sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Espaço Aberto

Parafusos


Somos todos parafusos presos ao tempo;

Somos parafusos quando opinamos o conhecido ao invés do oculto;

Somos todos parafusos nos deixando influenciar por amigos influenciando aqueles que chamamos de novos;

Somos todos parafusos quando involuntariamente multiplicamo-nos,

Somos todos parafusos que desejamos o bem para nosso bem;

Somos todos parafusos chegando ao fim de nosso giro;

Somos todos parafusos à espera de uma chave.


Monique Cescon

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Parafusinhos Ordenados


Vocês já observaram que somos todos "parafusinhos ordenados" onde o máximo que podemos fazer é girar em torno de nós mesmos?Olhem para o nosso dia a dia. Que horas acordamos? Que horas almoçamos?Que horas vamos dormir? Com quem conversamos? Nossa opinião sobre as coisas muda? Ou ela é constante? E se é constante, foi formada a partir de que? Daquilo que refletimos? Ou daquilo que nos disseram que era?
Somos criminosos. Batizamos nossos filhos covardemente, achando que libertamos-os do pecado original. Óh pecado original. Pecado é esse crime batismal que cometemos sem nos darmos conta dele. Pecado é levar nossos filhos a escolherem seu futuro através não de suas reais escolhas, mas sim do mercado de trabalho. Estes na flor da adolescência deverão realizar suas escolhas e se virar na vida. Nossos filhos não pediram para nascer e não é porque somos frutos do mesmo erro cometido por nossos pais que devemos também condenarmo-os.
Somos injustos com aqueles que mais amamos e não nos damos conta disso. Achamos fazer o bem, embora nem saibamos o que isso realmente significa. Óh mundinho cruel.
Mas hoje temos a maravilhosa informática, a globalização, a internet. Capaz de ligar-nos a um semelhante que nem conhecemos. Maravilha isso não? Sim deveria. Imaginem Sócrates (aquele maluco que na Grécia Antiga saia com o intuito de despertar o conhecimento através do diálogo), imaginem sua alegria nos dias de hoje em poder despertar o conhecimento a distâncias impensáveis, e hoje possíveis. Mas como "bons humanos que somos", essa distância é usada essencilamente para uso comercial e de manipulação em massa. Ah se a Internet tivesse sido criada por benevolência e não por exploração aos povos.
Mas não é só isso. Se somos parafusinhos ordenados durante a semana. Nosso fim de semana deve ser diferente. É nada. Vá a uma danceteria, a um bar e tire suas conclusões. Tente abordar um desconhecido e conversar. Isso é loucura. Primeiro que tal pessoa ficará receosa com sua tentativa. Nestes tempos globalizados, conversar é coisa do passado. Você deve ter primeiramente uma coisa: dinheiro.
Não interessa se seu interesse for intelectual ou sexual. Ao ir dialogar com alguém você deve ter primeiramente: dinheiro. O dinheiro leva você a ter tudo o que nossa maravilhosa sociedade busca: aparência individual para amostragem social. O que antes poderia se dar através do romantismo, da poesia e do fascínio intelectual, hoje se dá somente através da aparência, do quanto se ganha e do quanto se mostra.
Como podemos ver, é de difícil tarefa nos livramos do ordenamento. Somos ordenados logo no início de nossas vidas, e mesmo tomando consciência disso ao longo do tempo, não temos forças para mudar. Parece que há algo maior que nos sustenta, e que nos prende a esse mundinho absurdo. O que é esse sustentáculo? Nada mais é que a nossa constante necessidade de ser aquilo que não somos. A nossa constante busca de afirmação social. Afirmação que se dá através daquilo que o "Deus Mídia" nos coloca como correto, belo e infinitamente feliz . Grande ilusão. Em tempos modernos a felicidade é infinita e ditada eternamente pelo capital. "Ou vocês acham que seu último celular será o seu último celular?" Já saiu um novo modelo seus infelizes, vão comprar...
Enfim..."Parafusinho Ordenados Marchem..."





Dicionário do Ale

Paradoxo: Contraditório
Pólis: Cidade

A Invenção da Razão

Ó maravilhosa era a razão grega. Que sonho os primeiros filósofos tinham, quando sonharam com a pólis perfeita. No meio daquele mundo injusto que viviam, pregar o pensamento moral era a perfeita solução.

O princípio da racionalidade é paradoxal. “É deixar de existir para existir”. É pensar no outro para sobreviver, é pensar na ética-moral antes da vontade pessoal.

Todos valores morais na razão estão impregnados, toda compaixão, respeito, bondade, altruísmo, toda essa moral está na razão. A racionalidade tem um resquício comunista, embora tenha sido inventada por amor a própria vida, um amor pela vida, por força da brutalidade instintiva da natureza. Matamos os instintos por força da sobrevivência.

"Existir para alguém” e não “existir por simplesmente existir”, esse é o princípio da racionalidade. Desde o nascimento somos os únicos animais que “existimos para”. Nunca somos nós mesmos, e nunca seremos. Viver por viver, isso apenas existe, até ouvirmos, mesmo que inconscientes: “Esse é meu filho”. É neste ato egoísta dos pais perante seus filhos que deixamos de ser. Ali passamos a pertencer. A razão, a moral, nos é imposta no nosso primeiro choro: ”Não chora meu filho” diz a mãe. É neste momento que a natureza é decepada, é nesse “amor dos pais com seus filhos” que se dá o primeiro choque racional na vida.

Os animais não possuem, eles são. E deve ser por isso que, nós humanos, passamos a vida inteira querendo possuir. Quem sabe seja esse, o segredo de tanto egocentrismo. Somos possuídos e queremos deixar de ser posse. A liberdade, é a própria posse, quem sabe porque vemos na posse o libertar para nosso primeiro trauma: o pertencer.

Somos inúteis, não sobreviventes sozinhos. Precisamos do outro, e nossa razão nos fez chegar a um entendimento. Diga-se a um triste entendimento , em que para deixarmos de pertencer tenhamos que possuir. Paradoxo não?

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O Infeliz Caminho


Estava ali sentada. Sim ela estava.
Estava ali sentada, olhando para o nada. Parecia que esperava minha chegada.
Olhei para o lado, não vi mais ninguém. Pensei em destino, mas não acredito nestas coisas. Pensei então, numa feliz coincidência.Fiquei assustado. Será?
Será que realmente estava ali esperando que me aproximasse e lhe dissesse o quanto havia aguardado por aquele momento?
Convenci a mim mesmo que sim. Ela estava ali, esperando que me aproximasse. Não existiam mais dúvidas, a não ser sobre o que iria falar ao chegar perto de tamanha ternura.
Fiquei apreensivo. Era tão simples, mas tão árduo aquele curto caminho até ela.
Tomei coragem, e fui. Cortei aquele angustiante caminho como um soldado indo a guerra. Marchei firme, não em direção a guerra, mas em direção aquilo que denominam amor. Olhei firme em seus olhos, que embora estivessem distantes olhando ao horizonte, eram tão belos quanto o infinito ao longo do mar.
Atravessei o caminho, sem saber o que dizer e sentei ao seu lado. Foi aí...que ela saiu.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Espaço Shaollin


O Manoel vai trabalhar de mordomo:
_ Acorda patrão...acorda...
_ O que foi seu ingrato?...diz o patrão
_ Está na hora de tomar seu remédio para dormir patrão...



Joaquim convida Manoel:
_Manoel, estou a lhe convidar para o aniversário de 15 anos de minha adorável filha.
E Manoel responde:
_ Sim Joaquim irei, mas ficarei apenas dois anos...

Espaço Shaollin

Véspera de Natal, todo mundo querendo ganhar presente não é?
Assim, depois de várias reuniões e acordos firmados, conseguimos que o grande Shaollin (sim, aquele mesmo que não morreu no Carnaval) nos presenteasse com sua coluna de humor.
Shaollin promete matar nosso mau humor com um potente arsenal humorístico. Segundo ele, nesse mundinho ingrato nada melhor que sorrir constantemente.
Então a partir de hoje, vocês, além de refletir sobre os mais variados assuntos e encontrar belíssimas poesias no Espaço Aberto, terão também um espaço para deliciar as mais hilárias piadas do Mr. Shaollin.
Está aí o presente de natal. Um feliz natal a todos.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Uma frase para ser refletida.

"Deus deseja prevenir o mal, mas não é capaz?Então não é onipotente.
É capaz, mas não deseja? Então é malevolente.
É capaz e deseja? Então por que o mal existe?
Não é capaz e nem deseja? Então por que lhe chamamos Deus?"

Autor desconhecido

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A Vergonha de ser Colorado.

Só existe um motivo que justifica um número tão pequenos de colorados na comemoração de um ano da conquista do nosso maior título: vergonha.
Alguns dirão que não. Dirão que nós colorados, apenas comemoramos títulos e não datas.
Isso é mentira. Nós temos vergonha sim de sermos colorados, e isso quem sabe seja histórico. Pois o povo, historicamente, tem vergonha de ser povo e sonha em ser elite. Como historicamente, somos o clube que abriu o futebol ao povo, quem sabe, em nosso incosciente, reina um certo complexo de inferioridade. Reina ainda aquele sentimento que os irmãos Poppe sentiram ao serem barrados em 1909 no então único clube gaúcho.
Tudo bem, acredito que até ano passado, realmente, deveríamos ter vergonha de nós mesmos. Nós falávamos de nossos títulos brasileiros e gaúchos, e eles da Libertadores, Recopa e Copa Toyota. Até ano passado não tínhamos como dialogar com eles. Mas as coisas mudaram. Hoje, apenas temos uma Libertadores a menos, e temos um verdadeiro título mundial, que deixa eles nervosos só de pensarem. Porém, isso parece pouco para nós reconquistarmos o orgulho de sermos colorados.
Esse complexo de inferioridade se deve, principalmente pelos últimos 25 anos de sofrimento, em que amarguramos o Grêmio acumular além dos regionais, dois Brasileiros, duas Libertadores, uma Toyota e quatro Copas do Brasil, enquanto nós, apenas havíamos conquistado uma Copa do Brasil e alguns regionais.Eles até Segundona e semifinal contra o Caxias comemoraram. Diremos nós, que é uma vergonha comemorar tais conquistas, mas eles comemoraram, e temos ciúmes dessa falta de vergonha na cara que eles têm.
Se até 1980 tínhamos uma superioridade infinita, após 1980, o orgulho se inverteu. Mas como disse, isso novamente mudou, e é hora de reavivarmos o orgulho de ser Colorado.
É hora de retomarmos o posto de maior torcida do Rio Grande (como era até alguns anos atrás) e comemoramos todas nossas conquistas. Sejam elas pequenas, médias ou grandes.
É hora de voltarmos a ser Colorados de Coração.



segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Guerra nas Estrelas

Leiam e tirem suas conclusões.Tá no site da Plin Plin...

Buraco negro de 'galáxia da morte' atira contra vizinhos

Astrônomos nunca viram um evento cósmico tão violento antes.
Conseqüências podem ser fatais para planetas no caminho.

Astrônomos da Nasa flagraram um buraco negro supermaciço atirando jatos altamente energéticos contra uma galáxia vizinha. A violência do evento galático foi tão absurda que os pesquisadores apelidaram a galáxia que abriga o buraco negro de "Estrela da Morte", como no filme "Guerra nas Estrelas."

Foto: AP
Imagem feita a partir de observações feitas tanto em telescópios terrestres quanto em órbita.(Foto: AP)

A imagem mostra o sistema 3C321, que contém duas galáxias em órbita uma da outra, ambas com buracos negros supermaciços no centro. No entanto, o buraco da galáxia maior está lançando jatos de energia carregada de radiação contra a menor. O resultado pode ser fatal para os planetas no caminho.

Inter Campeão do Mundo


O que dizer?Ou melhor,será que há algo a dizer?
Será que existem palavras que podem descrever o sentimento que todos colorados espalhados pelo mundo, sentiram, quando há exatamente um ano, aos 36 minutos do segundo tempo, Adriano Gabiru, balançava as redes de Victor Valdez dando o título de Campeão Mundial ao Internacional?
Não. Não há como.
Não existe como descrever tal sentimento. Não existe como explicar tal sensação.
Caros amigos colorados. Vocês, que como eu, sofreram por muitos anos escutando dos rivais gremistas que jamais iriam ao Japão, que jamais conquistariam o mundo. Vocês sabem do que estou falando, do que estou dizendo.
Hoje somos outros, hoje conversamos sobre futebol com um ar superior, pois, somente gremistas com mais de 30 anos sabem realmente o que é ser Campeão do Mundo.
É por isso, e por tudo o que vocês sentiram há um ano, que o dia de hoje deve ser comemorado, idolatrado, ovacionado e simplesmente guardado na memória como o dia mais feliz de nossas vidas.

Inter Campeão Mundial de Clubes 2006. Obrigado Gabiru.


EEEEEEEEEEEE VAMO VAMO INTER....VAMO VAMO INTER...VAMO VAMO INTERRRRRRRRRR...

COLORADO...COLORADO...NADA VAI NOS SEPARAR...SOMOS TODOS TEUS SEGUIDORES...PARA SEMPRE EU VOU TE AMAR...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Espaço Aberto

BIGODE, LINDO BIGODE!

Uma homenagem a Bigodin(popular Zé do Busão)



Ó Bigode, Lindo Bigode,

do qual não quer se desprender de minhas entranhas.
Se fez de um beijo adorável com Adão na escuridão da noite.

Ó Bigode, Lindo Bigode,

do qual não me separarei até o fim da minha vida,

porque sem você não terei essa barbicha comprida

que na maré dos problemas,

limita-se as imperfeições da minha caricatura cansada.

Ó Bigode, Lindo Bigode,

que descrevo em versos que do + profundos

chega até o meu queixo e faz da minha cara o inverso.
Não sei se sou Maria João ou se sou João Maria

mas nessa constante indecisão é que se da minha alegria.

Ó Bigode, Lindo Bigode,

agora vou me despedindo

mas espero que este poema não esteja me iludindo

e que você esteja diluindo

e enfim de meu rosto sumindo.



Monique Cescon




segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O Banheiro.


A Felicidade sempre foi motivo de discussões ardentes desde os primórdios da nossa história. E eis que estou eu, a refletir sobre ela em plena Motonáutica, quando me surge uma luz, uma idéia do que realmente nos traz felicidade.
Num acampamento a gente vê uma diversidade enorme de pessoas. Ali você encontra, gente bonita, gente feia, ricos, pobres, gordos, magros e assim sucessivamente...resumidamente ali reúnem-se os mais variados tipos de pessoas que podemos imaginar.
E assim fiquei pensando: O que poderia trazer felicidade para aquele mar de gente, o que poderia ser geral e que satisfazeria a todos?E eis que uma luz divina vem, trazendo consigo a resposta: O que nos traz felicidade geral é o banheiro. Sim o banheiro. Nem dinheiro, nem amor,nem família, nada disso traz tanta felicidade quanto um banheiro.
Se perguntássemos a qualquer pessoa, o que ela gostaria no segundo dia de acampamento, provavelmente diria: quero um banheiro limpo.Nada no mundo tem maior valor que isso.
Um vaso sanitário....aaaaa como eu queria um vaso sanitário naquele lugar. Um vaso limpo, um chuveiro quente, um chão que pudesse pisar sem barro aos meus pés. A como gostaria de ter um banheiro limpo.
Vocês devem estar rindo neste momento, mas perguntem para quem foi e verão se não tenho razão. Nada traz mais felicidade que um banheiro limpo...
Por isso, peço a todos os que estavam lá acampados ou que um dia já acamparam, que no dia de hoje toda vez que forem evacuar seus intestinos, soltar suas bexigas ou lavar seu corpo com aquele banho maravilhoso, agradeçam ao maravilhoso pedreiro que construiu seu banheiro. Ele merece.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A Quebra da Bengala


Primeiramente quero esclarecer, para não acontecerem más interpretações, que quando citar a palavra "crente", não denomino de crentes aquelas pessoas que não são católicas(nomenclatura que os próprios católicos num tom pejorativo e preconceituoso nomeiam os não católicos, embora os mesmos sejam cristãos). Assim chamarei de crentes, todos aqueles que crêem nesse Deus Cristão,monoteísta, supostamente definido e anunciado pelo seu filho, Jesus Cristo e mais presente em nossa cultura.
Definido isso, justificarei o presente texto e explicarei meu ponto de vista, primeiramente com algumas perguntas. Me respondam:

Quantos e-mails, ou quantas visitas de pessoas falando e pregando o ateísmo, pregando o agnosticismo, pregando uma vida sem religião independente de Deus vocês já receberam?
Muitos nem devem saber o que essas primeiras palavras significam e isso já demonstra o desinteresse que os descrentes tem em pregar suas idéias. Podemos ver que tais movimentos, não sentem necessidade de pregação, pois, ou tem certeza da inexistência ou não fazem questão de discutir um assunto que sabem que no fim, não se chegará a uma conclusão.
Agora me respondam: Quantos e-mails ou visitas já receberam dos pregadores do evangelho?
Tenho certeza que muitas. Por quê?
Porque os crentes sentem uma necessidade muito grande de aumentar seu rebanho, e isso se deve há dois motivos: um é financeiro, quanto mais fiéis mais dinheiro, mais grana( se vocês me entendem), e o outro é de dúvida e afirmação. Por não terem certeza da existência de Deus, eles saem pregando e anunciando as suas supostas verdades, esperando que as pessoas os compreendam e os sigam, para que num fim último, tenham a sua idéia afirmada, e assim consigam se libertar da angústia que sentem diante da vida, da existência. Como crêem na perfeição, eles não conseguem entender que a angústia faz parte da vida e é totalmente normal. Portanto, além de precisarem de uma Bengala( no caso Deus) para se manterem vivos, também precisam da afirmação do outro para justificar a própria "Bengala"(Deus). E aí é que encontramos o motivo que impossibilita crentes e descrentes de poderem dialogar.
O motivo de tal falta de diálogo é simples: toda vez que um crente se defronta com um descrente, o descrente quebra a "Bengala" do crente, e aí meus amigos?
Aí eles caem, e nada pior que um tombo sem volta.
Ótima quarta a todos.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Fome e Oração


Tem coisas que não suporto, que me deixam nervoso, impaciente, com vontade de explodir este mundo hipócrita ou então me explodir. Vou fazer um breve comentário sobre um e-mail revoltante que recebi de uma amiga minha sobre a fome.
Ele não é idiota e insuportável pelo seu conteúdo. O e-mail é triste, mostra imagens terríveis sobre a fome, por exemplo, de um urubu esperando a morte de uma criança para devorá-la(foto ao lado).

O respectivo e-mail deveria servir para que tomássemos conscientização, para que nos indignássemos e pensássemos de como pode ainda ser possível, com toda terra produtiva que temos, com toda riqueza que possuímos, deixarmos que crianças inocentes venham a falecer. O e-mail deveria, pelo seu conteúdo, levar o leitor a essa indagação. Mas não. Logo no início ele dá a solução para a fome. Qual? Orar e agradecer a alimentação que possuímos. Não estou mentindo não. É isso mesmo. O e-mail manda orarmos pelos famintos e não tomarmos uma atitude perante tal crueldade.

Então vamos pessoal. Vamos lotar as Igrejas dos exploradores de dízimos. Vamos erguer as mãos para os céus e num ato egoísta, agradecer a Deus todo poderoso que é bom conosco mas terrível com aqueles que passam necessidades e orar e cantar e glorificar o Maldito ou melhor Bendito Senhor.

Devemos cantar bem alto e orar ao Senhor dizendo:

”Obrigado Senhor, por me dar alimentos e matar meu semelhante de fome. Obrigado Senhor por não ser igual perante a sua criação. Obrigado Senhor pela sua maldade e por eu não estar incluído nela. Obrigado Senhor por eu poder sustentar os exploradores do dízimo, mas também obrigado por não ter compaixão, e por não ceder um prato de comida para aquele semelhante que passa aos meus olhos implorando por comida, ou que passa alguma necessidade eu o ignoro. Enfim, obrigado Senhor por eu ser um ser sem coração e que acredita ( num raciocínio burro), que pagando o dízimo e orando, ganharei um terreno nos céus.”

É isso meu povo, chegamos ao fundo do poço. Chegamos ao ridículo. Chegamos ao ponto de que quando vemos imagens terríveis, oramos para aliviarmos a consciência.

Êta mundinho de merda mesmo, mas antes de terminar, só uma perguntinha: não seria melhor antes de orarmos, pegarmos o patrimônio da Santa Igreja e acabarmos com a fome. Ou o dinheiro deles só serve para pagar indenização pelos crimes cometidos pelos padres pedófilos? Ou não seria mais justo ao invés de gastarmos meio milhão para santificar nossos mártires de Nonoai, pegar esse dinheiro e construir moradias, construir escolas ou fazer algo por aqueles que necessitam? Pensem nisso. Espero que a indignação de vocês seja semelhante a minha. Boa terça feira a todos.

Espaço Aberto

O amor

O amor da menina não nasce com o tempo,

Ela não tem o poder de fazer nascer o amor;

Ela não possui dois amores,

A menina não sabe explicar a existência do amor;

Ela não quer dividir o seu amor;

A menina apenas sabe que o seu amor acontece em instantes,

Entra sem bater,

É inexplicável,

E um amor que é só seu será eternamente o seu único amor.

Monique Cescon

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A Justiça tarda mas não falha.

Uma imagem vale mais que mil palavras...
Hahahahaha...mas eu tô rindo a toa...o Corinthinas tá na segundona e o Inter pode se vingar...