sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Amor

Vou falar de amor.
Parece simples não é? Todos somos amados, e na nossa maioria, crescemos ouvindo: "nós te amamos, nunca vamos deixar de te amar" e assim por diante.
Embora tenhamos, aparentemente, todo esse amor, que parece infinito e que tem origem principalmente em nossos pais, parentes e amigos próximos, parece que esse amor não é suficiente, e assim, insatisfeitos procuramos fora do nosso "ambiente amoroso" um novo amor.
Um amor que seja só nosso, um amor exclusivo, que viva em função nossa. Um amor no qual possamos nos doar de alma e coração, esperando que essa doação seja recíproca. Não amamos se não temos nada em troca e aí está a primeira contradição do amor. Se amar é querer o bem do próximo,logo, não é necessário que recebamos algo em troca, certo?. O simples fato de ver o outro feliz, deveria também nos deixar felizes não é? Acredito que a maioria dirá: "sim, é isso mesmo".
Colocarei um empecilho para que esse pensamento seja, pelo menos num primeiro momento desconstruído.
Imagine que você tenha um amor, que diga ser só seu, um amor que te faz feliz e que até aquele momento diz ser feliz contigo. Você é aquela pessoa realizada, conseguiu encontrar sua alma gêmea e nada neste mundo odioso e de desamor atrapalha vocês...mas...um belo dia "seu amor" diz estar com vontade de fazer algo diferente, conhecer uma pessoa nova por uma noite, "seu amor" diz que te ama e que apenas quer ter uma nova experiência. Como vimos o amor é querer o bem do outro certo? Então, se realmente você ama, vai entender tal pedido do seu amor. "Seu amor" não disse que não te ama, mas somente, que quer ter uma experiência extra conjugal que acha que fará ela feliz. Você aceitaria?
Se aceitaria tal situação, meus parabéns, pois creio eu, que você realmente ame essa pessoa (embora acredite, que no fundo de seu sentimento tenha ainda aquela sensação de nojo e de repulsa por tal ato).
Mas, se sua reação diante de tal fato é de total rejeição, acredito que você, como qualquer outra pessoa não ame o outro, mas sim ame somente a si mesmo.
O que quero dizer sobre o amor, é que amar outra pessoa na verdade é quase impossível e que aquilo que dizemos ser o "Eu te amo", na maior das profundezas do sentimento é: "Eu me amo".
Ninguém quer ver a pessoa amada feliz com outro, e sim, quer ver a pessoa amada feliz consigo, o que na verdade resulta num amor a si mesmo, num amor próprio em que no mais alto grau possa dizer: "Eu tenho alguém que é só meu e que se diz ser feliz só comigo". Isso não é amor ao próximo e sim amor próprio". Discordam? Tudo bem, é só me mostrar ser capaz de amar o outro, vendo esse outro feliz sem você e concordarei contigo.Pensem nisso...Um abraço e um ótimo fim de semana de amor próprio a todos.

16 comentários:

Anônimo disse...

Entaum se quando digo que amo alguem eu estou me amando entaum nunka seremos amados por ninguem!
(q triste fim) hehehe

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

Oi..exatamente Monique.Mas não vejo como um triste fim, e sim como um eterno começar,onde a busca incessante pelos mais variados complementos amorosos estão em jogo. Onde a insatisfação permanente nos faz procurar algo que falta.
Quem sabe o amor seja isso.Essa eterna busca...existe algo mais gostoso que buscar algo e conseguir alcançar? Mesmo que esse alcance seja temporário? Não estaria aí o amor eterno? Não seria o amor,a busca eterna pelo amor e a satisfação própria? O que você acha?

Anônimo disse...

eh o prazer faz parte do amor tbm...

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

Analisando o prazer como um sentimento que só pode ser sentido por si mesmo, eu diria que o prazer é a manifestação máxima do amor.É pelo prazer que adquirimos a vontade de ir atrás daquilo que nos faz bem, ou seja o amor.O prazer e o amor, ao meu ver, estão extremamente ligados.Mas esquentando um pouco este prazeroso diálogo. E a dor? A dor para muitos é uma forma de prazer. Assim seria a dor também uma forma de amor?

Unknown disse...

pra mim é tudo oque a monique disse,

O "eu te amo" nao passa de simples palavras, que hoje em dia para algumas pessoas nao tem nenhum significado, ou melhor sao ditas sem que se tenha nenhum sentimento, ditas da boca pra fora,o amor acaba se tornando uma obceçao pelo fato de você nao querer ver ele (a pessoa amanada) feliz com otra pessoa, você so quer que "ele" seje feliz ao seu lado; é como o vc colocou ""Ninguém quer ver a pessoa amada feliz com outro, e sim, quer ver a pessoa amada feliz consigo, o que na verdade resulta num amor a si mesmo, num amor próprio em que no mais alto grau possa dizer: "Eu tenho alguém que é só meu e que se diz ser feliz só comigo". Isso não é amor ao próximo e sim amor próprio""

entao "eu me amo" hehehe

Gabi disse...

Falar de amor, não é amar...
Quando se trata de amor paterno, é genético. a gente necessita, pois vem de dentro, lá do tempo da barriga da mãe. Mas quando se trata de amor, complementar, aquele que é sua metade, aquela alma, que quando juntas são uma só, é outro papo. Querer estar junto, de sentir o calor, de sentir-se completa, é caso de vida, ou decepção. a gente tem a mania de coloka a culpa de uma possivel desavença na outra pessoa. de uma infelicidade ou o agradecimento por uma possível felicidade. sabendo que é a gente que provoca tudo isso. o amor é patológico, certo que é. mais no caso de acabar o possível ' te amo para sempre', não era amor. amor é outra coisa, não é aquilo que te faz voar, isso é avião. (: nem aquilo que te faz viajar, isso é outra coisa. o amor, o amor é simplismente amor, e jamais acaba, pode a terra tremer, a distância sofrer, fotografias para captar a alma, flasch no coração. tá tudo dentro de nós. amor é amor, e ponto final. Ale, você sabe o que eu acho a respeito doo Amor (:

Gabi disse...

e mais uma coisa. antes de tudo, amor prórpio ´é o mais verdadeiro. quando a gente passa a nos amar prmeiro, a gente descobre o amor. 'quando pensei mais em mim, pensei só em você.'

e viva o Ale
hehe
te amo amigo (:

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

Primeiramente quero agradecer,a todas vocês por seus belíssimos comentários.
Vejo que toquei num assunto complicado, de amplo significado e que pode ser contemplado e debatido por um longo tempo, sem que possamos obter significativas respostas ao Amor. Assim disse a Gabi: "quando se trata de amor, complementar, aquele que é sua metade, aquela alma, que quando juntas são uma só, é outro papo. Querer estar junto, de sentir o calor, de sentir-se completa, é caso de vida" e continuou depois:" o amor, o amor é simplismente amor, e jamais acaba, pode a terra tremer, a distância sofrer, fotografias para captar a alma, flasch no coração. tá tudo dentro de nós. amor é amor, e ponto final" para concluir dizendo:"e mais uma coisa. antes de tudo, amor prórpio ´é o mais verdadeiro. quando a gente passa a nos amar prmeiro, a gente descobre o amor".
Isso não é lindo.A Gabi falou do amor, definido-o como um complemento,uma metade que faz com que possamos nos sentir vivos.Mas tbm disse q só descobrirmos o amor quando nos amamos. É ali, descobrindo a sim mesmo que descobrimos o amor. Concordo com tudo o que foi dito até agora.Mas como "bom chato" que sou encerro meu comentáriuo com uma pergunta:
Esse complemento,deve ser buscado numa só pessoa?Ou devemos procurar aquilo que "nosso amor" necessita nas mais diversas maneiras e formas existente na natureza? Bj p vcs e aguardo ansioso pelas respostas.

Gabi disse...

Ale
(:
o complemento não deve ser buscado numa só pessoa..
quando quando a gente se encanta por alguém, sempre busca um bom motivo pra achar q ela é a pessoa certa. nem precisa ser um bom motivo, pois o universo conspira pra você, para o seu desejo.
aí, vc se encanta, e começa a perceber, que o 'pincipe encantado apareceu', mais o 'amor' se torna tão cego, que esse principe é bem melhor do que vc sonhava..
aí, aquele encatamento de 1 semana ou 2 meses começa a não mais fazer sentido. e o que acontece, a gente tem a cara de ir atras de novas 'aventuras'.
e assim vamos indo.. procurando em vários corpos algo que se ligue ao nosso.. pra quem sabe um dia, as almas se juntarem numa só. e vc começar a entender a lógica do amor.

enquanto isso, somos 'piriquetes do amor'. pessoas que se divertem com os 'errados', tentando um dia achar o certo

;*

Anônimo disse...

Por isso mesmo se procuramos algo pra ser a pessoa certa eh pq nos amamos e queremos ser felizes...
Amor proprio denovo hehe

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

Pois é...me parece que embora possamos dar várias voltas em torno do amor, sempre acabamos nesse amor próprio, caracterizando assim, o fim daquele amor monogâmico e eterno que aprendemos a buscar e que tanto lutamos para um dia encontrar...No fim devemos nos resignar a isso, a nos contentar em termos várias formas de amor e consequentemente várias formas de sofrimento...pois acredito que o amor e a dor andam tão ligados quanto distantes, "pois quando um vem o outro some e quando um some o outro vem".

Marcos Maffissoni disse...

Pois bem, pra variar, eu e o Ale e as diferentes tomadas do amor. Não é a primeira, aliás já foram tantas, e receio não ser a última vez que a gente se embate nesse ponto. E isso é legal...

Mas lá vai, destrilhando do caminho, da abordagem tomada até aqui, eu queria só voltar um pouquinho no exemplo... E vou falar em primeira pessoa, só pra me sentir no jogo, já que, enquanto empiria, ela esqueceu só de me avisar que iria fazer o que fez... hihihi...

Tudo bem, eu tenho uma namorada, achamos, pelo menos, que nos amamos (e isso tudo é pura ficção, hihihi). Em um belo dia, no entanto, ela chega e diz que tem desejo de "dormir" com outro cara. Então, pelo tua ótica, se eu realmente a amasse, compreenderia e tudo mais... Mas a questão é, e isso eu defendo mesmo sem ter argumentos fortes pois é pura questão de crença e, então, predominantemente subjetivo, que quando deveras existe amor, quando é amor mesmo, ele é recíproco. Diferente da paixão, que pode ser só pessoal e tal... Se assim o é, então, eu amaria ela e ela me amaria. Ela também ficaria feliz com a minha felicidade, não? Como ela poderia, desse jeito, me falar que sente atração por outro se, como supostamente me ama, saberia a priori que eu me magoaria?

Na nossa definição de amor, a cumplicidade e a práxis (ação que tem o fim em si mesmo) são beeeeem observáveis. Ora, então, eu não teria que chegar a decidir o dilema que o Ale propõe se, como existe amor, ela boicotaria de antemão o pedido, já tendo em vista o sofrimento que eu passaria se assim tivesse que decidir.

Talvez alguém diga: mas então o amor não nos dá liberdade? E eu responderia: o que é liberdade? É sucumbir e ceder a qualquer desejo ou ser livre o suficiente pra saber escolher entre eles e suprimi-los quando for necessário? Quem é mais livre: quem pratica tudo que seu ID manda ou quem sabe ponderar seus desejos?

É claro que amor, sem uma parcela de egoísmo, não existe. É preciso querer-se fazer feliz pra poder fazer o outro feliz... Mas, enquanto em relação, o amor, sem muita teoria, já dita todas as regras, sem mesmo a gente perceber... na minha opinião, ele evolúi da paixão e só o é quando existe contrapartida, senão, é só paixão... Mas isso é questão de crença...

E até porque, se for pra ser sincero tanto quanto não se pode ser, o amor, em última instância, é tão difícil de ser falado e discutido exatamente porque, acima de tudo, ele serve pra ser sentido, e não teorizado e postulado em fórmulas, receitas, medidas...

Falar de amor é uma coisa, amar é outra completamente diferente. O amor transcende a razão, a teoria, a tudo, e, creio eu, é bem aí que reside toda magia que acaba por atrair quem quer que seja pra este nobre e indispensável sentimento...

Anônimo disse...

Vix Maria...e agora José?...hehe...Agora vamos a dialética né...hehe...
Vamos a seguinte questão que você coloca:"Diferente da paixão, que pode ser só pessoal e tal... Se assim o é, então, eu amaria ela e ela me amaria. Ela também ficaria feliz com a minha felicidade, não? Como ela poderia, desse jeito, me falar que sente atração por outro se, como supostamente me ama, saberia a priori que eu me magoaria?"
Pois bem, ela poderia te falar que sente atração por outro por pura sinceridade, afinal, no amor a sinceridade é essencial certo? O fato de sentir atração por outro não é escolhido por ela racionalmente, e sim, por pura força da vontade, vontade que não se pode frear nem deixar de sentir, e que, vale ressaltar, provavelmente foi responsável pela atração e pelo amor que vocês sentem um pelo outro. Assim,ela ficaria no seguinte dilema, ou preservaria a relação amorosa de vocês escondendo a atração e por conseguinte omitindo suas vontades(para mim omissão e amor são incompatíveis)ou falaria de tal atração, frearia suas vontades e respeitaria a relação de vocês em nome do "seu amor".
Aí chegamos a sua segunda questão sobre a liberdade. "O que é liberdade.É sucumbir e ceder a qualquer desejo ou ser livre o suficiente pra saber escolher entre eles e suprimi-los quando for necessário? Quem é mais livre: quem pratica tudo que seu ID manda ou quem sabe ponderar seus desejos?"
Pois é Marcos,acredito que essa questão pode ser eternamente discutida.Qualquer um dos caminhos que tomarmos, tanto o da razão como o da emoção, pode ser muito bem defendido.
Nossos queridos filósofos da antiguidade(Sócrates, Platão, Aristóteles...) dirão que o que nos diferencia dos outros animais é exatamente essa liberdade que temos de frear nossas paixões e desejos.Já Nietzsche e seus discípulos,dirão que essa racionalidade é o que faz com que o homem seja fraco diante da vida, diante daquilo que a natureza própria dele quer e ele num ato violento contra si mesmo nega, por pura decadência diante da própria natureza, diante da própria vontade.
Para terminar, mas consciente, que não acaba aqui esse maravilhoso diálogo, concordo contigo quando diz que o amor não deve ser teorizado, mas sentido. Mas se o amor não pode ser teorizado, e nasce da vontade de querer o outro,deve essa vontade ser freada? Se o amor deve ser sentido e é fruto da vontade, não seria esse amor que temos em nossas crenças algo irreal e impossível de ser alcançado?Afinal, se somos dotados incessantemente de sentimentos e desejos, porque insistimos em buscar um amor apenas e não vários? Complicada essas questões... mas...ainda bem né...pois acredito que sejam essas questões que nos movem diante da penosa existência, e que são elas que nos alimentam a vontade de nos amarmos ou buscarmos o amor nas outras coisas...como queira...hehe...Abraço aí e obrigado pelo comentário.

Anônimo disse...

IIIIIIIIIIIIIII nem me meto agora complicou...
hehehe

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

Pare Monique...que não se mete o que...saímos do amor, sem sair dele e chegamos a liberdade.
Resumidamente, a questão é: Quem é mais livre?Quem contém suas vontades? Ou quem atende a elas?É quem se deixa levar pela vontade inconsequente? Ou quem planeja com sua vontade algo que lhe traz ou pode lhe trazer felicidade no futuro?

Anônimo disse...

A ta bom entaum minha opiniao eh que ninguem em nenhum dos casos poderá ser livre(nunca), e se entende uma vontade entaum ela n se realiza pois se entende que eh apenas uma vontade, e ja que nao sabemos oq eh o certo felicidade entaum n existe planeja- la.
HEHEHEHEEHEHEHE
Boiei agora ne