Tenho como princípio de vida o seguinte: sofremos constantemente. Provavelmente isso se deve a minha própria existência e a observação do mundo. Em outras palavras, cheguei a essa conclusão pelo simples fato de sofrer e de observar que as pessoas sofrem. Não vejo felicidade no mundo, salvo nos carnavais e em algumas comemorações.
Anos atrás, refletindo sobre o que nos faz sofrer, conclui que sofremos por três questões básicas. Sofremos por: "querer e não ter; recordar e não ter; ou ter e temer perder."
Façamos uma análise das relações amorosas desde sua origem para entendermos isso.
Tudo começa com a observação. Observamos, conhecemos e desejamos. O simples desejo explica nossa primeira afirmação que nos diz que sofremos por: "querer e não ter." Alguns poderiam dizer que nosso sofrimento cessaria logo que o desejo fosse saciado, mas não é bem assim. Quando saciamos esse primeiro desejo, quase que simultaneamente vemos em nós nascer outro desejo: o desejo da exclusividade.
O ser humano, que num primeiro momento deseja apenas satisfazer uma vontade que vem da observação e do conhecimento do outro, logo depois de saciar tal vontade, quer que o objeto desejado seja somente seu, e mesmo depois de tê-lo possuído por inteiro, "teme por perdê-lo". Enfim ele sofre constantemente, ou por não tê-lo ou por tê-lo. O mais engraçado de tudo isso é que a conquista por completo do outro é que acaba por fazê-lo sofrer ainda mais. Afinal, onde existe complitude não existe falta, e se não existe falta , não existe desejo. É o desejo que move a existência, e não se deseja o que já se tem. É neste momento contraditório, que nasce a monotonia.
A monotonia é a repetição dos desejos passados que por outrora foram o motivo da felicidade de ambos. Em outras palavras, aquilo que uma vez fazia com que os casais mantessem o desejo um pelo outro, acaba por ficar entediante. Eles assim, sem desejos e com muita repetição acabam por decidir acabar com a relação. O distanciamento é a única saída.
É exatamente a distância que explica nossa segunda afirmação, que nos diz que sofremos por : "recordar e não ter". Afastados, lembramos dos momentos agradáveis, e de como éramos felizes. Sofremos assim por lembrar de como aquilo que agora já não possuímos nos trazia felicidade.
É exatamente essa lembrança que faz com que muitas vezes os casais se reconciliem. Eles, apoiados nas lembranças, acreditam ser possível viver todos aqueles desejos que um dia vivenciaram.
Mas isso não vem ao caso. O fato é que sofremos por : "querer e não ter, recordar e não ter ou ter e temer perder." E isso, vale lembrar, pode ser estendido as mais diversas ocasiões existenciais. Desde o desejo de amar alguém até a paixão pelo futebol.
Hoje por exemplo, "um gremista quer muito ganhar um Grenal, recorda um dia ter ganho, e teme nunca mais ganhar".
Abraço e ótima semana a todos.
Anos atrás, refletindo sobre o que nos faz sofrer, conclui que sofremos por três questões básicas. Sofremos por: "querer e não ter; recordar e não ter; ou ter e temer perder."
Façamos uma análise das relações amorosas desde sua origem para entendermos isso.
Tudo começa com a observação. Observamos, conhecemos e desejamos. O simples desejo explica nossa primeira afirmação que nos diz que sofremos por: "querer e não ter." Alguns poderiam dizer que nosso sofrimento cessaria logo que o desejo fosse saciado, mas não é bem assim. Quando saciamos esse primeiro desejo, quase que simultaneamente vemos em nós nascer outro desejo: o desejo da exclusividade.
O ser humano, que num primeiro momento deseja apenas satisfazer uma vontade que vem da observação e do conhecimento do outro, logo depois de saciar tal vontade, quer que o objeto desejado seja somente seu, e mesmo depois de tê-lo possuído por inteiro, "teme por perdê-lo". Enfim ele sofre constantemente, ou por não tê-lo ou por tê-lo. O mais engraçado de tudo isso é que a conquista por completo do outro é que acaba por fazê-lo sofrer ainda mais. Afinal, onde existe complitude não existe falta, e se não existe falta , não existe desejo. É o desejo que move a existência, e não se deseja o que já se tem. É neste momento contraditório, que nasce a monotonia.
A monotonia é a repetição dos desejos passados que por outrora foram o motivo da felicidade de ambos. Em outras palavras, aquilo que uma vez fazia com que os casais mantessem o desejo um pelo outro, acaba por ficar entediante. Eles assim, sem desejos e com muita repetição acabam por decidir acabar com a relação. O distanciamento é a única saída.
É exatamente a distância que explica nossa segunda afirmação, que nos diz que sofremos por : "recordar e não ter". Afastados, lembramos dos momentos agradáveis, e de como éramos felizes. Sofremos assim por lembrar de como aquilo que agora já não possuímos nos trazia felicidade.
É exatamente essa lembrança que faz com que muitas vezes os casais se reconciliem. Eles, apoiados nas lembranças, acreditam ser possível viver todos aqueles desejos que um dia vivenciaram.
Mas isso não vem ao caso. O fato é que sofremos por : "querer e não ter, recordar e não ter ou ter e temer perder." E isso, vale lembrar, pode ser estendido as mais diversas ocasiões existenciais. Desde o desejo de amar alguém até a paixão pelo futebol.
Hoje por exemplo, "um gremista quer muito ganhar um Grenal, recorda um dia ter ganho, e teme nunca mais ganhar".
Abraço e ótima semana a todos.
9 comentários:
exceto pela ultima parte do texto...
esta leitura reflete a pura verdade...
e o unico modo de talvez nos re-confortarmos é desejar algo que não se tem ainda... novamente...
Como assim, não é verdade...ushashashsahsahashashasa.
Interessante, mas falta leitura de psicanálise. Todo desejo é angústia por nascer de uma ausência, mas isso é só um lado da moeda, uma visão pessimista. Negar ou afirmar de maneira pessimista a libido ou o desejo é o mesmo que cair no truque do cristianismo, é o mesmo que negar a vida. Ha um grande problema quando não verificamos a tradição do pensamento, corremos o risco de elaborar conceitos errôneos e já pensados exaustivamente.
O mito das relações do capitalismo é de "ter" e não sentir a relação. Dizer que é o ter que causa angústia é um conceito grosseiro, se não errôneo. É a ausência da relação que nos faz sofrer com o fim dela. A proposta seria aprendermos a viver intensamente a relação sem desejos de posse, mas para isso teríamos que elevar nossa percepção a um sentido, diria, mais elevado. Fechar o conceito como desgostoso enfim não resolve nada e pior, gera um amargo recalque.
"Dizer que é o ter que causa angústia é um conceito grosseiro, se não errôneo. É a ausência da relação que nos faz sofrer com o fim dela."
O que se diz, ou o que se quer dizer no texto, é que: é o ter (por completo) que causa a perda do desejo, afinal ao se ter algo (por completo),não se tem mais o que desejar sobre aquilo que um dia era a busca. É lógico que a consequente ausência de relação causada pelo começo da monotonia (que geralmente é ocasionada pela posse por completo do outro) causa sofrimento.
Evitar a completude, ou seja, manter o mistério, ou em outras palavras, não possuir o outro por inteiro...é isso que ao meu ver (embasado na própria existência e naquilo que nos cerca e não na psicanálise ou seja lá o que for)deve ser realizado.
Sobre o recalque e a falta de leitura, é uma pena saber que muitos ainda não compreenderam que para viver e buscar soluções aos problemas que nos cercam, não é necessária a leitura, e sim, existir e refletir sobre aquilo que se vive.
Contra-respondendo em ordem as argumentações.
De inicio teríamos de concordar, já que o dono do blog gosta de lógica, que é ilógico um ser conseguir “ter” o absoluto do outro, ou seja, é gritante o que a falta de leitura nos leva a afirmar. O “ter” por completo é logicamente impossível! Isso nos revela que realmente é no mínimo estúpido querer “refletir sobre a existência” sem minimamente ter noção até onde já foi refletido. É obvio que o sujeito só esta acabado no fim da vida. Quando morre. Logo é inadequado e de uma reflexão incompleta afirmar que seria o fim do desejo “ter” a completude do outro pelos mesmos motivos que afirmei há pouco, isso vem a ser que como o sujeito não se completa (a não ser no fim de sua vida, quando não esta mais vivo) jamais o desejo se findara, ao menos que na construção contínua do sujeito desejado ele perca a característica que despertou o desejo do outrem (um pouquinho de esforço em leituras de psicanálise ajuda a não se equivocar quando pensamos na existência- dica!).
Reposicionamento do argumento: Afirmar que assim que tem o “ser” por completo finda o desejo e da lugar a monotonia é uma afirmação inválida porque não é possível saciar o desejo quando estamos falando de pessoas. É possível falar em fim do desejo quando estamos falando em objeto. Reafirmo: Não é possível “ter” alguém! Só é possível ter uma relação com alguém (espero não ter de desenhar dessa vez).
A resposta feita a meu comentário diz o seguinte ao referido texto:
“É lógico que a consequente ausência de relação causada pelo começo da monotonia (que geralmente é ocasionada pela posse por completo do outro) causa sofrimento.”
Volto a afirmar que como estamos falando de desejo humano e o objeto é humano inacabado, essa afirmação é errônea, equivocada, mal fundamentada nos conceitos, carente, falsa. Se tratando de humanos não é possível falar em “é lógico”, o ser humano não é capaz de repetir atos e sentimentos na existência, mas deixemos isso para outra discução. Novamente o autor se equivoca ao dizer “pela posse por completo do outro”, é um projeto antigo da humanidade ter a posse por completo do outro, mas como o sujeito é composto de inconsciente (ainda bem eu diria) não é possível ninguém ter posse completa do outro. Portanto, por essa afirmação concluo que não é possível dar continuidade nesse argumento porque falta coerência, se não domínio da linguagem, para o autor definir melhor. Da forma que esta definida ai é um equivoco muito grande de que pode vir a ter conseqüências desastrosas para quem aceitar da forma como ele coloca.
Na seqüência o autor prossegue em seu equivoco (por falta de leitura presumo):
“Evitar a completude, ou seja, manter o mistério, ou em outras palavras, não possuir o outro por inteiro...é isso que ao meu ver (embasado na própria existência e naquilo que nos cerca e não na psicanálise ou seja lá o que for)deve ser realizado.”
Pergunto ao autor: como ele vai evitar a completude se ela é impossível? Erro basicamente lógico e clássico. Os que crêem demasiado na matemática e acreditam na totalidade do ser sem se quer notar que o ser nunca esta completo. E chamo a atenção para outro ponto. O autor ignora os estudos da psicanálise onde muitos pensadores dedicaram sua vida para elaborar conceitos e assim podendo dar continuidade no trabalho de pensar o inconsciente. Levando em conta que para prosseguirmos a reflexão sobre pontos da existência temos como ferramenta para não nos equivocarmos os limites de reflexão de autores passados, concluo sem sombra de dúvidas que o autor é um charlatão e que suas análises da existência são presunçosas. Se ele tem intenção de promover algum conhecimento ou fazer alguma filosofia que estude mais e dedique-se para essa disciplina de reflexão que não é para simples oportunistas acadêmicos que acham que basta sentar e olhar.
O mais irônico dos rompimentos que ele propõe é que não foi ele que construiu a linguagem com que me respondeu. Quando disse que fala sem embasamento na psicanálise já se equivocou porque respondeu um argumento da psicanálise, por tanto já teve contato e, por conseguinte embasamento. E encerro dizendo-lhe que a filosofia não é lugar para charlatões oportunistas.
Abraço!
"De inicio teríamos de concordar, já que o dono do blog gosta de lógica, que é ilógico um ser conseguir “ter” o absoluto do outro, ou seja, é gritante o que a falta de leitura nos leva a afirmar. O “ter” por completo é logicamente impossível!"
Com certeza absoluta, se levarmos o termo “ter por completo” ao pé da letra, sabemos que é impossível de se obter tudo. O “ter por completo” que me refiro e creio que foi entendido pela maioria dos leitores, se deve ao fato de que em determinado momento da relação nenhuma das partes tem mais autonomia, e sim posse sobre a outra. Essa posse dá uma idéia de completude, mas é lógico que jamais essa completude é completa (aqui provavelmente você dirá que existe um problema de linguagem...e existe mesmo).
Isso nos revela que realmente é no mínimo estúpido querer “refletir sobre a existência” sem minimamente ter noção até onde já foi refletido.
Sobre a afirmação acima dizendo que é estúpido refletir sobre a existência sem ter noção do que já foi refletido,digo que estúpido é dizer que é necessário saber o que já foi refletido para poder refletir. Para tal leitor parece que é impossível pensarmos sobre como as relações acontecem sem jamais ter contato com livros, o que nos dá a possibilidade de pensar que o sujeito que aqui critica, jamais teve uma relação conjugal, a não ser com os livros.
É obvio que o sujeito só esta acabado no fim da vida. Quando morre. Logo é inadequado e de uma reflexão incompleta afirmar que seria o fim do desejo “ter” a completude do outro pelos mesmos motivos que afirmei há pouco, isso vem a ser que como o sujeito não se completa (a não ser no fim de sua vida, quando não esta mais vivo) jamais o desejo se findara, ao menos que na construção contínua do sujeito desejado ele perca a característica que despertou o desejo do outrem (um pouquinho de esforço em leituras de psicanálise ajuda a não se equivocar quando pensamos na existência- dica!).
Sobre as dicas de leitura, prefiro gozar com meu próprio pau que gozar com o pau dos outros. Aqui não estou me referindo ao pau como o objeto de madeira, e sim ao pênis (órgão sexual masculino). Digo isso pois parece que o crítico faz parte daquele tipo de pessoas que se você disser: “me matei trabalhando ontem”. Ele vai perguntar: “Como se matou, se você está aqui?” Que o sujeito se acaba somente com a morte, assim sendo impossível que o desejo acabe também é verídico, porém volto afirmar que nas relações quando um controla a liberdade do outro, acaba inevitavelmente sabendo ou achando saber de tudo sobre o outro, o que incorre na perda do desejo.
Reposicionamento do argumento: Afirmar que assim que tem o “ser” por completo finda o desejo e da lugar a monotonia é uma afirmação inválida porque não é possível saciar o desejo quando estamos falando de pessoas. É possível falar em fim do desejo quando estamos falando em objeto. Reafirmo: Não é possível “ter” alguém! Só é possível ter uma relação com alguém (espero não ter de desenhar dessa vez).
Creio que a afirmação acima repete o que já foi dito, logo já respondi. Porém, ao observar que o leitor leva tudo ao pé da letra, é necessário concordar com ele e dizer que sim, “é impossível ter o outro por completo”. Porém creio que a maioria dos leitores entenderam de que completude estou falando.
A resposta feita a meu comentário diz o seguinte ao referido texto:
“É lógico que a consequente ausência de relação causada pelo começo da monotonia (que geralmente é ocasionada pela posse por completo do outro) causa sofrimento.”
Volto a afirmar que como estamos falando de desejo humano e o objeto é humano inacabado, essa afirmação é errônea, equivocada, mal fundamentada nos conceitos, carente, falsa. Se tratando de humanos não é possível falar em “é lógico”, o ser humano não é capaz de repetir atos e sentimentos na existência, mas deixemos isso para outra discução. Novamente o autor se equivoca ao dizer “pela posse por completo do outro”, é um projeto antigo da humanidade ter a posse por completo do outro, mas como o sujeito é composto de inconsciente (ainda bem eu diria) não é possível ninguém ter posse completa do outro. Portanto, por essa afirmação concluo que não é possível dar continuidade nesse argumento porque falta coerência, se não domínio da linguagem, para o autor definir melhor. Da forma que esta definida ai é um equivoco muito grande de que pode vir a ter conseqüências desastrosas para quem aceitar da forma como ele coloca.
Novamente aqui o leitor insiste em falar da impossibilidade da completude, mas isso já foi respondido. Porém não vejo o que pode acontecer de desastroso a quem seguir ou simpatizar tais argumentos aqui colocados.
Na seqüência o autor prossegue em seu equivoco (por falta de leitura presumo):
“Evitar a completude, ou seja, manter o mistério, ou em outras palavras, não possuir o outro por inteiro...é isso que ao meu ver (embasado na própria existência e naquilo que nos cerca e não na psicanálise ou seja lá o que for)deve ser realizado.”
Pergunto ao autor: como ele vai evitar a completude se ela é impossível? Erro basicamente lógico e clássico. Os que crêem demasiado na matemática e acreditam na totalidade do ser sem se quer notar que o ser nunca esta completo. E chamo a atenção para outro ponto. O autor ignora os estudos da psicanálise onde muitos pensadores dedicaram sua vida para elaborar conceitos e assim podendo dar continuidade no trabalho de pensar o inconsciente. Levando em conta que para prosseguirmos a reflexão sobre pontos da existência temos como ferramenta para não nos equivocarmos os limites de reflexão de autores passados, concluo sem sombra de dúvidas que o autor é um charlatão e que suas análises da existência são presunçosas. Se ele tem intenção de promover algum conhecimento ou fazer alguma filosofia que estude mais e dedique-se para essa disciplina de reflexão que não é para simples oportunistas acadêmicos que acham que basta sentar e olhar.
Sobre tais afirmações a única coisa que tenho a dizer é que bilhões de pessoas vivem sem jamais ter contato com a psicanálise ou com autor algum, e mesmo assim entendem completamente (a desculpa, não podemos ter nada por completo), ou quase completamente as próprias relações ou aquilo que escrevi. Sobre o charlatanismo e a filosofia, só posso dizer que a filosofia hoje está na situação que está (poucos hoje se interessam por ela), pelo fato dos filósofos serem uns pé no saco (espero que entenda a expressão), que a vida inteira se preocuparam mais em ter o conhecimento validado pela academia, ou pelas autoridades do que pelo senso comum. Com isso, digo ao nobre leitor, que vá a Academia e faça filosofia. Lá provavelmente encontre algum ser que esteja mais preocupado em discutir teorias passadas do que a existência em si mesma. Creio, que nós no mundo real aqui fora, preferimos o contrário, ou seja, preferimos viver e pensar filosoficamente com as próprias pernas (não estou dizendo que as pernas pensam) diante das mais diversas situações que nos são apresentadas. Enfim, boa vida a nós e boa academia a você. Boa existência real a nós e boas letras a você. (novamente é bom dizer que não estou dizendo que você não existe ou não vive, mas sim que a sua existência é quase solitária perto daquilo que a humanidade vive.
O mais irônico dos rompimentos que ele propõe é que não foi ele que construiu a linguagem com que me respondeu. Quando disse que fala sem embasamento na psicanálise já se equivocou porque respondeu um argumento da psicanálise, por tanto já teve contato e, por conseguinte embasamento. E encerro dizendo-lhe que a filosofia não é lugar para charlatões oportunistas.
Sobre eu ter construído minha própria linguagem, também é lógico que é impossível construirmos algo sem nunca termos contato com aquilo que construímos. Porém existem várias formas de contato para construirmos nossa linguagem e o contato que tive para tal construção foi o contato com as mais variadas situações existenciais, tanto nas minhas relações, como observando a relação dos outros, o que vejo que de certa forma, não aconteceram com o leitor que me parece um escravo de livros e autores.
Uma dica? Diria que seria interessante o senhor largar um pouco os livros, encontrar uma namorada e tentar viver com ela um tempo, tipo uns 2 anos. Quem sabe assim, você entenda aquilo que tanto aqui bateu: a completude. Tenho certeza que após tal relacionamento você entenderá o que foi aqui escrito.
Em comentário feito a outro texto mal elaborado pelo autor (e “dono do blog) afirmei que não iria mais chutar cachorro morto, inclusive o autor convidou sua namorada para vir em seu auxílio, mas enfim, acredito que não negarei a afirmação se chutar um cachorro agonizante, embora seja um pouco covarde se pensarmos de forma moral cristã, mas ainda assim escrevo agressivamente contra a burrice.
Penso que no exercício da escrita filosófica temos de elaborar nossos conceitos rigorosamente, já que estamos implicados com o papel do conhecimento, a razão, “equipamento” do ser humano para garantia da existência. Penso que temos, já que falamos de existência, usar nossas palavras com dever de ser sérias. Se fosse para possuir “erros de linguagem” teríamos de escolher outro campo para escrever que não a filosofia. Nisso não é preciso subjulgar o autor que admite seu equivoco nesse trecho:
“aqui provavelmente você dirá que existe um problema de linguagem...e existe mesmo.”
Falando da existência e elaborando conceitos com erros de linguagem, praticamente é o mesmo que afirmar que essa tentativa de defender uma filosofia da existência, como diz o autor, é precária, por tanto, é perder tempo lendo-o ou ouvindo-o já que sabe que erra e continua no erro. Se erra na reflexão da existência, então todo o equivoco de linguagem que esse autor comete é catastrófico, desastroso e isso já responde uma das questões que o autor coloca. Diz ele na defesa de seus conceitos mal elaborados:
“não vejo o que pode acontecer de desastroso a quem seguir ou simpatizar tais argumentos aqui colocados.”
Se ele não entende, podemos ajudá-lo. Não me darei ao luxo de responder os ataques pessoais do autor sobre casos conjugais já que revela que se sente acuado quando o assunto toma o rumo da leitura. Por leitura tentarei esclarecer o autor para evitar que a bílis dele termine por corroer-lhe o estômago. Quando alguém escreve, pegamos por exemplo a filosofia, um filósofo, é para nos introduzir aos limites que suas reflexões chegaram, ou seja, escreve para comunicar os conceitos que “pariu” pensando. Esse acúmulo de conhecimento é publicado, ainda usando a filosofia como exemplo, para por a prova seu conhecimento. Em outras palavras poderíamos dizer que reflete, escreve e publica (comunica) para que possamos concordar ou discordar e assim dar seguimento a reflexão. Então é certamente um ato estúpido (tapado, lesado) ignorar um conhecimento que um pensador levou a vida toda para desenvolver a fim de garantir de melhor forma a existência porque é difícil dedicar algumas horas para leitura. Em nenhum momento afirmei que não é possível refletir sem ter livros e isso é um equivoco que reduz o autor (e dono do blog) ao ridículo. Um livro não é para ser doutrinado (assim como disse a namorada do dono do blog em outro texto), é conhecimento superado por quem publica e que pede crítica. Sem uso dos livros para dar continuidade na reflexão, na elaboração dos conceitos, estudos, etc, nem se quer um computador seria possível já que sabemos que não foi em uma existência que um sujeito criou um computador, esse mesmo que o autor (dono do blog) usou para escrever essas coisinhas dele ai.
Sobre “gozar com o próprio pau” confesso que não compreendo o que o autor quer dizer com isso, já que não é ele que fabricou o computador, não produz a própria comida que compra, não produziu a própria roupa, não construiu a casa que mora, logo vive de gozo do pau dos outros e seu ego inflado não quer admitir.
Sobre como o autor coloca a perda do desejo não vou mais comentar, se algum leitor estiver implicado que confira nos limites da existência de pensadores da filosofia e da psicanálise que já fica provado o equivoco do dono do blog, mas como ele mesmo admitiu, tem sérios problemas de linguagem.
Sobre eu repetir as afirmações é fácil de compreender por que, o autor não compreendeu meu primeiro comentário e por isso tentei descrever minuciosamente para que fosse acessível a sua compreensão debilitada, mas logo ficou obvio que o que o autor quer é aprovação e não críticas e isso fica constatado quando vimos como ele responde as críticas e como responde quem entra em concordância com ele. Quem concorda com ele é companheiro de luta e quem denuncia seus equívocos causados pela sua razão insuficiente e sua luta para afirmar uma existência duvidosa, já que ignora o conhecimento de pensadores passados se julgando atual e “o cara que se faz” é chamado de acadêmico, comentarei sobre isso a seguir. Mas aproveito para afirmar aqui que não compactuo com fraudes e desejos de jogar confete em si mesmo.
O autor segue suas retóricas de péssimo gosto:
“a única coisa que tenho a dizer é que bilhões de pessoas vivem sem jamais ter contato com a psicanálise ou com autor algum, e mesmo assim entendem completamente (a desculpa, não podemos ter nada por completo), ou quase completamente as próprias relações ou aquilo que escrevi.”
Poderia dizer para ele em resposta que milhões de pessoas são representantes políticos sem nunca saber o que vem a ser o conceito de política e entendem quase tudo de política, mas não tenho interesse em discussões retóricas de baixo nível, já que levo muito a sério a filosofia. Aproveito essa demonstração de retórica deplorável e sem conteúdo algum para denunciar a precariedade do pensamento do autor. O mesmo e seus “companheiros de luta” fazem afronta a igreja julgando-se necessários em suas reflexões que só encontram o próprio ego ferido (caso procurem maiores esclarecimentos sobre essa denuncia, observem a masturbação nos comentários do texto “pena de morte a (santa) igreja” onde as trocas de carícias e confetes que um joga no outro revela essa carência suprida em textos sintomáticos).
Sobre a situação da filosofia acho que quando o autor e os “seus” falam de crise, falam da crise de compreensão que tem do assunto. Sobre isso o que posso dizer é que eles poderiam pensar na hipótese de ir fazer outra coisa. Filosofia não é fácil mesmo. Escrever filosofia não é apenas balbuciar em um blog. Dizer que a filosofia é inacessível e defender isso é postergar ao infinito sua acessibilidade. Digo por experiência própria. Me diziam quando ingressei na universidade (instituição que não me agrada e isso é outro papo) que ler Kant era difícil. Não encontrei as dificuldades ditas e concluí que quem me falava que era difícil não lia (era obvio) e daí dizia para os outros que isso não era filosofia, já que não conseguia responder por essas leituras. É isso que chamo a filosofia da existência do autor. Incapacidade de passar por um pensamento e capacidade retórica de fingir para o senso comum (definição dele, não concebo senso comum) que é um intelectual. Mas como todo discurso de potência aposto que o autor só deu de cara com sua impotência. Acredito que sua filosofia é ressentida e recalcada justamente porque os que discordam desse autor precário e preguiçoso e falacioso ele manda para a academia, justamente onde ele é um dos mais incapazes de superá-la.
Afirmo aqui que se o pensamento não acadêmico é essa baboseira que o autor escreve nesse blog, essas suas fraudes ridículas e seus pactos com outros que não propõem nada além de comentar vidas alheias (lê-se marias fofocas) vou para academia, Pois pelo menos minha sensibilidade não suporta discursos mal elaborados e vendidos como filosofia. Fica então o alerta, os textos do autor sobre a existência são retóricos (de péssima retórica), mal fundamentados (não é que ele não leia, ele lê, mas lê se masturbando o ego e não para propor algo) e se alguém quiser conhecer filosofia o caminho é bem outro.
Então, não mando ninguém para lugar nenhum, não sou um coitado que sustenta um ego ferido pelo próprio discurso de potência (que lhe revela cada vez mais impotente frente a existência) e viverei como posso.
Paz, Amor e Empatia.
r.a.-
Músico que não toca em bandinha de pop rock e depois vai para a academia falar mal dela, choramingar e decidir o que é resignado e o que não é.
Resumidamente só tenho a dizer que vc é um boqueteiro da filosofia... chupa ali, chupa aqui e nunca vai ter o pau chupado por alguém. Se vc me entende né...
São seus olhos e seu espelho!
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