quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A "Puxeta Divina" e o "Bicão Abençoado"

Sempre me indaguei, porque os esportes em geral nos despertam tanta curiosidade? Porque eles são tão amados por nós humanos? E a reflexão sobre eles, só nos leva a uma resposta.
Nós, seremos humanos insatisfeitos com a vida, precisamos do riso, do divertimento, da paixão pelo desconhecido, da paixão por aquilo que é imprevisível. E os esportes nos despertam esses sentimentos. Vejamos o futebol.
Sofremos por futebol, torcemos por nosso time e passamos horas assistindo jogos em que não podemos influenciar no resultado final. Seria uma grande bobagem, e é um grande absurdo essa paixão que temos por algo que não participamos, se esse esporte não nos despertasse os sentimentos que nos desperta. Nos deliciamos ao vermos encontrões, chutões e golaços.
Não conseguimos conter o riso e a alegria ao ouvirmos aquele encontrão entre dois jogadores, aquele "estouro de ossos", em que o comentário na torcida é : "Vix, se foram...ou...agora quebro"...Adoramos uma tragédia e o futebol nos proporciona isso por diversos momentos. Também observamos atônitos os chutões ridículos ou não ridículos, mas dotados de uma força sem igual, que aqueles soldados em campo dão para longe, no corpo do adversário ou na tentativa do gol. Isso se deve a nosso natural instinto de caça onde admirávamos aqueles que através da força chegavam a seu objetivo. Por fim, amamos os golaços, e isso acontece porque eles são a inexplicável perfeição no meio daquela guerra absurda e ridícula entre duas equipes. O golaço é a presença divina em campo, é o inexplicável, é a perfeição estampada diante daqueles olhos acostumados com a tragédia e com a força bruta dos jogadores. O golaço é a recompensa de tanto esforço nesta guerra denominada futebol.
Vocês devem estar se perguntando onde quero chegar com esse comentário. Mas citei tudo isso por um simples fato. Ou melhor por dois fatos, ou pela prova, que os deuses do futebol, desceram ontem na Sociedade Aquárius Tênis Clube, aqui em Planalto. Ontem fomos presenteados. Não somente pelos encontrões e chutões proporcionados em grande escala pelas equipes, mas por dois golaços.
No primeiro jogo, onde o time do Mercado Panissi, precisava da vitória para obter a classificação, quase no final da partida, numa "puxeta" matematicamente e divinamente calculada, Henrique, popular "Ratão" fez um golaço. Colocou a bola entre o travessão e o zagueiro e fez a perfeição pela primeira vez engrandecer a tarde na S.A.T.C. Mas para aqueles que achavam que aquele gol seria o mais esplendoroso da tarde, grande engano.
No segundo jogo, onde a equipe do Rei Verde, também precisava da vitória, e o jogo fervia diante dos olhos da torcida, um chutão, ou melhor, um "bicão" presenteou a torcida com a perfeição. Quando sua equipe, embora vencendo o jogo por 3 a 1, levava uma pressão infernal da Mecânica Ferronato, o goleiro do Rei Verde, Adriano, interceptou a bola, largou para fora da área e soltou o bico em direção ao gol adversário...e a bola foi....foram segundos de apreensão, angústia e impaciência para todos. Aquele chutão teria algum objetivo, além de afastar a bola e diminuir a pressão do adversário? Tinha sim, e nos deu a prova que os deuses do futebol estavam presentes no campo de futebol sete da S.A.T.C.
A bola foi forte...e após percorrer todo campo, entrou na gaveta do goleiro adversário. Um verdadeiro golaço. Um gol para ser eternizado na memória daqueles que ontem estavam na S.A.T.C. Um gol histórico e que no fim deu a classificação a finalíssima, contra o Mercado Panissi, pois o jogo terminou 4 a 3.
Parabéns Ratão pela "puxeta divina". Parabéns Adriano, pelo "bicão abençoado" pelos deuses do futebol. Ontem os deuses estavam presentes e fizeram com que enchessemos os olhos com esses dois golaços. Obrigado.

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