segunda-feira, 12 de abril de 2010

As Pulseirinhas do Sexo.

Estão querendo proibir as chamadas pulseirinhas do sexo. Em alguns lugares até já proibiram. Eu sou contra. Extremamente contra. Radicalmente contra. Na verdade até posso ser a favor. Absolutamente a favor. Não. Não estou me contradizendo. Ou estou?


Meu problema é que sou radical. Comigo é 8 ou 80. Nada de meio termo. Sou contra a proibição, pois sou a favor da liberdade. Acredito que vivemos em tempos modernos, de livre expressão, e que já possuímos, em tempos de hiper informação, meios para sabermos o que estamos usufruindo. Assim, se a pulseira do sexo, trás consigo algum significado ou alguma regra, semelhante a um jogo, logo, quem usa a bendita (ou seria maldita?) pulseirinha deve saber dos riscos que está correndo. Deve saber das regras do jogo. A proibição vai contra a liberdade e eu sou a favor da liberdade.


No máximo, a pulseirinha deveria ser proibida para menores de 18 anos e conter na sua embalagem algumas advertências do tipo: “este produto pode te levar a ser vítima de estupro, que em caso de resistência, poderá te levar a morte”. Tão achando perigosa a pulseirinha? Simples, não usem. Viram que fácil de resolver o problema?


Pelo que observo, querem proibir a pulseirinha pelo fato dela, teoricamente, incitar ao sexo. Ótimo, mas por favor, proíbam também as mini saias, os decotes, os micro shorts, e também as músicas, que trazem igualmente as pulseirinhas, os mais variados ritmos para a prática sexual. É axé, funk, techno brega (esse sim deveria ser proibido), todos promovem o sexo fácil. Ahh... não esqueçam de proibir também as novelas e quase todos os programas dominicais de TV. Viram? Sou favorável a proibição.


Enfim e agora falando sério, esse tipo de discussão me deixa nervoso. Ela me lembra a história daquele pai, que chegando em casa bêbado, olha para o filho concentrado, que fuma um baseado enquanto lê, e exclama: “que vergonha”. Sinceramente existem coisas que não consigo entender. Dizem que para entendermos temos de viver as coisas. Acho que vou comprar uma pulseirinha e um cd do Dejavú. Não. O Dejavú me levaria ao suicídio, preciso viver para tentar entender as coisas.

2 comentários:

Alle Vargas disse...

Adorei a postagem... hehe.

Já tinha pensado sobre o assunto Ale, achava-me até meio excêntrico, sou meio que entusiasta do feito aí; não do propósito talvez, mas do joguete comercial, entende?

Imagina a gente ter uma mente capaz de criar uma idéia tão fabulosa, e cativante assim... Criativa, de fato.

Só acho estranho, o poder de persuasão de quem arrebenta essas tais pulseiras, digno de um Dom Juan...

Legal mesmo. (legal?)

Alexsander de Vargas...o Ale. disse...

Pois é. Fazer a leitura da sociedade atual e criar esses acessórios e tais jogos, também me deixa de "queixo caído". Parece trabalho de especialistas. Agora sobre o poder de persuasão do Don Juan, aí não sei como funciona, mas parece estar mais ligado a força para arrebentar a pulseira, do que ao convencimento de deixar que seja arrebentada. Abraço aí e valeu pelo comentário.