sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Lista dos Deputados que votaram a favor do próprio aumento de salário.

Veja quais deputados que votaram por urgência de aumento.

Nesta quarta-feira, a Câmara aprovou a equiparação salarial para parlamentares, ministros de Estado e para o presidente e o vice-presidente da República. Todos passarão a ganhar R$ 26,7 mil a partir de fevereiro do ano que vem. Os deputados aprovaram um requerimento de urgência permitindo a apreciação do projeto ainda hoje. O placar foi de 279 deputados a favor, 35 contra, e três abstenções. Horas depois, o Senado também aprovou o reajuste.

*A lista está em ordem alfabética, e os deputados destacados em vermelho negrito são aqueles que já estiveram pedindo voto em nossa região. Se acaso esqueci de algum, por favor comente, que faço o devido reparo.


Veja os deputados que votaram contra a urgência do projeto:

Alfredo Kaefer (PSDB)

Assis do Couto (PT)

Augusto Carvalho (PPS)

Capitão Assumção (PSB)

Chico Alencar (PSOL)

Cida Diogo (PT)

Décio Lima (PT)

Dr. Talmir (PV)

Eduardo Valverde(PT)

Emanuel Fernandes (PSDB)

Ernandes Amorim (PTB)

Fernando Chiarelli (PDT)

Fernando Gabeira (PV)

Gustavo Fruet (PSDB)

Henrique Afonso (PV)

Iran Barbosa (PT)

Ivan Valente (PSOL)

José C Stangarlini (PSDB)

Lelo Coimbra (PMDB)

Luciana Genro (PSOL)

Luiz Bassuma (PV)

Luiz Couto (PT)

Luiza Erundina (PSB)

Magela (PT)

Major Fábio (DEM)

Marcelo Almeida (PMDB)

Mauro Nazif (PSB)

Paes de Lira (PTC)

Paulo Pimenta (PT)

Raul Jungmann (PPS)

Regis de Oliveira (PSC)

Reinhold Stephanes (PMDB)

Sueli Vidigal (PDT)

Takayama (PSC)

Vander Loubet (PT)

Veja os deputados que votaram a favor da urgência do projeto:

Abelardo Camarinha (PSB)

Ademir Camilo (PDT)

Aelton Freitas (PR)

Alberto Fraga (DEM)

Alceni Guerra (DEM)

Aldo Rebelo (PCdoB)

Alex Canziani (PTB)

Alexandre Santos (PMDB)

Alexandre Silveira (PPS)

Alice Portugal (PCdoB)

Ana Arraes (PSB)

Andre Vargas (PT)

Angela Amin (PP)

Angela Portela (PT)

Angelo Vanhoni (PT)

Aníbal Gomes (PMDB)

Ann Pontes (PMDB)

Antônio Andrade (PMDB)

Antonio Bulhões (PRB)

Antônio Carlos Biffi (PT)

Antonio Carlos Biscaia (PT)

Antonio Carlos Chamariz (PTB)

Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM)

Antonio Carlos Pannunzio (PSDB)

Antonio Cruz (PP)

Antônio Roberto (PV)

Aracely de Paula (PR)

Ariosto Holanda (PSB)

Armando Abílio (PTB)

Arnaldo Jardim (PPS)

Asdrubal Bentes (PMDB)

Átila Lins (PMDB)

Átila Lira (PSB)

Bel Mesquita (PMDB)

Benedito de Lira (PP)

Bernardo Ariston (PMDB)

Beto Faro (PT)

Beto Mansur (PP)

Bilac Pinto (PR)

Bruno Rodrigues (PSDB)

Camilo Cola (PMDB)

Carlos Abicalil (PT)

Carlos Alberto Leréia (PSDB)

Carlos Bezerra (PMDB)

Carlos Eduardo Cadoca (PSC)

Carlos Sampaio (PSDB)

Carlos Santana (PT)

Carlos Willian (PTC)

Carlos Zarattini (PT)

Cassio Taniguchi (DEM)

Celso Maldaner (PMDB)

Celso Russomanno (PP)

Cezar Silvestri (PPS)

Ciro Nogueira (PP)

Ciro Pedrosa (PV)

Claudio Cajado BA (DEM)

Cláudio Diaz (PSDB)

Colbert Martins (PMDB)

Dagoberto (PDT)

Daniel Almeida (PCdoB)

Darcísio Perondi (PMDB)

Davi Alves Silva Júnior (PR)

Devanir Ribeiro (PT)

Dilceu Sperafico (PP)

Dr. Adilson Soares (PR)

Dr. Nechar (PP)

Dr. Paulo César (PR)

Dr. Ubiali (PSB)

Edio Lopes (PMDB)

Edmar Moreira (PR)

Edmilson Valentim (PCdoB)

Edson Aparecido (PSDB)

Edson Duarte (PV)

Edson Ezequiel (PMDB)

Eduardo Barbosa (PSDB)

Eduardo Cunha (PMDB)

Eduardo da Fonte (PP)

Eduardo Gomes (PSDB)

Elcione Barbalho (PMDB)

Eliene Lima (PP)

Eugênio Rabelo (PP)

Evandro Milhomen (PCdoB)

Fábio Ramalho (PV)

Fábio Souto (DEM)

Félix Mendonça (DEM)

Fernando Coelho Filho (PSB)

Fernando Ferro (PT)

Fernando Marroni (PT)

Filipe Pereira (PSC)

Flaviano Melo (PMDB)

Flávio Bezerra (PRB)

Francisco Rodrigues (DEM)

Francisco Rossi (PMDB)

Francisco Tenorio (PMN)

Gastão Vieira (PMDB)

Geraldo Pudim (PR)

Geraldo Resende (PMDB)

Geraldo Simões (PT)

Germano Bonow (DEM)

Gerson Peres (PP)

Gilmar Machado (PT)

Giovanni Queiroz (PDT)

Givaldo Carimbão (PSB)

Gonzaga Patriota (PSB)

Guilherme Campos (DEM)

Henrique Eduardo Alves (PMDB)

Homero Pereira (PR)

Hugo Leal (PSC)

Humberto Souto (PPS)

Indio da Costa (DEM)

Jair Bolsonaro (PP)

Jairo Ataide (DEM)

Janete Capiberibe (PSB)

Jilmar Tatto (PT)

Jô Moraes (PCdoB)

João Carlos Bacelar (PR)

João Dado (PDT)

João Leão (PP)

João Magalhães (PMDB)

João Matos (PMDB)

João Oliveira (DEM)

Joaquim Beltrão (PMDB)

Jofran Frejat (PR)

Jorge Khoury (DEM)

Jorginho Maluly (DEM)

José Carlos Aleluia (DEM)

José Carlos Araújo (PDT)

José Carlos Machado (DEM)

José Genoíno (PT)

José Guimarães (PT)

José Maia Filho (DEM)

José Mendonça Bezerra (DEM)

José Otávio Germano (PP)

José Rocha (PR)

José Santana de Vasconcellos (PR)

Julião Amin (PDT)

Júlio Cesar (DEM)

Júlio Delgado (PSB)

Jurandil Juarez (PMDB)

Jurandy Loureiro (PSC)

Lael Varella (DEM)

Laurez Moreira (PSB)

Lázaro Botelho (PP)

Léo Vivas (PRB)

Leonardo Quintão (PMDB)

Lira Maia (DEM)

Lobbe Neto (PSDB)

Luciano Castro (PR)

Lúcio Vale (PR)

Luis Carlos Heinze (PP)

Luiz Alberto (PT)

Luiz Bittencourt (PMDB)

Luiz Carlos Hauly (PSDB)

Luiz Carlos Setim (DEM)

Luiz Fernando Faria (PP)

Manato (PDT)

Manoel Junior (PMDB)

Marçal Filho (PMDB)

Marcelo Castro (PMDB)

Marcelo Melo (PMDB)

Marcelo Ortiz (PV)

Marcio Junqueira (DEM)

Márcio Marinho (PRB)

Márcio Reinaldo Moreira (PP)

Marco Maia (PT)

Marcondes Gadelha (PSC)

Marcos Lima (PMDB)

Marcos Medrado (PDT)

Marcos Montes (DEM)

Maria Helena (PSB)

Maria Lúcia Cardoso (PMDB)

Mário Heringer (PDT)

Mário Negromonte (PP)

Maurício Quintella Lessa (PR)

Maurício Rands (PT)

Maurício Trindade (PR)

Mauro Lopes (PMDB)

Mauro Mariani (PMDB)

Mendes Ribeiro Filho (PMDB)

Miguel Martini (PHS)

Milton Monti (PR)

Milton Vieira (DEM)

Moacir Micheletto (PMDB)

Moises Avelino TO (PMDB)

Moreira Mendes (PPS)

Narcio Rodrigues (PSDB)

Nelson Bornier RJ (PMDB)

Nelson Marquezelli (PTB)

Nelson Meurer (PP)

Nelson Pellegrino (PT)

Nelson Trad (PMDB)

NIlmar Ruiz (PR)

Odair Cunha (PT)

Odílio Balbinotti (PMDB)

Osmar Júnior (PCdoB)

Osmar Serraglio (PMDB)

Osmar Terra (PMDB)

Paes Landim (PTB)

Paulo Abi-Ackel (PSDB)

Paulo Bauer (PSDB)

Paulo Henrique Lustosa (PMDB)

Paulo Magalhães (DEM)

Paulo Pereira da Silva (PDT)

Paulo Piau (PMDB)

Paulo Rattes (PMDB)

Paulo Roberto Pereira (PTB)

Paulo Rocha (PT)

Paulo Teixeira (PT)

Pedro Eugênio (PT)

Pedro Fernandes (PTB)

Pedro Novais (PMDB)

Pedro Valadares (DEM)

Pedro Wilson (PT)

Pinto Itamaraty (PSDB)

Pompeo de Mattos (PDT)

Professor Setimo (PMDB)

Professora Raquel Teixeira (PSDB)

Ratinho Junior (PSC)

Raul Henry (PMDB)

Rebecca Garcia (PP)

Reginaldo Lopes (PT)

Renato Amary (PSDB)

Renato Molling (PP)

Ribamar Alves (PSB)

Ricardo Barros (PP)

Ricardo Tripoli (PSDB)

Rita Camata (PSDB)

Roberto Alves (PTB)

Roberto Balestra (PP)

Roberto Britto (PP)

Roberto Santiago (PV)

Rodrigo Maia (DEM)

Rodrigo Rocha Loures (PMDB)

Rogério Marinho (PSDB)

Rômulo Gouveia (PSDB)

Sebastião Bala Rocha (PDT)

Sérgio Barradas Carneiro (PT)

Sérgio Brito (PSC)

Sérgio Moraes (PTB)

Sergio Petecão (PMN)

Severiano Alves (PMDB)

Silas Brasileiro (PMDB)

Silas Câmara (PSC)

Simão Sessim (PP)

Solange Almeida (PMDB)

Solange Amaral (DEM)

Tadeu Filippelli (PMDB)

Thelma de Oliveira (PSDB)

Uldurico Pinto (PHS)

Valadares Filho (PSB)

Valdir Colatto (PMDB)

Valtenir Pereira (PSB)

Vanderlei Macris (PSDB)

Veloso BA (PMDB)

Vicentinho (PT)

Vieira da Cunha (PDT)

Vignatti (PT)

Vilson Covatti (PP)

Vinicius Carvalho (PTdoB)

Virgílio Guimarães (PT)

Vital do Rêgo Filho (PMDB)

Vitor Penido (DEM)

Waldemir Moka (PMDB)

Waldir Maranhão (PP)

Walter Ihoshi (DEM)

Walter Pinheiro (PT)

Wellington Fagundes (PR)

Wellington Roberto (PR)

William Woo (PPS)

Wilson Braga (PMDB)

Wilson Picler (PDT)

Wladimir Costa (PMDB)

Wolney Queiroz (PDT)

Zé Geraldo (PT)

Zé Gerardo (PMDB)

Zé Vieira (PR)

Zenaldo Coutinho (PSDB)

Zezéu Ribeiro (PT)

Zonta (PP)



Fonte: http://www.terra.com.br/

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Aos gremistas...e aos colorados também.

Agora é nossa vez de dizer. Viram como é bom? Vocês nunca tinham sentido isso antes. Nós já. Foi em 1995, quando vocês perderam para o Ajax de forma dramática nos pênaltis. O que sentimos foi exatamente isso que vocês acabam de sentir: um gostoso alívio. Sim alívio, afinal, se ganhássemos o Mundial nada mais restaria a vocês. O que restaria a dizer diante de nossa segunda conquista? Não adianta pensar. A única alternativa seria reconhecer nossa superioridade.
Vocês sabem que não ganharam título algum no jogo de terça. É impossível ganhar quando não se joga, mas, se por um lado não houve comemoração de título, houve sim, uma comemoração do discurso. Sim, foi isso que nossa derrota garantiu a vocês: direito a fala. Direito de continuar “gargantiando” como dizem. Agora podem dizer que jogaram dois mundiais venceram um e foram vice noutro. Nós logicamente, rebateremos o argumento, ao concordar discordando, e lembrando que na verdade vocês venceram um Mundial e ficaram em último noutro. Quem está certo? Quem está errado? Ambos estão com a razão. Tudo é verdade e tudo é mentira. O que muda é a apenas o ângulo pelo qual se vê.

Meu argumento maior é que vi o meu Colorado conquistar quase tudo, menos Campeonato Brasileiro, e que prezo mais pela experiência que pela memória, que prefiro viver e recordar, do que apenas ouvir e tentar sentir o real gosto da conquista. Esse gosto da conquista, com todo respeito aos jovens gremistas, apenas os torcedores tricolores com mais de 30 anos, quem sabe puderam sentir, e são com esses que mais me prezo a discutir sobre o assunto.

Aos mais novos, só posso dizer para não desistirem de seus sonhos. Meu sonho, que por vezes achei que jamais realizaria, demorou mais de 20 anos para se tornar realidade. Nesse período sofri horrores, muito mais que com a derrota para o Mazembe. Meu consolo eram os grenais, as derrotas gremistas e nossa história nos campeonatos brasileiros, que igualmente ao Mundial de vocês, eu jamais vi meu Inter conquistar. Tudo isso mudou em 2006 e todos sabemos porque. De lá para cá, sou um outro cara, mais feliz e pronto para discutir sobre futebol com qualquer torcedor brasileiro. Hoje sofro muito pelo revés de terça, mas isso só ocorreu pela grandeza do meu clube, que é o único da América do Sul, a jogar dois Mundiais no novo modelo de disputa. Caímos é verdade, foi nossa maior derrota é inegável, mas não foi vexame. Foi um jogo. Um jogo normal entre dois clubes que foram campeões de seu continente. Só isso. 

Por fim, 2010 termina estranho, com os gremistas Campeões Gaúchos festejando o menos pior, e com os Colorados Campeões da América em luto, chorando a chance desperdiçada de se colocar como um GIGANTE em cima do grande rival. Enfim, são coisas que só o futebol possui, e que justificam o porque ele fascina a todos nós. Um abraço, e até 2011, que é bom dizer, promete muito.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

RUMO AO BI.

Começo de Mundial é sempre assim: nervos a flor da pele, ansiedade pela estréia, medo de eliminação precoce, e felicidade em saber que podemos nos tornar o único time do Planeta a ser duas vezes campeão do Mundial FIFA. Todos esses sentimentos se confundem quando se está envolvido num Mundial de Clubes. Vocês sabem disso. E se não sabem, provavelmente isso de deve ao fato de nunca terem jogado um campeonato dessa magnitude. Mas isso enfim não interessa.

O que interessa é que amanhã começa a caminhada rumo ao título. Internacional (Campeão da América) e Mazembe (Campeão Africano) se enfrentam às 14 horas, esperando o vencedor de Inter de Milão (Campeã da Europa) e Seognam Ilhwa Chunma (Campeão Asiático), que jogam na quarta feira. Com base no falso favoritismo, alguns já garantem Inter versus Inter na final, mas disso não se pode falar. Prova disso é o Pachuca, que era tido como favorito, e já voltou ao México depois de cair diante do Mazembe do Congo. 

Meu palpite claro é que vai dar Inter. O meu Inter no caso. Porque tanta certeza? Porque sou colorado e ao menos quando se trata de futebol acredito em tudo: Deus, Diabo, Buda, Alá, Iemanjá, Exú, Gabiru (esse foi santificado em 2006). Enfim, acredito em qualquer coisa que me traga pensamentos positivos e um pouco de tranquilidade. Assim, observando que 2010 está repetindo 2006, acredito fielmente, pelas muitas coincidências, que ergueremos o segundo Mundial de Clubes no próximo dia 18. As coincidências,vocês sabem, existem e aí vão algumas:

1- Assim como no ano do primeiro título mundial do Inter, 2010 também teve uma Copa do Mundo. Só esse fato já é uma coincidência, mas tem muito mais. Tanto na competição realizada na Alemanha quanto a disputada na África do Sul, a Seleção Brasileira foi eliminada nas quartas de final.

2- Em 2006 e 2010, a seleção que eliminou o Brasil acabou perdendo na final. E nas duas edições, a Alemanha encerrou sua participação na semifinal.

3- A Itália foi campeã do mundo em 2006 e o representante europeu no Mundial de Clubes foi um time espanhol. Em 2010 a Espanha foi campeã da Copa do Mundo e o representante da Europa na competição de Abu Dhabi é uma equipe italiana.

4- A primeira partida do Inter nas temporadas de 2006 e 2010 foi um amistoso contra o Esportivo. Nos dois jogos o Colorado venceu e marcou cinco gols.

5- O treinador do Brasil em 2006 era Carlos Alberto Parreira, que treinou o Inter. O técnico da Seleção em 2010, Dunga, também trabalhou no Colorado.

6- Abel Braga, técnico do Inter em 2006, e Celso Roth, treinador atual, têm nove letras no nome.

7- Assim como em 2006, o Inter também perdeu o Gauchão após disputar dois Gre-Nais pelas finais da competição. Há quatro anos, ocorreu um 0 a 0 no Olímpico e 1 a 1 no Beira-Rio. Em 2010, foi 2 a 0 para o Grêmio no Beira-Rio e 1 a 0 para o Colorado no Olímpico.

8- A bandeira de Yokohama, onde foi disputado o Mundial de 2006, é vermelha e branca, como as cores do Inter. A bandeira de Abu Dhabi, sede do próximo Mundial, tem as mesmas cores.

9- Em 2010 como em 2006, o Grêmio se classificou para a Libertadores do ano seguinte e o campeão brasileiro foi um time tricolor comandado por Muricy.

10- E por fim, contrariando aqueles que garantiam que o colorado enfrentaria os mexicanos na semifinal, eis que mais uma vez teremos um clube africano pela frente.

No mais é isso: boa sorte pra nós, e com fé em Deus, em Alá, ou nas coincidências, vamos todos rumo ao BICAMPEONATO MUNDIAL.



quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Música do Papa

Meus alunos, a política, o futebol e a Bahia


Itacaré - BA

Tenho muita coisa para falar a vocês. É tanta coisa, mas tanta coisa, que me causa preguiça só de pensar. De escrever então nem se fala. Eu diria que estou devendo escritos e posicionamentos desde o mês de setembro, mais precisamente, depois que comecei o estágio final da faculdade. Devendo para o blog, para mim mesmo, e consequentemente para alguns de vocês.

Como disse fiz meu estágio nos últimos meses. De setembro a novembro. Foi bem legal, interessante e desafiador. Pelo menos pra mim. Com relação aos alunos não sei, mas vocês estão livres para indagá-los. Quem são eles? Alunos dos terceiros anos matutino e vespertino. Qual foi o tema abordado em sala de aula? Adivinhem?! Sim, foi política. A micro política mais precisamente. Do que trata o assunto? Também deixo vocês livres para questionar meus adoráveis "agentes polítcos", mas garanto duas coisas a vocês: a primeira é que minhas aulas, embora tenham coincidido com o período eleitoral, não falaram sobre o pleito. E a segunda, que foi proporcionado, com a ajuda da escola e de alguns vereadores escolhidos, um encontro inédito em nosso município: o encontro entre os alunos e muitos de nossos representantes. Na nossa "audiência" (é assim que foi chamado o encontro), estiveram presentes, além do Vice- Prefeito Municipal, vários secretários, além de alguns vereadores escolhidos. Para que tudo isso? Para que nos fossem dadas respostas sobre aquilo que os próprios alunos haviam coletado e trazido como problema público a sala de aula. Enfim, preferi, tratar da ação política, ao invés da ilusão eleitoral.

Sobre as eleições, inclusive, já disse a vocês: não acredito nelas, mas fiquei feliz que a Dilma venceu. Não que eu tenha votado pra Dilma. Não votei. Pelo menos não no primeiro turno. No segundo sim. Fui quase obrigado a isso pela falta de escolha. Entre a cética tolerante acusada de intolerância e o cristão intolerante que se dizia representante do BEM (lê-se DEM), não tive dúvidas: ajudei a colocar a primeira mulher no poder. Minha expectativa diante do mandato da presidenta é grande, mas pelo que conheço das mulheres, serão quatro anos de muita faxina. Com as mulheres no poder, enfim seremos um país brilhante.  

Entre os assuntos que correram meu mundo nesses últimos meses, não posso deixar de falar sobre o caso da promotora que prendeu um caminhoneiro atropelador de galinhas. Vocês não têm idéia de como essa mulher me fez pensar. No fim, depois de muitas horas de reflexão, concluí que defendemos nossos semelhantes.

Outro fato que me chamou muito a atenção nos últimos meses foi o Grêmio. Seria injusto deixar de falar da reação gremista no Campeonato Brasileiro. Foi realmente surpreendente. Que reação! De candidato à Segundona a candidato ao G4. Sou colorado vocês sabem, mas temos de concordar que o Grêmio merece uma vaga para a Libertadores. É uma pena depender do Goiás, que pelo que vi ontem está com sorte de campeão. Sinceramente não acreditava que o alviverde goiano pudesse levar a Copa Sul Americana, mas depois de ver uma bola espirrada e um chute mascado terminar em dois gols, ouso dizer que tudo parece se encaminhar para que um segundo time brasileiro venha a conqusitar a segunda maior competição da América, tirando assim a vaga que seria do tricolor gaúcho. Coisas do futebol, que de justo não tem nada.

Por fim, e chegando mais perto de nossos presentes dias, não posso negar que estou ansioso em saber como estarão as favelas cariocas daqui um ano, e também em como será o meu desempenho no concurso para professor que prestarei em janeiro no Estado da Bahia. Sim, exatamente isso. Se tudo der certo, ano que vem estarei estarei despertando a filosofia em solo baiano, mais precisamente na região de Ilhéus (vide Google Imagens Ilhéus - Itacaré), que sinceramente, por algum motivo, me lembra o paraíso. Devo ter sido expulso de lá, mas estou a duas provas de poder voltar. Torçam por mim, prometo por Mainha e Painho, mandar notícias de lá. Agora vou estudar...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Roubaram meu carro

Roubaram meu carro essa noite. Não. Na verdade, abriram meu carro, e furtaram o rádio que estava em seu interior. Nenhum prejuízo elevado.

O rádio era como o carro. Simples e barato. Valia menos que o carro obviamente, fato esse que me leva a crer, que ou o ladrão era um ladrão honesto (afinal buscou apenas alguns trocados para sobreviver), ou que era um ladrão inexperiente (que não pode levar o carro por não saber dirigir), o que faz dele, um ladrão sem muitas perspectivas de vida e de futuro incerto.

Pelos indícios do crime, desconfio que seja um pedreiro. Não um pedreiro, no sentido daquele que envolvido ao pó constrói casas empilhando tijolos, mas sim do pedreiro, que um dia se envolveu no pó e agora está perdido na pedra.

Tenho pena do ladrão. Provavelmente já trocou meu pobre rádio, por míseras pedras de crack, que já se perderam em fumaça.

Meu rádio, como o seu ladrão, já era. Não demorará muito, e, para alívio da comunidade, será encontrado morto por corvos e urubus. Essa é a realidade, e isso me entristece.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Estamos fudidos

“Ela vai acabar com a pobreza. Aí sim estamos fudidos”. A conversa entre dois empresários da cidade, que se dizem seres humanos, prosseguiu assim: “dias atrás precisava de uns “chapas” para descarregar o caminhão e eles queriam saber quanto ganhariam antes de descarregar. Eu disse: mas vão trabalhar. E eles me disseram: não trabalhamos sem saber quanto vai nos pagar. Mas olha se tem cabimento.” E o outro concluiu: “sabe porque isso? Porque agora eles tem o que comer.” Sim acreditem, foi exatamente isso que ouvi.

Eu não falei nada, mas saí feliz. Feliz por saber que a “mulher má” venceu, que o povo não caiu no baixo discurso religioso do “bem e da vida”, e por saber que agora, tendo o que comer, os chapas não estejam mais se submetendo por apenas um pedaço de pão a trabalhos indignos.

Estamos avançando acreditem.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E agora?

"Daniele Toledo do Prado passou 37 dias presa na Cadeia Pública de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, em São Paulo. Na prisão, apanhou por cerca de 4 horas seguidas de outras detentas. Teve a mandíbula fraturada e uma caneta enfiada no ouvido, além de ficar com diversos hematomas no rosto, 85% da visão e 70% da audição direita comprometidas. Ela foi acusada de ter colocado cocaína na mamadeira da filha, Victoria Maria do Prado Iori, de um ano e três meses, que morreu em 29 de outubro de 2006 em Taubaté.

A menina chegou ao hospital com vômitos, crise convulsiva e síndrome de ausência (não reagia a estímulos de dor, tinha pressão e batimento cardíaco baixos). A acusação foi feita após uma médica e uma enfermeira que atenderam a criança terem relatado a existência de um 'pó branco' na boca da menina.

O laudo preliminar, feito no Instituto Médico Legal de Taubaté, onde Victoria morreu, apontou overdose de cocaína no leite. Foi com base neste laudo que a prisão de Daniele foi decretada. Mas o exame definitivo e, depois, o da contraprova, deram negativo.

Laudos de três testes realizados pelo Instituto de Criminalística (IC) comprovaram que a mamadeira não continha qualquer tipo de droga.

Em setembro de 2008, a Justiça absolveu Daniele. A mulher move ação contra o estado. A causa da morte da criança é considerada ignorada".  (http://oglobo.globo.com/cidades/sp/mat/2010/03/22/mae-acusada-de-colocar-cocaina-na-mamadeira-da-filha-passou-37-dias-presa-916137162.asp)

Agora pergunto:
 
Existe indenização possível num caso desses?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aplaudam Marisa. Caso contrário: processem-na.

Não sei como começar esse texto. Num primeiro momento, quando fiquei sabendo que Marisa, pelo texto acima publicado, havia sido criticada por uma autoridade representativa do município, pensei apenas em criticar o crítico se vocês me entendem. Porém, depois que tomei ciência, que além do representante municipal, também alguns munícipes estavam a criticar a defensora de seus direitos, aí definitivamente, perdi a linha, saí dos trilhos, ou se preferirem, como diz o ditado popular: me caiu os butiás do bolso.

Até posso entender que os representantes criticados viessem a se ofender pelas críticas (é complicado aceitar a verdade), mas é difícil de aceitar que aqueles que Marisa veio defender em seu artigo, viessem a criticá-la.

Decidi assim analisar o texto na íntegra e expor os pontos que acho que são relevantes, pois não acredito que isso tenha sido feito pelo representante maior do município (quando esse foi até a rádio local se pronunciar a respeito), como também não acredito que os munícipes que criticaram Marisa leram seu texto. Assim, peço que com atenção, façamos isso a partir desse momento.

No primeiro parágrafo, ou seja, na introdução a questão proposta, Marisa indaga se a população Alpestrense está sendo ignorante (por não cobrar que as obras prometidas sejam cumpridas) ou se está sendo ignorada pelo Poder Público, afinal, segundo ela, além das promessas, muita esperança se depositou com a vinda da Barragem Foz do Chapecó, e nada de melhorias à população pode ser verificado.

Mas é a partir do segundo parágrafo, que Marisa dá maior profundidade ao seu exercício cidadão. É ali que ela começa seus apontamentos, e consequentemente sua cobrança diante daquilo que, segundo ela, foi prometido. Marisa fala do transporte, da ponte destruída pela enchente no dia 22/11/09, e do esforço da população em construir (com recursos próprios) uma pinguela para que por ali ainda se possa transitar ao menos a pé. No mais, ela encerra o parágrafo, dando a entender que seria necessário um atendimento mais freqüente no Posto de Saúde de sua localidade.

No terceiro parágrafo de seu texto, Marisa que é diretora da Escola em sua localidade, reitera sua indignação diante das promessas dos políticos. Segundo ela, foi prometido a aproximadamente 8 anos atrás, pelo então Prefeito Municipal, juntamente com um engenheiro e um representante da comunidade, uma verba de R$ 70.000,00 para a construção de uma quadra de esportes para a escola. Ainda afirma denunciando, que esse ano, mais precisamente no dia 31/01/2010, esteve presente na localidade o Vice Prefeito Municipal, garantindo R$ 150.000,00 em recursos para construção da quadra poliesportiva, sendo que até agora, nada além da terraplanagem e de duas placas anunciando a obra, foi efetivado no local.

No quarto parágrafo, Marisa além de apontar a falta de boas estradas para o escoamento da produção agrícola, também mostra preocupação com relação a migração de agricultores para outros municípios. Segundo ela, tal migração se dá exatamente pelo descaso das autoridades com seus munícipes.

No quinto parágrafo, Marisa parte para o humor. Primeiramente ela indaga por onde estão os representantes, e depois pergunta se é justo que o projeto “BAFÔMETRO”, aprovado pelo Poder Legislativo, venha ser exclusivamente uma obrigatoriedade para os motoristas de máquinas. Assim indaga Marisa: “será que essa assopradinha não deveria ser estendida aos demais funcionários e patrões?”

Por fim, Marisa volta à pergunta inicial e questiona se diante de tudo isso que ela afirma é o povo ignorante ou é o povo ignorado. Eis as palavras de Marisa: “Por isso deixo aqui uma dúvida cruel. Povo ignorante ou povo ignorado? Posso ser ignorante, mas sou como São Tomé. Tenho que ver para crer. E na minha insignificante insignificância sei que é assegurado a todo o cidadão o direito de livre expressão, afinal moramos em um País democrático”.

Eu sinceramente não sei se o que Marisa afirma é verídico ou não, mas de uma coisa tenho certeza: Marisa teve coragem de falar, teve de coragem de exercer sua cidadania e de criticar aquilo que ela achou que deveria ser criticado. Também não sei o que as autoridades falaram de Marisa, mas deixo esse espaço aberto para quem desejar fazer uso dele. Como cidadão que já foi difamado (lembram do padre que foi até a rádio da minha cidade falar “bobagens” a meu respeito?), sei o quanto a verdade incomoda as autoridades e como elas (as autoridades) preferem atacar e falar das particularidades do autor ao invés das críticas que o autor expôs.

Para encerrar pergunto a vocês: Marisa mentiu? Falou inverdades absurdas? Se a resposta for afirmativa é simples: processem-na e façam valer a verdade, mas se a resposta for negativa, sugiro apenas que abram suas bocas para elogiá-la e que usem suas mãos para aplaudi-la, afinal, são poucos aqueles que, igualmente a Marisa, tomam coragem e fazem aquilo que deveriam fazer, ou seja: exercer verdadeiramente seu direito como cidadão.

Parabéns Marisa e um abraço a todos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Problema da Cidadania

Vocês sabem: já fazem anos que deixei de acreditar na macro política, nos nossos representantes, e numa possível mudança de estrutura do sistema. Não é por nada que não escrevi nada sobre as eleições, e apenas publiquei um texto do Mafissoni, que de certa forma dizia aquilo que pensava sobre nosso pleito.

Falo disso, pois em meio a esse turbulento mês - que comecei meu estágio em sala de aula, que o Grêmio subiu na tabela e que fiz uma viagem a João Pessoa na Paraíba (sobre tudo isso, poderia e quem sabe ainda vou falar algo para vocês) - um fato ocorrido aqui no município de Alpestre-RS onde trabalho, chegou aos meus ouvidos me chamando a atenção. Na verdade tomei as dores, lembrei do meu passado recente e me indignei quando me falaram dos acontecimentos posteriores ao fato.

O fato em si, é que a cidadã Marisa Carnete, diretora da Escola Estadual de Farinhas resolveu exercer a cidadania. O que Marisa fez? Ela apenas publicou o texto abaixo, no Jornal Alto Uruguai do dia 18/09/2010.

Por ora, decidi publicar o texto na íntegra, para depois tecer alguns comentários a respeito. Antes disso, peço que façam a leitura do mesmo e tirem suas próprias conclusões.




Ignorantes ou Ignorados?

 


Em pleno século XXI ainda não consigo entender se as pessoas se as pessoas do nosso Município de Alpestre, principalmente as do interior são ignorantes ou se são ignoradas pelo poder Executivo e Legislativo, pois todos acreditavam que após sermos contemplados com a Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, tudo seria melhor, e o povo seria o beneficiado, mas não vi nada disso, e continuo vendo o povo pagar o pato.

Principalmente na Localidade onde resido em Vila Farinhas, a qual possui uma Escola Estadual com 110 alunos, sou obrigada a ver todos os dias na escola alunos sonolentos, pois, por ironia do destino uma enchente levou a ponte que da acesso a Linha Estreito no dia 22/11/2009 e os bravos homens da Localidade, construíram uma pinguela com madeira doada por eles mesmos, mas nem todos tem coragem de passar, pois só passa a pé e os pobres alunos, estes tem que pegar o transporte e fazer um turismo extra, turismo esse, que tem um preço alto, embarque por volta das seis horas e desembarque aproximadamente seis horas depois. O mesmo acontece com o restante da comunidade, que utilizam o mesmo transporte para usufruir do PSF que é muito bonito, mas que só possui médico duas vezes por semana.

Também não consigo entender porque esses mesmos alunos, e os demais, têm que anunciaram a todos os presentes que já estava depositado em uma conta bancária na Caixa Econômica Federal a bagatela de R$ 70.000,00 que sem aviso prévio ou explicação, evaporou e o povão não chegou a ver um tostão e recentemente mais precisamente no dia 31/01/2010 o nosso Vice Prefeito anunciou no mesmo local na reinauguração do PSF que já estava disponibilizado a quantia irrisória de R$ 150.000,00 para a construção de uma quadra poliesportiva, e o que vi até agora foi uma terraplanagem e duas placas no local.

Mas o que mais dói é ver famílias largando tudo e indo tentar a sorte em outros municípios, por falta de incentivo e estradas para transportar suas colheitas e ter acesso digno, afinal esta escrito na Constituição que todos têm o direito de ir e vir. Mas ir como, a pé ou a cavalo? Acredito que deveria ser o contrário, pois em um município tão extenso e com pouca população quem vai produzir e pagar impostos para manter e quem sabe até melhorar o que já possuímos? Cadê nossos representantes que ainda não perceberam que depositamos neles a nossa confiança, para levar até os órgãos competentes nossa voz e recursos, afinal acabaram de aprovar um grande e muito importante projeto “O DO BAFÔMETRO” para os motoristas das máquinas, projeto esse que todos adoraram, pois afinal se antes o povão reclamava da demora das máquinas para arrumar as estradas, agora não sei como vai ser, pois as máquinas vão demorar mais para chegar até as suas casas porque primeiro os coitados dos motoristas além de mal pagos terão que passar pela humilhação da “assopradinha”. Na minha ingênua ignorância paira uma dúvida, será que essa assopradinha não deveria se estender também aos outros funcionários e aos patrões? Afinal ser baforado não deveria ser “luxo” somente de alguns.

Por isso deixo aqui uma dúvida cruel. Povo ignorante ou povo ignorado? Posso ser ignorante, mas sou como São Tomé. Tenho que ver para crer. E na minha insignificante insignificância sei que é assegurado a todo o cidadão o direito de livre expressão, afinal moramos em um País democrático.



Marisa P. Carnete

12/09/2010



terça-feira, 14 de setembro de 2010

"ELEIÇÕES 2010: OS PRESIDENCIÁVEIS" por Marcos Maffissoni*

 Me prestei, hoje, enfim, a assistir um debate dos presidenciáveis. Pra ser mais organizado e sistemático, vou falar separadamente de cada um deles.

            Primeiro o Serra. O Serra é o cara que todos já imaginavam que não teria muita chance de ganhar a presidência caso o PT colocasse qualquer candidato. Qualquer mesmo: se um cachorro fosse indicado por Lula, provavelmente se sagraria o primeiro presidente canino do país. Mas o PT desistiu do ‘melhor amigo do homem’ e resolveu inscrever Dilma: a melhor amiga das mulheres. Apesar da péssima escolha petista, as chances de Serra são ínfimas. O que não o proibiu de piorá-las. Ou ele é muito burro ou deixou que outro alguém muito burro lhe escolhesse uma tática de campanha absurdamente equivocada. : o que daria na mesma. No tal debate os candidatos podiam fazer perguntas entre si. Serra só pediu para Dilma. Dilma jamais pediu para Serra. Só Dilma aparecia. Serra insistia que sua filha foi violada, e ao invés de perceber seu genro como o corruptor, acusa o PT. Parecia uma criança chorona. E das mais chatas. Ele também sabe que não pode atacar o Lula (o intocável). Botou-se na árdua e contraditória labuta de se comparar ao Lula, mas ao mesmo tempo de denegrir o governo lulista, e também de prometer continuá-lo. Na melhor performance ‘cego em tiroteio’ consegue assustadoramente piorar suas chances. Sozinho.

            Por segundo, falemos da Dilma. Não é novidade para ninguém (nem para os atrasados gremistas que ainda não descobriram que já não mandam no futebol do Sul) que Dilma, apesar de ser do PT, não tem estrela. Por mais que Lula e a cúpula petista se esforçassem, dificilmente conseguiriam encontrar uma figura com menos carisma e menos apta a assumir a presidência do país do que Dilma. Se ela ganhar (o que é muito provável) Lula afirmará seu poder quase divino: eleger ao cargo mais importante do país (talvez só menor que a presidência do Colorado) uma inelegível até para grêmio estudantil de escola do interior do Acre (aliás, o Acre tem sua candidata). Por outro lado, se Dilma perder, o PT e o Lula terão perdido a partida mais ganha da história da política brasileira. Mas como já foi dito, no debate só ela falou: sua equipe foi inteligente em fazê-la perguntar aos outros candidatos, menos ao chorão Serra, temas brandos que só a reafirmavam. É certo que ela faltou a todas as aulas de simpatia, oratória e retórica. Fala mal, gesticula mal, se expressa mal, tem cara de mal. Mas vai ganhar. Não tem proposta senão a de manter o PT no poder. Mas vai ganhar. E não, não é piada. Ela nem se esforça muito: só tenta deixar evidente que a merda de agora fede menos que a anterior, o que é verídico. E a ditadura do ‘menos pior’ lhe garantirá quatro anos de um pomposo e bem remunerado emprego de fantoche.

            Por terceiro, vamos à Marina. Acreana, jurava que o Acre a apoiaria. É apenas a terceira colocada nas intenções de voto de seu estado... Também pudera. Marina é a típica candidata ‘não fede e não cheira’. Fala única e exclusivamente de preservação do meio-ambiente (um tema já pouco estimulante para nossas corridas vidas capitalistas destrutivas e inconseqüentes), e mesmo assim não consegue ter o mínimo, o mais pequenino, um fiapinho que fosse de entusiasmo. Com sua voz fina e rouca, sua cara de ressaca e sua língua enrolada, parece constantemente estar sob forte efeito de álcool. Tende a ser mais amiguinha do Serra do que da Dilma. E justamente como o Serra, tem alta habilidade em se manter o tempo todo perdida e com um semblante de quem a qualquer instante pode irromper em uma constrangedora interrogação: ‘onde estou, posso saber’?!

            E por último, mas não menos importante (nem mais também) o Plínio. Plínio tem por base de campanha afirmar-se diferente dos outros três. E consegue: além de sua cara de extraterrestre ou, quiçá, de duende aposentado, ele é um socialista. Contraditório: é um socialista católico. Mas Plínio pelo menos é engraçado. Irreverente. Gosta de por os outros em saia justa e, diferente dos outros três, apesar de defender propostas que não são nem um pouco elegíveis num país com uma mídia tão norte-americana como o nosso, é o único que parece acreditar no que propõe. Tem o melhor discurso, a melhor retórica, a maior simpatia, mas o partido menos expressivo. De mais a mais, é somente por ele que os debates têm um ‘Q’ de agradável. Ele é engraçado, irônico, um quase humorista. Em uma época em que a política não passa de uma piada (e quase sempre sem graça!), Plínio parece ser o mais indicado a nos fazer rir. Não gostaria nem de imaginá-lo no poder, mas simpatizo com ele. Como também não gostaria nem de imaginar nenhum dos outros três no poder e não simpatizo com nenhum desses outros três, é só o Plínio que poderá me convencer a não votar nulo. Se ele mandar alguém a PQP antes do final da campanha, terá meu voto. Suspeito que coisas assim sejam até do feitio desse bem humorado senhor.

            Por fim, como sempre quando se fala em política: lamentável. E mais lamentável ainda é que nós, os eleitores, sejamos tão ingênuos e desleixados para engolir que um desses quatro é que deve nos governar. Merecíamos algo bem melhor. Mas vai ver, antes seja necessário começarmos a ser, nós, melhores. Vai ver já está na hora de nos implicarmos mais com os caminhos e descaminhos do país e repudiarmos esse nefasto show de humor negro que a política nacional, faz hora, se transformou. Enquanto não propormos nem fizermos nada, eles continuarão propondo e fazendo por nós: a mesma quantia lamentável de coisas que sempre fizeram. E não é só deles a culpa. Sacou, mané?!

* Marcos Maffissoni, além de ser um ser bastante desiludido com o amor conjugal, é colorado (o que o faz um ser inteligentíssimo), músico, e entre outras atividades, também cursa filosofia na UNOCHAPECO.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Novos Tempos de Paz.


Eu pensei em criticar. Juro que pensei. Criticar no meu sentido sabem? Ironizando, debochando e “alfinetando” (esse termo não é meu, escutei ele de uma autoridade). Porém desisti. Mudei de estratégia. Encontrei um novo caminho. Um caminho mais positivo, mais tranqüilo, sem muitos espinhos. De agora em diante, vou ver apenas o lado bom das coisas. Serei mais ou menos como um portal de notícias, sempre imparcial.

Desculpem-me se nesse primeiro texto ainda mantiver alguns resquícios daquele longínquo tempo em que fui um debochado irônico alfinetador de contradições.  Não é fácil mudar assim, da noite pro dia. Mas vamos lá. Prometo fazer grandiosos esforços para me manter em paz com vocês. 

Por falar em paz, é sobre ela que quero falar.

No último sábado tivemos a caminhada da paz em Planalto. Creio que nunca na história de Planalto, uma caminhada fez tantas pessoas felizes. Definitivamente, houve consenso geral entre as classes: alunos e professores, funcionários públicos municipais e seus respectivos patrões. Todos de olho no próprio umbigo e empunhando a bandeira da paz.

Os alunos, em acordo com seus professores, receberam folga da marcha habitual de Sete de Setembro, e mais alguns pontos na média geral para participar do evento. Funcionários públicos receberam dispensa do trabalho no dia de hoje por terem comparecido na caminhada. Tudo pela paz, pelas notas, e pelo feriadão é claro. O único ponto negativo do "movimento fim guerra” foi o professor de filosofia que não aderiu ao movimento de compra de alunos, digo, de estímulo a aprovação colegial. Ninguém entendeu ou soube dizer o porquê de tal atitude. Dizem que se negou a negociar com os alunos, pois segundo ele, “negócio” é fruto do capital, e que negociar feriria seus princípios. 

O importante enfim (tirando a rebeldia do professor de filosofia), é que tudo ocorreu dentro dos conformes. Tudo dentro do planejado: houve comparecimento em massa da população (caminhando ou aplaudindo com segurança), os alunos estão quase todos aprovados, os funcionários públicos terão feriadão, e os veículos de comunicação do município já tem o que postar na próxima edição do jornal. Dizem que até a RBS, e vários postulantes a um cargo na Assembléia Legislativa do Estado e a Câmara Federal estiveram presentes. As más línguas dizem que vieram por causa da eleições, mas isso é conversa pra boi dormir.

Eu sinceramente estou arrependido. Sinto que perdi uma grande chance de mostrar minha nova cara. Já imaginaram se apareço na TV, todo de branco, sorrindo, e segurando um belo cartaz branco? Seria perfeito.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Aos que não acreditam no que falo.

Stephen Hawking lança livro e diz que Big Bang foi consequência da lei da gravidade

Para cientista britânico, Deus não tem mais lugar nas teorias sobre a criação do universo

Stephen Hawking lança livro e diz que Big Bang foi consequência da lei da gravidade<br /><b>Crédito: </b> AFP
Stephen Hawking lança livro e diz que Big Bang foi consequência da lei da gravidade
Crédito: AFP

Deus não tem mais lugar nas teorias sobre a criação do universo, devido a uma série de avanços no campo da física. A afirmação é do cientista britânico Stephen Hawking em seu novo livro, que teve trechos divulgados nesta quinta-feira. Demonstrando uma posição mais dura em relação à religião do que a assumida nas páginas do best-seller internacional "Uma breve história do tempo", de 1988, Hawking diz que o Big Bang foi simplesmente uma consequência da lei da gravidade.

"Por haver uma lei como a gravidade, o universo pode e irá criar a ele mesmo do nada. A criação espontânea é a razão pela qual algo existe ao invés de não existir nada, é a razão pela qual o universo existe, pela qual nós existimos", escreve o célebre cientista em "The grand design", que será publicado em série no jornal The Times.
"Não é necessário que evoquemos Deus para iluminar as coisas e criar o universo", acrescenta.

Hawking se tornou mundialmente famoso com suas pesquisas, livros e documentários, apesar de sofrer desde os 21 anos de idade de uma doença motora degenerativa que o deixou dependente de uma cadeira de rodas e de um sintetizador de voz.

Em "Uma breve história do tempo", Hawking sugeria que a ideia de Deus ou de um ser divino não é necessariamente incompatível com a compreensão científica do universo. Em seu mais recente trabalho, no entanto, Hawking cita a descoberta, feita em 1992, de um planeta que orbita uma estrela fora de nosso Sistema Solar, como um marco contra a crença de Isaac Newton de que o universo não poderia ter surgido do caos.

"Isso torna as coincidências de nossas condições planetárias - o único sol, a feliz combinação da distância entre o Sol e a Terra e a massa solar - bem menos importantes, e bem menos convincentes, como evidência de que a Terra foi cuidadosamente projetada apenas para agradar aos seres humanos", afirma Hawking.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Alguém explica?


Sou limitado. Extremamente limitado. Tenho sérias dificuldades para entender algumas coisas.  Por outro lado, tenho minhas qualidades também. Consigo entender, por exemplo, o que levou o goleiro Bruno a encomendar a morte de Eliza Samudio e também os motivos que estimularam os dois fiéis cristãos a espancar ou apedrejar quase até a morte um ser a sua imagem e semelhança. Para mim tudo muito simples: Bruno matou por desespero e os fiéis espancaram por Deus.

No caso de Bruno, ele apenas não admitia que uma atriz pornô, uma “mulher da noite”, que servia a ele e a toda torcida do Flamengo, viesse a lhe encher o saco por causa de um filho indesejado. Para Bruno, Eliza servia apenas para esvaziar o saco e não para enchê-lo. Assim, envolvido pelo desespero de ter um filho com uma, digamos, prostituta, Bruno não teve dúvidas: na primeira possibilidade que teve mandou a “cadela” para o canil. Uma crueldade claro, mas compreensível se pensada friamente.

Já o caso dos fiéis é mais fácil de compreender. Eles apenas fizeram a vontade de Deus. Está na Bíblia, podem verificar. Tanto no Novo como no Antigo Testamento. Assim diz Jeremias “Eis que encherei de embriaguez a todos habitantes desta terra, e aos reis da estirpe de Davi, que estão assentados sobre o seu trono, e aos sacerdotes, e aos profetas, e a todos os habitantes Jerusalém. E fá-los-ei em pedaços jogando uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz o Senhor: não perdoarei, nem pouparei, nem terei deles compaixão, para que não os destrua” (Jr 13: 13-14). Já no Novo Testamento, ou seja, nas palavras de Cristo, segundo São Matheus, assim afirma: “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10: 34). Viram que fácil de entender os fiéis espancadores?  Tá tudo lá, justificadinho.

Mas como ia dizendo a vocês, existem crimes cruéis que consigo entender e fatos aparentemente simples que fogem da minha compreensão. Não entendo, por exemplo, o que leva um universitário ou universitária, maior de idade, vir a importunar todo um ônibus universitário que clama por descanso, ou ainda, o que leva um profissional renomado a apedrejar a casa de dois idosos. O primeiro caso presenciei ontem. O segundo chegou aos meus ouvidos no final de semana. Obviamente que não vou citar nomes, mas esses atos, aparentemente muito mais simples que os nossos dois primeiros crimes, me intrigam e me levam acreditar que tudo está perdido. Vou tentar entender, procurar no Google, quem sabe ler a Bíblia de cabo a rabo para encontrar alguma resposta. Mas enfim, como disse: sou limitado para certas coisas. Definitivamente limitado.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um Viva a Vida Mentirosa de Cada Um.


Sempre fui um mentiroso. Não que eu tivesse consciência disso. Descobri isso nesse último mês. Minha vida foi sempre uma mentira. Uma mentira construída dentro de outra grande mentira. Digo isso, pois morri no último mês. Morri e renasci.

Para quem nunca morreu, posso dizer: morrer faz bem. A morte nos liberta. Nos tira aquele peso da história das costas. Não que ela nos deixe vazio, sem nenhum fardo para carregar, mas ela nos fornece novas bases, novas estruturas e novos mecanismos para a construção de uma inédita existência. A morte nos livra de uma mentira para que possamos construir outra. 

Alguns dizem que lutamos por uma verdade. Mais uma mentira. Ninguém vive por uma verdade, mas todos vivem por uma mentira pessoal, cujo objetivo último é transformá-la em verdade universal. Enfim, vivemos para mentir. 

E só mentimos por reconhecimento. Não interessa qual. Pode ser através da Igreja, dos cargos públicos. Através da música, da política, e até do futebol. Onde quer que eu ou você estejamos, o que queremos é reconhecimento. Tudo uma grande mentira. Necessária mentira, obviamente. É a mentira a forma que encontramos para suportar a existência e é ela que nos dá status social. Quanto mais mentiroso, mais popular. Basta ver a política e nossas personalidades famosas.

Não digo isso da boca pra fora. Falo sério. Mesmo esse texto que escrevo agora para vocês, carece de reconhecimento. Quero ser visto, falado. Beatificado por uns e amaldiçoado por outros. Escolhi a escrita pra isso. É nela que apareço e que faço a diferença. Pelo menos pra mim.

É lógico que não era minha primeira escolha ser filósofo, blogueiro e ativista político. Se fosse para escolher, seria jogador de futebol, jogaria no Inter e me dedicaria ao clube o resto dos meus dias. Porém, as pernas e o cérebro não conseguiram se entender para fazer do Ale da Sissi uma espécie de D’Alessandro. E assim me restou apenas torcer para o Inter. E digo a vocês: torci muito. Torci, sofri e morri com o Inter. Inclusive, foi o Inter que me matou.

Na minha vida passada de torcedor, não lembro de um só dia em que senti algo parecido com o que sinto agora. Nesse admirável mundo novo, aqui "acima" do céu azul, apenas vejo o Sol, que por sinal também é vermelho. O mundo aqui é vermelho, e isso é uma beleza. Sinto-me definitivamente em casa, e dessa vida não quero mais sair.

Do inferno que vivi quando estive aí com vocês, muitas coisas ruins vocês me ensinaram. Foi o mal exemplo de vocês que estimularam minhas rebeliões políticas, e foram as crenças incutidas sobre o seu Deus que me estimularam a não mais acreditar Nele. É lógico que mentia para vocês quando dizia que Deus não existia. Deus existe, mas nem preciso dizer que não é essa mentira que vocês inventaram. Deus é poder, é estar acima dos outros. É ver-se acima de todos. Deus enfim, é o reconhecimento quase unânime de que sua mentira é uma verdade absoluta.

Em resumo, minha vida mentirosa foi inventada por mim para suprir uma vida repleta de desgraças futebolísticas. Foram as desgraças no futebol que fizeram-me desafiar Deus, o Diabo e qualquer outra mentira. Criei mentiras para combater outras. Era isso que me fazia viver aí. Era isso que me mantinha respirando. Escrevi, movimentei, agitei, torci e morri. Como disse, o Inter me assassinou. Mandou-me dessa para uma melhor. E nesse novo universo vermelho, o mundo político e as verdades metafísicas não fazem mais sentido. Até a Filosofia que eu tanto amava perdeu a graça.

Posso um dia, se para outro mundo for enviado, voltar a sonhar e a mentir para mim que outro mundo é possível. Mas no momento, só quero curtir. Tive problemas demais na minha vida passada e sinceramente espero nunca mais tê-los de volta. 

Um viva a vida, ao Inter, e a mentira que cada um carrega.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A nova ordem do futebol gaúcho


Meu último “post” - é assim que se chama um texto real publicado no mundo virtual – causou polêmica. Não no mundo virtual - que como podem perceber não obteve nenhum comentário sobre o assunto – mas no mundo real. Eu fico feliz lógico. Já disse a vocês que adoro uma polêmica. Gosto da polêmica porque ela nos faz odiar, amar, defender um ponto de vista e às vezes até concluir algo sobre o assunto. Enfim, gosto da polêmica porque ela movimenta o pensamento e perturba a mente.  

A polêmica da vez é a respeito do “respeito”. Meus jovens amigos gremistas, que respeito muito, sentiram-se ofendidos por eu afirmar que agora “apenas devo respeito para com tricolores gaúchos com mais de 35 anos de idade”. E eles estão com a razão. Literalmente errei. Não me fiz claro. Usei a palavra errada, ou deixei de usar as palavras corretas, para explicar o que queria dizer. No caso, errei em não me referir a que tipo de “respeito” estava me referindo.

Mas vamos à origem da polêmica:

Como sabemos, na última quarta-feira, o Sport Clube Internacional, conquistou pela segunda vez a Taça Libertadores da América. E o que tem isso de tão importante? A princípio nada, afinal foi apenas mais um título importante na história de um clube importante. Porém, mas, não obstante, e apesar de, o título de quarta feira reconfigura novamente o futebol gaúcho. Ele troca novamente de lugar os protagonistas.

O título de quarta recoloca o colorado no topo da eterna discussão entre colorados e gremistas e faz com que pela primeira vez, depois de 27 anos, um colorado possa sair às ruas sem medo algum de encontrar um fanático gremista pronto para discutir. E eis o ponto no qual entra o “respeito” no qual me referi.

O respeito, com o título da última quarta, mudou de lado. E o respeito que falo, refere-se ao mesmo respeito (ou desrespeito), que os gremistas tiveram pela massa vermelha nos últimos 27 anos.

Explico:

Depois de 1983, com a conquista do continente e do mundo por parte do Grêmio, colorado algum do universo, conseguia dialogar com um gremista. Desde aquela maldita conquista gremista no distante ano de 1983 diante do Penarol, que de nada adiantava o torcedor colorado ser três vezes campeão brasileiro, ser mais vezes campeão gaúcho e ter vencido um maior número de grenais. Todos os argumentos colorados iam por água abaixo numa só frase tricolor: ”quando levantarem a América e o Mundo retorne a falar comigo”. Não havia discussão, não havia respeito pela história colorada, mas havia sim, humilhantes deboches, constantes comentários desrespeitosos e malditas falas menosprezando a massa colorada. Cantos gremistas se referiam ao colorado como “aquele que nunca ganhou de ninguém”. As coisas que já eram terríveis para o torcedor colorado, pioraram muito em 1995, quando o Grêmio viria a conquistar pela segunda vez o título continental. Para os colorados era a ruína, a desgraça total e a certeza de que essa gangorra jamais mudaria de lado. Já para os gremistas, o título soava como uma confirmação de sua grandiosidade e o absoluto domínio sobre o rival. Nem o mais fanático colorado imaginaria que 15 anos depois estaria à frente do rival, e nem o gremista mais pessimista apostaria numa reviravolta.  Porém, o futebol é incrível. Ele é dinâmico - já dizia não sei quem.

E tudo começou a mudar em 2006. Tudo mesmo, afinal o Inter ali começava a conquistar tudo. Porém, mesmo assim, depois de conquistar tudo, ao discutir com um torcedor do tricolor gaúcho, o colorado ainda ouvia a assombrosa e soberba voz tricolor que dizia: “quando vocês erguerem duas Taças Libertadores retorne a falar comigo”.  O torcedor vermelho sentia o golpe, dizia ser campeão de tudo, mas de nada adiantava. O parâmetro, a base de análise para a discussão com um gremista era outro. O tricolor gremista continuava soberbo, arrogante e autoritário em seu discurso. Não todos claro, apenas a maioria. E foi isso que mudou na última quarta feira.    
   
Na última quarta o gremista teve (“zagalamente” falando) de engolir o colorado. Engoliu e teve indigestão é bom dizer. A partir da última quarta novamente o maior clube do Rio Grande é o Internacional. É ele que possui todos os títulos internacionais possíveis. É ele que tem quase tudo o que o Grêmio possui (não queremos nos igualar ao rival, afinal não queremos a Segundona), além de ter mais títulos gaúchos, mais campeonatos brasileiros, e mais grenais vencidos. Gremistas podem ainda se vangloriar de terem vencido mais vezes a Copas do Brasil e de terem a maior torcida do Estado, mas isso, como eles mesmos afirmaram por mais de 20 anos, vale muito pouco e não nos serve como base para a discussão.

É lógico que muitos jovens gremistas já nasceram Campeões ou Bicampeões da América. Mas temos de concordar que entre nascer campeão e ter a sensação de experenciar a conquista há uma gritante diferença.

Enfim e para concluir, quero deixar claro aqui, que quando me referi que só respeito gremistas com mais de 35 anos, não me referi ao respeito humano que devemos ter uns com os outros, mas sim, quis dizer que apenas gremistas que hoje estão entre seus 30 e 40 anos de idade podem dizer que viram e sentiram o que nós colorados vimos nos últimos cinco anos. Apenas eles viram seu clube de coração ganhar duas vezes a América, e somente eles sabem o que é realmente ter essa sensação. Só esses gremistas sabem do que estou falando, e os respeito muito por isso. Aos outros...bem...aos outros resta discutirmos futebol, história, supremacia de um sobre outro definindo anteriormente os devidos parâmetros, e não a sensação de ser ou não campeão.

Abraço a todos e muito respeito com o novo mandante do futebol estadual. Ele já ganhou Tudo e pode ganhar tudo de novo.