segunda-feira, 1 de junho de 2009

A Liberdade, o Existencialismo e Sartre.

Assisti semana passada a uma entrevista de Sartre na TV ESCOLA. Como é lindo ver aquele “velhinho” falar de liberdade, moral e existência com tanta naturalidade. Uma de suas frases mais famosas: ”O homem está condenado à liberdade”, resume bem a sua ideia.

Em outras palavras o que Sartre nos diz é: não temos como fugir; estamos condenados, querendo ou não, há cometer atos. Somos, na nossa mais profunda existência, seres solitários no mundo. Solitários, porém, livres. E tal liberdade colocada diante de nossas mãos, nos possibilita criarmos o mundo. Ações humanas nos levarão a humanidade; ações desumanas nos trarão a desumanidade. A luta pelos nossos direitos poderá nos trazer a justiça; o silêncio nos trará o conformismo e a alienação.

Essa responsabilidade colocada por Sartre no indivíduo nos leva inevitavelmente a refletir sobre as nossas relações sociais e ao nosso envolvimento político. Agimos como politicamente? Buscamos a justiça e o bem comum? Ou calamos durante a maioria do tempo e colocamos nosso destino nas mãos de poucas pessoas e às vezes até mesmo nas mãos de Deus?

Sartre nasceu em 1905 e morreu em 1980. Além das mais de 30 obras publicadas, ficou famoso quando em 1964 recusou O Prêmio Nobel de Literatura. Motivo? Ele não queria se tornar alguém especial, alguém que não fosse mais visto como um homem igual aos demais.

4 comentários:

Alle Vargas disse...

O tal livre arbítrio, gerador de tantas transgressões, e transgredindo tantas gerações.

Belo texto.
Meu quase homônimo.

Alle Vargas disse...

Só mais uma coisa:
Muita gente ainda acha que Jean-Paul Sartre é um perfume importado.

Ale disse...

Pois é, como seria bom se buscassem saber a essência de "tal perfume."
Abraço aí meu "quase xará" e valeu pelo comentário.

Alguém! disse...

->Em outras palavras o que Sartre nos diz é: não temos como fugir; estamos condenados, querendo ou não, há cometer "atos".

Condenados a optar, não a cometer atos...