sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mea Culpa.

Depois de uma noite não muito tranquila - no final da tarde de ontem recebi a notícia de que eu era um dos suspeitos criadores do novo blog -, li com alívio o novo texto publicado no Planalto Piada agora de manhã. No referido texto, o autor além de falar da finalidade de seu blog e reconhecer o erro cometido no segundo texto (eu acho que cometeu erros no primeiro também), promete finalmente se identificar. A ele apenas tenho a dizer: que bom.


Já a vocês que desconfiaram que eu pudesse ser o “criador da criatura”, tenho a dizer que jamais ataquei e jamais atacarei as pessoas em sua particularidade. Meus escritos por muitas vezes irônicos, não atacam pessoas, mas atacam os órgãos, as instituições, e os agentes que nos representam. Meus textos seguem a linha de Juremir Machado da Silva, escritor, jornalista e cronista do Correio do Povo, que diz que “o formador de opinião deve ser um serial killer. Ele deve atacar todas as contradições dos agentes políticos”. É isso que sempre fiz e sempre tentei fazer. Além disso, não escrevo anonimamente, assumo o que digo e faço minha mea culpa sempre que acho necessário. Por falar em mea culpa, é isso que vou fazer agora diante do meu texto “As Minhas Impressões sobre o Novo Jornal”.


Andei conversando com a Raquel, uma das proprietárias do novo jornal, e ela me falou de suas indignações com as minhas impressões textuais. Disse ela que não deveria tê-las colocado no blog antes de ter falado com ela. Isso se eu fosse seu amigo. Eu sou amigo dela, mas não concordo que traí sua amizade. Enfim, gosto da Raquel, confio nela, e é isso que importa. Além do mais não ataquei “ela” com minhas ironias, mas sim uma situação que inaugurava mais um órgão que irá nos representar, nos informar, e que obrigatoriamente vai ter que definir o que quer que saibamos sobre nosso município.


Mesmo assim, e para deixar os mal entendidos de lado, escrevo as linhas que seguem, acreditando que os mal entendidos sejam entendidos, e desde já pedindo desculpas aos que interpretaram minhas palavras de uma forma diferente da qual gostaria que interpretassem. Vamos então ao que interessa, ou seja, às possíveis ofensas cometidas por mim no texto referido.


Sobre a organização: quando falo da organização, em momento algum percebo, vejo, ou sinto, que ali estão sendo inauguradas amizades ou promulgadas inimizades, mas sim, digo que “quem sabe” esteja isso acontecendo. Também em momento algum me sinto incomodado por isso, ou com as pessoas que ali estão. Enfim, apenas uso da ironia para falar de um fato real: existiam mais cadeiras que mesas sim.

Porém, como também afirmo no texto, isso é o que menos importa.


Sobre os convidados: Quero aqui, antes de mais nada, pedir desculpas a todos os proletários presentes na inauguração do jornal. Como disse no texto, a minha impressão era que a maioria dos presentes eram burgueses. E aqui é bom lembrar, que quando falo em burguesia, falo de uma classe dominante. Classe essa que como sabemos, substituiu na modernidade o feudalismo. Porém, também no meu texto, deixo explícito e claro que isso sempre foi assim. Marx já diz isso quando observa que “a história do mundo é a história da luta de classes. Luta essa onde sempre houveram opressores e oprimidos”. Assim, novamente peço desculpas a todos os oprimidos que estavam no lançamento no jornal.


Sobre os discursos: como disse no texto publicado, eram sobre os discursos que deveríamos nos deter. Ali, resumindo, o que pretendo é dar uma preciosa dica ao novo jornal. Tento dizer a ele, que ele não deve deixar as críticas de lado, que ele não deve seguir a ideia que existe um jornal imparcial, e que ele deve sim “informar para instruir e criticar para construir”. Essa frase inclusive, resume minha ideia e minha disposição para escrever tal texto.


Enfim, escrevo esse último texto sobre o assunto, esperando ter deixado claro, que não quis em momento algum ferir a imagem das pessoas, mas pelo contrário, quis despertar que o jornal recém nascido, não venha a ser apenas um informativo dos poderosos. Era essa, e continua sendo essa a minha preocupação. No mais é isso, e por favor: não desconfiem de mim. Entendo, aos que desconfiaram da minha pessoa, pois admito que tenho uma história textual de ironias e de polêmicas, mas é exatamente essa história que mostra que não sou o “criador da criatura”. Minha história mostra que jamais ataquei as pessoas na sua intimidade. Meu alvo sempre foi nossos representantes e suas ações sociais, e não suas singularidades. Continuarei, obviamente, sendo um franco atirador em tudo aquilo que achar contraditório, porém, apenas continuarei atirando naqueles que como figuras públicas merecerem uma alfinetada. Espero que esteja agora, sendo finalmente compreendido.


Abraço a todos é ótimo final de semana

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Planalto Piada e Gilberto Anônimo

Minha intenção hoje era falar do Inter, da importância do gol marcado fora de casa, e das possibilidades do Colorado reverter o resultado adverso construído pelo Banfield na Argentina. Porém, preciso comentar sobre a sensação do momento. Não, não é sobre o time do Santos, muito menos sobre aquelas ridículas camisetas fosforescentes (ou fluorescentes...vai saber) que parece que estão na moda. Quero falar sobre o novo blog criado em nosso município, ou mais precisamente, sobre o “Blog Planalto Piada” (www.planaltopiada.blogspot.com).


O Planalto Piada é um blog, aparentemente criado dia 19 de abril, com o suposto intuito de criticar, além do novo jornal, também a administração municipal.


Fiquei sabendo do novo blog, pelo meu blog aqui, que embora muitas vezes faça rir, não é anônimo e não tem como objetivo ferir as pessoas, e sim despertar a crítica diante dos fatos. Enfim, fiquei sabendo do blog, porque seu autor veio até esse espaço, e num dos meus textos, depois de um breve diálogo, fez alguns comentários sobre a sua existência (ver comentários no texto “A Obra, os Protestos e as minhas Desconfianças”).


Sobre o Planalto Piada, vi em seus escritos apenas um assunto relevante, apenas uma crítica construtiva, crítica esta quando se refere à entrevista realizada com nosso prefeito. Realmente as perguntas foram mal elaboradas e sem serventia alguma para quem leu o jornal.


Porém, se por um lado vi apenas um ponto positivo em seus textos, por outro vi muitos pontos negativos, e porque não dizer, pecaminosos no novo blog.


Primeiro: ele não tem dono. Quer dizer, ele tem um dono que não se identifica, ou seja, não tem coragem de assumir o que diz.


Segundo: sua linguagem está mal formulada. Não que esteja impossível de entender, mas para isso é necessário ler várias vezes seu conteúdo.


Terceiro: ele é ofensivo e sem argumentação, ou seja, suas críticas em sua maioria não possuem fundamentação.


Em outras palavras, ele trata de ofender sem dizer por que, ou com base em que ofende. Ofendeu, por exemplo, as meninas do novo jornal no primeiro texto, e no segundo, tratou de um assunto delicado de doença e que não tem nada a ver com a administração municipal. Parece assim, como diz o Gilberto Anônimo (em um dos seus comentários) que o dono do Planalto Piada está com dor de cotovelo. É, parece que tem razão o tal do Gilberto.


Por falar em Gilberto, eis mais um mistério que precisamos relatar. Sim, temos dois mistérios soltos no mundo virtual: o Planalto Piada e o Gilberto Anônimo (que também não deixa de ser uma piada). Mais piada que os dois, só a tentativa do Planalto Piada, que é anônimo, em perguntar “quem é você” para o anônimo Gilberto. Eu confesso: quase morri rindo. Imaginei o Gilberto respondendo: eu sou eu e voçe quem é? (sim Gilberto Anônimo escreve você com ç).


Tentando descobrir quem são e já comentando um pouco sobre nossos dois protagonistas, parece que se por um lado, o Planalto Piada dá a entender que é um membro da ex situação ou atual oposição, Gilberto Anônimo parece ser um ex opositor agora na situação.


O que os dois têm em comum? São assassinos da língua portuguesa e obscuros. Ambos possuem dificuldade de se expressar e ambos mantêm o anonimato, ou seja, não assumem o que dizem.Inclusive, ambos estiveram presentes aqui no blog comentando (ver comentário do Gilberto no texto “Algumas Impressões sobre o Novo Jornal) e ambos não deram respostas as minhas perguntas.


Planalto Piada parece ter vindo até aqui fazer merchandising de sua criação, já Gilberto Anônimo, parece que veio até aqui tentar me debochar e ironizar meu texto, sem apontar nenhuma discordância naquilo que eu disse.


Ambos assim parecem não saber muito bem o que dizem e o que querem. Eles não são claros, não são coerentes e muito menos éticos. Enfim, eles se parecem e muito, com a maioria de nossos representantes. Não é por nada que eles estão bombando nos bastidores e até tentando dialogar. Eu estou desconfiado, inclusive, que os dois são a mesma pessoa. Eles são parecidos, e o objetivo de ambos (ou do único) seria apenas apimentar nossa politicagem. Se não for uma única pessoa, deveriam se unir e formar uma dupla. Com certeza seria muito engraçado.


Eu confesso que já estou com uma pontinha de inveja do novo blog. Acho que vou começar a escrever críticas sem fundamento, ofensas levianas e comentários ridículos.


Uma dica aos dois? Não parem com o diálogo, não parem com as críticas, mas as fundamentem e assumam suas identidades.


Abraço do Ale (sem acento viu Gilberto) e ótima semana a todos.

terça-feira, 27 de abril de 2010

O GRENAL e o Título do Grêmio.

Preciso falar do GRENAL. Não gostaria claro, mas minha escolha de ter um blog que trata de tudo um pouco, me deixa sem escolhas. Esta manhã fui cobrado por um leitor. Sim, eu tenho leitores. Poucos, mas tenho. Não devem passar de 20 acredito eu. Não reclamo disso, pelo contrário agradeço. “Eles são poucos, mas são bons”, como já dizia Heráclito. E assim, esse meu bom leitor questionou: “porque afinal não tinha escrito nada sobre o GRENAL? Só porque meu time havia perdido? Só porque meu time agora só tem chances matemáticas de ser Campeão? É pode ser. Já joguei a toalha. O Grêmio já é Campeão Gaúcho. Até posso sonhar que o Alecssandro marque um, o Victor falhe em outro, e que a minha zaga não sucumba. Mas é mais fácil que o Inter ganhe a América e o Mundo de novo, do que isso venha acontecer.


Agora deixando de lado meus leitores e o título gaúcho do Grêmio, vou falar do GRENAL.


O GRENAL foi um jogão. Eu desconfiava que fosse. Desconfiava porque da união de dois times ruins só poderíamos ter um baita jogo. É como na matemática: duas cargas negativas geram uma força positiva. E realmente foi uma bela partida. Foi uma bela partida até o Grêmio marcar o primeiro. Depois foi sumanta, e mais alguns minutos de jogo e o terceiro gol gremista seria inevitável.


Até o Grêmio marcar o primeiro, o jogo poderia estar 2 a 2 ou 3 a 2 para qualquer um dos lados. O Inter dominou o primeiro tempo, mas o Grêmio teve no mínimo duas chances marcar, uma com Borges e uma com Jonas. O Grêmio por outro lado, dominou o segundo tempo, e foi o Inter que por sua vez teve duas chances de marcar, as duas com Walter. Assim, a diferença entre os tempos e o resultado da partida, esteve na defesa.


A defesa do Grêmio não falhou. E quando a zaga falhou, Victor salvou. Já quando Victor falhou a zaga cortou. A defesa gremista assim foi perfeita.


No caso do Inter...bem...no caso do Inter, a zaga falhou, o goleiro não salvou e o Grêmio marcou, duas vezes. Resultado: Grêmio 2 a 0.


Resultado? Grêmio Campeão Gaúcho e o Inter sonhando que as coincidências continuem a coincidir, afinal em 2006, perdemos o Gauchão, mas vencemos a América e o Mundo.


A expectativa é geral. Toda parte vermelha do Estado sonha que as orações Fossatianas, ao menos na Libertadores continuem a dar certo. Eu sinceramente, não acredito em milagres.


terça-feira, 20 de abril de 2010

Algumas Impressões sobre o Novo Jornal.

Passei meus últimos três dias pensando sobre o novo jornal. Sim, Planalto tem um novo jornal. Sobre o jornal, sinceramente esperava mais. Mais e menos na realidade. Mais acertos e menos erros. Gramaticais claro. Apesar disso, acredito que ainda é cedo para fazer uma análise maior. Só o tempo nos dirá qual o real objetivo do jornal.


Sobre a festa de sábado, até podemos tirar algumas “impressões”. Porém, tais conclusões não passarão de meras impressões.


Assim, sem tirar nenhuma conclusão e embasado apenas em tais impressões, é que vou deter minha análise. Em outras palavras, vou falar sobre o que é possível falar, ou seja: sobre a organização da festa, sobre os convidados, e sobre o discurso das autoridades.


Sobre a organização


A organização que optou pelo excesso de cadeiras e a falta de mesas, acertou em cheio nesse equívoco, pois obrigou as pessoas, que chegavam no horário, a ter de escolher sentar com quem não tinham um vínculo maior. Foi um ponto positivo, afinal, embora tenha causado certo constrangimento em quem entrava, ocasionou a aproximação entre as pessoas, quem sabe inaugurando a amizade ou a inimizade dos presentes. Enfim, a organização é o que menos importa sobre as impressões inaugurais.


Sobre os convidados e presentes.


Não sei se todas as classes sociais, políticos e partidárias foram convidadas, porém a festa, cheirava a burguesia. Os convidados enfim, eram em sua maioria, comerciantes burgueses e autoridades da administração municipal. Nenhuma maior surpresa diante disso, afinal, sinceramente, exceto em abertura de boteco, não conheço nenhuma inauguração que teve a presença e o discurso da massa, ao invés de burgueses e autoridades representativas.


Sobre os discursos.


Chegamos aos discursos. São sobre eles que podemos dizer algo.


Devemos admitir, que os discursos, ao menos do pároco, como do representante maior do governo municipal, foram preocupantes. Ambos, em suas entrelinhas prezaram em criticar o Jornal já existente, ao invés de falar da importância do novo jornal. Os dois apenas mudaram os termos, mas falaram da mesma coisa. O padre falou de um jornal sem alfinetadas; o prefeito por sua vez, de não haver picuinhas. Os dois, mesmo não diretamente, se dirigiam ao Jornal Ametista, que com suas críticas abalam sempre a moral das autoridades. Por falar em moral, tanto o padre como o prefeito, parecem não saber muito sobre as diferenças entre ética e moral. Acredito que os dois, quando se referiram a um jornal que prezasse sobre a ética, provavelmente queriam falar de um jornal que não incidisse sobre a moral governante, ou seja: falavam da importância de um jornal que não questione, não critique e não desorganize a ordem. O prefeito chegou a falar de um jornal imparcial, algo que como sabemos, é impossível de ser efetivado. Quem sabe o que ele quis dizer, é que espera que o novo jornal seja omisso, e apenas informe o que está sendo realizado ao invés de mostrar o que não está sendo feito. Pode ser. É um caminho. Porém, se é um caminho, é algo a ser decidido, e se é decidido, logo não pode ser imparcial. Por fim e resumindo, os discursos foram de total apoio ao jornal fundado e repulsa indireta ao já existente, o que caracteriza, se seguidos os discursos pronunciados, que o jornal em sua primeira edição já foi corrompido.


Considerações Finais


Para terminar, relembro que é cedo para tirar conclusões. Eu, pessoalmente, espero que ambos os jornais continuem a existir, e que o novo jornal não se amedronte com os poderosos. Espero sim, que faça aquilo que todo jornal deve fazer: informar e criticar.


Informar para instruir e criticar para construir.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Meus 31 anos e a Modernidade.

Hoje quero agradecer. Quero agradecer a todos aqueles que me desejaram felicidades no último dia 14, dia no qual, segundo nosso calendário, fiz 31 anos. Tenho de confessar a vocês, que nunca recebi tantas felicitações quanto esse ano. Me senti um verdadeiro BBB, sempre batendo recordes.


Claro que, diferentemente do BBB, não vi motivos para me orgulhar disso. Entendo o fenômeno da internet, e sei que a cada ano, pelo aumento do acesso da população a mídia virtual, eu e o BBB, sempre bateremos nossos próprios recordes. São os efeitos da modernidade.


Voltando ao meu aniversário, foi inevitável ele me fazer pensar no passado. Até porque depois dos trinta é incrível como tendemos a nos reportar ao que já se foi. “Lembra daquele tempo” começa a ser a frase mais aplicada nos diálogos com os velhos amigos. Chega a dar arrepio, mas enfim, lembrei no decorrer do dia 14, do tempo que fazer aniversário era algo íntimo a família e aos amigos mais próximos. Lembrei também do tempo que escrever cartas de amor era a forma mais romântica de dizer eu te amo, e lembrei também que tudo isso quase não existe mais.


Poderia vir aqui, fazer uma crítica sobre a modernidade, ou a pós-modernidade como alguns preferem denominá-la. Poderia incriminar meus amigos de Orkut, dizendo que pouquíssimos dos que me desejaram felicidades, lembrariam “do meu dia” se não existisse o mundo virtual. Mas não. Não vou criticar. Não quero criticar. Quero apenas agradecer a todos que perderam seu precioso tempo para me desejar felicidades, e dizer que fico feliz em ter vocês como conhecidos ou amigos.


Estou com 31 anos sim, e se pudesse pedir algo, pediria que jamais viesse a ser um velho rabugento. Vivemos no melhor dos tempos, basta sermos artistas e fazermos da vida um grande palco. Abraço e até o esperado próximo texto.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Protesto, a Obra e as Desconfianças.

Sou desconfiado, já disse a vocês. Tão desconfiado, que desconfio inclusive, nunca ter dito isso a vocês. Sou meio cartesiano nesse ponto. Já disse aqui a vocês que Descartes, desconfiado, suspeitou até de sua própria existência? Disse né? Ou não? Puta merda e agora? Desconfio que seja por falta de memória que isso aconteça. Ou por excesso também. Sou da ideia que muita informação causa desinformação. Funcionaria mais ou menos como uma sobrecarga no sistema, entendem? Desconfio que sim.


Lógico que minha desconfiança muitas vezes já me rendeu algumas certezas. Não vou citar aqui minhas certezas, porque com certeza os cristãos ficarão “p” da vida comigo. Outra hora explico isso a vocês. Hoje quero falar das minhas desconfianças, não das minhas certezas.


Como disse, já desconfiei de tudo. Tudo bem, e felizmente, que muitas das minhas desconfianças já foram frustradas. Já desconfiei, por exemplo, que o Inter jamais seria Campeão do Mundo, e felizmente, Gabiru me provou o contrário. Já desconfiei que o asfalto Planalto - Iraí jamais teria início, meio, e fim, e por enquanto, estão me provando o contrário. Lógico que ainda falta concluí-lo, o que me gera ainda muita desconfiança, mas espero novamente estar equivocado.


Falo disso, por que duas novas desconfianças fazem parte da minha existência desde o dia de ontem. A primeira surgiu quando fui informado, que a população de Alpestre, se uniria, fecharia o comércio e deixaria de lado um dia de trabalho, para partir rumo ao bueiro inconcluso na RS 504, com o intuito de protestar pelo reinício das obras. Eles fariam como os civilizados indígenas fazem, e bloqueariam a estrada. Sim acreditem. Eu ainda desconfio que o protesto saia, mas parece que já existe um plano. Já avisaram, inclusive, os meios de comunicação que garantiram a cobertura televisiva.


O problema, é que apareceu um problema, menos de 12 horas depois da reunião que ficou acertado o protesto. Olhem que “coincidência”: hoje pela manhã, operários da IVAI, empresa responsável pela construção do asfalto Planalto – Iraí, estavam ali, no buraco deixado pelo bueiro, todos dotados de modernos aparelhos, que passavam a ideia de que as obras estariam sendo reiniciadas. Eu imediatamente desconfiei. Desconfiei de tudo e de todos. Liguei os fatos, elaborei uma história e conclui. Enfim, elaborei minha ideia sobre os fatos.


Olhem só o que saiu da minha cachola desconfiada: feita a reunião e convocados os meios de comunicação, imediatamente eles, os poderosos meios de comunicação, notificaram o executivo estadual sobre o possível protesto, que por sua vez, imediatamente acionou o DAER, para este dar um jeito de colocar na situação. Desta forma, operários, aparelhos e maquinário foram levados ao local, para dar a impressão de que as obras estão ocorrendo. Assim, o protesto não sai, a governadora fica intacta e semana que vem, desconfio eu, tudo está paralisado de novo. É isso. Apenas estou dando a minha versão desconfiada dos fatos, mas espero que novamente eu esteja equivocado.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

As Pulseirinhas do Sexo.

Estão querendo proibir as chamadas pulseirinhas do sexo. Em alguns lugares até já proibiram. Eu sou contra. Extremamente contra. Radicalmente contra. Na verdade até posso ser a favor. Absolutamente a favor. Não. Não estou me contradizendo. Ou estou?


Meu problema é que sou radical. Comigo é 8 ou 80. Nada de meio termo. Sou contra a proibição, pois sou a favor da liberdade. Acredito que vivemos em tempos modernos, de livre expressão, e que já possuímos, em tempos de hiper informação, meios para sabermos o que estamos usufruindo. Assim, se a pulseira do sexo, trás consigo algum significado ou alguma regra, semelhante a um jogo, logo, quem usa a bendita (ou seria maldita?) pulseirinha deve saber dos riscos que está correndo. Deve saber das regras do jogo. A proibição vai contra a liberdade e eu sou a favor da liberdade.


No máximo, a pulseirinha deveria ser proibida para menores de 18 anos e conter na sua embalagem algumas advertências do tipo: “este produto pode te levar a ser vítima de estupro, que em caso de resistência, poderá te levar a morte”. Tão achando perigosa a pulseirinha? Simples, não usem. Viram que fácil de resolver o problema?


Pelo que observo, querem proibir a pulseirinha pelo fato dela, teoricamente, incitar ao sexo. Ótimo, mas por favor, proíbam também as mini saias, os decotes, os micro shorts, e também as músicas, que trazem igualmente as pulseirinhas, os mais variados ritmos para a prática sexual. É axé, funk, techno brega (esse sim deveria ser proibido), todos promovem o sexo fácil. Ahh... não esqueçam de proibir também as novelas e quase todos os programas dominicais de TV. Viram? Sou favorável a proibição.


Enfim e agora falando sério, esse tipo de discussão me deixa nervoso. Ela me lembra a história daquele pai, que chegando em casa bêbado, olha para o filho concentrado, que fuma um baseado enquanto lê, e exclama: “que vergonha”. Sinceramente existem coisas que não consigo entender. Dizem que para entendermos temos de viver as coisas. Acho que vou comprar uma pulseirinha e um cd do Dejavú. Não. O Dejavú me levaria ao suicídio, preciso viver para tentar entender as coisas.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Grêmio, Descartes e seus métodos infalíveis.

Descartes, filósofo francês do século XVII acreditava que o mundo era uma grande máquina e que o homem por duvidar de tudo, inclusive de si mesmo, assim existia. Desconfiado de tudo, o homem deveria construir um método para que tudo pudesse conhecer. E ele criou um método. Para se ter uma ideia, tudo o que temos em termos de tecnologia hoje, tem o dedo do francês. A grande contradição de Descartes, é que ele, embora tenha tirado o poder de Deus diante do conhecimento, ainda acreditava na supremacia do Divino. Era ele, Deus, que garantia em última instância o pensamento, ou a possibilidade do homem conhecer.


A ciência neutra, o jornalismo dito imparcial, e até os gremistas auto denominados imortais, seguem o francês. Tudo bem que todos sejam uma grande farsa, afinal, nem jornalismo e ciência são neutros, e muito menos os gremistas são imortais. Se bem que os gremistas...


Tudo bem, os gremistas não são imortais. O Grêmio que é imortal, invencível e superior a tudo o que existe no futebol. Sou colorado, admito a superioridade. Nunca vi um colorado com ar de soberba e só conheço um gremista mortal. Todos os outros se dizem imortais.


O Grêmio para seus torcedores é como o mundo para Descartes: uma grande máquina onde tudo funciona em harmonia. Para um gremista todas as equipes de futebol do mundo são inferiores ao Grêmio. O Tricolor Gaúcho, inclusive, jamais foi derrotado na história do futebol. Podem vir os historiadores afirmar agora que isso é um equívoco, que os números mostram, e aquele papinho de matemático histórico estatístico. É tudo mentira.


O Grêmio como Descartes, criou um método no qual é impossível de conhecer a derrota: ou vence ou foi roubado. O método é realmente eficaz, afinal, não existe matemática ou dado algum capaz de convencer algum gremista de sua mortalidade...nem mesmo uma derrota para o Pelotas em pleno Olímpico.

Sabedoria Oriental.

Esse conselho chinês retirei do Blog do PB, mas me lembrou uma professora que dizia que a preocupação (pré-ocupação) não existe, afinal, ou estamos ocupados ou desocupados.









quarta-feira, 7 de abril de 2010

BBB Presidente 2010

Meu amigo Odair Bondan disse que foi a Rita Lee que disse, mas enfim, achei a ideia no mínimo interessante.

Tudo bem que o resultado poderia ser manipulado pela Rede Globo, porém, antes de condenar o BBB Presidencial, devemos nos perguntar se isso já não acontece no nosso "sistema democrático". Ao menos, com esse novo sistema eleitoral, conheceríamos mais a fundo nossos candidatos, seus temperamentos e suas intimidades, quem sabe assim saberíamos mais dos verdadeiros "eus" deles. Como disse, seria no mínimo interessante. E também engraçado, se bem que toda eleição é por si só uma comédia.



IDEIA DE RITA LEE

A cantora e ativista Rita Lee teve uma daquelas
idéias brilhantes, dignas do seu gênio criativo.

Reclamando da inutilidade de programas como o Big
Brother, ela deu a seguinte sugestão:

- Colocar todos os pré-candidatos à presidência
da República trancados em uma casa, debatendo e discutindo seus respectivos
programas de governo.
Sem marqueteiros, sem assessores, sem máscaras e
sem discursos ensaiados.

Toda semana o público vota e elimina um.

No final do programa, o vencedor ganharia o cargo
público máximo do país.

Além de acabar com o enfadonho e repetitivo
horário político, a população conheceria o verdadeiro caráter dos candidatos.

Assim, quem financiaria essa casa seria o repasse de parte do valor
dos telefonemas que a casa receberia e ninguém mais precisará corromper
empreiteiras ou empresas de lixo sob a alegação de cobrir o 'fundo de campanha'.

A idéia não é incrivelmente boa?


Eu concordo.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A (Re)educação.

Um dia quero ter um filho. Pode ser uma filha claro. Já pensei em adotar uma criança. Fiquei com medo. Não sei ainda quanto realmente a genética influencia na personalidade. Vai que o pai, a mãe, os avós, os bisavós e os tataravós da criança são gremistas. Vai que a genética dele é azul. Não, não vou arriscar. Aceito tudo, menos que meu filho seja gremista. De gremista chega a Camila, minha namorada. Porém ter a namorada gremista é compreensível, até excitante. Afinal, todo colorado adora “f...r” com o Grêmio. Mas filho...filho não. Filho não pode. Filho tem que ser do mesmo time que o pai. Nada pior para um pai que ter um filho contrário ao seu time. No caso das mães, elas não se importam muito com futebol. Prova disso é que tenho uma amiga colorada que diz que vai deixar sua filha escolher o clube do seu coração. Não preciso dizer que ela é mãe solteira. Provavelmente, não tendo o pai por perto, a filha será corrompida por um gremista próximo. Mas tudo bem. Faz parte. Como disse, mães não se importam com a preferência clubística de seus filhos.


Mas enfim, quero um dia ter um filho. E quero ter um filho para ter a experiência da educação. Tudo bem, sei que daqui uns dias serei professor e terei na minha frente centenas de alunos que o sistema me colocará como responsável. Porém, tenho dúvidas diante dessa nova possibilidade de educação. Não sei até que ponto é possível reeducar. Reeducar é difícil.


Sempre acreditei, por exemplo, que a educação viesse do exemplo. Quando somos crianças até acho que isso funciona, afinal muito do que o filho é, está vinculado com aquilo que viveu e viu nos seus pais. Porém, depois de crescidinhos isso não vale. Se valesse, deveria acreditar que quando um dependente químico morre devido ao seu vício, seus amigos dependentes deveriam se espelhar na morte e parar com o uso de tais substâncias. Mas isso não é verdade. Tenho amigos, que direta ou indiretamente já não existem mais devido ao uso de drogas, e nem por isso seus parceiros de “drogatina” pararam de consumir as substâncias malditas. O exemplo assim, parece não ser muito eficaz na reeducação.


Falo da reeducação porque tenho algo para decidir sobre um amigo no dia de hoje. Ele é meio irresponsável, daquele tipo que marca as oito, liga as nove dizendo que vai chegar as dez, e aparece as onze esquecendo do que tinha que trazer, que era a cerveja. Gostaria de reeducá-lo, tanto para o seu bem, como para o meu, afinal, ninguém gosta de esperar.


Enfim, a situação é a seguinte: meu amigo volta para casa todo final de semana com o ônibus da faculdade. No caso, como amanhã é feriado, ele deveria voltar hoje. Deveria, mas não sei se volta. Hoje não tem aula, ou seja, o ônibus que ele pega não estará a sua disposição. E aí que surge minha dúvida. Devo avisá-lo? Ou devo deixá-lo aprender com a vida? Deixá-lo que o pensamento lógico aflore e ele se toque? Claro que minha vontade diz para avisá-lo, mas será que às vezes não devemos ir contra a vontade por um bem maior? Diversas vezes ouvi meu pai se lamentar dizendo que não queria me bater, mas que era necessário. Não sei se realmente era necessário, mas acredito até que fui bem educado. Ao menos sou colorado como ele, o que já é um bom sinal. Sinceramente, não sei o que fazer. Mas acredito na racionalidade. Acredito que ele, observando que não terá aula hoje à noite, concluirá que também não haverá ônibus, e assim, tentará outras formas de vir passar o feriado da Ressurreição do Filho do Homem que Nunca Existiu em casa. É isso. Ainda acredito na lógica e na vida. Vou seguir o exemplo do meu pai e contra minha vontade não vou avisá-lo. Como ele mesmo dizia: "é necessário".