segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sem entender...Viva 2009.

Passei boa parte da minha vida tentando entender as coisas. Entender questões metafísicas do tipo: de onde viemos e para onde vamos. Foi logo cedo, no despertar da minha racionalidade, que me questionei sobre a existência desse Deus Cristão que diziam ser a minha origem e o meu destino. Até que um dia orei, agradeci e pedi ao Ser Onipotente, que me levasse para junto DELE. Sabe o que aconteceu? Nada. Quer dizer, na verdade ele me deixou por aqui mesmo. Levantei algumas hipóteses e cheguei a conclusão que ou ele é surdo ou não nada pode ou não existe. Achei mais lógica a última resposta, porém ela me despertou várias outras perguntas, que me levaram até a filosofia. A filosofia também nada me respondeu, afinal filosofia não responde, ela pergunta, ela indaga, ela busca eternamente a verdade.
Na filosofia, sem muita chance de desvendar as questões metafísicas, me questionei sobre as questões físícas. Me questionei sobre o homem e suas relações; relações socias, políticas, familiares, amorosas.
Refleti sobre esse homem racional, que necessita viver socialmente para sobreviver; homem grandioso, que ultrapassa dia a dia seus próprios limites; inventor das mais diversas tecnologias, e percebi que esse mesmo homem social, nunca conseguiu acabar com seu maior mal, ou seja, a sua própria desigualdade. Difícil de entender né?
A política seria a solução para tal mal, porém, descobri que a política, embora essencialmente racional e imparcial, sempre foi um grande jogo de poder e de aparência, em que sugar o patrimônio público é seu principal atributo. Indignado desisti de querer entende-la e parti para questões mais simples. Questões particulares, da vida amorosa, familiar, amiga. Foi uma tragédia. Até a metade do ano, embora pensando constantemente sobre tais questões, nada conseguia responder a mim mesmo.
Até que no décimo segundo mês do ano de 2008, quase no fim da minha terceira década, aparece uma menina, que com uma frase, encerra todas minhas dúvidas e acaba com as minhas angústias existenciais.
Ela, olhando no fundo dos meus olhos diz: "Ale meu amor, existem coisas que não precisamos entender".
Meu amor? Foi isso que escutei?...pensei, refleti e decidi...sem querer entender...simplesmente amar.
Viva 2009.

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