quinta-feira, 30 de abril de 2009

A mídia, a desconfiança e os porcos.

Que sou um eterno desconfiado, isso é fato. Provavelmente foi a desconfiança que me atraiu para perto da filosofia e me tornou esse cri-cri como eu mesmo já me decrevi aqui no blog.

Todo filósofo deve ser um desconfiado, salvo os positivistas, que antes de filósofos são apenas relatores da existência. A diferença entre um filósofo e um positivista é a mesma que existe entre um narrador e um comentarista num jogo de futebol. Enquanto o narrador dita o que está acontecendo, o comentarista diz porque acontece e o que pode ser feito para mudar o panorama da partida. Assim, os narradores da existência são os posistivistas, e os comentaristas são os filósofos.

Voltando a desconfiança, foi a partir delas que cheguei a conclusões interessantes. Foi baseado nela que observei que na política é preferível não votar do que ser cúmplice de tamanha corrupção. Foi na desconfiança que tive certeza que Deus, santos e anjos não existem, e que foram criados para encher o bolso de seus representantes. Foi através dela que comecei não mais acreditar no amor eterno e sim em momentos de amor eternamente memoráveis.

Mas é diante da mídia que minha desconfiança é geral. Boa parte dessa desconfiança é decorrente dos ocorridos nas eleições de 1989. Lá Collor, esse mesmo que se elegeu senador nas últimas eleições, e que ninguém conhecia nacionalmente, venceu Lula , Brizola, Ulisses, Covas, e tantos outros que eram ícones da redemocratização brasileira. Tudo muito estranho. Minha certeza de que foram eles (os donos da mídia) quem ganharam as eleições, aconteceu quando dois anos depois, Collor pediu renúncia, depois do clamor popular. Vale lembrar que tal clamor só aconteceu porque eles, a mídia, fizeram um alarde geral chamando os jovens para as ruas. Afirmo isso, pois escândalos de tais níveis ocorreram depois do governo Collor, mas nenhum jovem mais para a rua foi. Porque? Porque a mídia não o convocou.

Agora estamos frente a gripe suína etc e tal...querem saber o que acho, ou melhor, o que desconfio?

Desconfio que tudo não passa de um grande golpe especulativo. Ações de frigoríficos caem, outras sobem, e todos eles, especuladores e donos da mídia enriquecem.
O povo? Esse entra em pânico, compra máscaras e enche os templos orando por salvação?

Porém quem sofre mesmo são os porcos. Coitado dos porcos. Milenarmente condenados pela palavra de Deus, agora sofrem preconceito só por culpa de um resfriado. Não, não, não.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Eu e os 30.

Cheguei aos 30. Sim, aos 30. Sei que isso para muitos é espantoso, afinal, tanto fisicamente como psicomoralmente não aparento tudo isso.
Para a sociedade em geral, já deveria ter alcançado minha independência financeira,ter constituído família; já deveria ter de parado de pensar como um adolescente que sonha mudar o mundo e partir para a exploração desenfreada do sistema capitalista. Não fiz nada disso. Ainda sou solteiro, dependente e sonhador. Sonho em acabar com a Igreja, em mudar a política, e pasmem, sonho ainda em um dia ter um relacionamento que ultrapasse o moralismo vigente na sociedade. Algo liberal e cheio de amor, ou se prefererirem, cheio apenas de querer bem.
Quem sabe ainda esteja solteiro exatamente por isso. Dizem que as mulheres querem segurança, querem alguém que proteja a família que uma dia elas sonham ter. Devo ter me protegido incoscientemente disso através da minha não independência financeira. É impossível ser independente e estar casado. Acho cômico por exemplo, aqueles casais de estudantes universitários apaixonados, que ao serem questionados quando será o casamento, respondem: só depois de formados. Nada mais equivocado. Eles atingem a independência finacenceira e perdem a independência pessoal. Sempre digo que perdemos metade da nossa liberdade quando casamos e a outra metade quando colocamos o primeiro filho no mundo. Sou, como não podia deixar de ser, uma contradição: sou livre do casamento mas dependente da família, que num ato impensado me colocou neste mundo cruel. Prefiro assim, e me convenço disso quando observo os casais que andam por aí.
Outra causa de ainda não ter me rendido ao moralismo que a sociedade impõe, se deve ao fato de ser fiel a mim mesmo. Lembro que quando adolescente nas conversas entre amigos, falávamos sobre o não preconceito e sobre a não mudança de personalidade. Sonho de adolescentes sabem? "Somos responsáveis e jamais devemos incriminar aquilo que fomos um dia". Ecoavam as vozes da juventude. Hoje toda vez que ouço um "velho" amigo meu de 30 anos incriminar a juventude vigente, vejo o quanto eles mudaram e eu parei no tempo. Ou seria o contrário?
Por fim, tenho um amigo que diz que se quisermos realizar alguma mudança, devemos apostar na juventude. É ela que ainda sonha, que ainda enxerga possibilidades.
Assim, sonho ainda em despertar ou de manter no espírito dos jovens a "rebeldia" da juventude, ou seja, o sonho.
Sonho, e por isso me mantenho um adolescente...com 30 anos.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Uma casa feita de... maconha

Casa feita de maconha

O consumo de maconha é tema de discussões acaloradas. Mas parece que os que são contra e os que são a favor da liberação da erva estarão agora do mesmo lado: cientistas desenvolveram uma técnica curisosa que permite que casas possam ser construídas com maconha.

A invenção está deixando em êxtase os ambientalistas. Em vez de tijolos e cimento, as casas estão sendo erguidas com um tipo da droga, chamada maconha-lima. Para tocar o projeto da Universidade de Bath (Inglaterra), os cientistas usaram uma fibra proveniente da cannabis. O material é superleve e livre de carbono. E sem aquele cheiro característico que está ficando cada vez mais comum nas ruas destas bandas.

O líder do projeto, Pete Walker, do Centro de Materiais Inovadores para a Construção, disse esperar que a maconha seja amplamente utilizada em breve pela engenharia civil.

O projeto, de três anos, custou mais de dois milhões de reais.

Lembremos que o Brasil vive um grande déficit de residências e que recentemente o governo Lula liberou os detalhes de um plano de novas moradias. Seria a maconha a solução?

A maior preocupação é se a casa pegar fogo: será que os moradores vão mesmo chamar o corpo de bombeiros?


Retirado do site: http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/

Deus mandou...ela fez.

Uma mãe aponta a arma e atira no próprio filho, antes de se matar. A cena foi flagrada pelas câmeras de um centro de treinamento de tiro em Casselberry, na Flórida, Estados Unidos - e a notícia foi publicada pelo jornal britânico "Daily Mail" nesta quarta-feira (8).

Segundo a reportagem, Marie Moore, de 44 anos, acreditava que era um "anti-Cristo" e levou seu filho Mitchell, de 20 anos, para o que ele acreditava ser uma tarde de prática de tiro.


Mas, no meio da prática, Marie mudou seu alvo e apontou a arma para o filho. Após atirar, ela desviou das câmeras e atirou contra a própria cabeça. Marie morreu pouco tempo depois de ser levada para o hospital. Em uma nota, ela escreveu: "Me desculpe. Eu tive que mandar meu filho para o céu e ir para o inferno."

De acordo com o "Daily Mail", em áudios gravados antes do incidente, Marie afirma que planejava a morte do filho para "salvar o mundo da violência". Ela diz que ouvia Deus falando pra ela: "você tem uma arma. Você pode fazer isso". "Eu tenho que morrer e ir para o inferno, só aí poderá existir milhares de anos de paz no mundo", explicava.

Investigações da polícia revelaram que Marie tinha um histórico de doenças mentais. Nas fitas gravadas, ela conta sobre os períodos em que passou em hospitais psiquiátricos e sobre a 'miséria e tormenta' mental que sofria.


Ela havia sido banida do campo de treinamento de tiro sete anos atrás quando tentou se matar, disse seu marido à polícia.

Olho por olho dente por dente?

Ontem a tardinha, ouvindo o Pretinho Básico, me deparei com seguinte notícia e a consequente discussão: "Um homem foi condenado a usar 20 gotas de ácido nos olhos, pelo fato de ter jogado ácido numa mulher, depois de a mesma ter se recusado a casar com ele. A mulher ficou cega e teve seu rosto desfigurado". A punição é prevista na Sharia, a Lei Islâmica, que prevê castigos seguindo a lógica do "olho por olho, dente por dente" no caso de crimes violentos. A pena para um assassino é a morte, para um estuprador é estupro, e assim por diante. É cruel? Sim, é cruel. É justo? Não sei.

Se pensarmos no dano causado a mulher, eu diria que sim, é justo. Pergunte a ela para ver o que ela acha? Ou pense: o que você faria com um estuprador que estuprou sua filha?

Porém, não vivemos num mundo justo. O Estado que deveria zelar por nós e não zela, é o mesmo que nos pune. Sou favorável a tal lei, desde que o Estado nos dê condições de termos uma vida digna. Habitação, saúde, educação, segurança, devem ser levados a todos, sem burocracia alguma. Eu diria que num Estado Igual, ou seja, num Estado Comunista, tal lei não é de forma alguma injusta. Apesar disso, sabemos que tal Estado foi até hoje impossível de ser alcançado, o que faz tal lei ser vista como absurda.

Se todos tivéssemos nossas necessidades básicas supridas e dignidade para vivermos em sociedade, não haveria motivo algum para alguém se inclinar ao crime e a punição seria justa. Afinal, que motivo alguém teria para se tornar um criminoso?

O tema é polêmico, mas é interessante para refletirmos...não é?

Abraço e ótima quarta-feira a todos.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

As Imagens da Final do Regional de Futsal

Na vida estamos sempre descobrindo algo. Neste final de semana cheguei a duas conclusões: ou minha câmera é muito ruim ou sou um terrível cinegrafista.
Embora as imagens não tenham ficado muito boas, está aí o final do jogo (que não terminou).
Porque o jogo não terminou? Assista ( se conseguir ) e descubra.

domingo, 5 de abril de 2009

O Grenal da Obrigação.


O Grenal por si só já é um jogo especial, porém, o Grenal de hoje é mais que especial. Pela lógica do futebol, inclusive, ele não era para estar acontecendo agora, afinal, ele é válido pelas quartas de final do segundo turno do Campeonato Gaúcho. Um Grenal, convenhamos, é jogo de final, e não de quartas de final. Apesar disso, e como disse anteriormente, ele é um Grenal mais que especial. E porquê?
Porque ele não será lembrado por ter sido somente um Grenal de Gauchão e sim por ser o Grenal do Centenário. O Sport Clube Internacional comemorou 100 anos ontem e está em festa. E a festa só será completa se o Colorado da Beira Rio vencer. O Internacional hoje, tem a obrigação de vencer. E não somente pelo fato de estar aniversariando, e sim por possuir a melhor campanha, o melhor time.
É exatamente tal obrigação por parte do Colorado que faz com que 0 Tricolor da Azenha só obtenha lucros com o jogo de hoje, mesmo que venha a ser goleado. Se for goleado o Roth cai, para alívio da torcida gremista, agora se vencer...o Roth fica.
Tem algumas más línguas dizendo inclusive, que existem colorados torcendo contra o próprio time. Tudo pelo Roth. O pensamento deles é lógico: uma vitória colorada hoje, reabilitaria o Grêmio, afinal Roth cairia, Felipão retornaria, e o Grêmio seria Tri da América. E não teria nada mais terrível para o Mar Vermelho que um título continental do Tricolor no ano do centenário colorado. Vejam que o Inter, só tem a perder e o Grêmio só tem a ganhar.
Não faço parte dos colorados que querem que o Inter perca, porém faço parte dos que querem que o Roth continue no Grêmio. Assim, para solucionar o impasse, vou torcer para que o Inter vença, mas...nos pênaltis. Quero que Grêmio jogue bem, mas...perca. Dessa forma, Roth não cai e o Inter não tem o seu Centenário manchado de azul.
Quero vencer...mas nos pênaltis.