sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Liberdade

Somos todos apaixonados. Essa foi a conclusão que cheguei após abordar o "Amor" aqui no Blog. Nunca um assunto deu tantos comentários e tanta polêmica. O amor no fim das contas nos levou a um novo assunto que é a Liberdade.
Somos livres, quando juramos amor eterno e respeitamos a pessoa amada, suportando a vontade de estar com outra?
Ou somos livres quando mesmo estando com a pessoa amada cedemos aquela atração, aquela vontade irracional de estar com o outro?
Enfim, em algum momento no amor temos possibilidade de sermos livres? Ou o amor seria exatamente esta abdicação da própria liberdade esperando encontrar o complemento no outro como recompensa a liberdade perdida?
E aí o que vocês acham? Podem responder aqui ou continuar o debate no assunto "Amor", exposto aqui no Blog. Abraço a todos e ótimo findi.

14 comentários:

Anônimo disse...

Entao, eh dificil ser livre tendo que prender certas vontades, e eh dificil tbm ser livre quando nao prendemos estas vontades mas que se arrependemos das mesmas apos faze-las, por isso que eu digo ninguem nunca vai ser livre
hehehehehe

Anônimo disse...

Entao, eh dificil ser livre tendo que prender certas vontades, e eh dificil tbm ser livre quando nao prendemos estas vontades mas que se arrependemos das mesmas apos faze-las, por isso que eu digo ninguem nunca vai ser livre
hehehehehe

Marcos Maffissoni disse...

É, o problema da Liberdade é complexo, extenso e dá, sem nenhuma dúvida, pano pra manga, pra muita aliás...

Bem, já não fosse o dilema: sucumbir ao desejo ou retraí-lo, o que é mais livre?

Não acho e vou continuar não achando que possibilitar-se trair a pessoa amada seja liberdade. Se é amor, trair a cumplicidade que ele pressupõe, somente guiado por um desejo da libido, ou sei lá o quê; magoar a pessoa que se ama e, se o amor é fazer o outro feliz pra ser feliz, acabar magoando-se a si mesmo, não deve ser liberdade, antes disso, um boneco do desejo...

Por outro lado, até quando e até onde somos realmente livres numa relação, e até que ponto esta liberdade é dispensável?

Antes disso: quem é livre pra escolher quem vai amar, por quem vai se apaixonar?

Dentre tudo isso, acabo concordando com a Moni, livre: nunca... De qualquer forma, somos livres o suficiente pra perceber que não o somos e que, dificilmente, um dia o seremos...

Mas o amor? Além de tudo isso, ainda acho que ele serve pra ser sentido e não discutido, teorizado. Até porque, se não fosse bom, ninguém abriria mão da suposta liberdade, em nome dele, não é?

Anônimo disse...

bom...venho aqui a pedido da Monizinha...
enfim...
acredito que essa liberdade, ou o que tu chamas de liberdade, não é limitada apenas quando amamos ou quando juramos a eternidade pra outra pessoa. Nossa liberdade é podada por valores sociais, pelas instituições, pela cultura, pela timidez, por uma opinião, por um ideal. Estamos constantemente limitados, em tudo que fazemos na vida. Não há liberdade, diriam alguns, mas eu me proponho a afirmar que a liberdade é uma sensação. É, uma forma de sentimento. E essa forma de "sentimento de liberdade" pode muito bem ser encontrada nos braços da pessoa amada, nas belas palavras que surgem, na perspectiva de mundo novo que se abre diante dos olhos. Não há nenhum mal em afirmar que amor pode ser liberdade. E mais, só existe amor quando ele se manifesta como liberdade. Isso não quer dizer que o amor próprio invalida esse tipo de amor. Pelo contrário, o amor próprio nos dá precaução, mas em determinado momento nos libertamos de sua limitação, e exteriorizamos para alguém esse sentimento.
Amor é liberdade quando é realmente amor, isto é, quando não faz parte de um jogo social, de um moralismo vulgar, de uma monogamia imposta pela Igreja Católica. A liberdade pode estar numa conversa com um amigo, no beijar várias bocas com que se apaixona, ou simplesmente nos braços da pessoa realmente desejada. E essa pode desejada por ser por toda a vida, por que não?

Sintamos a liberdade, não a teorizemos!

abraço... vlw

Anônimo disse...

Ps.: corrigindo a última frase:

"E essa pessoa desejada pode ser desejada por toda a vida, por que não?"

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

"...quem é livre pra escolher quem vai amar, por quem vai se apaixonar?"
Bah Marcos, essa pergunta não cala e acredito que não calará nunca? O que está por trás dessa paixão gostosa, doentia, possessiva, e aparentemente tão natural?
Se alguém souber, por favor me responda...hehe...
Sobre abrir mão da liberdade em nome do amor...acho que é bem isso mesmo...restando a nós apenas fazer "o jogo dsa balança". Coloca-se de uma lado a "vida livre" mas solitária, e do outro, a "vida conjugal" onde a perda da liberdade proporciona outras formas de prazer...pelo menos é isso que faço...hehe.

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

E aí Volmir...bem vindo ao Blog. E obrigado pelo comentário. Interessante seu ponto de vista sobre o amor e a liberdade..."Amor é liberdade quando é realmente amor, isto é, quando não faz parte de um jogo social, de um moralismo vulgar, de uma monogamia imposta pela Igreja Católica. A liberdade pode estar numa conversa com um amigo, no beijar várias bocas com que se apaixona, ou simplesmente nos braços da pessoa realmente desejada."
Acho que é bem isso mesmo, restando a mim, e assim, continuando nosso diálogo, responder sua última pergunta:"E essa pessoa desejada pode ser desejada por toda a vida, por que não?
Acredito, que essa pessoa que te causa esse sentimento de paixão, pode ser desejada por toda vida sim, mas não unicamente desejada.É nesse amor exclusivo que não consigo acreditar. Acredito que a convivência mata o mistério,mistério que é o combustível do amor.
Quando nos apaixonamos, queremos ter e saber tudo sobre o outro,e isso, paradoxalmente acaba com aquilo que nutre o desejo pelo outro. Acaba com a fascinante descoberta.
Mantenhamos o mistério em torno da relação e assim possamos fazer durar por mais tempo esse maravilhoso,tenebroso,amado e odiado sentimento de amor ao próximo.

Anônimo disse...

eu axo.....

Anônimo disse...

eu axo... que dificilmente pode-se consider estando livre... pois o amor esta diretamente ligado ao nosso instinto de nos reproduzirmos e dar continuação a nossa raça....

mas fora isso... tb acho que estamos condenados mesmo assim... ausehausehaushea

Anônimo disse...

Poxa Ale complicou de novo... hehehehe...Capaz...
É que não acredito que a convivência com a pessoa amada acabaria com o mistério que é o combustível do amor acho que o que é o combustível do amor é justamente a convivência. Quando amamos uma pessoa ( e nos amamos) queremos te-la ao nosso lado e assim que a temos novos mistérios vão surgindo afinal não sabemos tudo e nunca saberemos tudo de uma pessoa...

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

Que bom que consegue ver a relação assim,como um eterno descobrimento do outro,um eterno mistério.Minhas experiências mostram o contrário, mas posso ter tido apenas uma experiência mal sucedida,certo?
Para manter o mistério,acredito num amor estrategicamente pensado tornando-o assim eternamente misterioso,mas vejo nele novamente uma contradição, se temos que pensar estrategicamente para manter o amor,logo, fazemos uso da racionalidade e assim matamos com aquela paixão irracional que faz com que sintamos o amor ardentemente...se é que me entendem...mas no mais Monique, se vc consegue manter o mistério constante, meus parabéns, provavelmente você viverá por muitos anos amorosamente feliz.

Volmir disse...

olha, velho... discordo de ti novamente...
Acredito que essa quebra de encanto a que te referes, devido a descobrir os íntimos mistérios da outra pessoa, é uma visão superficial. É uma postura típica do "amor fast-food" trazido pela modernidade, em que predomina as relações instantâneas, onde o prazer deve ser extraído imediatamente. Então, nos baseamos exclusivamente nos prazeres que adquirimos da outra pessoa, sem refletir nas necessidades da outra pessoa, nem na necessidade de compreensão. É nesse momento que, ou nos desencantamos com a pessoa amada, ou, pelo contrário, abdicamos no amor próprio (egoísta e típico das sociedade moderna) e passamos a nos doar, a sofrer, a estar aberto a não nos sentirmos confortáveis todo o tempo.
A dor para a compreensão do outro faz parte do processo da felicidade nesse amor exclusivo. Reprimir um ímpeto instintivo, portanto, não quer dizer reprimir a liberdade. Pode até ser em determinadas circunstâncias, quando faz parte de um moralismo cristão, mas não é quando temos em mente algo maior, que é a realização da mulher que está diante de ti, de quem tu amas mesmo nas imperfeições. Amor sem um pouco de sofrimento e retração talvez não exista realmente. Agora, escolher diante do conflito entre instinto e amor não é podar a liberdade, mas escolher que forma de liberdade se quer. O Conflito faz parte da vida, é a dialética, tão bem deves saber. É dessa dialética que crescemos, que nos tornamos melhores. Sem o conflito, vacilamos diante do acaso.
Portanto, o amor está diante das atitudes que escolhemos diante da disputa de sensações. Espero que tenha me feito entender.

abraço... vlw

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

"É uma postura típica do "amor fast-food" trazido pela modernidade, em que predomina as relações instantâneas, onde o prazer deve ser extraído imediatamente. Então, nos baseamos exclusivamente nos prazeres que adquirimos da outra pessoa, sem refletir nas necessidades da outra pessoa, nem na necessidade de compreensão".
Volmir...não quis dizer que devemos sugar a "pessoa amada" ardentemente,o mais rápido possível, e não compreender ela nas suas necessidades.O que quis dizer, é que é exatamente essa busca em conhecer a totalidade do outro que faz com que perdemos aquela paixão inicial movida pela descoberta e envolvida pelo mistério.
E quando diz "A dor para a compreensão do outro faz parte do processo da felicidade nesse amor exclusivo. Reprimir um ímpeto instintivo, portanto, não quer dizer reprimir a liberdade. Pode até ser em determinadas circunstâncias, quando faz parte de um moralismo cristão, mas não é quando temos em mente algo maior, que é a realização da mulher que está diante de ti, de quem tu amas mesmo nas imperfeições. Amor sem um pouco de sofrimento e retração talvez não exista realmente."
Concordo quando diz que amor sem sofrimento não existe, mas pode ver que novamente caímos na nossa inquietante pergunta: O que é liberdade?
Abraço e obrigado pelo comentário.

Anônimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado