Passei meus últimos três dias pensando sobre o novo jornal. Sim, Planalto tem um novo jornal. Sobre o jornal, sinceramente esperava mais. Mais e menos na realidade. Mais acertos e menos erros. Gramaticais claro. Apesar disso, acredito que ainda é cedo para fazer uma análise maior. Só o tempo nos dirá qual o real objetivo do jornal.
Sobre a festa de sábado, até podemos tirar algumas “impressões”. Porém, tais conclusões não passarão de meras impressões.
Assim, sem tirar nenhuma conclusão e embasado apenas em tais impressões, é que vou deter minha análise. Em outras palavras, vou falar sobre o que é possível falar, ou seja: sobre a organização da festa, sobre os convidados, e sobre o discurso das autoridades.
Sobre a organização
A organização que optou pelo excesso de cadeiras e a falta de mesas, acertou em cheio nesse equívoco, pois obrigou as pessoas, que chegavam no horário, a ter de escolher sentar com quem não tinham um vínculo maior. Foi um ponto positivo, afinal, embora tenha causado certo constrangimento em quem entrava, ocasionou a aproximação entre as pessoas, quem sabe inaugurando a amizade ou a inimizade dos presentes. Enfim, a organização é o que menos importa sobre as impressões inaugurais.
Sobre os convidados e presentes.
Não sei se todas as classes sociais, políticos e partidárias foram convidadas, porém a festa, cheirava a burguesia. Os convidados enfim, eram em sua maioria, comerciantes burgueses e autoridades da administração municipal. Nenhuma maior surpresa diante disso, afinal, sinceramente, exceto em abertura de boteco, não conheço nenhuma inauguração que teve a presença e o discurso da massa, ao invés de burgueses e autoridades representativas.
Sobre os discursos.
Chegamos aos discursos. São sobre eles que podemos dizer algo.
Devemos admitir, que os discursos, ao menos do pároco, como do representante maior do governo municipal, foram preocupantes. Ambos, em suas entrelinhas prezaram em criticar o Jornal já existente, ao invés de falar da importância do novo jornal. Os dois apenas mudaram os termos, mas falaram da mesma coisa. O padre falou de um jornal sem alfinetadas; o prefeito por sua vez, de não haver picuinhas. Os dois, mesmo não diretamente, se dirigiam ao Jornal Ametista, que com suas críticas abalam sempre a moral das autoridades. Por falar em moral, tanto o padre como o prefeito, parecem não saber muito sobre as diferenças entre ética e moral. Acredito que os dois, quando se referiram a um jornal que prezasse sobre a ética, provavelmente queriam falar de um jornal que não incidisse sobre a moral governante, ou seja: falavam da importância de um jornal que não questione, não critique e não desorganize a ordem. O prefeito chegou a falar de um jornal imparcial, algo que como sabemos, é impossível de ser efetivado. Quem sabe o que ele quis dizer, é que espera que o novo jornal seja omisso, e apenas informe o que está sendo realizado ao invés de mostrar o que não está sendo feito. Pode ser. É um caminho. Porém, se é um caminho, é algo a ser decidido, e se é decidido, logo não pode ser imparcial. Por fim e resumindo, os discursos foram de total apoio ao jornal fundado e repulsa indireta ao já existente, o que caracteriza, se seguidos os discursos pronunciados, que o jornal
Considerações Finais
Para terminar, relembro que é cedo para tirar conclusões. Eu, pessoalmente, espero que ambos os jornais continuem a existir, e que o novo jornal não se amedronte com os poderosos. Espero sim, que faça aquilo que todo jornal deve fazer: informar e criticar.
Informar para instruir e criticar para construir.
9 comentários:
Cara achei o máximo tuas conclusões,e palavras de ordem como "burguesia" puxa sempre ouvi isso com a professora Marlene no Padre Vitório,nem sabia que existia isso em Planalto,mesmo assim meus parabéns..e a propósito voçe é bem sucedido ali?? E achei voçê um cara de muita coragem tb pra falar de prefeito e outras autoridades sem ter medo...nossa que homem deve ser esse muito corajoso..como é seu cod-nome mesmo "Alé",show de bola parabéns, tenho uns contatos na Globo se precisar de algo me liga, pois num blog tão requisitado como o teu,como um minímo de esforço e com idéias tão magníficas como as suas...só lamento Arnaldo Jabor...perdeu..parabéns "Alé" mas lembre-se sempre um pé na bunda lhe empura pra frente tá,,bjs me liga.
Bom dia. Antes de qualquer comentário, preciso confessar, que devido ou a minha ignorância ou pela sua dificuldade de se expressar, não entendi muito bem seu comentário. Mas de qualquer forma, vamos tentar.
Primeiramente, creio que você usa a ironia em seu texto. Assim, acreditando que seus elogios são na verdade levianas agressões, vamos as análises.
A burguesia, primeiramente, não é uma palavra de ordem, ela existe em todo mundo e substuiu e assumiu o papel na modernidade que era destinado aos senhores feudais no periodo feudal, obviamnete. Foi ela quem dominou e continua a dominar nossa sociedade desde a Revolução Industrial. Assim, quando me refiro que o lançamento do jornal cheirava a burguesia, quero dizer que lá estavam os grandes dominadores de nossa sociedade. Porém, como também disse no texto, isso sempre foi assim e não é o que mais nos importa.
Sobre minha coragem, muito obrigado, mas lamento que são poucos os que possuem coragem de se expor e apontar os equívocos dos poderosos. A cidadania, e é isso que os políticos falam em campanha, consiste em diálogo com a população e construção. Ahh, também não sabia que as autoridades devem ser temidas. Por acaso eles são perigosos?
Meu cod-nome? É, sou mais conhecido por Ale mesmo, mais precisamente Ale da Sissi, porém, sem acento viu. Meu nome real consta ali no blog mesmo, e é Alexsander de Vargas.
Sobre ser bem sucedido ou não, gostaria que definisse o que é ser bem sucedido. Essa expressão é muito relativa, mas espero que a defina.
Já sobre seus contatos com a Globo, isso me faz acreditar que você realmente é um ser muito influente,porém pouco instruído. Ninguém bem instruído escreve você com ç.
Com relação ao meu blog, não sei se ele é tão requisitado, afinal, nunca recebi proposta alguma por ele. Porém, me parece que ele mexe com os brios de algumas pessoas, que como você, o leem, e se sentem na obrigação de comentar. Eu sinceramente fico feliz. Ao contrário, de nossos poderoros, adoro críticas, "alfinetadas e picuinhas"
Para terminar, não gosto do Arnaldo Jabor, e com certeza seria um bem para a sociedade brasileira se eu pudesse o substituir.
Obs: é impossível eu te ligar sem saber seu nome completo ou seu telefone.
Abraço e obrigado pelo comentário.
Ehehehe até que é divertido falar com o Ale, posso te chamar de "Alé", a sei lá passei toda minha infância achando que você (viu que acertei agora, obrigado da dica, escussa ignorância de seus leitores) era... A você sabe Ale sempre foi um menino "fechado" e tinha um cabelo, vamos chamar de um tanto charmoso para Planalto... Brincadeira ta, mas assim tive o tempo de dar uma olhadinha nos seus textos e concordo contigo quando diz que gostaria que seus mais de 20, tudo isso sério???? 20 leitores lhe apresentassem dicas construtivas então vou começar. Ale da uma arrumadela no teu texto onde responde o comentário de seu ilustre leitor Gilberto, em alguns "poucos" erros de Português, pois um rapaz tão culto não pode ter erros assim né Ale; são essas - procure substituir "substituiu" no lugar de substuiu??? What?? hehe e para avisar não é deboche ta...lembre isso é uma crítica, vamos pra outra- obviamnete; nesse caso Ale o adequado seria "obviamente", o pessoal entenderia obviamente melhor né.. Próxima palavra; leem ; palavra adequada- lêem,todos que lêem seus textos entenderiam melhor. Ale essa me assustei querido, nem sabia que existiam tantos "poderoros em Planalto" essa deixarei de tema de casa..ta bom quero ver se acerta pra mim, bom termino aqui lhe agradecendo e prometo que por sua causa nunca mais irei errar "voçê", só tenho a lhe agradecer pela critica construtiva pois como tu mesmo disse: De que adianta conhecer o Jabor da Globo se não se tem instrução...a e também espero que seus mais de 20 leitores nem notem erros tão ororozzos, será que é assim essa palavra?? Que você comete também né. A sei lá se tu que é dono do blog um cara tão culto pode errar, vou me sentir no mesmo direito afinal eu sou apenas um leitor.. eheheh,bjs me liga...
Gremiooooo
Desculpe-me pelos erros de digitação. Minhas ideias são mais importantes.
Alé, até pensei que você fosse mais persistente em suas respostas, mas senti que deu uma tremida na primeira vez que alguém mais inteligente que você lhe desafia, mas tudo bem, espero que seus mais de 20 seguidores não se importem ou percebam que não é tudo isso, foi um prazer ta, infelizmente não conte que sua cartela aumentou para 21 seguidores porque vou excluir seu blog do meu PC, foi só para me divertir um pouco que lhe passei umas dicas, e não diga que não vai se importar se eu não acessar mais seu blog porque senão além de ser feio falar isso, eu posso voltar...hehehe, bjs me liga....
!!!
Fique a vontade ser inteligente e anônimo. O blog é livre, mas não é uma arena para confrontos se seres inteligíveis.
Sou contra a hieraruia do saber, mas sou totalmente favorável a construção de um mundo mais crítico.
Por fim, sou persistente com aquilo que acho que merece a minha atenção. No mais, sucesso a você, ser inteligente que se esconde.
Todos somos contraditórios, mas vejamos, e quem não é? A humanidade apodrece sob a sombra de suas tentativas de coerência in acto! Cobrar coerência de um humano é o mesmo que procurar deus em uma igreja... Enfim, mas vamos pelo que é relevante - já que o espaço do blog é aberto, digamos que me arrisco sem máscaras. Mesmo que sejamos contraditórios in acto, não devemos ser-lo no campo político- ético, já que cada mal entendido arrisca o bem viver de uma sociedade que busca uma vida digna.
É obvio que se tratando de um filósofo o Ale é corajoso, não seria filósofo se não tivesse essa coragem - vamos dispensar a modéstia. Mas não perderemos tempo parabenizando isso, é comprovado no teor de seus bem escritos (e que respeitam o básico das normas gramaticais brasileira) textos. As regras deste mundo virtual (in) felizmente exigem uma boa coerência na escrita, neste caso, coerência é fundamental! É prova de capricho pelas palavras que profere! Aproveito para dizer aqui, neste momento, que costumo ser simpático a ideia de que a escrita é a face de quem escreve... Dito isso, imaginemos que uma escrita defasa é denuncia de uma face contorcida.
A criação de um novo jornal na cidade de Planalto, vista de fora por um forasteiro - no caso “Moi”- me parece digna de uma boa análise como a feita neste texto do blog. Dado isso, atenuar o fato dos discursos dos que detém o poder ideológico na cidade (sendo “burgueses” ou não, depende do ponto de vista observado - e separar a sociedade em burgueses e operários está muito longe de solucionar qualquer problema) lança-nos implicações preocupantes, a saber, a serviço de quem poderá vir a estar este jornal? Reconhecendo a integridade do escritor deste blog e suas implicações agudas para com a cidade, creio que acompanhar essa questão por meio do presente blog pode nos propor uma ideia mais séria do caso. É óbvio que o Ale ira prosseguir, para a “sorte” dos planaltenses.
Agora sobre o tal “Gilberto” e o “anônimo” que como o Ale salienta, tem o mesmo cheiro de putrefação, acredito que podemos ignorar. Não é digno, não vale à pena. Provavelmente é só um espectro decadente necessitando de embate sem sentido que não irá resultar em nada gratificante.
RODRIGO ADRIANO MACHADO - Filósofo
Beijo me liguem- 3331 4622
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