terça-feira, 7 de julho de 2009

Beck Lilica e eu.

Como dizia, minha mãe tem uma gata e eu tinha um gato. O nome do meu gato era Beck, já a gata da mãe se chama Lilica. O Beck era um "gato amarelo de pêlo curto brasileiro", que creio eu, sedento por sexo fugiu procurar uma "Lilica" da vida. Já Lilica é uma gata preta e branca - corinthiana a desgraçada-, que como toda gata entra no cio de vez em quando. A questão assim era simples: se minha mãe tem uma gata e eu tenho um gato e ambos precisam transar, nada mais justo que oferecer meu gato para trepar com a gata da minha mãe. Não porque estava querendo corromper a pequena virgem, como dizia ela, mas sim porque não aguentava mais aquele sonoro clamor por sexo. Se as mulheres gritassem como as gatas miam no cio, transaríamos com elas contraditoriamente para pararem de gemer. A TPM , tão misteriosa para nós homens, deve ser provocada por isso. Deve ser desejo por sexo...recolhido claro. Ao invés de gritar por sexo, a mulher internaliza o desejo que uma vez não colocado para fora se volta contra a própria mulher lhe causando aquele mau humor que conhecessemos.

Mas resumindo: minha mãe não quis deixar sua gata copular com meu gato; meu gato na primeira oportunidade que teve fugiu de casa à procura de sexo, mas a gata da minha mãe continuou a gritar por sexo. Minha mãe pressionada pelos gritos da gata, e não mais só dela, mas também dos vizinhos e da família em geral...soltou a pobre virgem. Não deu duas horas e lá estava ela"namorando." Com quem? Com um "gato amarelo de pêlo curto brasileiro." Não. Não era o meu Beck, mas vejam que ironia: minha mãe que não quis dar sua gata ao meu gato, teve que ceder aos gemidos de amor de sua adorável felina, que se entregou para um gato parecido com o meu. Isso me fez pensar...

Pensei sobre Beck e Lilica. Pensei sobre eu e meus amores. Pensei nos desejos, na minha mãe e na vitória do ser diante da sociedade repressora. Enfim...pensei.


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