quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Homens, mulheres, o bar e as pérolas.

Houve um tempo em que esperava ansiosamente os finais de semana pelo fato deles serem os responsáveis pela maioria das festas, pelos encontros, pelas noites de orgia e pelo trago sempre bem pomposo. Não que muita coisa mudou de "ontem para hoje". Ainda adoro as festas, os encontros, as orgias e o trago, porém, um ítem a mais se adicionou a tudo isso. Percebi que são nos finais de semana que as "pérolas" surgem. E as pérolas meus amigos, podem mudar o rumo de nossas vidas.
Tenho um amigo que ao deixar de seu amor (ou ser deixado, isso não interessa) e depois de beber algumas, concluiu que: "somente gostou de suas mulheres, mas que sempre amou os seus amigos". Depois de tal pérola etílica, ele nunca mais foi o mesmo. Descobriu que as mulheres passam, mas que os amigos ficam, e isso modificou drasticamente sua existência. Ele não sofre mais de uma semana por uma mulher.

Muitas vezes não é somente da relação entre o sujeito e o álcool que surgem as pérolas. Tenho outro grande amigo que concluiu, depois de relacionar-se com uma daquelas "mulheres que gostam de fazer amor frequentemente sem pudor", que elas também têm sentimentos. Meus nobres ouvidos tiveram de escutar num domingo a tarde o maravilhoso comentário: " acreditem, até puta tem sentimento". Depois disso, ele nunca mais tratou aquelas que vendem o corpo da mesma forma. Ele jura que sexo agora é só por amor e se não for prefere mentir do que poupar palavras apaixonantes e muito carinho. Tudo pelo sentimento e pela valorização da próxima. Vejam que neste caso, não foi o álcool que mudou sua existência mas sim a busca pelo sexo fácil. Aquela "menina produto", "presa fácil", havia o sensibilizado.

Eu também, como todo ser humano, já soltei minhas pérolas. Dias atrás, depois de mais um escasso final de semana de muita masturbação e pouco sexo, ouvi algumas meninas comentarem sobre o poder feminino. Falavam elas, entre outras coisas, da supremacia do "sexo frágil" nos dias atuais. Estupefato diante de tudo aquilo e observando toda uma decepção no olhar dos meus companheiros que ali na mesa se encontravam, chamei-os de canto e disse: "Gurizada, podemos estar sofrendo, podemos passar o resto de nossa existência chorando por esses novos tempos, mas ainda vale a pena ser homem. Ainda vale a pena ser homem pelo simples fato de que com 35 anos a mulher comum, essa moralista sonhadora que hoje parece ser uma anárquica maluca, possui apenas dois caminhos: ou está casada ou está depressiva. Já homem meus caros, bem o homem, com 60 anos ainda está se masturbando como um louco, pronto para procriar e desejando os brotinhos de 18". Eles abriram um longo sorriso, pediram uma cerveja bem gelada, e me convidaram para fazer um brinde em nome da masculinidade. A vida naquela mesa de bar voltou a existir e as mulheres que ali estavam até hoje não entendem o que foi comemorado naquele brinde.

Homens têm disso, eles comemoram uma pérola como se fosse um gol, e isso porque os homens como afirmou meu amigo: "apenas gostam de suas mulheres, eles amam mesmo são seus amigos".

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