Estou
Tenho certeza, por exemplo, que não existe nenhum ser superior me vigiando nesse momento. Porém, tenho dúvidas eternas sobre a origem do universo. A pergunta diante disso é infinita e inssolúvel. Não adianta procurar respostas.
Tenho certeza também, por exemplo, que esse amor convencional existente por aí, onde homem e mulher parecem ter de estar grudados constantemente um ao outro, não dá certo. Porém, tenho dúvidas de como deve ser essa relação.
Um casal deve sair juntos nas festas, nas danceterias e afins? Ou deve procurar outro tipo de diversão? Sinceramente ir a uma festa acompanhado é um tédio. Festa é sinônimo de distração e liberdade. Não existe nada mais melancólico que um casal numa festa. Aquele povo na loucura geral, e o casal ali, olhando um para a cara do outro, sem perspectiva alguma de fazer algo novo. Eles farão de conta que estão felizes, olharão disfarçadamente para alguns belos corpos alheios, e depois irão para casa. Isso se nenhum imprevisto acontecer.
Enfim, ir a uma festa acompanhado é um saco, e não adianta. Vocês devem estar achando que meu amor vai querer me matar ao ler isso, mas não. Ela concorda. Inclusive, é por concordar com isso, que vejo nela possibilidades de ter um relacionamento firme e duradouro. Foi ela também, que me proporcionou a dúvida da semana. Perguntou, causando-me surpresa, porque precisávamos ficar juntos na festa do final de semana. Eu, espantado, gaguejei e fiquei sem resposta. Na verdade respondi: ”é pois é”, e com aquele sentimento de posse me batendo na cachola ouvi seus argumentos. Deixei-a falar, e ela convicta continuou. Disse que podemos nos divertir separadamente com nossos amigos e nos unir no final da festa para irmos embora. Tudo na maior confiança e respeito. O problema disso tudo, retruquei, é aquele olhar que o resto da festa vai lançar sobre nós, e os consequentes comentários. Surgirão inevitavelmente perguntas do tipo: “eles brigaram?”, “não estão mais juntos?” Ou ainda comentários maldosos: “eu vi ela conversando com outro.”, “pois é, eu também vi ele olhando para outra.” E assim por diante. A sociedade não compreende uma relação de liberdade e responsabilidade e acha que qualquer separação momentânea, aliada a um olhar ou conversa alheia é sinônimo de briga ou traição.
Eu, antes de estar namorando, afirmava que buscava uma mulher que construísse comigo uma relação nova, não embasada nesses valores morais cristãos monogâmicos. Enfim parece que encontrei.
Sábado estarei sozinho na festa. Livre, responsável, mas porém comprometido com uma causa bem maior. Sorte nossa e azar dos outros. Não é amor?
3 comentários:
Olá ALEX, gostei muito do novo texto sobre amor, liberdade e responsabilidade. Eu também concordo com vocês e achei até muito legal porque na Festa do Natal que a gente foi eu te vi curtindo pelo clube e eu tive propriamente um momento dúvida ao te perguntar onde estava ela a sua garota, estranhei um pouco só mas achei mesmo que estava tudo bem e como você disse estavam curtindo não apenas lado a lado, bebendo na boate e dançando mas sempre juntos num ciclo de passar por situações internas pesadas e externas em que se sente meio mal em relação ao aproximamento de desconhecidos(as)e essas coisas de festas onde os solteiros fazem a mesmo a festa hahahah. Mas lógico que com amigos é sempre super legal mas como uma amiga mesmo disse ontem, é só no começo que a turma e os namorados vão para os mesmos lugares e tal e fica sempre tudo muito bacana e divertido...Pois bem!!!
Pois é né. Parece que o desafio nisso tudo está sempre em controlar o sentimento de posse e ter confiança extrema no parceiro. Confesso que tenho enormes dificuldades com isso, mas as dificuldades estão aí para serem superadas né? Bj p ti Fê, e obrigado por ler o Blog : )
Oi, Ale!! adoreiiii...rsrs..penso q é amor, tbm.....mas...falamos segunda-feira...rsrs
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