quinta-feira, 9 de julho de 2009

Michael, José e a eutanásia.

Se existe algo de útil na vida dos políticos e famosos em geral, é que a vida deles, num determinado momento, nos faz questionar a própria existência. A morte de Michael Jackson é um exemplo disso. Mesmo quem nunca escutou o rei do pop deve ter se perguntado - e se indigando - com o "negócio" que virou seu falecimento. Faltou até ingresso para o velório.

Mas não é de Jackson que quero falar. Quero que neste momento você se coloque na seguinte situação: você tem cancêr no abdômen, já foi submetido a treze cirurgias e está com 77 anos. Para piorar, seu intestino acaba de “trancar." Ele está, em outras palavras, empedrado. Não há no meio cientifico “lacto purga” que faça efeito. A você resta tomar uma simples decisão: se submeter a mais uma insegura cirurgia ou esperar "explodir naturalmente." Vice-Presidente da nossa República, empresário bem sucedido e figura que mais bem representa a direita no governo federal, José de Alencar tem de tomar essa difícil decisão. Como disse anteriormente, políticos e famosos servem para nos despertar a reflexão.

Quando fiquei sabendo do estado de saúde do nosso "vice maior", e me colquei na sua situação, confesso que não me senti nada bem. Me senti obrigado há ao menos pensar em uma terceira via. Uma via menos sofrida e mais digna. Pensei no direito que "não" nos é dado de tirarmos a própria vida. Pensei no suicídio, ou melhor, na eutanásia. Sim, sou a favor da eutanásia. Não vejo motivos para sua ilegalidade. A eutanásia, ao meu ver, é inclusive constitucional. Pergunto: nossa lei maior não nos garante a vida e a dignidade? Ora, se tenho minha vida segurada e sou um ser racional, tenho obviamente poder sobre ela. E se tenho poder sobre a vida, logo, tenho poder sobre a morte.

Não existe vida que não encontre a morte, e assim, salvo por questões religiosas - que são pessoais -, não consigo encontrar motivos para Alencar não ter essa terceira opção...tatatata...sei que ele é cristão e isso fere os seus princípios, mas a alternativa em si deveria existir. Me coloco na sua situação e me arrepio. Eu optaria com certeza pela eutanásia.

Eu, se fosse "presidente do mundo", legalizaria a eutanásia e reverteria todo o dinheiro arrecadado com a morte de Michael às criancinhas que passam fome. Todos sabemos que Michael adorava as crianças. Nada mais justo que ajudá-las eternamente...

Como disse, a vida de políticos e famosos nos serve para refletirmos. Vocês não acham?

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