Estou feliz, impressionado e preocupado. Feliz e impressionado em saber que a cada dia um número maior de pessoas lêem meus textos, tanto aqui quanto no jornal. Isso, além de uma sensação agradável de reconhecimento, e aqui cabe ressaltar, um reconhecimento que independe de ser bom ou ruim, me leva a uma inevitável pergunta: porque as pessoas me lêem? Seria pelo leve toque de ironia que meus textos possuem? Ou seria pelo meu engajamamento político com o MCQV? Seriam pelos panfletos, que por um instante despertaram no cidadão um pequeno mas grandioso momento de reflexão sobre a verdadeira política? Ou o motivo seria religioso e estaria vinculado aquele pronunciamento lamentável na rádio local do nosso querido Padre Nelcir? (depois da publicação no Jornal Ametista, do texto “Meu Primeiro Dia na Câmara”. J.A 17/01/2009). E se assim fosse? Devo então o reconhecimento e meus leitores ao padre? Deveria eu começar a acreditar em milagres? Ou então que Deus realmente escreve por linhas tortas?
Diante de todas essas questões que de nada concluo, de uma coisa tenho certeza: é o rádio e o jornal que mexem com o povo
A internet embora atualizada constantemente ainda atinge poucas pessoas. Na internet as pessoas têm de procurar a notícia, enquanto no rádio e no jornal, a notícia vai até as pessoas. E aí está minha preocupação.
Escrevendo para o jornal, me preocupa o fato de pensar em ter de poupar palavras, ou em outras palavras, pensar duas vezes antes de escrever. Isso por saber que o jornal passa de mão em mão, fica no balcão da farmácia ou junto com as renomadas revistas na espera do dentista ou do cabeleireiro. É lógico que é ótimo estar ciente disso, mas ao mesmo tempo isso aumenta a responsabilidade e a preocupação sobre meus escritos. É angustiante escrever preso, poupando, pensando nos “quatro” poderes, e numa possível polêmica envolvendo seu nome. Como também é preocupante pensar, que dependendo do que está escrito e sobre o que está sendo escrito, as pessoas podem te amar, mas que também, por outro lado, podem alimentar o ódio por você. São os ossos do ofício.
Enfim, independente do amor ou do ódio, do elogio ou da crítica sem fundamento, nada paga o fato de saber que as pessoas gastam seu tempo, e dão um tempo naquilo que estão fazendo para ler minhas tortuosas linhas.
Obrigado a todos vocês e ótima quinta-feira.
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