Chegou até os meus ouvidos, que no “Programa da Paróquia”, do dia 17 de janeiro de 2009 na Rádio Ametista, que o padre Nelcir Chies, se pronunciou de forma ofensiva diante da minha pessoa. O motivo segundo aqueles que foram ouvintes do programa é que meu texto publicado no Jornal Ametista do mesmo dia, teria sido ofensivo. Não consegui escutar o que supostamente o padre falou, afinal deixei o tempo para solicitar a gravação expirar. Desta forma não sei nem “o que” e nem o “porque” o padre se referiu ao texto. Inclusive quero aproveitar, para pedir, que se alguém gravou o programa, que gentilmente cedesse a gravação para que a verdade fosse esclarecida.
Quem fez com certeza absoluta referência ao texto, porém respeitosamente não citando meu nome, foi o vereador Dirceu Fontana - PP. Disse ele, em suas considerações pessoais, na Sessão da Câmara do último dia 20 de janeiro, que o texto era "calunioso, injurioso e ofensivo a toda uma comunidade." O que me admira no pronunciamento do nobre vereador, é que ele não justificou suas palavras. Ele não fez, na câmara, a leitura do texto. Se tivesse feito e apontado “as calúnias, ofensas e injúrias” presentes nas minhas palavras, justificaria ele automaticamente seu discurso, além de possibilitar aos ouvintes que não leram o texto, tirarem as suas próprias conclusões.
Não deveria ter o trabalho de vir aqui justificar meu próprio texto, ele já está justificado. Porém, diante das afirmações do vereador e das supostas declarações do padre Nelcir, é uma obrigação minha vir aqui defende-lo. Para isso reli o texto e tentei encontrar as possíveis ofensas.
Acredito que possa ter ofendido algumas pessoas o fato de eu ter falado do meu espanto e da consequente decepção, ao relatar, que num Estado Laico – art 19. CF - ainda se faz uso do Pai-Nosso. Não tenho nada contra o Pai-Nosso, e respeito a religiosidade de cada um, mas a câmara é um local de racionalidade e não de fé. Se o objetivo da oração é começar a sessão em paz de espírito, proponho que seja feito “o minuto da reflexão”. Nesse minuto, cada um, na sua forma de orar, poderia se religar com aquilo que acha necessário.
Não acredito que possa ter ofendido os vereadores e toda uma comunidade o fato de eu ter comparado a primeira sessão com uma missa. Afinal, somente digo isso, depois de ter presenciado a apreciação do projeto de Lei nº 001/2009, onde os vereadores não discutiram a respeito. Eles não disseram “o porque” eram favoráveis ou contra o projeto, salvo o vereador Valdir Petkowicz - PTB, que em suas considerações pessoais, muito bem justificou a sua posição.Por sinal, é importante ressaltar, que a segunda sessão câmara nada se pareceu com um missa. Vários vereadores defenderam suas posições demonstrando grande interesse pelos assuntos da comunidade.
Provavelmente o que pode ter ofendido alguns foi o fato de dizer que "o povo não tem voz na casa do povo." Ora, apenas digo isso por dois motivos: o primeiro motivo se deve ao fato de não ter observado um debate sobre o projeto votado naquela noite e o segundo porque “esperava” que houvesse um momento para os cidadãos que estão ali prestigiando “ao vivo” a sessão se pronunciarem. Não tinha conhecimento - e aqui devo minhas desculpas - que o regimento interno da Câmara não possibilita isso, salvo mediante inscrição até às 12:00 horas de segunda-feira e posterior aprovação da Comissão Permanente de Pareceres.
Creio que devem ter sido essas as principais questões tratadas no texto e que podem terem ofendido algumas pessoas, e a essas, espero que agora, esteja claro que não foi essa a minha intenção. No entanto, antes de dar fim as minhas palavras, é importante frisar que em momento algum o texto é calunioso e injurioso. Nele existe uma impressão, uma percepção de algo visto e por mim analisado. Seria de muita importância inclusive, que todos fossem assistir as “Sessões na Câmara” e tirassem as próprias conclusões. A próxima será dia 03 de fevereiro. E aí vamos lá?
3 comentários:
Muito interessante saber que podemos nos pronunciar durante as sessão...
Mas o mais interessante é que antes mesmo dela começar e sabermos o que vai ser tratado.... precisamos saber se queremos ou não nós pronunciar... precisamos ter uma opnião pronta sobre algo que nem sabemos ainda.
O esquema deve ser feito por intermedio de uma bola de cristal.... primeiro vc vê nela o que eles vão falar depois se inscreve até o meio dia, espera eles aprovarem a sua participação e a noite dá sua opnião...
Acredito que esta forma deveria ser repensada...e a população deveria ter mais liberdade pra falar se vc ta lá ouvindo vc deve ter o direito d falar... Ou será que esse sistema é utilizado exatamente para não ouvir o que o povo pensa e não serem pegos de surpressa, para não correr o risco de não saber responder....
Concordo com tudo o que disse. Creio que a presença cada vez maior da população nas nas sessões pode fazer isso acontecer, ou ao menos pressioná-los diante dos projetos.
Já perguntei se poderíamos ter acesso aos projetos e proposições antes da sessão, mas ainda não obtive respostas.
Abraço e a próxima sessão é amanhã às 20 horas.
Vou tentar aparecer por lá.... quem sabe um dia conseguimos mudar algo....
e realmente trazer melhorias para sociedade e naum somente para a propria vida como muitos fazem
T+
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