sexta-feira, 30 de maio de 2008

Acreditem...foi aprovada.

Supremo libera pesquisas com células-tronco embrionárias

Por seis votos contra cinco, STF decide que Lei de Biossegurança não fere a Constituição.
Iniciado em março, julgamento foi retomado na quarta-feira e só concluído nesta quinta.
Mirella D'Elia Do G1, em Brasília entre em contato
ALTERA O
TAMANHO DA LETRA

Por seis votos contra cinco, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou nesta quinta-feira (29) as pesquisas científicas com células-tronco embrionárias sem nenhuma restrição, como previsto na Lei de Biossegurança.

O julgamento começou em março. A discussão foi interrompida por um pedido de vista do ministro Carlos Alberto Menezes Direito. Na quarta (28), o tema voltou à pauta do STF. Depois de quase 11 horas, o julgamento foi novamente suspenso e concluído nesta quinta, após quase cinco horas de sessão.

Aprovada pelo Congresso Nacional em 2005, a Lei de Biossegurança foi alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) do então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles. Ele alegou que a legislação fere a proteção constitucional do direito à vida e a dignidade da pessoa humana. Para Fonteles, a vida humana começa com a fecundação.

Ao encerrar a discussão, o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, disse que o julgamento era um “marco”. "É em momentos como este que podemos perceber que a aparente onipotência do tribunal constitucional não pode restringir o legislador”, declarou.

Após o resultado, o mais antigo ministro do Supremo, Celso de Mello, explicou que não será preciso nenhuma regulamentação extra no texto da lei. “O tribunal confirmou a inteira validade do artigo 5º da Lei de Biossegurança e liberou as pesquisas, observados os limites estabelecidos pelo próprio artigo”, resumiu.

A lei prevê que os embriões usados nas pesquisas sejam inviáveis ou estejam congelados há três anos ou mais e veta a comercialização do material biológico. Também exige a autorização do casal.

“Esse foi um julgamento histórico, em que o tribunal discutiu os limites entre a vida e morte. São questões que interessam à generalidade das pessoas”, comentou o decano, que votou pela liberação dos estudos nesta quinta.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Eu duvido que cosigam ler até o final, se conseguirem...meus parabéns.

Angústia Existencial

O que pretendo me fazer entender hoje, é interessante e pertinente. Ouso dizer, que o tema abordado, seja, possivelmente, geral a todos nós seres humanos pensantes. O que quero falar hoje, e aí está a complexidade do assunto, é sobre a angústia existencial. Quero falar dessa angústia que nos apavora e ao mesmo tempo nos alimenta. Desse vazio que sentimos uma boa parte do tempo procurando preencher. Pretendo dizer algo sobe essa mesma angústia que nos move em busca de nossos amores, ou das chamadas almas gêmeas, como queiram chamar. O que é a alma gêmea senão um sonho de completude existencial? Pois é esse desejo infinito de falta, que me faz chegar à conclusão inevitável, que, se existe algo universal a todos os seres humanos, isso se chama angústia. Vou tentar traçar algumas linhas sobre esse sentimento, essa solidão existencial que nos fez criar as mais diversas formas de filosofias e de religiões.

Filosofia e religião, acredito, tenham nascido da mesma vertente. Nascem da fonte provocada por esse vazio existencial dito anteriormente. Tanto a filosofia, como a religião, num primeiro momento, buscam a mesma coisa. A primeira tem como ponto de partida a busca pelo saber, e a segunda, uma busca pela sintonia do ser diante do mundo. A filosofia criou a razão, e a religião criou formas para que pudéssemos suportar a razão.

Vivemos fugindo, não interessa para onde e de que forma. Não suportamos ficar parados, pensando, raciocinando, contemplando a cruel existência. A filosofia , seria isso, contemplar a existência e encontrar prazer mesmo no sofrimento que ela proporciona. Aí está a grande diferença entre a filosofia e a religião. Enquanto a primeira, mantém a liberdade de busca, a segunda dogmatiza essa busca dizendo: é este o caminho.

“Este é o caminho”, quando a religião afirma isso, ela nega a vida e separa-se da filosofia. Nada mais embrutecedor, anti-natural e anti-filosófico do que isso. Não que os filósofos também não tenham tentado criar formas de busca, mas eles sempre foram claros em dizer, que suas idéias eram suas idéias, ou seja, “idéias humanas”, formuladas racionalmente, e não o contrário, reveladas por algo além deles mesmos. Que lógica existe em ficarmos aqui todo esse tempo, sofrendo por nada? Que lógica existe na vida? perguntam os religiosos das verdades reveladas.

Quando percebem o espanto e o medo dos homens, diante dessas simples questões existenciais, os “mais sábios golpistas da história”, também percebem que o homem teme a vida, o pensamento, e a busca pela verdade. Eles percebem que os homens, não suportam a busca eterna proposta pela filosofia, e assim, criam rituais que possam preencher tal vazio. Nem eles imaginavam que algo desse tão certo e fosse tão lucrativo. Eles criam as igrejas, os templos, enfim lugares de adoração. Esses lugares tomam as religiões para si, e ensinam o caminho para o homem preencher sua angústia. Esse caminho é fácil e limitante, mas isso é o que menos importa aos angustiados seres humanos. Esses antros, quando revelam uma verdade, acabam com a filosofia e também com a própria religião. Acabam com a busca pessoal que o ser deveria buscar no universo e limitam o mesmo diante da vida.

Não condeno Cristo por se auto condenar à morte. Foi à forma dele se religar, de buscar sua própria sintonia. Porém, essa “re-ligação” é particular, intransferível. Se cristãos querem se religar como Cristo diante do universo, não devem seguir os rituais propostos pelas igrejas e suas fórmulas mágicas, e sim buscar ter uma vida como a de Cristo. Foram os rituais cristãos e a palavra sagrada que enriqueceram as igrejas e fizeram bilhões de pessoas negligenciarem a própria vida. Não foi a vida de Cristo a responsável por isso. Cristo viveu intensamente, foi um revolucionário, um filósofo que pregava o amor, o desapego das coisas matérias, e a busca pela igualdade. Foi um precursor do comunismo, poderíamos dizer. O ápice da hipocrisia eclesiástica é a cobrança do dízimo. Se Cristo, aquele pobre miserável, pudesse ver o que as sagradas igrejas, fizeram e exploraram em seu nome...com certeza, ou já teria voltado e acabado com toda essa vergonha ou teria se suicidado. Jamais imaginou ele que suas sábias palavras seriam sinônimo de arrecadação e enriquecimento.

Mas o que venho propor aqui é mais difícil e complexo, que a própria angústia existencial. Proponho o inverso do que as religiões reveladoras pregam e pregaram em suas sangrentas histórias. Se um dia “sábios espertalhões”, puseram fim a religião e a filosofia. Proponho hoje que acabamos com o dogmatismo religioso. Proponho que voltamos ao sentido original da palavra religião, ou seja, que novamente façamos busca pelo nosso próprio “religar”. Proponho que levamos a falência as igrejas, e com o dinheiro do dízimo buscamos formas de acabar com a desigualdade.

Não devemos renunciar a vida, e sim, viver, contemplar, e tentar superar todos os obstáculos que ela mesma nos impõe, isso de maneira pessoal e intransferível, da mesma forma que fizeram Cristo, Sócrates e vários outros verdadeiros sábios.

Devemos em última instância voltar a sermos filósofos.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Eu...d-existo

Eu queria, mas ela não existe.

Queria que me quisesse bem;
Queria que quisesse meu bem;

Mas ela não existe...
Ela quase-existe.

Ela existe em corpo;
Ela existe em palavras;

Ela que existe para o mundo;
Quase existe para mim...

Assim...decidi por "d-existir"

domingo, 18 de maio de 2008

Amazônia

'De quem é a Amazônia, afinal?', diz 'NY Times'

Jornal americano diz que Brasil se preocupa com soberania da floresta.
Uma reportagem publicada neste domingo (18) no jornal americano The New York Times afirma que a sugestão feita por líderes globais de que a Amazônia não é patrimônio exclusivo de nenhum país está causando preocupação no Brasil.

No texto intitulado "De quem é esta floresta amazônica, afinal?", assinado pelo correspondente do jornal no Rio de Janeiro Alexei Barrionuevo, o jornal diz que "um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território".

O jornal cita o ex-vice-presidente americano Al Gore, que em 1989 disse que "ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, ela pertence a todos nós".

"Esses comentários não são bem-aceitos aqui (no Brasil)", diz o jornal. "Aliás, eles reacenderam velhas atitudes de protecionismo territorial e observação de invasores estrangeiros escondidos."

Acesso restrito

O jornal afirma que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta aprovar uma lei para restringir o acesso à floresta amazônica, impondo um regime de licenças tanto para estrangeiros como para brasileiros.

"Mas muitos especialistas em Amazônia dizem que as restrições propostas entram em conflito com os próprios esforços (do presidente Lula) de dar ao Brasil uma voz maior nas negociações sobre mudanças climáticas globais - um reconhecimento implícito de que a Amazônia é crítica para o mundo como um todo", afirma a reportagem.

O jornal diz que "visto em um contexto global, as restrições refletem um debate maior sobre direitos de soberania contra o patrimônio da humanidade".

"Também existe uma briga sobre quem tem o direito de dar acesso a cientistas internacionais e ambientalistas que querem proteger essas áreas, e para companhias que querem explorá-las."

"É uma briga que deve apenas se tornar mais complicada nos próximos anos, à luz de duas tendências conflituosas: uma demanda crescente por recursos energéticos e uma preocupação crescente com mudanças climáticas e poluição."

sábado, 17 de maio de 2008

Ranking dos Últimos 5 anos no Futebol Brasileiro

Acesse e veja se seu time é grande, médio, pequeno ou minúsculo.Saiu na Revista VIP:
http://vip.abril.com.br/nova_vip/edicoes/278/brasileirao.shtml

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O Fim Trágico do Alexsander.

Quando nasci, sem me perguntarem nada, meus pais me deram o nome de Alexsander de Vargas. Até hoje não entendi porque, afinal, me chamam de Alex ou de Ale.
Acredito que essa nomenclatura extensa se deva ao fato de possuirem assim uma forma de me chamar a atenção quando estivessem nervosos: "ALEXSANDERRRRRRRRR " diriam eles.
Outro ponto, que penso que pode tê-los levado a escolha desse extenso nome, pode ser um certo desejo, ou também uma previsão de que seria alguém importante neste mundo. Imaginem isso:"Doutor Alexsander de Vargas, comparecer urgente a sala de cirurgia", não é lindo? Com certeza é um orgulho para qualquer pai, que o filho esteja sempre com a vida dos outros em suas mãos. Ou será que queriam que fosse médico só pelo bom salário?
Também devem ter pensado em que eu pudesse me tornar, engenheiro, advogado, dentista ou até maestro de uma orquestra...porém, erraram feio.
Serei no máximo Doutor em Filosofia, mas mesmo assim, meu extenso nome soará bem aos ouvidos da geração futura.
Vejamos as informações obituárias presentes nos jornais de 2058:
"Alexsander de Vargas, doutor em Filosofia, que em sua vida sempre defendeu causas idiotas, utópicas e sem cabimento, suicidou-se aos 79 anos de idade. O motivo que alegou para essa infeliz decisão foi não ter suportado a beatificação da "menina Isabella", morta covardemente pelo pai e pela madrasta há exatos 50 anos".
Um triste belo fim...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Zé e José.

Não sou daquelas pessoas que presta muita atenção nas letras das canções, mas essa, de uma forma ou de outra, me emocionou...a amizade, os pais, o sistema, a luta, os sonhos, a felicidade...achei ela, muito bela. Quando puderem ouvi-la. Vale a pena.

Zé e José

Composição: Zé Geraldo/Marcão Lima

Zé e José eram amigos de fé
e sentimentos
Se ajudavam nos momentos difíceis
Sorriam juntos na felicidade
Os pés no chão, o tempo a favor
Namoro com as moças bonitas
Noites e luas no interior

Ser feliz incomoda aos que são amargos
Alguns pais carrancudos
lhes chamavam vagabundos
Sejam como nós, diziam eles

Pela primeira vez
Zé e José se embriagaram
Não entenderam a culpa
agora instalada nos seus corações

Aprisionados foram aos compromissos
Apenas os domingos
programados para serem livres
Livres pra pensarem na segunda-feira
quando estariam atrás dos balcões
Cabeças treinadas para competir
Sementes de toda ambição

José...
José progrediu
Calculista e frio
Sorriso plástico
Frequentava a Câmara e o Senado
Enganava o povo
Não tinha amigos
Fez um pacto com o Diabo
e se perdeu na escuridão

E o Zé?
Zé não se deu bem no comércio
Se apaixonou por uma viola
que ganhou de um velho bêbado
que lhe contou uma história
sobre a cor dos sete mares
e de tesouros escondidos
no peito do próprio homem
Lhe disse também
Cante ao mundo
o que vier do fundo do seu coração
E a luz se fez

Zé cantou histórias das estradas
Reencontrou o sentimento perdido
Emocionou multidões
Aplaudiu
Foi aplaudido
Zé nunca mais sentiu culpa em ser vagabundo
Voltou a ser feliz

terça-feira, 13 de maio de 2008

Nosso Verdadeiro Amor.


Amamos não saber, não ter convicção. Amamos estar em busca de coisas novas.
O conhecimento, a Filosofia, nasceram dessa curiosidade pelo mistério, pelo o que não é sabido, descoberto. Mesmo a religião - que nos inventa e supostamente nos dá uma verdade - quando não explica, diz: "é mistério da fé". Não vamos aqui tratar do bloqueio que ela nos impõem, ao nos limitarmos em querer desvendar o mistério existencial...mas sim, salientar que ela também admite que somos movidos pelo mistério.
E no amor? Sim, nesse amor carnal, em que buscamos uma alma gêmea para tudo dividir, não é também o mistério, o "não saber algo sobre o outro", que nos joga contra ele? Não é quando estamos descobrindo o outro que nos sentimos apaixonados? Depois que o desvendamos completamente, as coisas perdem a graça, e tudo parece virar um grande marasmo. No amor, como na vida...o combustível é o mistério, a descoberta.
É contraditório: "Vivemos movidos pelo não saber, procurando saber, e quando sabemos parece que tudo perde a graça".
A ciência também se move em torno do que ela não sabe. Descobre-se algo hoje e apaga-se tudo amanhã. Tudo um constante movimento, que parece - pela nossa arrogância humana - nos levar um dia ao saber absoluto.
Feliz engano. Isso não vai acontecer, e se acontecesse, nos levaria a mais profunda depressão. Nos seria tirado o direito ao livre pensar. Nos seria arrancado o direito de filosofar, seria o fim do mistério. Seria o fim do combustível que move a existência. O fim do nosso verdadeiro amor.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Segunda - Feira

"Segunda - feira é um saco"...
"Esse dia não precisaria existir"...
"Aff...amanhã é segunda"...
Todos fizemos ou ouvimos essas queixas sobre a pobre segunda-feira. Mas por que esse ódio?
Será por ser o primeiro dia útil?Ou por amanhecermos de ressaca de um fim de semana de diversão e vagabundagem? Será por estarmos longe da sexta e do sábado? Afinal por que há odiamos?
Se respondermos essas questões acima afirmativamente, logo, chegamos a conclusão que não nascemos para o trabalho e sim para a diversão, para o ócio, para o não comprometimento com nada. Portanto o trabalho que uma vez foi dito como algo necessário, que dignifica o homem, nada mais é que uma cruz que temos que carregar para sobreviver.
Mas então? Será que odiamos trabalhar? Ou odiamos ter que estar num determinado lugar cumprindo um horário fixo? Conseguiríamos viver no mais puro ócio? Sem horário a cumprir? Sem funções pré-estabelecidas? Será que somos vagabundos por natureza e nosso grande martírio na vida é ter que forcejar para viver?
Para terminar: no céu, naquele lugar maravilhoso que ficamos ao lado de Deus e de todos os anjos na mais santa paz...existe a segunda? Lá...precisamos trabalhar?
Me digam...por favor...por que odiamos a segunda-feira? Pelo amor de Deus que maléficamente "a criou" me digam...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Vamos amar?

Chega de pessimismo. Chega de pensar que somos seres egoístas, maléficos, ruins, que só pensam em si e mais nada. Chega de pensar que mesmo apaixonados estamos apenas querendo nosso próprio bem, que somos incapazes realmente de amar.
Vamos nos render ao amor. Vamos nos render a idéia de que as coisas podem acontecer, que podemos ser felizes, não por toda vida, mas por um momento indefinível, porém inesquecível ao lado de alguém. Façamos a tentativa de buscar um amor perfeito, mas se não o encontrarmos, e provavelmente não o encontraremos, sugamos desse amor tudo o que ele nos trás de bom. Se acharmos que ele pode ser por toda vida...ótimo, se não der...busca-se um novo.
O amor não é passado, não é futuro, ele é presente. É o agora. Não é a lembrança passada nem a angústia do amanhã imprevisível. O amor não é planos e sim fatos. É atitude e não esperança. Dias atrás ouvi um padre dizer que não vivemos sem esperança. Vivemos sim, desde que consigamos amar no presente. A esperança serve apenas para procurarmos uma nova forma de amar ou um novo amor para viver.
Esqueçamos o passado frustrante, deixamos de sonhar com o futuro incerto e vivamos o presente.
Num mundo que nos leva a cada dia viver mais individualmente, a procurar as coisas sem a ajuda do outro, o que nos falta é exatamente dar valor a aquilo que temos ao nosso lado...e que nem percebemos amar.
"É hora de fazermos uma grande "suruba" e amarmos uns aos outros...da forma que melhor nos convir"
Abraço, ótimo fim de semana e muito amor a todos nós.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Somos Coisas ou Somos Gente?

Ontem tive o imenso prazer de assistir a palestra de Paulo César Carbonari. Não vou ficar fazendo menção as suas graduações, não acho isso necessário.
O importante foi o que abordou. O tema foi Filosofia e Direitos Humanos.
Ele conseguiu com sábias palavras ligar diretamente essas duas questões e dizer que as duas estão em descaso.
Disse que a Filosofia só nasce no ócio, no intervalo de nossas ocupações, sendo que no mundo moderno não podemos "não fazer". É pré-requisito nos dias de hoje, estarmos ocupados para sermos alguém na vida. Precisamos entrar no sistema e sermos úteis. Assim, a reflexão sobre o mundo deixa de existir e a Filosofia se torna inútil.
Já os Direitos Humanos só são abordados por aqueles que no ócio de seus afazeres "pensam" e se percebem excluídos da humanidade. Foi no ócio dos escravos, das mulheres, dos homossexuais e de todos os movimentos que até hoje reivindicaram por alguma causa, que algo foi feito. Contraditoriamente os direitos humanos só nascem a partir do "não direito aos humanos", pela exclusão de alguns humanos feita por "outra classe humana". Nunca foram os donos do poder que falaram em direitos humanos e sim os que estavam fora dele.
Assim fazendo uma ponte entre Direitos Humanos e Filosofia, poderíamos dizer que a Reflexão Filosófica - que só pode ocorrer nos momentos de ócio - é o que faz com que pensamos no "HUMANO".
Portanto se no mundo atual o ócio é sinônimo de preguiça e inutilidade, o HUMANO deixa de ser HUMANO, e acabamos por tratar nosso semelhante não mais como GENTE, mas como COISA.

"Sejamos mais OCIOSOS e consequentemente mais HUMANOS.

Ótima quarta feira a todos, que pensam como HUMANOS.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Ronaldo


Por muitas vezes sonhei em ser jogador de futebol, ganhar milhões, ter fama e consequentemente muitas mulheres. Porém vejo que mesmo o dinheiro, a fama, e a possibilidade de quem sabe ter as mulheres mais lindas do mundo, não são suficientes para que os "nossos ídolos" sejam felizes. Eles não conseguem se libertar das amarras sociais, da idéia de certo e errado que acreditamos existir, mas que nada mais são, que imposições do meio em que vivemos.
A pergunta da vez é: Ronaldo, o Fenômeno, quis ou não sair com travestis?
Minha resposta? Não interessa. Ele simplesmente fez a VONTADE dele. VONTADE só isso.
Me deu pena de vê-lo se humilhando diante das câmeras como se tivesse cometido um crime. Ele só cometeu, no máximo, um equívoco. Ele simplesmente poderia ter dito: "me enganei, estava bêbado"; ou simplesmente: "sim queria algo diferente, mas ao ver a "arma" dos travecos desisti".
Embora pudesse dizer isso, preferiu a humilhação. Preferiu não falar a verdade, continuar refém da sociedade, do que assumir sua bebedeira, sua VONTADE HUMANA de experimentar o diferente. Seja esse diferente, três mulheres ou três travecos. Se era essa sua VONTADE, deveria tê-la assumido.
Mas ele não pode, ele é um coitado. Não pode se expor, pois teme a quebra de contratos que prezam sua imagem. Ele não pode ir contra o sistema capitalista, que mantém ele, refém dele mesmo. Ele não pode ser ele. Ele é um produto e não um humano.
Literalmente, agradeço por ser um pobre humano anônimo que pode dizer: eu errei, eu tenho VONTADE; do que ser um Fenômeno com a VONTADE reprimida e sem personalidade.

domingo, 4 de maio de 2008

Inter Campeão Gaúcho 2008


Antes de iniciar a partida, a Orquestra responsável pelos Hinos, já previa o que estava por vir. Ela tocou os Hinos Nacional e Riograndense, sem o Juventude estar em campo. Ela já sabia que o jogo seria de um time só. Ela, a Banda, sabia do massacre. Ela quase tocou a marcha fúnebre quando o Ju entrou em campo, porém, manteve o respeito.
Mas sobre o jogo o que dizer?
O que?O que?Oito vezes "o que"?
Foi de lavar a alma. De reestabelecer a história. Eles falavam de 98 e 99 quando haviam eliminado nosso grande Colorado. Falavam das 3 vitórias no ano. Porém, esqueceram que estavam diante de um legítimo Campeão do Mundo. Esqueceram da sagrada camisa branca que nada perde. Esqueceram, que acidentes não acontecem a todo momento. São acidentes.
Sobre o jogo? O jogo?
Jogo só teve até os 25 minutos do primeiro tempo, quando Danny Morais marcou o primeiro gol. Depois foi sumanta, surra, palmada na bunda de criança mal criada.
Fernandão, aquele mesmo que perdeu a bola no gol do Juventude, lá no Jaconi, fez aos 29 e aos 32 minutos. Alex, numa cobrança de falta perfeita fez o quarto aos 37 . Parecia sonho, não era.
No segundo tempo se esperava um Juventude agressivo e um colorado retrancado. Que nada.
Fernandão novamente aos 5, e Nilmar aos 8 minutos, fizeram o Juventude não acreditar no que estava acontecendo. O gol do Juventude aos 12 (gol contra de Índio) e a pressão em busca do segundo gol até os 30 minutos, não impediram que o mesmo Índio fizesse o sétimo aos 32.
Parecia não faltar mais nada, mas faltava. Faltava o gol daquele que está lá, sempre para defender. Daquele que não pode falhar. Daquele que foi decisivo em todas nossas grandes conquistas. Faltava o gol de Clemer. E quando Andrezinho sofreu o penalti aos 46 minutos, a torcida enlouquecida, não teve dúvidas; gritou pelo nome de Clemer, que atravessou o gramado do Templo Sagrado, e, com extrema categoria cobrou, e mandou o Juventude, humilhado, batido, esfacelado para casa.
Uma sumanta, uma surra, um massacre para acabar com qualquer "touca" existente.
Num jogo de um time só, a Oquestra tinha razão, pois só um time merecia ter ouvido o Hino Nacional e Riograndense. Numa tarde mágica, jogamos por música.
"Sirvam nossas façanhas de modelo para toda a terra".

INTER CAMPEÃO GAÚCHO 2008