Blogueira: Você é um homem moderno?
Ale: Não sei. Acho que eu e ele temos algo
Blogueira: Só isso em comum?
Ale: Acho q é o bastante.
Blogueira: E porque estão em crise?
Ale: Nossa crise é consequência da dificuldade que temos em assimilar essa nova mulher. Mulher independente, que diz saber o que quer, mas que na minha opinião ainda não sabe o que quer, e nem quem é. Tanto nós homens, como você mulheres, vivem uma crise.
Blogueira: Como assim? Não seria somente vocês homens que estão em crise?
Ale: Não exatamente. Nossa crise é decorrente da independência feminina. Ela é fruto dessa nova mulher que pode tudo. Porém, vocês também estão em crise, insatisfeitas e depressivas. Mas antes de explicar a crise feminina, explicarei a masculina.
Blogueira: Então me diga, porque vocês homens estão em crise?
Ale: Para lhe explicar isso, precisamos voltar um pouco no tempo. Retrocederemos 40 anos para assim entendermos a crise masculina do século XXI.
Imagine o homem de 1968. Imagine que esse homem, com aproximadamente 30 anos, encontre e se apaixone por uma adolescente. Essa adolescente, é menina de família, virgem, bem quista. Ela está ansiosa em sair de casa - mulher com 20 anos nessa época é titia - ela não quer ser titia. Ela vê naquele homem, a chance de viver aquilo que toda mulher da época sonha: estabilidade financeira e filhos. Enfim ela sonha com um ambiente familiar que lhe possibilite felicidade eterna, ela sonha em casar.
O homem também vê naquela menina seu sonho realizado. Ela é virgem, intocada, perfeita para sociedade e para constituir uma família. Ele que já viveu e aproveitou sua vida até os 30 , vê nela a possibilidade de ter uma família estável. A adolescente faz ele se sentir jovem, mais homem, menos rejeitado pela idade que já começa o atormentar. Ele pensa: "já fiz tudo o que podia, agora está na hora de me aquietar e ter alguém para passar a velhice. Está na hora de casar”. Nada mais machista e conservador. Porém, é o pensamento social da época. É bom lembrarmos que muito da história de nossas famílias está presente neste cenário.
Agora imagine o homem hoje. Estamos em 2008. Esse homem com aproximadamente 30 anos, se apaixona por uma adolescente. Essa menina, ao contrário da outra, já sabe tudo de sexo - senão na prática, na teoria. Ela quer ir para a faculdade, transar com vários caras, se formar, conseguir um bom trabalho, e depois, quem sabe depois, encontrar alguém que possa lhe dar um filho. O homem ao tomar conhecimento disso, se apavora, se desespera, se vê um miserável diante da existência. Ele tem que ser tudo aquilo que o "Juremir" coloca em seu belo texto, para ainda poder sonhar em ter a segurança que o homem de 1968 tinha. Ele não sabe para que lado correr, vive inseguro e com medo da perda. Casar? Isso é suicídio.
Blogueira: Sim, estou entendendo, mas até agora você só falou da crise masculina, onde fica a crise feminina que você me disse anteriormente?
Ale: Sim, a crise feminina é resultado da não assimilação da mulher com relação as suas próprias ações. A mulher de 40 anos para cá, revolucionou, fez história, ultrapassou seus limites, assustou o homem e o mundo. Embora tenha feito tudo isso, ela não parou de sonhar com a família dos anos 60. Ela ainda sonha em casar, sonha com o marido ideal, com os filhos, com a velhice ao lado do parceiro. A crise da mulher vem disso. Vem do conflito originado entre suas ações e seus sonhos. A mulher de hoje, faz muito mais do que a mulher de 68; mas quando reflete sobre o que fez, vê no homem, na sociedade, em si mesma e nas outras mulheres, o preconceito sobre suas ações. Assim, embora ela seja independente em seus atos, ela é escrava de sua própria moral que ainda não se modificou. No fundo ela ainda sonha com o casamento. A mulher só se libertou na prática e não na teoria. Ela é uma pseudo-independente, que quando reflete sobre suas ações entra em colapso nervoso e cai
Blogueira: Então poderíamos dizer que a crise masculina e feminina têm a mesma origem, ou seja, a independência da mulher?
Ale: Sim, podemos dizer que sim. Não estou dizendo que a mulher deve continuar sendo aquele ser submisso, a serviço do marido e da família. O que tento dizer, é que, tanto os homens quanto as mulheres, devem tomar consciência, dessa independência feminina, e que essa independência implica automaticamente a construção de uma nova moral. Não podemos mais ficarmos presos àquela moral, baseada no cristianismo. Não podemos mais pensar em casamento, no máximo devemos pensar num novo casamento, podemos pensar em construir uma “nova moral”, baseada nessa “nova mulher”. O homem está em crise porque não encontra segurança em mulher alguma; e a mulher está em crise, porque na ânsia de tudo conquistar, ainda se debate com o sonho de ter uma família .Família que só era possível quando ela era um apêndice do marido.
Blogueira: E você Ale, vê alguma saída para essa crise existencial de ambos?
Ale: Não sei.. Como observamos, estamos numa época de transição de valores. Toda crise é destrutiva e construtiva. Se por uma lado, os valores morais estão sendo destruídos; ao mesmo tempo, novos valores estão em construção; e isso acontece sem muito percebermos. Se o casamento e a monogamia foram arruinados, é necessário que façamos uma reconstrução em nossas relações. Acredito, que tomando consciência disso, podemos estabelecer novas formas de nos relacionar - tanto em família como em sociedade - e assim entendermos e suportarmos mais facilmente esse novo mundo.
16 comentários:
Ta ale te darei pontos que ao meu ver são mchistas no teu texto:
- O primeiro ponto que saliento não seria machista, mas sim que mostra a verdadeira dependênca do homem para com a mulher, "Nossa crise é consequência da dificuldade que temos em assimilar essa nova mulher."
- segundo seria: "...Nossa crise é decorrente da independência feminina. Ela é fruto dessa nova mulher que pode tudo." ( a culpa é nossa...)
- terceiro ñ é uma citação, agora é minha opinião, você coloca naquele exemplo das anos 60, de como era fácil para um homem conseguir satisfazer seus desejos, de que não precisava se preocupar com a família, pois tinha sua "perfeitinha" em casa ao esperar, com os filhos de banho tomado e dever da escola feito e ela sempre com muito carinho e amor para dar, com a casa em ordem, e na maioria das vezes ( usando o mesmo contexto que usaste) muito bela e disposta.
- quarto: "...Ela quer ir para a faculdade, transar com vários caras, se formar, conseguir um bom trabalho, e depois, quem sabe depois, encontrar alguém que possa lhe dar um filho.." e qual ´e o problema de fazer isso? Logo você diz que o homem quando tem conhecimento disso se apavora. E as mulheres por serem deste sexo, mesmo sabendo de tudo isso que o hmem sempre fez, não entrou em crise, sei lá é óbvio o machismo pelas suas palavras e ainda que subentendido a dependência masculina pelo sexo oposto.
Tenho certezo que teriam outro pontos a serem discutidos, ams já cansei desse comentário.
Vejamos Amandita. Sobre o segundo ponto:"Nossa crise é decorrente da independência feminina. Ela é fruto dessa nova mulher que pode tudo." ( a culpa é nossa...)" Sim a culpa é de vcs. Mas não acho que vcs tenham que se preocupar com isso...os homens que se explodam e se adaptem a nova forma de vcs serem.
Terceiro ponto:Não quis dizer que o homem não se preocupava com a família e sim que ele não precisava se preocupar em ser traído. Isso não passava na cabeça dele.
Quarto ponto: não vejo problema nenhum na mulher fazer tudo isso, mas o que observo é que as mulheres fazem tudo isso, porém ainda sonham em ter uma família dos anos 60. Ter um marido, estabilidade financeira e filhos. O que acontece é q quando elas sentem a rejeição do homem em compor essa família,(rejeição que ocorre pela tomada de conhecimento do homem, do passado de sua mulher)ela se sente mal,vítima do machismo social, desvalorizada e muitas vezes arrependida pelo que fez. O que digo é que se a mulher não superar o próprio preconceito que tem sobre seus próprios atos, ela entra em crise, pq se sente rejeitada pelos homens que ainda mantém a idéia de ter uma mulher ao estilo do anos 60. Acho q é isso. Valeu pelo ótimo comentário.
Ale, então os homens com essa tal crise terão que rever seus pensamentos e ver que as mulheres mudadaram, e mais do que nunca buscando a dita estabilidade financeira, para seus filhos também.Claro que ela ñ parou de pensar em uma família, sabe quais são os principais e mais fluentes sentimentos femininos? Aqueles de afeto, de dar de si o que tem de melhor, isso é ser mulher, mãe moderna, filha, amiga, tia, prima, colega, vó e tantas outras denominações aos determinados momentos...
No que vc coloca no início, que realmente a culpa é nossa, quem sabe vcs homens consigam achar uma solução, sem depender de nós mulheres...
Bonito comentário Amandita.A única questão que me preocupa é ver que muitas mulheres não conseguem mais dar conta de tudo.Por exemplo em ser mãe e exploradora do sistema selvagem capitalista. O que medeixa triste é, que quem sabe, a mulher esteja perdendo, exatemente aquilo que ela tem de especial, ou seja,o que vc coloca como afeto. Afetividade e modernidade? Não sei se essas duas palavras condizem.
Tah Ale, pode ser que vc queira me dizer uma coisa, mas ao ler o que escreves não tem como evitar de sentir o machismo em suas palavras. Por que uma mãe ñ pode ser moderna? Vai perder o amor?
Ale a tua tristeza vem dessa sua dependência do sexo feminino, e saber que elas podem fazer outras coisas. Por mais que exploradas pela merda do sistema, será que em casa tbm ñ estão sendo explorandas?
Pense...
"Tua tristeza vem dessa sua dependência do sexo feminino, e saber que elas podem fazer outras coisas. Por mais que exploradas pela merda do sistema, será que em casa tbm ñ estão sendo explorandas?"
Claro que são exploradas em ambos.A questão é: a mulher que tinha a questão afetiva a seu favor, não tem mais afeto nenhum. Está cada vez mais influente e dependente do mercado. Ela poderia ter criado novas formas de se relacionar com o sistema, quem sabe colocar seu afeto em prática, mas se colocou diante do sistema com a mesma selvageria que o homem e levou da mesma foram esse estress p casa.Onde estão a maioria dos casos de depressão?Nos homens ou nas mulheres?
sim, concordo que sejam as mulheres com depressão, mas os homens ñ estão livres disto. Claro q há um motivo p/ isso, acredito q a mulher se abale muito mais com os problemas cotidianos, do q um homem, pode ser essa a resposta. E como já te disse ñ vamos chegar numa conclusão em nosso diálogo, vc vai defender o q pensa e eu o q penso. é assim Ale, vc um Homem e eu Mulher, seres humanos, pensantes, com sentimentos, desejos, vaidades, defeitos e somos colegas, por alguns motivos comuns q nos levaram a chegar aqui. Por isso acho q ñ há pq pensar que a mulher tem q deixar de trablhar fora e tals. sei lá, ñ sei se fiz entender, mas p/ mim ainda há sentimento dentro dessa mulher moderna.
Sentimentos existem sim.Como também existem no homem. Chegar a conclusão? Isso não importa. Sobre eu homem, vc mulher: sim, porém somos seres que pensam diferente da maioria. Quem sabe eu não me importaria em ter uma família com uma "mulher rodada", quem sabe vc consiga ser uma ótima mãe de família e uma mega empresária.Porém nós somos a minoria perto do senso comum. Então diante do senso comum...vejo somente crises.
Realmente tenho que concordar com vc. A tal da crise que o senso comum ñ consegue ver!!
Mas nada melhor que discussões desse gênero para se fortalecer as mentes, daqeles q pensam q estão pensando...
E viva a Filosofia...:)
Oi Emerson...primeiro ponto: a mulher que casar para ter um marido, pais para os filhos e patrocionador deste sonho?
Não creio que queira um patrocinador para seu sonho, mas quer sim, um marido servil e filhos. As mulheres, embora independentes sexualmente, não largaram de mão o sonho de ter uma família baseada na moral cristã. Esse é o maior conflito de suas vidas.
Sobre a segunda questão, precisaria que vc me definisse qual é essa mulher verdadeira que vc diz o homem procurar. Vejo que o homem(tbm preso a moral cristã), não encontra mais aquela mulher submissa que aceitava tudo em nome da família, e isso o deixa totalmente inseguro.
Sobre os quesitos:
1- ter que fazer varios programas que não gosta ou não curte tão...
2- ter que ser fiel até nos pensamento ou morre...
3- ter que aturar familiares...
4- perder a privacidade...
5- ter que dar explicações de tudo..
6- não ter mais liberadade... depois de um tempo de relacionamento é um saco...
Resumo todos com o quarto e sexto...a relação mata metade do ser humano os filhos a outra metade...
Não sei se fui claroi, muito obrigado pelo comentário.
Abraço.
OI Ale, e a primeira vez que visito seu blog, estava eu procurando algo para ajudar tanto a mim quando uma amiga que esta passanndo por esta tal crise, Somos brasileiras e nossos esposos americanos vivemos nos EUA hoje. Eu concordo com voce. Meu marido um otimo marido por sinal, vem me dizendo que quando me conheceu no Brasil ele me via uma pessoa idenpendente eu trabalhava, resolvia tudo da familia, e que agora ele nao ver isso em mim. Mas eu percebi - me muito sozinha e no Brasil tinha pessoas que seguravam minha barra, e a familia era um suporte muito grande, vivo aqui a 5 meses nao morro de amor pelos EUA, nao falo ingles muito bem, nao trabalho nao posso dirigir ainda, e estou gravida do primeiro filho ( para nossa felicidade)entao sou totalmente neses primiros meses dependente dele, sem falar que moro bem afastada da cidade, por que aqui na regiao de washington nao tem a loucura das grandes cidades, as casas tem quintais e sao afastada dos movimentos, temos ar puro e ranquilidade ate demais para mim que vivia no meio da grande Manaus. Minha amiga ja mora a mais tempo, estamos com o mesmo tempo de casada. entao eu fiquei muito magoada com o que ele disse e procurei ser mais "independente", fiz pesquisa a respeito das mulheres americanas, sao muito independentes e fortes, so que percebi, eles confundem independencia com falta de afeto, carinho, atencao, entao sao independentes e ao mesmo tempo solitarios, e depois de perceber isso, eu vi que sou mesmo independente so nao sou uma pessoa que nao sabe dar ou receber afeto. Entao conclusao nao irei mudar, e quando eu mudei uns dias para adotar essa " independencia femininca daqui" percebi que meu marido ficou carente, e ja ele sim se mostrava indefeso, nao sei se me faco entender.
minha conclusao eh, as pessoas querem independencia, porem elas deixam de lado coisas mais importantes, o afeto, que hoje na verdade que penso que a maior crise e carencia do ser humano eh justamente isso, falta de afeto, eu fiz uma tese baseado na teoria de Max Neef, onde ele fala das necessidades humanas e pude entender o que eh ser independente.
Sou feminista e nem machista, mas eu vejo que se os valores nao voltarem a serem valorizados as coisa vai ficar feia e familias irao se desintegrar, por conta disso, afinal as pessoas casam para ter e ser companheiras, ter a tao sonhada familia global e mais importante dar boa educacao a seus filhos, e nao viverem como dois colegas morando na mesma casa. nao deixarei isso acontecer.
essa e minha opiniao.
se desejar visite meu blog. tem algumas de minhas experiecnias quando cheguei aqui.
So para corrigir..Sorry
NAO SOU FEMINISTA NEM MACHISTA.
no comentario relendo percebi que coloquei sou feminista, mas nao sou.
"Vejo que se os valores nao voltarem a serem valorizados as coisa vai ficar feia e familias irao se desintegrar, por conta disso, afinal as pessoas casam para ter e ser companheiras, ter a tao sonhada familia global e mais importante dar boa educacao a seus filhos, e nao viverem como dois colegas morando na mesma casa".
Interessante seu ponto de vista, mas pessoalmente, acho que temos q criar novos valores. A independência feminina é um fato, e novos valores devem surgir. Um grande obstáculo que vejo para isso, é aquilo que denomino sentimento de posse. Veja que o seu caso mostra os dois lados da moeda. Se por um lado, seu marido a conheceu independente, e se apaixonou por vc assim, por outro ele queria alguém que o servisse, que fosse dona do lar e mãe de família. Ele sonha com alguém que "sirva ele", e aí está explícito o sentimento de posse dele. Não é por nada que no momento que vc buscou sua independência, ele se sentiu triste, magoado. Isso aconteceu, pq ele viu que vc tbm poderia ser feliz sem ele. Agora, analisando sua vida, veja que vc não se sente mais satisfeita em ser somente uma dona do lar. Vc é uma mulher independente, autonoma com sede de vida. Fazer ele respeitar isso, mostrando que vc pode conciliar afeto e liberdade, acredito ser a saída. O que é necessário entendermos para mantermos uma boa relação, é o fato de que antes de sermos um casal, somos seres individuais, com vontades próprias que devem ser respeitadas pelo outro, isso tanto de sua parte como da dele. A grande contradição do amor, é o fato de que quanto mais temos segurança no outro, menos damos valor, portanto, a insegurança na relação é o que contraditoriamente a mantém. Não sei se respondi sua inquietações, mas qualquer dúvida, pergunte.
Ale, voce tem razao, porem eu pergunto o que seria estes novos valores? O que vejo eh os valores morais e espirituais estao sendo esquecidos, acredito que tudo na vida e progressivo, e mudam, ja dizia Heraclito a 470 anos A. C, mas os valores morais e espirituais estes sao imutavies, eu acredito que os valores deixados pelas antigas Escrituras Sagradas, defendida por Cristo, Buda, Moises, dentre outros, estes sim estao sendo esquecidos, de verdade a independencia feminina e um fato e muito bom por sinal, porem esta independencia se nao bem cuidada pode trazer conseguencias inrreparavies para as familias do seculo XXI, por que o que eu vejo que a Etica do Cuidado esta sendo esquecida, o amor e afeto, esta dando lugar as convenciencias, a posicao social, e no final todo mundo acaba terminando na solidao.
Os novos idolos que estao surgindo, quando voce liga a TV, sao novos idolos, um arcenal de mulheres frutas nuas, e outras aberracoes, isso eh triste para a nova proposta de educacao de resgate dos valores, e criacao de novos valores mais consistentes, que irao garantir a felicidade tanto dos atuais jovens e criancas e dos futuros.
Quando morava no Brasil ( e pessoalmente quero voltar) trabalhava com familias e jovens e cada dia eu rezava mais a Deus pedindo ajuda para que quando eu comecasse meu trabalho conseguissemos algum progresso, com estas familia e jovens, eu presenciava a violencia domestica, sofrida pelas mulheres e criancas, e minha arma era uma conversa franca e amorosa, junto a todos, homens e mulhres e filhos, desenvolvi cursos e programanas educacionais, isso sim ajudava.
Todos os dias era uma luta minha para ajudar os jovens em suas vestimentas, por que o belo deixou de ser belo para se tornar vulgar. O sexo algo tao maravilhoso virou algo comum que se faz quando quer e com quem se quer.
Acredito sim que tudo isso vai mudar, maseh preciso ser revisto, E pessoalmente acho que tudo isso vai depender de uma boa e amorosa educacao, as familias estao esquecendo de sentarem juntos para as refeicoes, para conversarem, ver filmes, passear nos parques etc. Isso nao quer dizer que seja falta de independencia das mulhres, mas isso sim e um fator que contribui para uma boa formacao do carater dos filhos.
A educacao das criancas sao deixadas as escolas com professores que ja tem seus proprios problemas ou a merce as TV’ s
Eu me considero uma pessoa independente, e gosto disse, deste de cedo trabalhei, quando meus pais se sepraram eu fiquei segurando a barra em casa, mas minha mae sempre nos ensinou o valor do amor e do companheirismo, e nao tinha trabalho ou que quer seja que me fizesse sair de casa quando alguem da familia estivesse precisando, acho que nossa verdadeira independencia esta em nossa liberdade de tomar decisoes, eu decido cozinhar para me esposo, eu decido sair de casa e deixar ele se virar, eu decido lavar, eu tomo minha decisoes, isso sim e independencia, somos independentes quando nao estamos pressionados a seguir determinada condicao de vida, agora as decisoes e que deverao ser sabias pois tudo tem conseguencia boa ou mal. E quando nao sabemos onde ir qualquer lugar serve.
Minha experiencia aqui nos EUA, esta ajudando a valorizar muito a educacao rustica que recebi de minha mae, eu que sempre achei que ela era uma mulher submissa, mas na verdade eu vejo que as pessoas aqui sofrem do mal do seculo a SOLIDAO, eu moro perto da Virginia, onde aconteceu o mais recente massacre na escola, por um jovem, sera ele o culpado pela formacao do carater que teve? Pessoalmente acho que nao, fiquei ate com medo de deixar meu filho estudar nas escolas aqui. As mulheres aqui sao muitos fortes fisicamente, elas fazem tudo que o homen faz, no inicio meu esposo dizia por que eu nao fazia isso, eu simplesmente respondi que eu sou mulher, e tenho papel definido, ele nao mais insistiu, porem as mulheres aqui sao muito masculinizadas, e mais ainda sofrem de depressao, e vivem nos consultorios de psicologia, isso e ser independente? Deixando seus filhos sozinhos com as Baby sitter’s, ( ja fiz um posto sobre isso) ou quando andam com eles os colocam em uma cesta e levam como se fosse compra de supermercado, isso eh que vejo e que decido que nao quero para mim nem para minha familia. As mulhres no Japao ja mais independentes agora do que anos anteriores, e estao decidindo nao casarem, e investir em suas carreiras, isso quer dizer que se nao tiverem filhos nao tera criancas, se tiverem filhos solteiras, estara faltando algo para as criancas.
Nao acho que meu esposo tenha este sentimento de posse, ele simplesmente, viu que as familias cujo a mulher tem “ independencia” esta independencia que se fala hoje, nao sao familias felizes, sofre elas e eles, todos queremos ter alguem com quem compartilhar, e dizer ao contrario e hiprocrisia, ele dar-me toda liberdade, para viver porem hoje estamos mais felizes, com a decisao que fiz, de nao adotar esta “independencia” que eh pregrada, e, ainda assim me considero independente, faco o que quero e decido como quero. Claro tudo baseado no amor e respeito e consulta, nao tomamos decisoes sozinhos sempre ouvimos a opiniao um do outro, isso e realmentem importante.
Concordo com voce quando diz que podemos conciliar afeto e liberdade, e isso realmente foi a minha saida para resolver isso.
Bem vou terminando por aqui por que este assunto e muito interessante e gera grande debates, por que uma coisa traz outra, ai entra muitos outros temas.
Educacao, respeito, amor, etc, etc...
Parabens por trazer isso a debate, um otimo tema.
Quero ajudar a construir um mundo melhor e mais humanizada, e acredito que isso comeca pela celula mais importante a FAMILIA, que precisa ser resgatada, e valorizada.
Recomento o filme : Beleza Americana, mostra isso bem ( os dias atuais).
Desculpe falei demais.
mas os valores morais e espirituais estes sao imutavies, eu acredito que os valores deixados pelas antigas Escrituras Sagradas, defendida por Cristo, Buda, Moises, dentre outros, estes sim estao sendo esquecidos.
Pois bem. Sua pergunta é o que não cala em minha consciência. Penso em quais seriam esses valores constantemente. O que posso te falar com certeza diante de seu comentário é que os valores morais e espirituais são mutáveis sim. É a sociedade que cria tais valores e é ela mesma que os modifica. Como podemos ver, estamos vivendo numa era de mudanças drásticas e uma nova adaptação se faz necessária. Quem sabe novas relações com mais liberdade e menos cobrança. Quem sabe não mais dividirmos o mesmo quarto e sim somente a mesma casa ou nem isso. Estamos nessa nova era, envolvidos em viver mais a nossa vida, num processo de individualização que deixa com certeza muitas frustrações e muitos solitários. Conviver com essa solidão seria de suma importância. É na solidão que observamos como o outro é importante e quem sabe sermos mais solitários possa fazer-nos contruir novos valores. Vc acha por exemplo a monogamia algo natural? Antes de sermos monogâmicos, somos seres individuais dotados de vontade e isso é natural do nosso ser. Entender isso? Sei que é difícil, mas são novas formas de relacionamento. Não sei se fui claro, e novamente, desculpe a demora. Abraço e tente pensar que essa moral que vc cita como imutável, de forma alguma é imutável ou absoluta.
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