segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Espaço Aberto

Em mim mesmo.


Antonio Marcos


Ontem, me lembrei de lembrar que um dia morri em mim mesmo;

grande coisa, se quando morro para todos, em lindo evento social, sou apenas lembrado pela simbologia hipócrita que a sistematização religiosa contempla como bom; o filho mais novo, o “batalhador”, o músico, o simpático...

Que droga! Virei um anjo...

Porque diabos na “dor” não perguntam se o falecido sentia ódio?

Ou nojo por estar encarceirado, alimentando uma forma de viver que detestava?

Causa mortis naturalis...

Morreu porque correu para a morte, ou porque a morte correu ao seu encontro?

Os mortos, assim como os vivos, não se sentem felizes o tempo todo...

Uma vida breve e uma grande morte...

de mim para mim, em mim mesmo.

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