quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Mês de Agosto

Meu mês de agosto foi marcado pela paixão, ou seja, por uma “pathologia” mental, caracterizada pela falta de controle e irracionalidade. Não, não falo das paixões decorridas das relações conjugais ou das paixões religiosas. Não que essas também não sejam irracionais e incontroláveis, mas aqui falo da pior das paixões, ou seja, da paixão pelo futebol.

No futebol, ao contrário das paixões conjugais e religiosas, que podem mudar de tempo em tempo, só existe espaço para um clube. Conheço pessoas que casaram por dinheiro, ou que com vistas no dinheiro fundaram religiões. Já vi muitos pombos apaixonados com as asas despedaçadas e muitos crentes negando seu antigo Deus. Porém jamais vi alguém, que uma vez apaixonado pelo seu clube, ousasse dizer que algum dia o deixaria de amar. E é por isso que ele, o futebol, é a mais imbecil de todas as paixões. Não há dinheiro no mundo que possa fazer um gremista se tornar um colorado ou um colorado virar ser gremista. Se você acha que há, é porque você não torce e sim apenas assiste seu time jogar.

E assim, tomado por essa paixão doentia e por esse sentimento irracional, foi que no mês de agosto, corri quilômetros e gastei mais do que podia, para ver meu Inter, pela primeira vez dentro de um estádio, levantar a Taça de Campeão. Campeão da América. Não há muito o que explicar, não há como em palavras descrever, mas ao final do jogo contra o Chivas, na noite de 18 de agosto, feliz estava eu...por ser um doente.

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