Em mim mesmo.
Antonio Marcos
Ontem, me lembrei de lembrar que um dia morri em mim mesmo;
grande coisa, se quando morro para todos, em lindo evento social, sou apenas lembrado pela simbologia hipócrita que a sistematização religiosa contempla como bom; o filho mais novo, o “batalhador”, o músico, o simpático...
Que droga! Virei um anjo...
Porque diabos na “dor” não perguntam se o falecido sentia ódio?
Ou nojo por estar encarceirado, alimentando uma forma de viver que detestava?
Causa mortis naturalis...
Morreu porque correu para a morte, ou porque a morte correu ao seu encontro?
Os mortos, assim como os vivos, não se sentem felizes o tempo todo...
Uma vida breve e uma grande morte...
de mim para mim, em mim mesmo.
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