Louvável, surpreendente, inacreditável. Digna de aplausos fervorosos e de pregação constante por todas as classes sociais, credos e movimentos. É assim que resumo a Campanha da Fraternidade desse ano. “Sirva a Deus e Não ao Dinheiro” é seu tema central. Porém, as boas novas não param por aí. O que já parece bom, melhora ainda mais quando acabo de ler a entrevista do bispo da Diocese de Frederico Westphalen em que o mesmo diz que um dos objetivos da Campanha desse ano é o de “unir todos os credos cristãos em torno de um só Deus e um só caminho”. Em resumo “as Igrejas Cristãs devem seguir a Deus em união e não ao dinheiro e a pregação gananciosa”. Lógico que essa interpretação é minha, mas creio que seja esse o sumo recado da maior de todas as Igrejas, ou seja, a Igreja Católica.
Em torno de toda essa euforia que toma conta da minha pessoa, algumas dúvidas me acometem. Podem as igrejas cristãs se unirem? E os santos, como ficam? Os católicos continuarão a adorá-los? Afinal, está na bíblia que não devemos adorar a mais ninguém senão a Deus “Não farás para vós ídolos, nem para vós levantareis imagem de escultura nem estátua” (Lv 26:1), ou ainda, batendo na mesma tecla de forma diferente: “maldito o homem que fizer imagem de escultura, ou de fundição, abominável ao Senhor” (Dt 27:15). E o Santo Papa? Será extinto? Irá a Igreja Católica abrir mão de todos seus lucrativos santos e de seu sumo pontífice em nome de Deus? Tudo isso me deixa eufórico. Além do mais, tal Campanha, é contra a exploração, a ganância e o capital, o que faz de forma indireta que o mundo comunista sonhado pelo ateu Marx seja enfim colocado em prática.
Em outras palavras, parece que depois de mais de dois mil anos após o aparecimento do “Filho do Homem” a Igreja parece ter lido suas palavras e por fim ter decidido expulsar aqueles que vendem em seus templos, pois como conta a Bíblia: ”Então Jesus entrou no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; está escrito: “A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores”. (Mt 21;12;13).
Estou feliz sim, afinal, jamais acreditei que algum dia a Igreja pudesse abrir mão de seus rentosos dízimos. Isso mesmo caros fiéis. Esse ano, ao menos esse ano, ninguém precisará pagar o dízimo para se salvar, afinal, “devemos seguir a Deus e não ao dinheiro”e isso serve para a Igreja, logicamente.
2 comentários:
Olha...bem otimista você primo, mas na minha opinião, conhecendo a igreja católica, se eu tivesse que apostar eu apostaria que realmente ela queira que nos libertemos de nosso dinheiro, mas claro, jogando todo ele no lixeiro dela. Assim, de fato, acabariam com o dizimo e criariam algo como o cenzimo!!
Tbm acho. E sobre a união com as outras Igrejas, devem estar querendo nao seu unir em Cristo, mas sim em dízimos ou "cenzimos" como vc diz,né?
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