segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Estamos fudidos

“Ela vai acabar com a pobreza. Aí sim estamos fudidos”. A conversa entre dois empresários da cidade, que se dizem seres humanos, prosseguiu assim: “dias atrás precisava de uns “chapas” para descarregar o caminhão e eles queriam saber quanto ganhariam antes de descarregar. Eu disse: mas vão trabalhar. E eles me disseram: não trabalhamos sem saber quanto vai nos pagar. Mas olha se tem cabimento.” E o outro concluiu: “sabe porque isso? Porque agora eles tem o que comer.” Sim acreditem, foi exatamente isso que ouvi.

Eu não falei nada, mas saí feliz. Feliz por saber que a “mulher má” venceu, que o povo não caiu no baixo discurso religioso do “bem e da vida”, e por saber que agora, tendo o que comer, os chapas não estejam mais se submetendo por apenas um pedaço de pão a trabalhos indignos.

Estamos avançando acreditem.

4 comentários:

Unknown disse...

Sei lá mas acho que esta faltando alguma coisa no bolsa familia.
Aposentadoria, 13º, férias ??
- Ou o segundo passo a profissionalização remunerada, uma meta para deixar o bolsa familia, em menos de 20 anos.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ale disse...

Humm...sei não, mas me parece que o Basso, pelo menos no primeiro ponto, está ironizando os programas assistencialistas. Já no segundo ponto,se entendi bem, teríamos uma formação (profissionalizaçào gratuita) remunerada?
Se for isso, condordo plenamente com a ideia,afinal, além de estudar, é necessário que se possa estudar com as necessidades básicas saciadas. Abraço aí e obrigado pelo comentário.

Alle Vargas disse...

Cara, gostei disso.
É exatamente o que acho...

Aqui no Mato Grosso, eles costumavam buscar operários no Maranhão a troco de 15 reais dia, talvez menos, para "catar raiz" em propriedades rurais de milhares de hectares e em condições insalubres...

Se fizerem isso, talvez hoje, por 15 reais dia, o maranhense os mande "tomar na tarraqueta!"...

Ótimo post.
Brilhante.