Depois de uma noite não muito tranquila - no final da tarde de ontem recebi a notícia de que eu era um dos suspeitos criadores do novo blog -, li com alívio o novo texto publicado no Planalto Piada agora de manhã. No referido texto, o autor além de falar da finalidade de seu blog e reconhecer o erro cometido no segundo texto (eu acho que cometeu erros no primeiro também), promete finalmente se identificar. A ele apenas tenho a dizer: que bom.
Andei conversando com a Raquel, uma das proprietárias do novo jornal, e ela me falou de suas indignações com as minhas impressões textuais. Disse ela que não deveria tê-las colocado no blog antes de ter falado com ela. Isso se eu fosse seu amigo. Eu sou amigo dela, mas não concordo que traí sua amizade. Enfim, gosto da Raquel, confio nela, e é isso que importa. Além do mais não ataquei “ela” com minhas ironias, mas sim uma situação que inaugurava mais um órgão que irá nos representar, nos informar, e que obrigatoriamente vai ter que definir o que quer que saibamos sobre nosso município.
Mesmo assim, e para deixar os mal entendidos de lado, escrevo as linhas que seguem, acreditando que os mal entendidos sejam entendidos, e desde já pedindo desculpas aos que interpretaram minhas palavras de uma forma diferente da qual gostaria que interpretassem. Vamos então ao que interessa, ou seja, às possíveis ofensas cometidas por mim no texto referido.
Sobre a organização: quando falo da organização, em momento algum percebo, vejo, ou sinto, que ali estão sendo inauguradas amizades ou promulgadas inimizades, mas sim, digo que “quem sabe” esteja isso acontecendo. Também em momento algum me sinto incomodado por isso, ou com as pessoas que ali estão. Enfim, apenas uso da ironia para falar de um fato real: existiam mais cadeiras que mesas sim.
Porém, como também afirmo no texto, isso é o que menos importa.
Sobre os convidados: Quero aqui, antes de mais nada, pedir desculpas a todos os proletários presentes na inauguração do jornal. Como disse no texto, a minha impressão era que a maioria dos presentes eram burgueses. E aqui é bom lembrar, que quando falo em burguesia, falo de uma classe dominante. Classe essa que como sabemos, substituiu na modernidade o feudalismo. Porém, também no meu texto, deixo explícito e claro que isso sempre foi assim. Marx já diz isso quando observa que “a história do mundo é a história da luta de classes. Luta essa onde sempre houveram opressores e oprimidos”. Assim, novamente peço desculpas a todos os oprimidos que estavam no lançamento no jornal.
Sobre os discursos: como disse no texto publicado, eram sobre os discursos que deveríamos nos deter. Ali, resumindo, o que pretendo é dar uma preciosa dica ao novo jornal. Tento dizer a ele, que ele não deve deixar as críticas de lado, que ele não deve seguir a ideia que existe um jornal imparcial, e que ele deve sim “informar para instruir e criticar para construir”. Essa frase inclusive, resume minha ideia e minha disposição para escrever tal texto.
Enfim, escrevo esse último texto sobre o assunto, esperando ter deixado claro, que não quis em momento algum ferir a imagem das pessoas, mas pelo contrário, quis despertar que o jornal recém nascido, não venha a ser apenas um informativo dos poderosos. Era essa, e continua sendo essa a minha preocupação. No mais é isso, e por favor: não desconfiem de mim. Entendo, aos que desconfiaram da minha pessoa, pois admito que tenho uma história textual de ironias e de polêmicas, mas é exatamente essa história que mostra que não sou o “criador da criatura”. Minha história mostra que jamais ataquei as pessoas na sua intimidade. Meu alvo sempre foi nossos representantes e suas ações sociais, e não suas singularidades. Continuarei, obviamente, sendo um franco atirador em tudo aquilo que achar contraditório, porém, apenas continuarei atirando naqueles que como figuras públicas merecerem uma alfinetada. Espero que esteja agora, sendo finalmente compreendido.
Abraço a todos é ótimo final de semana