quarta-feira, 9 de junho de 2010

O "Eu Te Amo" de Felipão.

Quando o “Fossa” foi embora, cantei a pedra: Felipão viria para o Inter. Não por escolha dele. Felipão é gremista declarado, terá eternamente vínculos com o clube da Azenha e jamais deixará de ser gremista.


Porém, mas, não obstante e apesar de: Felipão é profissional. E muito mais que profissional, muito para além disso é bom dizer: Felipão é um eterno amante.


Felipão ama, e ama muito. Não o futebol, as estratégias, o Grêmio, o Palmeiras, a seleção, o Uzbequistão, ou o dindin. Felipão já tem dinheiro. Já tem quase todos os títulos possíveis, e provavelmente teria emprego em qualquer clube de futebol do mundo. Felipão enfim, tem quase tudo. Tem fama, profissionalismo, competência e tudo o que o dinheiro pode comprar. Para Felipão só falta uma coisa. Algo simples, sem valor material, aparentemente ridículo e por muitas vezes desprezado pela maioria dos homens. Felipão não tem o amor de sua mulher. Ele não tem ainda a admiração da mãe de seus filhos. Ele não tem o carinho sincero de sua amada. “Como assim?“ vocês devem estar se perguntando. Respondo: a mulher de Felipão, a dona Scolari, é colorada. Colorada e convicta.


Dizem as más línguas coloradas, que o pedido de dona Scolari, quando questionada pelo marido sobre o que gostaria de receber no dia dos namorados, foi simples: “quero que treine o “meu” Inter e me presenteie com a América e o Mundo”.


Felipão balançou. Seu coração se dividiu. Confuso não soube o que dizer no momento. Dizem que apenas balbuciou baixinho “vou pensar”. Depois disso, baixou a cabeça, pegou a mala, e quando foi se despedir de sua amada, no embarque para a África do Sul onde vai comentar a Copa, apenas ouviu, com uma voz doce e apaixonada: “por favor faça isso por mim. É o meu sonho vê-lo de vermelho”.


Felipão embarcou vermelho. Ninguém sabe se vermelho de raiva, pelo fato de sua amada pedir-lhe uma prova de amor tão ingrata, ou de vergonha, por saber que jamais fez realmente feliz sua fiel companheira, mas, de qualquer maneira, acometido por esse sentimento de amor e ódio, o amante Scolari, de longe, acenando e meio que soletrando, afirmou : “Eu te amo”.

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