quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Candidatos a vereador que deram valor a você

Abaixo as propostas dos candidatos a vereador com seus devidos prazos. Estes sim merecem seu voto.




Vereador Gilberto Antônio Tariga – 45200

Vereador Jair Dalbosco -

11444

Vereador Odair Zanatta -

45600

· Buscar parceria junto ao SEBRAE para cursos profissionalizantes.

· Apoiar os acadêmicos no transporte universitário.

· Apoiar a pequena indústria.

· Apoiar os grupos culturais existentes e incentivar a criação de novos grupos.

· Apoiar equipe multiprofissional de atendimento preventivo nas áreas que houver necessidade.

· Apoiar as entidades esportivas existentes.

· Apoio à agricultura ofertando cursos profissionalizantes aos jovens rurais e dando apoio à infra-estrutura, estradas, escoamentos, poços artesianos.

· Incentivar as linhas de produção, como a fruticultura e a agroindústria.

· Apoio à infra-estrutura urbana através de saneamento básico, cursos profissionalizantes, iluminação pública, melhoramento de ruas.

· Extensão de curso superior.

· Escolas técnicas profissionalizantes.

· Sinalização de trânsito nos bairros, perímetro urbano, saídas e entradas das cidades.

· Antena de captação para sinal de celular nas localidades onde o mesmo não está disponível.

· Aprovar verba no PPA, com o intuito de promover os artistas locais nas mais diversas áreas, como: grupos étnicos, grupos tradicionalistas, teatro, canto coral, entre outros. Agendar verba em março, realizando os shows em abril, setembro, outubro e novembro de cada ano.

· Realizar juntamente com as instituições, bairros, vilas e linhas do município, reuniões que definam quais são as suas prioridades. Motivar a participação e informar o orçamento disponível, promovendo a discussão entre o poder público, instituições e comunidades de nossa cidade.

Prazo de Apresentação:

Janeiro de 2010

Prazo de Apresentação:

Julho de 2009

Prazo de Apresentação: Agosto de 2009



Muito obrigado pela atenção, e desde já antecipamos, que a politicagem pode acabar dia 5 de outubro, porém o MCQV permanecerá vivo em suas cobranças.

MCQV - Me Convença Que Eu Voto


Esses são nossos futuros representantes



Caro eleitor. Estamos apavorados, decepcionados, surpresos e entristecidos com a maioria de nossos políticos. Neste último mês tentamos das mais diversas formas explicar aos candidatos pretendentes ao executivo e ao legislativo nosso simples objetivo: que junto aos projetos de campanha fosse apresentado o prazo de entrega dos mesmos. Acreditamos que fomos claros em nossa explanação, porém nosso aparente fracasso nos preocupa, afinal, nosso município estará nos próximos quatro anos na mão de pessoas que, ou não possuem seriedade política, ou não têm a mínima capacidade de compreensão diante de nossa língua portuguesa.

Dos vinte e três candidatos ao legislativo, apenas três nos enviaram seus projetos com os devidos prazos, ou seja, menos de 15 % de nossos candidatos atenderam o nosso humilde pedido.

Quanto aos candidatos ao executivo, a decepção foi total. Procuramos incessantemente os representantes das duas coligações, e, embora eles tenham nos enviado seus projetos, os mesmos nos decepcionaram quando chegaram em nossas mãos. Ambos os projetos não continham PRAZOS e sim discursos eleitoreiros, como: “Trabalharemos incansavelmente desde o primeiro dia de governo e lutaremos durante os 4 anos para que nossas metas sejam alcançadas”. ISTO NÃO NOS SERVE.

Repetiremos nosso pedido para mais uma vez deixar claro nosso objetivo: queremos PRAZOS DE ENTREGA para poder fazer política durante os 4 anos e não apenas no período que antecede as eleições; queremos PRAZOS para cobrar de nossos políticos seriedade nas suas propostas e para manter o diálogo vivo durante seus mandatos; queremos, enfim, que essa relação política “poder – cidadão” continue e que após dia 5 de outubro não caiamos novamente no esquecimento. Não fomos atendidos, e não colocaremos nosso precioso voto no lixo.

Quanto aos críticos, que dizem por aí que devemos escolher o menos pior e que o voto nulo é um voto jogado fora, rebatemo-os da seguinte forma: fora é o voto dado a quem não tem capacidade de fazer aquilo que promete. Fora é o voto dado sem possibilidade de cobrança. Só queríamos votar com orgulho e a ampla maioria de nossos candidatos frustraram nosso sonho.

Agradecemos imensamente aos três candidatos ao legislativo que atenderam ao nosso pedido; quanto ao restante, apenas lamentamos.

Lembrando que:

· A maioria dos candidatos a vereador calou-se diante de nosso pedido. Eles não possuem projetos para o município.

· Dia 5 de outubro, VOTE NULO para prefeito, e analise as propostas dos candidatos a vereador que realmente se importam com você.

· Para VOTAR NULO, digite na urna números diferentes de 11 e de 45 e CONFIRME.


MCQV - Me Convença Que Eu Voto


O Valor do Voto


Neste manifesto, abordaremos o voto. Não somente no sentido habitual, em que o mesmo é tratado apenas como instrumento de decisão eleitoral. Ampliaremos um pouco essa análise, estendendo para além deste sentido decisivo.

Apenas a título de comparação, veremos o voto, como uma moeda a ser trocada. Queremos que você entenda que como numa relação comercial - quando trocamos o melhor produto pela nossa moeda - queremos que você troque seu “voto-moeda” pela melhor proposta ofertada. Voto, segundo o dicionário Aurélio, significa desejo sincero, juramento; e o que queremos, é que você “deseje tão sinceramente” as propostas de seu candidato, a ponto de poder jurar que sua decisão é a mais correta.

Retornando novamente à questão de troca, pergunto a vocês: qual é a reação que tomamos se ao pegarmos um produto, observamos que o mesmo não funciona? Não vamos reclamar e obrigar que o fornecedor da mercadoria nos entregue um produto de qualidade? E mais, não temos um prazo para fazer isso e mecanismos legais para que possamos recorrer? É óbvio que sim.

Da mesma forma isso deveria acontecer com o voto. Trocamos nosso voto pelas propostas de um de nossos candidatos, exatamente como adquirimos uma mercadoria. A única diferença, é que se verificarmos que as propostas e promessas, que nos seduziram por um momento a votar em algum dos candidatos não estão sendo cumpridas, não temos a quem recorrer. Além disso, é extremamente lamentável, saber, que quando a tentativa de cobrança acontece, algumas respostas do tipo: “estamos ainda arrumando a casa; ainda é cedo; temos mais três anos pela frente”, nos deixam sem chances de reagir. Essa resposta, infelizmente, é legítima pelo fato de não existir ao lado de cada proposta anunciada, um prazo de validade.

Veja que, se ao lado de cada proposta, houvesse um prazo de entrega; uma garantia de que aquilo será realizado até a data disposta; poderíamos ao menos denunciar e cobrar as mesmas através dos veículos de comunicação, e também através de manifestos, como este. Não existindo tais prazos, simplesmente ficamos sem proteção alguma para reclamar daquilo que compramos.

No nosso entendimento, deveria ser criado, semelhante ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) ou ao PROCON (Proteção e Defesa do Consumidor), um serviço legal, para que pudéssemos recorrer, caso as promessas de campanha não fossem cumpridas. Esse Serviço de Proteção ao Eleitor (SPE), daria além de credibilidade ao candidato, também garantias legais de cobrança ao eleitor. Sabemos da dificuldade disso vir a acontecer, e é exatamente essa dificuldade que alimenta nosso movimento.

Portanto eleitor, pedimos que exija que seu candidato estabeleça prazos para aquilo que pretende criar, garantindo assim a você, que aquilo que “vende”, é possível e vai ser realizado. Nosso ideal último seria um serviço legal que nos protegesse, mas a burocracia nos impede de sonhar tão alto.

Sabemos, que nossa caminhada é longa, e que para finalizá-la, devemos dar um passo de cada vez. Nosso primeiro passo é exigir prazos de entrega, e para que isso se torne uma realidade, contamos com você.

Portanto, pedimos a você, cidadão planaltense e brasileiro, que faça valer sua cidadania e exija de seus candidatos prazos de entrega para as promessas de campanha.

MOVIMENTO ME CONVENÇA QUE EU VOTO - Lutando por uma política de verdade.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

MCQV - Me Convença Que Eu Voto


O Que Queremos




Você provavelmente leu nosso primeiro manifesto ou ouviu falar do “MCQV”. Se ainda não, queremos deixar claro, que não fazemos coro a nenhuma das coligações, ou seja: somos independentes. Nosso objetivo é apenas cobrar coerência de nossos futuros representantes.

Sabemos que tudo isso parece loucura, afinal, neste tempo de “embriaguez eleitoral”, nos sentimos comovidos ao ver tamanho empenho de nossos políticos. Chegamos por um momento, até a acreditar neles.

O que queremos que você reflita é: por que toda essa movimentação política é simplesmente paralisada por eles, e esquecida por nós, logo que as eleições acabam? Se refletirmos um pouco, veremos que após quatro anos, voltam eles, com as mesmas “ladainhas” e propostas, querendo novamente nosso precioso voto. O pior de tudo é que nos sentimos obrigados a escolher o “menos pior”.

Foi essa problemática que nos motivou, e é para dar um basta nisso, que estamos empenhados politicamente.

Em outras palavras, o objetivo de nosso Movimento, é fazer com que a “ladainha política” continue. Queremos que esse envolvimento político, esse diálogo entre os “poderosos” e os “eleitores”, permaneça vivo também após as eleições. E para isso acontecer, pensamos em algo simples e objetivo. Primeiramente, façamos uma análise de nosso cenário político atual.

Todos temos ciência, que nossos candidatos, com o intuito de conquistar nossos preciosos votos, são possuidores de um planejamento administrativo possível de ser executado. É esse plano de governo, que a princípio, nos faz escolher entre o candidato A ou B. São as promessas políticas que nos convencem, ou pelo menos deveriam ser.

Nosso movimento analisou os planos e as promessas de ambos os candidatos, e teve duas impressões antagônicas. Por um lado, nos tranqüilizamos, e podemos dizer que nosso futuro representante será o melhor administrador que já tivemos. Ambas as propostas são tentadoras, e se cumpridas, farão nosso município se desenvolver a largos passos. O único problema que encontramos nos planos de ambos os candidatos, é que em suas promessas não existem prazos de entrega, e sem prazos de entrega, nós eleitores, não podemos cobrar nada.

Poderão eles argumentar: “ ora, o prazo de entrega é nos próximos quatro anos”.

Porém isso não nos serve, afinal, esse prazo de quatro anos nos impossibilita de cobrarmos e de fazermos uso da política nos três primeiros anos de mandato, o que fere diretamente nossos princípios.

Portanto, com o objetivo de que a política se mantenha viva em nosso meio, e cientes que esse, é o objetivo de todos, pedimos aos nossos políticos, que ao lado de cada promessa feita em campanha, esteja especificado também o prazo de entrega da mesma.

Prazos de entrega para as promessas. É somente isso que queremos, e confiando na seriedade das propostas de nossos candidatos, desde já, nos sentimos atendidos.

MOVIMENTO ME CONVENÇA QUE EU VOTO - Lutando por uma política de verdade.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Me Convença Que Eu Voto


Apresentação




Antes de qualquer conclusão precipitada, é bom esclarecer que nosso movimento não tem ligação com nenhuma das coligações que almejam o executivo e o legislativo.

Observamos nos últimos meses, grandes indecisões na política municipal. Acompanhamos rompimentos, reconciliações, novos rompimentos, novas coligações. Inertes e ao mesmo tempo admirados de tamanha ousadia, vimos nossos políticos zombar de nossa inteligência. Tudo para chegar ao poder.

O que tememos é que todas essas negociações provocadas por eles, e por nós assistida, seja jogada no esquecimento e vista com normalidade. No mínimo devemos questionar tais posições e cobrar coerência.

Aos que acham que estamos querendo confundir eleitores ou difundir a revolta, desde já antecipamos, que nosso objetivo não é fazer apologia ao voto branco ou nulo, e sim, exatamente o contrário. Queremos é encontrar lógica em nossa política, e votar com orgulho naqueles que nos convencerem.

É lógico que a anulação do voto é uma alternativa, mas somente se nossos políticos forem incapazes de nos mostrar que realmente são políticos, ou seja, que na essência de suas idéias e objetivos, está a vontade de melhorar a qualidade de vida da população em geral.

Queremos abrir os olhos de nossos eleitores, para as contradições existentes em nosso cenário eleitoral, esperando, através do diálogo, que essas “aparentes incoerências”, venham a ser esclarecidas.

Não queremos benefícios particulares. Queremos transparência de idéias e garantias em suas promessas. Estamos cansados de promessas e preferimos não ouvi-las se as mesmas não forem realmente cumpridas.

Queremos saber deles, algumas questões básicas como: o que é a política, o que os leva a querer tão ardentemente o poder, e como vão administrar se acaso vencerem?

Queremos que nossos eleitores percebam, que a política não é favorecimento particular, e sim, uma busca pelo bem estar público. Infelizmente, não é isso que nos parece estar acontecendo, e é para isso que queremos chamar a atenção.

Aos que acham que a política, se faz através de favorecimentos particulares, lamentamos em dizer, que esses cidadãos não nos servem. Esses são tão corruptos, quanto aqueles, que frente ao poder, fazem do bem público um investimento particular.

Enfim, queremos com nosso movimento, manter acesa a verdadeira política, ou seja, a capacidade de tomarmos atitudes justas que possam ser estendidas a todos os habitantes da cidade.

MOVIMENTO ME CONVENÇA QUE EU VOTO - Lutando por uma política de verdade.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Me Convença Que Eu Voto


Passei o fim de semana vivendo nossa política. Tudo muito bonito, lindo em certos momentos. Vários apertos de mão, apetitosos abraços, e pasmem, até alguns diálogos interessantes. Em comum, por onde quer que você ande, seja do lado A, como do lado B, existe a cerveja.
A cerveja anima a política, ela fala mais que todos os candidatos reunidos. Os candidatos, tanto os que "aparentam" seriedade, como os que nos fazem rir, são dependentes da cerveja. Não estou chamando-os de alcóolatras, e sim, que sem cerveja, ninguém quer ou consegue ouví-los.
Fiquei me perguntando porque isso acontece. A resposta não demorou a chegar e é bem simples. A multidão, os eleitores em geral estão desesperançosos politicamente. Ninguém mais têm coragem de defender qualquer um dos lados, salvo aqueles, que já têm garantias financeiras particulares. Isso está escancarado. O que resta para essa multidão? Beber, cair e levantar. Eles bebem durante a política, são derrubados e esquecidos logo depois das eleições, e quatro anos depois são novamente levantados a gordurosas doses alcóolicas. Essa é a cara de nossa política atual.
Triste?Lamentável? Claro que sim. Porém, em tudo existe o lado positivo.
"Tudo o que ultrapassa seu limite vira contraditório"....e assim, de tão desesperançosos que estamos diante de nossos políticos, de tão admirados diante desse jogo pelo poder, resolvemos criar um Movimento Verdadeiramente Político. Um movimento de cobrança, sem vínculo partidário, e que só clama por coerência.
Coerência que nos explique a dança ocorrida até as presentes coligações.
Coerência que nos dê motivos para realmente votar com orgulho e poder dizer: "nesse eu posso confiar".
Coerência para que possamos cobrar suas promessas eleitoreiras.
Enfim, queremos "voz", e principalmente "ouvidos" durante os quatro anos de mandato e não somente nos dois meses de embriaguês eleitoral.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Adolescentes sedentos...adultos fracassados...e a Dercy.


Com os hormônios a flor da pele, eles buscam afirmação; questionam os valores e querem viver intensamente; eles acreditam na liberdade.
É por essa tentativa de ao menos poder sonhar, que o adolescente é o mais feliz de todos os seres humanos. Eles sonham fazer, eles sonham mudar; enquanto os adultos, apenas reproduzem. Reproduzem um sistema montado pelo não viver, pelo medo do futuro e o consequente medo da morte.
São poucos os adolescentes que se mantém adolescentes, e os que se mantém, causam medo, pois muitos deles morrem jovens. A morte precoce desses admiradores da vida, dá legitimidade e possibilita aos adultos, mergulhados no medo, os incriminar e justificarem sua vergonhosa derrota diante do viver. Deve ser por isso que o adolescente se entrega e prefere se tornar um "adulto fracassado". O adolescente temendo a morte precoce - e estimulado em desistir por aquele que há tempo já está morto - se refugia no sistema e vê ali a possibilidade de viver mais. É diante da tragédia e do medo do futuro, que ele deixa de sonhar e se entrega para a moral, para a sociedade, para os valores pré-estabelecidos.
De filósofo crítico e sonhador, ele passa a ser um mero reprodutor de valores. É nessa entrega, que o adolescente se torna adulto. Se torna um adulto fracassado e medroso. Ele teme viver e se esconde da verdadeira vida.
O adolescente forte não tem medo. Adorador da vida, ele quer extremos, excessos, e é por isso que é um "problema". Ele, com suas "idéias malucas", com seu ímpeto de viver, atenta contra a vida dos fracassados e põe em risco o sistema.
A vida só vale a pena pelo fato de um dia termos ousado permancer adolescentes. De resto, ou estamos submissos aos familiares, ou estamos submissos a sociedade.
Os adolescentes não têm caminho; e a vida, na sua forma mais real e bruta, é sem caminho. Eles observam esse descaminho, essa falta de nexo na existência; e, ao contrário dos adultos, adoram isso. É por isso que admiro os adolescentes.
Lamentável e entristecedor, é ver, que a maioria deles venham a fracassar, que se entregam na luta e se tornam adultos. Adultos medrosos e derrotados.
O adulto é um adolescente fraco, salvo alguns, que raramente observamos por aí. Esses? Esses são os que ainda sonham; são os que ainda mantém em si a vontade de viver. Eles são chamados de loucos pelos adultos do sistema, porém sentem-se superiores aos que se entregaram.
Dercy Gonçalves, falecida no último sábado, é um exemplo claro de uma eterna adolescente; de alguém, que embora tenha tido a sua frente, todos obstáculos morais para "deixar de ser", não cansou de lutar, e tornou-se um exemplo de como devemos encarar a vida, ou seja, como uma verdadeira comédia. Ela deu risada da existência durante toda sua "adolescência" e mostrava-se realizada por isso.
Parabéns a Dercy e ótima semana a todos.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O que você tem a ver com a corrupção?


Estava eu hoje, na correria do amanhecer, me arrumando para o sistema, quando escutei na TV, um questionamento interessante: "O que você tem a ver com a corrupção?"
Impressionado ao me deparar com tal indagação, algo difícil de acontecer na mídia, me questionei sobre. Logo me veio em mente, que, o que ele vem nos dizer, é o mesmo que vários pensadores , através dos tempos, tentaram em vão nos chamar a atenção. Essa tentativa de conscientização de justiça, é a mesma que Sócrates buscava quando dizia: "conhece-te a ti mesmo", ou seja, busque a sua justiça interior e leve-a ao outro . Para Sócrates, esse era o caminho que poderia tornar a sociedade justa. Cristo, busca o mesmo, quando filosoficamente questiona: "Como é que vedes um argueiro no olho de vosso irmão, se não vedes uma trave em seu próprio olho?". A eterna máxima da justiça: "não faça aos outros o que não querem que te façam", tem o mesmo sentido.
O interessante de tudo isso, é que embora concordamos com toda essa lógica, com toda essa racionalidade justa propagada por séculos, nunca conseguimos alcançar tal. Parece que nosso egoísmo, nossa paixão por nós mesmos, ultrapassa qualquer possibilidade racional. Não confiamos em nós, e consequentemente não podemos confiar no outro. Foi essa lógica cruel, de Thomas Hobbes que prevaleceu, e é por isso que a corrupção nunca acabará. Precisamos de castigo para fazermos uso da razão. A Lei Seca, vem nos provar isso com sua rigorosa punição.
A campanha educativa, é elogiável, porém, de antemão sabemos de seu fracasso. Somos egoístas por natureza e isso nos faz corruptos...infelizmente.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Para os que se acham burros...um consolo.


Pior estudante do mundo repete de ano pela 38ª vez na Índia
Em 1969, Shiv Charan prometeu que iria se casar quando se formasse, e segue solteiro.
Apesar de ter levado 'bomba' em quase tudo, ele conta que seu ponto fraco é a matemática.

Foto: Reprodução/Telegraph.co.uk
Reprodução/Telegraph.co.uk
Shiv Charan, 74 anos, odeia matemática. (Foto: Reprodução/Telegraph.co.uk)

Em 1969, o indiano Shiv "Pappu" Charan fez uma promessa para sua namorada: assim que ele conseguisse se formar em uma escola para adultos, eles iriam se casar. Na última semana, aos 74 anos, o solteirão pegou seu boletim e descobriu que, pela 38ª vez, havia levado 'bomba'.

Apelidado pelos colegas de "o pior aluno do mundo", Pappu tirou nota suficiente para ser aprovado apenas em uma das disciplinas do curso. O 3,4 (de um total de até 10 pontos) em hindi foi seu melhor desempenho nos últimos anos. Ele tirou 1,4 em inglês, 1,7 em ciências, 2,5 em sânscrito e 0,5 em matemática. "Matemática sempre me derruba", afirma.

Apesar de mais um ano sem diploma, o indiano não quer saber de desistir. "Enquanto eu viver, vou continuar fazendo as provas pois minha motivação é poder me casar", diz. "Não faz parte da minha natureza mudar minhas promessas. Vou estudar até passar de ano."

Nos últimos anos, Pappu virou uma espécie de "atração turística" em sua escola. Ele é o "mascote" de sua turma, formada na maioria por adolescentes de 15 anos. "Quando vou fazer uma prova, as pessoas vêm de vários lugares da Índia para me ver", conta.

Mas o indiano diz que trocaria a fama por uma esposa. E, de preferência, jovem. "Não vou casar com nenhuma mulher com mais de 30 anos".


Novo Hábitos...vêm por aí.


Pois é, o que eu temia, parece estar acontecendo. Em SP, desde a implantação da Lei Seca, o número de acidentes de trânsito caiu em 57%.
O Estado trabalha com números, e assim, definitivamente teremos que nos adaptar a lei. Tudo em favor da vida. Acho bonito isso, de certa forma, é a razão vencendo a paixão, vencendo o prazer.
A grande expectativa, é como as coisas serão a partir de agora. Com certeza, se a lei continuar em vigor, teremos de criar novos hábitos. Se isso ocorrer, algumas perguntas ficam no ar: como ficam os donos dos bares e das casas noturnas? Será que eles disponibilizarão transporte para os bêbabos chegarem até seus lares? Ou passaremos a nos divertir sóbrios?
E se esse serviço não for disponibilizado? E se não encontrarmos prazer na sobriedade? Buscaremos prazer com outras coisas?
A princípio, sou a favor da lei. É sabido que álcool e direção não combinam. Porém existe uma condição humana que está acima disso.
O ser humano, historicamente buscou prazer fora do próprio corpo. Ele é angustiado e não se contenta com a "existência sóbria". Sua "sobriedade semanal", essa angústia que o persegue é descontada, suspensa, de alguma forma, no final de semana. É no fim de semana, que ele busca fugir um pouco dessa existência de luta pela sobrevivência.
Muitas pessoas, no final de semana, se trancam em casa e buscam se entorpecer com o Faustão, com o Gugu, com o Futebol; outras saem de casa, sentam em suas calçadas e apreciam a sociedade, tomando chimarrão e buscando o que falar sobre aqueles que vêem passar; outras ainda, vão aos seus cultos orar por uma semana mais digna e menos sofrida. Elas se entorpecem de alguma forma, e isso acontece por toda parte. No entanto, existem aquelas pessoas, que não se satisfazem com o enclausaramento, com a fofoca ou com os cultos, e estes, são os principais atingidos pela Lei Seca. O prazer, a suspensão da angústia, para eles, é o álcool. E a lei, que embora não proíbe o álcool, proíbe a auto-locomoção do alcoolizado.
Já disse. Sou a favor da lei, mas também sou a favor, de que os mesmos que a criaram, deêm alternativas para que os principais atingidos por ela, possam ainda manter seus prazeres. Como? Isso não sei. Poderiam adotar coletivos públicos designados para o transporte, ou ofertar empréstimos aos donos de bares, obrigando os mesmos, a terem em seus estabeleciementos um "Trans Beudo".
Só sei que se alguma medida não for tomada, corremos o risco, de estar levando toda essa classe alcóolica sem locomoção, a ter de migrar para outras drogas, e isso também pode ser perigoso.
Alguma coisa vai acontecer, algo de novo vem por aí, e a nós basta esperar.
Confesso que estou ansioso para observar tais mudanças.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Lei Seca cria novos empregos

Como havia antecipado no texto "LEI SECA" de 30 de junho, já começam a aparecer novas profissões frutos da lei. Vejam essa:

Carrinho de mão é opção para motorista que consumiu álcool

Carregador cobra pelo menos R$ 1 para transportar pessoas na Paraíba.
'Passageiro' pode usar capacete, para evitar problemas em caso de queda.

Depois que a nova LEI SECA entrou em vigor, em junho, muitos donos de bares e restaurantes passaram a contratar motoristas para levar os clientes para casa. No litoral da Paraíba, o serviço é bem menos sofisticado, mas também funciona.

O carregador Alexandre Alves cobra R$ 1 para transportar passageiros em um carrinho de mão com almofadas e até capacete, para prevenir problemas em caso de queda. Mas, dependendo do peso, o preço pode aumentar. "Não é preconceito, não. O gordinho é mais pesado, custa R$ 2."

O carrinho tem uma placa com o nome do serviço ("trans bêbado") e o telefone do carregador.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A Política e o Violino

Houve uma época em que os partidos políticos eram como times de futebol. Éramos apaixonados por eles. Nessa época, acreditávamos ainda em ideais. Se necessário, pegávamos em armas para os defender. Ainda sonhávamos e achávamos possível um mundo mais digno.
Não vivi nesse período, mas os relatos, me fazem sentir o quanto aquele povo sonhava e sofria.
Veio a democratização e com ela a liberdade. Liberdade para colocar o sonho em prática. No entanto, algo estranho aconteceu. Com a democracia, os sonhos morreram, as ideologias desapareceram e apenas um jogo pelo poder se iniciou. Alguns poderão me contrariar, dizendo que também os movimentos democráticos da época, eram apenas movimentos que almejavam o poder. Sim concordo. Porém, estes revolucionários tinham planos concretos para quando o assumissem, ao menos diziam ter. Afinal, se de uma lado existiam os capitalistas americanos, do outro existiam os comunistas soviéticos. Existiam alternativas.
O fim da ditadura militar no Brasil, "coincide" com o fim do sonho comunista mundial. A sociedade que antes pensava, lutava, e se orgulhava de suas idéias e de seus movimentos, foi tomada por uma apatia sem igual. O fim do comunismo com a queda do Muro de Berlim e da URSS, fizeram do mundo, um mundo globalizado. Com a globalização, não é mais suficiente conscientizar o povo a lutar por idéias, e sim seguir o mercado consumista mundial. Isso acabou com qualquer possibilidade de sonho. A globalização acabou com a autonomia nacional, com a identificação com a própria pátria, consequentemente, ela acabou com todas ideologias partidárias existentes.
O resultado disso é nosso desinteresse total pela política. Hoje não temos mais por o que lutar, não temos mais por o que sonhar. Os partidos políticos não têm mais interesse em recrutar militantes dispostos a defender idéias, e sim, têm interesse em chegar ao poder a qualquer custo e fazer dele um grande capital. Crescer, crescer, crescer. Crescer sem olhar onde pisa. Essa é a ideologia comum de todos os partidos políticos.
Enfim, podemos resumir a política e o poder com a seguinte frase: "o poder é como um violino, se agarra com a esquerda, porém se toca com a direita".

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Eleições 2008


Começou a luta pelo poder. Desculpe, quis dizer que começou a luta em querer a qualquer custo “ser o servo do povo”. Acho a política linda por isso. Investe-se uma grande quantia em dinheiro, para no fim receber apenas a satisfação, o sorriso da população em troca. Não me venham com aquela história que os políticos querem o poder para usufruir dele economicamente. Isso é papo de político frustrado, papo de quem não é querido o bastante pelo povo, e que não têm condições, nem idéias para representá-lo. Quem se envolve com a política atualmente, é um herói, um apaixonado pelo povo. Os políticos de hoje, para se ter uma idéia, gastam muito mais do que ganharão legalmente em 4 anos de mandato. Isso é um martírio, é um sacrifício sem tamanho, com o louvável objetivo de fazer o povo sorrir. Pensem comigo: doa-se além de 4 anos de trabalho, o próprio patrimônio, tudo para levar o bem à população. Não é lindo?

O grande problema das eleições é que temos que escolher um entre tantos ótimos candidatos. Não creio que exista um candidato mau caráter, com intenções maléficas. Assim fica difícil escolher.

Alguns anarquistas por aí, falarão que as coligações existentes traem as ideologias e as histórias partidárias; as coligações mostrariam que nenhum dos candidatos presta e que votar nulo é a solução. Isso é mentira. As coligações, por mais que sejam contraditórias, mostram ainda mais a união e a vontade incondicional em acabar com os problemas existentes na sociedade. As contradições são pequenas convenções, perto da enorme vontade que nossos políticos têm de transformar.

Eu sinceramente, não sei o que fazer. Olho para ambos os lados e vejo somente boas intenções. Acho que vou anular meu voto. Não porque ache que eles estão me mentindo, e sim para não cometer uma injustiça. É muito injusto ter de escolher entre tantas boas intenções.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Salário Mínimo do Professor

Observo várias críticas a política assistencialista de Lula. Alguns dizem que ela é um incetivo a vagabundagem, porém não concordo. A política assistencialista é um calmante para aqueles que no seu dia a dia têm mais vontade de morrer do que viver.
Concordo que a medida não soluciona o problema em si. Os problemas estão nas bases que fazem o ser humano se sentir humano, ou seja, na família mal estruturada, na religião alienadora, na exploração capitalista que faz o trabalhador não ter indetificação alguma com aquilo que faz.
Essa formação alienadora, acrítica, deveria ao menos ser refletida na escola. Porém, também ela está falida e alienada. É impossível querermos que nossos alunos sejam críticos do sistema, da religião, e do trabalho escravo, se os próprios professores são escravos e acríticos. A diferença entre aquilo que o plano político pedagógico das escolas planejam, com aquilo que realmente fazem, é gritante. No entanto é compreensível.
Vivemos uma banalização na educação. Observamos a cada dia abrirem novas faculdades - principalmente a distância - que dizem levar a educação a todos, quando na verdade levam apenas diplomas. A educação virou sinônimo de comércio e caiu nas graças, ou melhor, na desgraça do sistema capitalista. O problema não está na falta de diplomas e sim na falta de educação básica associada a falta de formação de nossos professores.
Sei que isso não se modifica de uma hora para outra. Cristovam Buarque dizia que, para mudarmos e transformarmos a educação no Brasil, levaríamos no mínimo 20 anos.
O primeiro passo para isso, seria a valorização do professor. E parece que o primeiro passo foi dado. O senado, aprovou ontem, o salário mínimo do professor. O projeto, de autoria do próprio Cristovam Buarque, estabelece que nenhum professor poderá receber menos de R$ 950,00. Mais do dobro dos R$ 420,00 recebidos até então.
Solução? Como disse, é o primeiro passo. Mas é inegável que isso dá outro ânimo aos pobres professores. Ânimo para ensinar e quem sabe também para adquirir uma nova postura diante do mundo e da realidade. Quem sabe as coisas comecem a mudar. Quem sabe.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Lei Seca


Não gosto daqueles críticos que só fazem uso da crítica negativa. A crítica deve ser imparcial. Concordo, que no nosso dia a dia, observamos muito mais fatos negativos do que positivos. Porém, é inegável que também ocorrem coisas positivas.Um exemplo disso é a nova lei "Anti- Beudo" ou a Lei Seca como alguns denominam.
Essa lei, que a princípio diz apenas querer prevenir os numerosos acidentes de trânsito, na verdade esconde outras interessantes medidas. Ela atingirá diretamente nossas relações.
Com a lei "Anti-Beudo", aqueles que antes, tomavam uma cervejinha e faziam questão de sair de casa sozinhos, ou melhor, de sair com seus carros, terão agora a necessidade de ter ao menos um amigo ao lado, e diga-se, um amigo que não beba. Vejam que essa medida dá vida nova àqueles que antes sentiam-se vítimas do "preconceito sóbrio". Ela, com certeza no levará a criar uma nova rede de relações, e criará uma confusão mental nas chamadas "marias - gasolinas"; essas não mais saberão quem é o verdadeiro dono do carro, ou na pior das hipóteses se questionarão: "será que o dono do carro é esse mané que não bebe?
Quando a questão é congestionamento no trânsito, a Lei Seca é direta. Com menos carros em circulação, os engarrafamentos logicamente irão diminuir. Não será mais necessário o rodízio.
Porém, a medida mais interessante promovida por ela, é a criação de um novo tipo de emprego: a mais nova e valorizada profissão de "motorista de bêbado". Estranho? Explico.
É lógico, que muitos "playboys beudos" por aí - temendo a perda de valor - terão ainda de demonstrar todo o seu poder, ou melhor, todo o poder que aparentam ter. Para isso eles contratarão um "amigo motorista". Ele será o responsável pela guarda do bêbado. Será como um segurança particular, ou se preferirem, um "babá de marmanjo". Recebe-se um carrão e um bom salário para levar e trazer o "marmanjão beudo" de suas festas. O lado ruim será o obrigatório uso de uniforme, afim, de as "marias- gasolinas" não confundirem o proletário motorista com o burguês proprietário.
Lógico que muitos trairão o álcool e migrarão para outras drogas, não detectáveis pelo bafômetro, mas esses não eram bêbados de verdade.
Parece inclusive que no próximo vestibular, já teremos em diversas universidades um novo curso a ser oferecido denominado: "Motorista Psicoetílico". Este será um curso completo. Algumas disciplinas dispotas são: "Psicologia Aplicada ao Trânsito e ao Borracho", "Conhecimento Etílico", "Primeiros Socorros e Segurança", além claro, da mais completa teoria sobre o trânsito e a prática de dirigir. O slogan publicitário será: "Beudo que é beudo não larga a bebida e sim contrata um completo motorista."

domingo, 29 de junho de 2008

Guardem o Riso...


Faltando poucos dias para a definição dos candidatos ao executivo e ao legisltaivo municipal, nota-se já, aquele clima político pairando pelos ares do município. "Quem vai com quem? Aquele é fraco. Se fosse estes dois era certo que ganhavam"...estes e outros tantos... são os comentários que rondam o dia a dia na cidade.
Acho bonito, legal, interessante observar todos os munícipes envolvidos numa coisa só, ainda mais quando isso se chama política. Porém acima de tudo, acho o clima político extremamente engraçado. Ele é incrível.
Primeiro que todo mundo começa se relacionar amigavelmente, todos parecem ser velhos conhecidos...apertos de mão pra cá, abraços pra lá, caronas, favores, defesas e acusações. Tudo isso, se observarmos, é digno de gargalhadas sem igual. Sem falarmos nas composições das "chapas". Essas não tem mais ideologia, ou seja, elas não possuem defesa de ideal algum. A chapa A, que era inimiga da B, aliam-se naturalmente entre si. Hoje rompe-se com um, amanhã alia-se com o mesmo. Isso é cômico, mas é realidade.
Na verdade, se formos analisar mais profundamente, nossos políticos estão mais transparentes. Eles não têm mais vergonha, ou seja, "eles não têm mais vergonha de parecerem sem vergonha". Eles não têm mais vergonha de dizer que estão ali somente pelo poder. Ninguém mais acredita(eu espero), naqueles papos furados do tipo: "nós queremos mudar a política, sanar os problemas da população e quem vai nos falar isso são vocês, quem vai ditar as regras é o povo planaltense." ME POUPEM DISSO POR FAVOR.
Já abordei aqui no blog, que foi Lula, que acabou de vez com a ideologia e com aquil0 que restava de digno na política. Depois de Lula, ficou escancarado que a política se resume apenas na palavra: poder. Foi pelo poder que Lula deixou de ser Lula e se aliou com José de Alencar. Foi pelo poder que Lula chamou aos ministérios os mais diversos adversários políticos do passad0 , e também foi pelo poder que o PT expulsou do partido aqueles que continuaram seguindo a ideologia petista (Heloísa Helena, Luciana Genro, João Fontes).
Cito isso para ficar claro que tanto na esfera federal como na municipal, tudo pode acontecer. São todos comediantes. Eles nos fazem rir.
É isso que a política nos ensinou nos últimos anos, ela nos ensinou a rir, e diga-se, a rir muito.
Para terminar, aconselho vocês que guardem um pouco do riso, afinal, a política nem começou , é tudo só especulação. Porém concordo que as prórpias especulações estão hilárias...hehe.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Achei bonito isso.

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém"

(John Lennon)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Crise do Casamento no Século XXI.

Estava eu, navegando pelo mundo virtual, e como de costume conectado no msn, quando sou surpreendido com a pergunta de uma leitora do blog. Ela acabara de ler o texto do Juremir sobre o Homem Moderno, e de forma direta me perguntou:

Blogueira: Você é um homem moderno?
Ale: Não sei. Acho que eu e ele temos algo em comum. Somos homens, e estamos em crise.
Blogueira: Só isso em comum?
Ale: Acho q é o bastante.

Blogueira: E porque estão em crise?

Ale: Nossa crise é consequência da dificuldade que temos em assimilar essa nova mulher. Mulher independente, que diz saber o que quer, mas que na minha opinião ainda não sabe o que quer, e nem quem é. Tanto nós homens, como você mulheres, vivem uma crise.
Blogueira: Como assim? Não seria somente vocês homens que estão em crise?
Ale: Não exatamente. Nossa crise é decorrente da independência feminina. Ela é fruto dessa nova mulher que pode tudo. Porém, vocês também estão em crise, insatisfeitas e depressivas. Mas antes de explicar a crise feminina, explicarei a masculina.

Blogueira: Então me diga, porque vocês homens estão em crise?
Ale: Para lhe explicar isso, precisamos voltar um pouco no tempo. Retrocederemos 40 anos para assim entendermos a crise masculina do século XXI.
Imagine o homem de 1968. Imagine que esse homem, com aproximadamente 30 anos, encontre e se apaixone por uma adolescente. Essa adolescente, é menina de família, virgem, bem quista. Ela está ansiosa em sair de casa - mulher com 20 anos nessa época é titia - ela não quer ser titia. Ela vê naquele homem, a chance de viver aquilo que toda mulher da época sonha: estabilidade financeira e filhos. Enfim ela sonha com um ambiente familiar que lhe possibilite felicidade eterna, ela sonha em casar.
O homem também vê naquela menina seu sonho realizado. Ela é virgem, intocada, perfeita para sociedade e para constituir uma família. Ele que já viveu e aproveitou sua vida até os 30 , vê nela a possibilidade de ter uma família estável. A adolescente faz ele se sentir jovem, mais homem, menos rejeitado pela idade que já começa o atormentar. Ele pensa: "já fiz tudo o que podia, agora está na hora de me aquietar e ter alguém para passar a velhice. Está na hora de casar”. Nada mais machista e conservador. Porém, é o pensamento social da época. É bom lembrarmos que muito da história de nossas famílias está presente neste cenário.
Agora imagine o homem hoje. Estamos em 2008. Esse homem com aproximadamente 30 anos, se apaixona por uma adolescente. Essa menina, ao contrário da outra, já sabe tudo de sexo - senão na prática, na teoria. Ela quer ir para a faculdade, transar com vários caras, se formar, conseguir um bom trabalho, e depois, quem sabe depois, encontrar alguém que possa lhe dar um filho. O homem ao tomar conhecimento disso, se apavora, se desespera, se vê um miserável diante da existência. Ele tem que ser tudo aquilo que o "Juremir" coloca em seu belo texto, para ainda poder sonhar em ter a segurança que o homem de 1968 tinha. Ele não sabe para que lado correr, vive inseguro e com medo da perda. Casar? Isso é suicídio.
Blogueira: Sim, estou entendendo, mas até agora você só falou da crise masculina, onde fica a crise feminina que você me disse anteriormente?
Ale: Sim, a crise feminina é resultado da não assimilação da mulher com relação as suas próprias ações. A mulher de 40 anos para cá, revolucionou, fez história, ultrapassou seus limites, assustou o homem e o mundo. Embora tenha feito tudo isso, ela não parou de sonhar com a família dos anos 60. Ela ainda sonha em casar, sonha com o marido ideal, com os filhos, com a velhice ao lado do parceiro. A crise da mulher vem disso. Vem do conflito originado entre suas ações e seus sonhos. A mulher de hoje, faz muito mais do que a mulher de 68; mas quando reflete sobre o que fez, vê no homem, na sociedade, em si mesma e nas outras mulheres, o preconceito sobre suas ações. Assim, embora ela seja independente em seus atos, ela é escrava de sua própria moral que ainda não se modificou. No fundo ela ainda sonha com o casamento. A mulher só se libertou na prática e não na teoria. Ela é uma pseudo-independente, que quando reflete sobre suas ações entra em colapso nervoso e cai em depressão. Ou você acha que tantos casos de depressão verificados no sexo feminino são fruto de que?
Blogueira: Então poderíamos dizer que a crise masculina e feminina têm a mesma origem, ou seja, a independência da mulher?
Ale: Sim, podemos dizer que sim. Não estou dizendo que a mulher deve continuar sendo aquele ser submisso, a serviço do marido e da família. O que tento dizer, é que, tanto os homens quanto as mulheres, devem tomar consciência, dessa independência feminina, e que essa independência implica automaticamente a construção de uma nova moral. Não podemos mais ficarmos presos àquela moral, baseada no cristianismo. Não podemos mais pensar em casamento, no máximo devemos pensar num novo casamento, podemos pensar em construir uma “nova moral”, baseada nessa “nova mulher”. O homem está em crise porque não encontra segurança em mulher alguma; e a mulher está em crise, porque na ânsia de tudo conquistar, ainda se debate com o sonho de ter uma família .Família que só era possível quando ela era um apêndice do marido.
Blogueira: E você Ale, vê alguma saída para essa crise existencial de ambos?
Ale: Não sei.. Como observamos, estamos numa época de transição de valores. Toda crise é destrutiva e construtiva. Se por uma lado, os valores morais estão sendo destruídos; ao mesmo tempo, novos valores estão em construção; e isso acontece sem muito percebermos. Se o casamento e a monogamia foram arruinados, é necessário que façamos uma reconstrução em nossas relações. Acredito, que tomando consciência disso, podemos estabelecer novas formas de nos relacionar - tanto em família como em sociedade - e assim entendermos e suportarmos mais facilmente esse novo mundo.


O Homem Moderno - Juremir Machado da Silva

Publicado no Correio do Povo de 16/06/2008, achei formidável o texto e a visão de Juremir Machado da Silva, sobre o Homem Moderno. Para quem não tem o jornal, esta aí o texto:

As comemorações de maio de 1968 acabaram. Ou quase. Dentro de dez anos, serão mais intensas. Meio século tem mais charme do que 40 anos. Mas os frutos daquele tempo estão aí e não param de chamar a atenção. Um deles, talvez o mais importante, junto com a mulher sexualmente liberada, é o homem moderno. O problema é que não surgiram, por exemplo, publicações e especialistas que tratem dessa nova categoria. Em qualquer banca de jornais, até em vilarejos, é possível encontrar revistas para mulheres modernas. E o homem moderno como fica? Abandonado. Não tem a quem recorrer. Salvo aos psicanalistas. A verdade é que ele precisa de ajuda.
A vida de um homem moderno é complexa e provoca inúmeros distúrbios nunca observados antes. O homem moderno precisa ser ético, estético, atlético e, de preferência, sexualmente épico. Acossado por tantas obrigações, acaba, muitas vezes, por ser apenas patético. O homem moderno precisa ser bem-sucedido no trabalho, bom pai, bom filho, excelente marido, grande cozinheiro, conhecedor de vinhos, capaz de fazer aquelas frases enigmáticas sobre o conteúdo de cada garrafa que abre, e ainda trocar fraldas, assar um bom churrasco, se for gaúcho, ter pegada, atitude, sensibilidade, virilidade, passar creminho, usar perfume, abrir a porta do carro, pagar a conta no restaurante, ao menos nas ocasiões especiais, dar porrada em sujeito abusado, que tente ofender a sua dama na rua, e ser charmoso e sedutor.
Tudo isso sem revista alguma para ajudar. Sem um colunista diário para dar dicas de como enfrentar o cotidiano. Sem livros de auto-ajuda. Sei que existem alguma publicações dirigidas ao público masculino, mas elas não estão à altura das dificuldades enfrentadas pelo homem moderno. Que cueca usar no primeiro encontro com uma mulher? Samba-canção ou sleep? De que cor? São detalhes extremamente importantes. Deve-se tentar ir para a cama já na primeira saída? Isso não poderá ser visto como uma atitude machista? O contrário, porém, não tenderá a ser considerado falta de pegada ou até desinteresse? O certo é tentar justamente para que não funcione e assim cada um cumpra a sua parte no ritual consistindo em não querer sempre querendo? Viram só?
É problema que não acaba mais. O homem moderno casado de longa data, então, precisa mais do que ninguém de ajuda. Questões transcendentais o assolam: é brega ou bacana convidar a mulher para comemorar o aniversário de casamento num motel? No caso de ser bacana, como escolher o motel? Apresentar logo um nome e endereço não vai provocar desconfiança? Se ela tiver uma sugestão, isso não vai detonar ciúme (como é que ela sabe?), terminando os dois emburrados na cama do casal? Dizer que um amigo, ou uma amiga, no caso dela, indicou, essa é uma boa saída? Não vai gerar comentários do tipo: 'Ah, então teus amigos freqüentam motéis?'. Ou: 'Diga-me com quem andas e te direi que motéis freqüentas'?. Claro, felizmente a vida de um homem moderno não se resume a questões sexuais.
Alguns dilemas antigos persistem: onde passar o Natal? E a virada do ano? Na casa da mãe? Na casa da sogra? O problema é que a mãe de um é sempre a sogra do outro. Mais complicado ainda: onde passar os domingos? O homem moderno deve ser superior a tudo isso, compreensivo, generoso, forte, certeiro, gentil, firme, incansável e seguro. Mais do que tudo, jamais deve roncar ou virar para o lado e dormir depois do sexo. O homem moderno, portanto, é um herói ignorado pela mídia.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O Pequeno Poder.

Conscientização geral, tomada de conhecimento do ser diante da própria realidade, só assim podemos pensar em tomar o poder e projetar uma sociedade mais justa. Lindo isso, porém impossível. A política representativa, as instituições de ensino, a religião, os valores morais, enfim, tudo a nossa volta, está dominado pela economia, pela mídia, pelos detentores do capital.
Nós? Nós, por mais idealistas, socialistas, comunistas e sonhadores que possamos ser, também estamos. Estamos perdidos. Não temos mais como sonhar. Estamos condenados a viver num sistema que nos impossibilita pensar em algo verdadeiramente político, que realmente envolva a sociedade, ou melhor, que leve a sociedade em direção a esse ideal. O que nos resta? Ou melhor, algo nos resta?

Quem sabe duas alternativas. A primeira e mais cômoda é o suicídio. Nos matamos e pronto. Paramos de pensar e sofrer no mundo e pelo mundo. Abstraímos nossos sentidos diante da realidade e descansamos eternamente. Porém, ela é sem nexo. Afinal, se “nós” que nos achamos possuidores dessa “racionalidade existencial” dizemos não a própria consciência e optamos pela morte, então não valeu a pena ter alcançado tal consciência. Seria melhor ter ficado na ilusão do capital, da religião, da mídia, seria melhor não ter pensado.

Nossa segunda alternativa é modesta, porém é alguma coisa. Reconheçamos que não temos mais como mudar este “mundo perdido”, e façamos a tentativa de mudar o pequeno mundo, o micro mundo no qual estamos envolvidos. É por sabermos que não temos chance de mudar o grande mundo, que devemos deixar esse mundo de lado e nos voltarmos para o pequeno mundo. Mas o que é esse pequeno mundo?

Esse pequeno mundo é nossa vida. Nossa real existência. Existência não mais voltada a utopia de um dia mudar o todo, e sim, voltada a reconhecer que dentro desse todo existe um micro mundo, no qual exercemos poder e que podemos mudar. Temos relações de poder em todas as nossas ações, sejam elas familiares, amorosas, ambientais, comerciais, entre outras. É ali e somente ali, que podemos realizar alguma coisa. Se a política representativa bate nossa porta, apenas de dois em dois anos, tomamos conhecimento disso, e façamos valer nosso poder da melhor forma possível neste período hipócrita eleitoral. Como? Você decide. Você tem esse poder. Sabemos que só baterão nossa porta de novo daqui a dois anos, basta a nós aceitarmos isso ou não. Angustiante? Claro que sim. Mas é.

O que não podemos fazer é achar que não exercemos poder algum porque existe um poder maior. Não podemos negligenciar nossas relações e culpar esse macro poder por tudo. Tomada essa consciência sobre esse pequeno mundo e exercida nossa parte, quem sabe um dia poderemos voltar a sonhar. Quem sabe.

domingo, 15 de junho de 2008

Descamisados Campeão

Sábado, 14 de junho de 2008, final do campeonato municipal de futebol de salão na Sociedade Esportiva Planalto.
De um lado os donos da casa, a S.E.Planalto, clube com mais de 50 anos de história, papa títulos da cidade, com seus jogadores experientes e consagrados. Entre eles Capeletti, artilheiro do campeonato e um verdadeiro monstro com a bola nos pés.
Do outro lado o A.A.Descamisados. Associação que teve origem nos anos 90, montada por uma turma de festeiros da época, que marcou história conquistando tudo dentro de seus limites futebolísticos. Reestruturada ano passado e formada agora em sua grande maioria por adolescentes de 16 e 17 anos, os Descamisados do século XXI, tinha a seu favor o entrosamento e força juvenil de seus atletas. As equipes entraram em quadra com a seguinte formação. S.E.Planalto: Ovo, Paulo, Géio, Ratão e Capeletti. A.A.Descamisados: Eze, Ronaldo, Joel, Tuche e Lélio.

O Jogo

Não foi simplesmente um jogo, foi um jogaço. Um espetáculo digno das grandes finais. Ele teve todos os ingredientes que desejamos ver numa final: emoção do início ao fim; e gols, muitos gols.
Logo, no primeiro minuto de partida, Ratão abriu o placar em favor do Planalto. Um verdadeiro choque na cabeça dos chamados "piazinhos". Porém, pouco tempo depois o "piazinho Lélio " desvia o chute de Joel e empata. Géio em linda jogada, coloca o Planalto em vantagem novamente. Lélio de novo empata. Quase no fim do primeiro tempo começa a brilhar a estrela do time do Planalto. Capeletti desempata a partida e o primeiro tempo termina em 3 a 2 para o Planalto.
As equipes voltam para o segundo tempo, e Lélio, o baixinho endiabrado empata. Capeletti, goleador do campeonato coloca o Planalto na frente. O jogo se torna eletrizante. Lenon com a predestinada camisa número 16 entra em quadra e iguala o placar , 4 a 4. Ronaldo num chute do meio da quadra vira pela primeira vez em favor dos Descamisados. Mas o Planalto tem Capeletti, que empata de novo. Afonso, de falta, coloca os "grandes pequenos" em vantagem. No entanto Capeletti faz mais um, aumenta ainda mais sua artilharia, empata a partida, e leva o jogo para a prorrogação, 6 a 6.
Na prorrogação, Lélio faz mais dois. Pela primeira vez uma equipe abre dois gols de vantagem na partida e faz a torcida dos "sem camisa" soltar o grito de É CAMPEÃO. Mas, porém, não obstante, apesar disso....o Planalto tem Capeletti.
Faltando um minuto para o fim, ele diminui para 8 a 7; e quando o juiz se prepara para apitar o fim da partida...Capeletti empata. O ginásio não crê no que vê, a torcida dos Descamisados embora não queira, sente que tudo parece conspirar contra o time. O título que estava na mão da A.A.Descamisados será decidido nos pênaltis.
Quem abre a série de 5 cobranças é Capeletti, craque do Planalto, que, por ironia do destino, cobra mal e Eze defende. Ronaldo pode abrir a vantagem, mas isola a bola. Os batedores se alternam, convertendo as cobranças. O jogo está empatado em 3 a 3 na penalidades.
Última cobrança para o Planalto, o experiente Perin se prepara, corre para a bola e coloca a "pequena redonda" rente ao poste, mas para fora. Tudo está nos pés de Tuche, que cobra, converte, e põe números finais na partida, 4 a 3 nas penalidades.
A Associação Atlética Descamisados é Campeã Municipal de FUTSAL pela primeira vez no novo milênio. Uma final histórica, decidida nos mínimos de detalhes e que encheu os olhos daqueles que gostam de ver um futebol de qualidade.

Os jogadores que levaram a A.A.Descamisados a conquistar de forma invicta o campeonato foram: Ezequiel Vanzin (Eze), Alexandro Tomazi, Ronaldo Bazzoti, Douglas Agnoleto, Douglas Pereira, Matheus De Conto ( Lélio), Eduardo Gadenz, Joel Sartor, Mateus Brandão (Tuche), Afonso Danielli, Ruan Crema, Lenon Curti. Técnico: Lauro Curti (Mugica) Preparador Físico: Jardel Zanella.

Parabéns a todos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dia dos Namorados.


Não sei direito definir o namoro. Ele é composto por várias fases.
Não considero namoro aquela convivência triste, melancólica, onde predomina o diálogo possessivo e a cobrança. Isso, na verdade, é o fim do namoro.
No começo do namoro, os namorados se descobrem, se paqueram, se mostram as melhores pessoas do mundo afim de conquistar a pessoa amada. Pode ser esse o primeiro grande erro dos namorados: querer conquistar.
Conquistar significa possuir algo, e quando as pessoas se acham possuidoras do outro, o namoro acaba. A singularidade, a particularidade de cada um termina, e os agora já iludidos namorados, se acham capazes de serem um só. Esse é o segundo grande erro dos namorados: querer ser um só.
Nesta fase que denomino como "começo do fim namorístico", existe uma notável mudança de diálogo entre os pombos apaixonados. Perguntas que antes eram feitas como: "Onde você vai amor?" passam a ser: "Porque você vai?" ou "o que você vai fazer lá"? Esse "porque" ou "o que", pede explicações, justificativas, clama por respostas, faz com que o ser se sinta cobrado, acuado, tendo que dar explicações sobre algo que nem ele mesmo sabe.
O namoro para ser namoro, não deveria se tornar namoro. Complicado? Calma, eu explico.
Quando os pretendentes a namorados, dizem: "estamos namorando", o que na verdade querem dizer é: "somos um do outro e de mais ninguém".
O namoro para ser namoro, deveria ser um grande jogo infinito, em que cada um, por mais que tente conquistar o outro, jamais vê isso como possível.
É um grande paradoxo, uma contradição terrível, mas para o namoro ser eternamente um namoro, deveríamos sempre manter um mistério e não sermos sinceros com o outro.
Não me compreendam mal e achem que estou fazendo apologia a traição. O que estou querendo dizer é que ambos devem manter o outro com medo de perder. Esse medo, essa preocupação com a perda, é o que mantém a chama da conquista acesa, e faz com que os namorados se mantenham eternos apaixonados. Entenderam?
Feliz dia dos namorados e uma ótima quinta - feira a todos.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Podolski é excomungado por gols contra a Polônia

Os dois gols na vitória da Alemanha sobre a Polônia, no domingo, pela primeira rodada do Grupo B da Eurocopa, ainda rendem problemas para o atacante Podolski. Desta vez, o jogador, que nasceu na Polônia, foi excomungado pelo partido ultracatólico LPR.

Segundo o jornal português "Record", Podolski e Klose, que também tem nacionalidade polonesa, revoltaram os membros do partido por defenderem a seleção alemã e tiveram seus direitos católicos retirados.

Antes, o jovem atacante havia sido criticado pelo ex-vice-ministro polonês Miroslaw Orzechowski, que pediu a retirada da cidadania das pessoas que defendem outros países

*Será que a traição futebolística consta no direito canônico?

Obs: E saber, que há um tempo atrás, alguns sujeitos que pensaram em ser livres da Igreja, pediram a excomunhão diretamente ao bispo e ele não concedeu.Vou avisá-los para fazer um jogo contra a CNBB...uhahahahaha.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Amor Uterino


Semana passada, abordei aqui no Blog, que a angústia faz parte da condição humana. É ela que nos move, que nos faz viver, que nos causa tanto o sofrer, como também o prazer. Porém, por mais que isso seja uma máxima, um conceito universal que pode ser estendido a todos humanos, ainda falta sabermos o que provoca essa angústia existencial.
Embora saiba que dificilmente poderemos afirmar algo absoluto sobre a origem da angústia, um leitor do blog e grande amigo meu, me falou o seguinte: "Ale, apenas somos seres completos, sem angústia, quando estamos no útero de nossa mãe. Lá somos amados incondicionalmente durante 9 meses, e depois somos jogados para fora. Triste né? Não é angustiante?. Está aí a origem da angústia". argumentou ele.
Gostei do argumento. Ele me fez pensar, me deixou inquieto, angustiado, feliz também. Me fez pensar no egoísmo, na angústia, no apego materno. Através desse pensamento, essas três últimas questões, até então por mim não resolvidas, ficaram mais claras, mais nítidas. Afinal, se no útero temos tudo a nosso favor, é natural que ao sermos lançados ao mundo, nos sintamos sós, angustiados e querendo tudo para si. Também é natural - sem menosprezar o amor paterno - que nos momentos de aflição chamamos primeiro pela mãe, para só depois lembrarmos do pai. Dessa forma, não é espantoso que aprendemos primeiro a falar "mama", para depois falar "papa". O pai serviria apenas como um ser procriador, e nesse ponto, podemos também justificar, a obsessão sexual masculina, em querer estar sempre procriando as mais variadas fêmeas. Biologicamente, enquanto a mãe está oferecendo todo seu amor ao feto, o pai está pronto e querendo a todo momento fazer germinar sua semente pelo mundo. Tudo muito lógico, embora imoral para nossa sociedade.
Voltando a angústia natural, me parece óbvio, que quanto mais desligados da mãe ficamos, mais angustiados nos sentimos, sendo que essa angústia tende sempre a aumentar, se acaso não encontrarmos como substituir o amor incondicional proporcionado pela mãe.
E vocês. O que acham?
Abraço a todos e uma ótima quinta-feira.