caso da Escola, ir de encontro com aquilo que ela mesma diz sonhar de seus alunos.

Como disse, essa ideia quem teve foi um colega de faculdade, que a colocou em prática e consegiu através dela obter tudo aquilo que a política deve ter em sua essência, ou seja: adesão consciente das massas, no caso dos alunos, e confronto com os governantes, no caso a direção.

Lá os alunos achavam justo, mascar chicletes, tomar água livremente e tirar a bunda da cadeira quando necessário. Lá eles não podiam fazer isso. Reinvidicaram, elaboraram argumentos; se uniram, viram a necessidade burocrática de eleger um líder; foram a direção, convocaram o representante maior para uma reunião.

Reunidos, tiveram quase todas suas propostas rechaçadas. Decobriram que o sistema é cruel, injusto. Mas fizeram política. Hoje, podem tomar água livremente, e embora não tenham atingido todos seus objetivos, lá, naquela escola, quem sabe pela primeira vez na história, se chegou mais perto do Ideal que a própria escola propõe.

Meu pré-projeto visava mais ou menos isso, mas como disse ele foi recusado. O sistema acadêmico não aceita experiências. Na Universidade você não pode falar, senão através da boca de quem já disse. Você não pode dizer eu acho, só pode dizer "como disse Fulano de Tal". Na Universidade não existe política, não existe crítica, existe repetição. Você repete repete repete, até que um dia, depois de atingir "doutorado em repetição", pode falar sozinho. Você atinge a livre docência.

Vou refazer meu pré-projeto. Meu tema será: "A necessidade da repetição para a manutenção do sistema". Meio redundante, mas será aprovado. Podem ter certeza disso.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A Maldita Parada

Primeiro foram os joelhos. Sim os joelhos. Jamais eles apostariam que seus membros articulares inferiores, até o momento tido como insensíveis, pudessem dizer tanto. E os joelhos diziam. Eles se encostavam, roçavam um ao outro. A freqüência, às vezes rítmica, às vezes descompassada, fazia apenas aumentar aquela sensação, que embora indefinível na sua totalidade, os faziam crer naquilo que não acreditavam. Progressivamente os joelhos deram lugar as mãos. As mãos, sabiam eles, eram muito mais sensíveis que os joelhos. Eles já haviam outrora se dado as mãos, já haviam apertado umas as outras. Sabiam da energia que as mãos possuíam. Mas jamais haviam se dado as mãos após sentirem os joelhos. Ficaram longos minutos ali sentindo os joelhos, as mãos, os dedos. Sentiam-se literalmente envolvidos numa orgia “tatal”.


Abrindo seus os olhos, mas sem largar as mãos e sem afastar os joelhos, voltou-se a ela. Ela já voltada a ele, parecia estar em sono profundo encoberta por um sonho bom. Admirou-a por alguns segundos e a contemplando, sorriu. Seu sorriso apaixonado foi surpreendentemente retribuído. Ela não dormia, ela o esperava.


Envolvidos e confusos por olhos, sorrisos, mãos e joelhos, e temperados pela lua que lá de fora os iluminava, vagarosamente se aproximaram. Deixaram suas bocas se levarem. Quando se preparavam para saborear aquele que seria o mais delicioso dos beijos, o inesperado acontece. Como uma maldição vinda dos “deuses desamorosos” o bendito trem parou. Haviam chego à maldita parada. Joelhos, mãos, sorrisos, olhos e bocas foram jogados ao léu. Nunca uma parada foi tão odiada.


Ali desceram, e friamente, de longe se despediram. Juntos a distância, sonharam noutro dia se encontrar...na mesma parada, no mesmo banco, com joelhos, mãos, olhos, sorrisos, bocas...e quem sabe o tão esperado beijo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Afinal, quem trai?

Quem trai? Quem oculta um desejo "demonstrando" fidelidade, ou quem sacia o desejo sem nada esconder?

Não é de hoje que penso sobre a monogamia, a fidelidade e a traição. Teoricamente, e aqui é bom frisar "teoricamente", sempre afirmei que amar é querer o bem do próximo. Assim, não é difícil de entender, embora seja dificílimo de aceitar, que a pessoa que juramos amar, seja feliz também com outra pessoa que não a nossa. Em outras palavras quero dizer que traição na verdade não se configura quando exercitamos nossa vontade, mas sim quando ocultamos nossa vontade. É na ocultação da vontade que se origina a mentira, a omissão e a infidelidade. Amar é saber que a pessoa que amamos está sendo feliz onde quer que ela esteja. É não ter ciúmes, é entender e respeitar o desejo e a individualidade do próximo.

Claro que é complicado para nós, cristãos caucasianos ocidentais, aceitar uma coisa dessas, mas é isso mesmo. Minha pergunta inicial pretende nos fazer refletir sobre isso. Quem trai afinal? Traí aquele que sacia o desejo, mas que sinceramente conta ao seu amor da sua experiência extra conjugal? Ou trai aquele que deseja, mas que porém nega tal desejo ao ponto de negligenciar a si mesmo suas vontades? Não estaria este traindo além do próximo, também a si mesmo? Ou por fim, trai aquele que consuma um ato físico ou trai aquele que mente sentir algo por alguém que nada mais sente?

Tudo isso me veio em mente essa semana quando indagado por uma bela moça sobre como seria minha relação conjugal perfeita, respondi que ela seria com liberdade, responsabilidade, sinceridade e amor. Liberdade para cada um fazer o que bem entender, respeito e sinceridade em poder tudo revelar sem que aquele pecado moralista cristão batesse em nossa sensibilidade, e amor em saber que embora feliz muitas vezes comigo ela ainda mantém vivo aquilo que me fez aproximar dela, ou seja, sua particularidade, seus desejos e suas vontades.

Já disse e repito, é difícil de entender, de compreender, de sentir esse estranho amor. A monogamia está em nossas raízes mais profundas. Mas já é possível ver hoje casais vivendo dessa maneira. Se felizes ou não, isso é outra história, mas com certeza tais casais vivem uma relação mais sincera que a maioria dos infelizes e ilusórios casais monogâmicos.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Semana Grenal e Oktoberfest Alpestre.

Estamos na semana Grenal. Semana Grenal é sempre cheia de dúvidas, provocações, mistérios. Isso por parte dos jogadores e dirigentes. Já para nós, torcedores e amantes do futebol, ela é nervosa, tensa, angustiante. O Grenal de domingo, além de todos os ingredientes que alimentam por si só um Grenal, possui caráter decisivo.

Vejam que interessante: cinco pontos separam Inter e Grêmio e cinco pontos separam o Colorado do líder Palmeiras. Meu palpite é o seguinte: se der Inter, o Colorado garante uma vaga na Libertadores, tendo o jogo contra o São Paulo na próxima rodada no Morumbi, como uma disputa pelo título. Em outras palavras meu palpite é que se o Colorado vencer Grêmio e São Paulo, será Tetra Campeão Brasileiro. De quebra, como sobremesa, tirará as chances do rival de entrar na Libertadores.

Por outro lado se der Grêmio, o tricolor vai para a Libertadores, ficando eu arrisco dizer, com a vaga que seria do Colorado. Digo isso, pois o Grêmio pega São Paulo e Palmeiras no Olímpico, lugar onde não perde a mais de 400 dias.

O empate acredito eu, deixa o Inter bem perto da Libertadores, mas tira suas chances de título. Já o empate ao tricolor o deixa bem longe do G-4. Porém, Grenal meus amigos, ninguém quer empatar. Acho que deveriam até proibir empate em Grenal. Empatou? Vai pros penaltis. Grenal é guerra e em guerra sempre há um vencedor.

Tudo isso não matematicamente falando claro, mas psicologicamente. Vencer um Grenal arruma a própria casa e desarruma a casa alheia. Não são apenas "seis pontos", é a honra e a glória que estão em jogo.

Para nos tirar um pouco a tensão do clássico temos no próximo final de semana a Oktoberfest de Alpestre - RS. Começa sexta dia 23 e vai até dia 25, dia do Grenal por sinal. Serão três dias de muito chopp e alegria, nesta que já é uma das maiores festas da região do Médio Alto Uruguai. Tudo bem que domingo vai ser complicado tomar chopp com a bola rolando no gramado do Beira - Rio, mas quem sabe, um pouco de chopp nos tire um pouco a angústia e o nervosismo que o maior clássico do Brasil nos desperta.

"Eco eco eco cada um com seu caneco"
"Ado ado ado quero um chopp bem gelado".

Bom Grenal e ótima Oktoberfest a todos, lembrando que: "se beber não dirija" e "se dirigir ande bem devagar".

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Fraldas techno bregas

Adoro a moda. Amo de paixão. Juro. Gosto da moda pela sua complexidade. É difícil de entendê-la. O feio hoje é bonito amanhã, e o ridículo, de uma hora para outra torna-se socialmente aceitável. Eu não entendo, nem ando na moda. Mas observo. Sou um ótimo observador. A moda atinge homens e mulheres de formas diferentes.


Os homens são levados pela moda quando o assunto é automóvel e o som que deve rolar em seu interior (ou seria exterior?). Todo homem para estar na moda, deve ter um carro e um bom equipamento sonoro para curtir o som da moda. Descobri esse final de semana que o som da moda é o techno brega. Por onde passava via homens “auto som motorizados” bombarem seus auto falantes com aquele som meio “nordestino”, meio “vídeo game anos 80”. Tudo pela moda, e pelas mulheres lógico. Mulheres e homens por sinal combinam bem onde não poderiam combinar. Homens andam na moda para as mulheres e as mulheres que deveriam andar na moda para os homens, andam na moda também para as mulheres.


As mulheres inclusive não se preocupam muito com carros e sons, provavelmente porque possuem os homens pra isso. Mulheres se preocupam mais com as roupas e os respectivos acessórios para o corpo. Eu confesso que me divirto muito em observar a moda feminina. Descobri também no final de semana que a moda do momento é as mulheres usarem uns vestidinhos volumosos, onde mais parecem estar usando fraldas. Nada contra as fraldas, mas convenhamos, é muito brega parecer estar usando fraldas. Se bem que o brega está na moda. Estou pensando em andar na moda. Vou voltar a usar fraldas...e escutar "Dejavú". Viva a alienação.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Homem Selvagem de Rousseau.

Ontem voltei a ler um livro que havia começado há um tempo atrás. Tenho um grande defeito com a leitura: começar e não terminar. Leio geralmente umas cinquentas páginas e largo de mão. Já pensei que posso sofrer de deslexia o também que sofra de preguiça aguda, mas sem muito estress vou levando a vidinha desse jeito. A questão é que voltei a ler Jean Jacques Rousseau, e seu livro sobre a origem da desigualdade entre os homens.

Ele, que inicia seu livro dizendo que as verdades não estão contidas nos livros e sim na natureza, o que me fez ter um orgasmo literal, tenta mostrar, e de certa forma mostra muito bem, que o homem, ao contrário do inglês Thomas Hobbes, não é nem bom nem mau naturalmente. Ele simplesmente é.

E simplesmente sendo, e tendo naturalmente tudo que a mãe natureza lhe forneceu para sobreviver, não necessita atacar o próximo ou temê-lo como dizia o inglês. do Leviatã. O estado de natureza, ou seja, o homem em seu estado mais animal, é um estado de paz e não de guerra.

Como os animais, os homens em seu estado natural não possuem famílias. Eles se desvenciliam da fêmea logo que não necessitam mais de seus cuidados e partem para suas vidas solitárias. Assim, pouco tempo depois nem reconhecem mais seus familiares, fazendo com que o sentimento de amor familiar não seja reconhecido no estado de natureza. O que naturalmente temos é piedade. Piedade diante das dificuldades do próximo, o que faz com que reine a felicidade mútua entre todos aqueles que se debatem nesse mundo verdadeiramnete animal. Pergunta ele: "desejar que alguém não sofra que outra coisa é senão desejar que seja feliz?"

Rousseau, afirma que o erro de Hobbes foi considerar as necessidade de satisfazer as paixões uma questão natural, quando na verdade essa é uma questão social. Segundo ele: "Hobbes não viu que a mesma causa que impede os selvagens de usar a razão, também os impede de abusar de suas faculdades. Os selvagens assim, não tem como serem maus, pois não sabem o que é ser bons".

O francês continua argumentando e afirmando, que não é o desenvolvimento da razão nem o freio da lei que impedem o homem de fazer o mal, mas sim, a calma das paixões e a ignorância dos vícios que o levam a isso. Assim, é a razão, a reflexão, a sociedade e as leis, as causas dos males. Diz Rousseau: "O homem selvagem por falta de sabedoria e razão, entrega-se irrefletidamente ao primeiro sentimento de humanidade. É a piedade que fará com que um selvagem robusto não tire de uma criança fraca ou de um velho inválido seu alimento".

Sinceramente não sou fã da leitura, tenho dificuldade em me entregar. Prefiro pensar e escrever do que ler. Não sei se terminarei de ler Rousseau, mas confesso que a forma como ele fala é apaixonante, bela, fantástica. "O homem que não fala não tem ideias" diz ele, e pelo que parece dizer, ter ideias foi a pior ideia que o homem já teve. Continuarei a leitura, eu espero, mas confesso que minhas ideias sobre a natureza do homem estão sendo abaladas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Que coincidência!

Parece que depois do impasse entre os "moradores construtores da ponte" e o DAER, uma empresa acabou por ganhar a licitação. A obra tem previsão de ser concluída ano que vem, concidentemente ano de eleição claro. Fico me perguntando o que seriam dos humoristas sem os políticos. Acho que morreriam de fome.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Obama, a Ponte e os Baixinhos.

Existem certas coisas que não consigo entender. Devo ter algum parafuso a menos. Semana passada vi Obama, não confundam com Osama, ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Não tenho a mínima ideia porque, mas sei que para comemorar, a Nasa explodiu a Lua. Alguns dizem que foi para encontrar água, outros que foi a última tentativa de matar o Bin Laden. Eu a princípio, acredito que foi apenas mais um foguetório comemorativo americano.

Americano por sinal, é doido para aparecer. Eles adoram o inusitado, causar grandes impressões, mostrar ao mundo que podem tudo. E já que não impressiona mais ninguém os EUA explodir algum território do nosso Planeta, logo, explode-se a Lua.

Geograficamente mudando de assunto, mas sem muito entender, vi dias atrás que moradores de Ametista do Sul decidiram fazer artesanalmente as cabeceiras da ponte que liga Ametista à Frederico Westphalen. Quando li a notícia cantei a pedra: o DAER interditaria a obra. Não deu outra. Questão de segurança lógico. O governo é ótimo em interditar, péssimo em fazer. Não sou contra a segurança e a interdição da ponte, mas me pergunto se é mais perigosa a ponte ou as estradas esburacadas espalhadas pelo Estado.

A ponte, como quase toda obra do governo, curiosamente começou a ser construída em ano de eleição e promete ser finalizada em ano de eleição. Não no mesmo ano claro. É interessante, mas o intervalo entre o início e o fim da obra é sempre múltiplo de quatro. Inicia-se a construção, e depois de quatro, oito, doze, dezesseis, ou vinte anos , se concluí a obra. Ou também não se concluí.

Mas existem outras coisas que não em entram na minha enorme cabeça: não entendo porque os pais aplaudem suas filhas, ainda crianças, quando elas dançam funk, e mais tarde as condenam quando precocemente entram na vida sexual; nem porque as já crescidinhas meninas gritam "lindos" para dois marmanjos não universitários num show sertanejo universitário, e nem porque a maioria das mulheres funkeiras universitárias ainda tem preconceito com o próprio corpo. É incrível, mas embora "dancem até o chão" desde pequeninhas, quando o assunto é masturbação as coisas complicam.

Não entendo enfim muita coisa, mas tenho uma certeza: a terceira palavra que a criança aprende na infância é "Coca" e papai e mamãe ainda possuem a preferência de seus filhos, até claro, apresentarem o DVD da Xuxa aos seus baixinhos.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

As novelas e a Clara.

Descobri algo interessante. Descobri porque as novelas são longas. A duração das novelas é proporcional a duas coisas: a primeira pela sede do autor em torturar o espectador, em deixar ele apreensivo, louco para saber o que vai se passar no capítulo seguinte; a segunda pelo fato do próprio autor não saber como encerrar o mistério.

É por isso que todo final de novela geralmente é chato. Acabam-se os mistérios e tudo termina do jeito que todo mundo sabia que ia terminar.

Descobri isso ao escrever "Os gemidos de Clara", que embora não saiba realmente se é um conto, uma novela ou apenas algumas linhas mal traçadas falando nada com nada, me fascina em querer enrolar o leitor e me atormenta por não saber como devo terminar a estória.

Estou confuso. Queria um final interessante, diferente, envolvente, sem cair na mesmice de todo final, mas não sei como encerrar.

Deveria eu transar com Clara, e enfim ouvir seus misteriosos gemidos? Ou deveria traçá-la sem ouvir um gemido portenho sequer? E se isso acontecesse? Deveria me suicidar por tamanha frustração? Ou quem sabe Clara deveria morrer antes? Morrer gemendo sem transa alguma. Ou deveria ela morrer silenciosamente, fazendo assim com que eu morresse sem saber dos seus gemidos? Enfim, o que devo fazer com Clara meu Deus? Deus? Será que Clara acredita em Deus?

Vou pensar, mas aceito sugestões.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O velho e falso Santo Sudário.

Santo Sudário, famosa mortalha que, segundo a tradição cristã, teria envolvido o corpo de Jesus Cristo, não passa de uma fraude. A conclusão foi divulgada hoje por um grupo italiano especializado em derrubar mitos.


A chamada Comissão de Inspeção de Alegações de Paranormalidade, um grupo italiano, assegurou nesta segunda-feira que cientistas conseguiram reproduzir a mortalha recorrendo a materiais e métodos disponíveis no século XIV.

A comissão anunciou dispor de evidências suficientes para afirmar que o sudário não passa de uma falsificação medieval. Em 1988, cientistas usaram o radioisótopo de carbono 14 para determinar que a mortalha datava de algum momento entre os séculos XIII e XIV.

No entanto, a polêmica persistiu porque os especialistas não haviam sido capazes de explicar como fora produzida a imagem.

O manto em questão revela a imagem borrada de um homem com sinais de crucificação. Os católicos creem que a imagem de Cristo ficou registrada nas fibras da mortalha no momento de sua ressurreição.

Fonte: AE

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Semana Raul.

Não lembro de ter usado o Blog para promover uma festa ou chamar o povo para gastar seu precioso dindin em algum evento. Isso porque são poucos os eventos que realmente acho que valem a pena. Porém, como haverá um evento que realmente vale a pena, me permito a fazer aqui no Blog um "merchadising".

Embora eu não consiga entender o porque da diferenciação no valor do ingresso, afinal o que mais vejo na atualidade são mulheres reinvidicando direitos iguais, o negócio é mais ou menos o seguinte: se você for homem paga 15 reais; se for mulher paga 13 reais; já se você for homossexual paga o correspondente aquilo que carrega entre as pernas. Esse valor, é bom lembrar, é antecipado. Mas o que esse ingresso dá direito?

Bem, esse ingresso dá direito a você curtir a maior atração que Planalto e região terão no ano de 2009. Ouso a dizer que inclusive a badalada EFAPI, não trará aos amantes do Rock, prazer igual em sua agenda.

Enfim, quem pisará em Planalto, pela segunda vez na história, será nada mais nada menos que o pai do Rock n Roll brasileiro. Nada mais que Raul Seixas Cover.

Já tive o prazer de assistir a dois shows e a conversar com o maluco beleza. Tenho de confessar a vocês: é ele. Não, não é ele, mas tudo nele lembra Raul. Das roupas a fala, do jeito a voz. Raul parece ter encarnado o corpo deste ser, natural de Apucarana no Paraná. Cabe lembrar, para quem é telespectador do Faustão, que esse é o mesmo Raul, que em sua ida até a "plin-plin", fez um mini show de 9 minutos, onde na verdade deveria lá permanecer por apenas 30 segundos. Até o babaca do Faustão ficou de boca aberta para a semelhança existente entre o mito e a realidade.

O show é fantástico, basta ouvir e se deixar levar. Ele toca tudo, dos clássicos ao inusitado. É um show em que a galera canta junto e não precisa gritar "Toca Raul". O paranaense só toca Raul.

Apenas uma dúvida surge ao final do show: afinal, Raul morreu?

Ahhh...o show acontece na Electron dia 10 de outubro...e se inicia lá pela 23 horas e 30 minutos. Ingressos no Bar da Rosi, Cine Bar, Malu Beer e Restaurante Chapão.

Boa festa a todos e boa viagem....

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Minhas amigas mulheres.

Se existe algo que me chama atenção nas mulheres, além de seus belos corpos e suas respectivas curvas , é a amizade que cultivam.

Mulher não tem amiga. No máximo possui conhecidas...parceiras por algum tempo. Mulher não pergunta a outra: "como você está?", mas diz: "que linda, cortou o cabelo?"

Prova disso? Olhem o orkut.

Eu confesso que "adoro" e acho "mara" olhar as fotos no orkut. Principalmente os comentários nelas contidos. É muito sentimento, muito afeto, muita amizade ali declarada. É "amo" pra cá, "linda" pra lá e assim por diante. O problema é que amizade não se declara, amizade se sente, e infelizmente, só sentimos a amizade, quando nos deparamos com algum problema. Podem ter certeza: se você não se sente a vontade de ouvir seu "amigo", ou de contar algo a ele, logo , essa pessoa não é sua amiga. Quer saber quantos amigos reais você possui? Comece excluíndo todos aqueles que te elogiaram publicamente. Amigo não elogia, fala a verdade. E quando a verdade é um elogio, mesmo assim, o amigo não adjetiva, diz meus parabéns.

É por isso, que muitas mulheres que conheço, dizem preferir conversar com homens. Os homens ouvem as mulheres. E mesmo vocês não acreditando, falam a verdade a elas. Se existe alguma intenção por trás disso é outra história, mas os homens, por um momento dão à mulher aquela amizade que ela não encontra na amiga.

Claro que existem mulheres que são amigas umas das outras, em tudo existe exceção. Eu mesmo conheço duas mulheres que acredito fielmente serem amigas. Só não me perguntem se isso vai durar, afinal, nenhum mesmo homem cruzou seus caminhos até agora.

Os homens por outro lado, ou possuem amigos ou inimigos. E um homem, quando descobre no "amigo" um inimigo, jamais volta a ser seu amigo. É oito ou oitenta. Eles até podem voltar a conversar, sentar num bar, encher a cara e falar sobre assuntos fúteis, como a amizade das mulheres. Mas confiar algo...isso nunca mais. Homens são eternos rancorosos. Eles não esquecem a traição. As mulheres pelo contrário são atrizes natas. Conseguem fingir sorrisos, abraços e dizer palavras que as vezes fazem-nos pensar que além da amizade existe algo mais. Menos mal que é só dissimulação. Ou será que estou equivocado?