sexta-feira, 30 de maio de 2008

Acreditem...foi aprovada.

Supremo libera pesquisas com células-tronco embrionárias

Por seis votos contra cinco, STF decide que Lei de Biossegurança não fere a Constituição.
Iniciado em março, julgamento foi retomado na quarta-feira e só concluído nesta quinta.
Mirella D'Elia Do G1, em Brasília entre em contato
ALTERA O
TAMANHO DA LETRA

Por seis votos contra cinco, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou nesta quinta-feira (29) as pesquisas científicas com células-tronco embrionárias sem nenhuma restrição, como previsto na Lei de Biossegurança.

O julgamento começou em março. A discussão foi interrompida por um pedido de vista do ministro Carlos Alberto Menezes Direito. Na quarta (28), o tema voltou à pauta do STF. Depois de quase 11 horas, o julgamento foi novamente suspenso e concluído nesta quinta, após quase cinco horas de sessão.

Aprovada pelo Congresso Nacional em 2005, a Lei de Biossegurança foi alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) do então procurador-geral da República, Cláudio Fonteles. Ele alegou que a legislação fere a proteção constitucional do direito à vida e a dignidade da pessoa humana. Para Fonteles, a vida humana começa com a fecundação.

Ao encerrar a discussão, o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, disse que o julgamento era um “marco”. "É em momentos como este que podemos perceber que a aparente onipotência do tribunal constitucional não pode restringir o legislador”, declarou.

Após o resultado, o mais antigo ministro do Supremo, Celso de Mello, explicou que não será preciso nenhuma regulamentação extra no texto da lei. “O tribunal confirmou a inteira validade do artigo 5º da Lei de Biossegurança e liberou as pesquisas, observados os limites estabelecidos pelo próprio artigo”, resumiu.

A lei prevê que os embriões usados nas pesquisas sejam inviáveis ou estejam congelados há três anos ou mais e veta a comercialização do material biológico. Também exige a autorização do casal.

“Esse foi um julgamento histórico, em que o tribunal discutiu os limites entre a vida e morte. São questões que interessam à generalidade das pessoas”, comentou o decano, que votou pela liberação dos estudos nesta quinta.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Eu duvido que cosigam ler até o final, se conseguirem...meus parabéns.

Angústia Existencial

O que pretendo me fazer entender hoje, é interessante e pertinente. Ouso dizer, que o tema abordado, seja, possivelmente, geral a todos nós seres humanos pensantes. O que quero falar hoje, e aí está a complexidade do assunto, é sobre a angústia existencial. Quero falar dessa angústia que nos apavora e ao mesmo tempo nos alimenta. Desse vazio que sentimos uma boa parte do tempo procurando preencher. Pretendo dizer algo sobe essa mesma angústia que nos move em busca de nossos amores, ou das chamadas almas gêmeas, como queiram chamar. O que é a alma gêmea senão um sonho de completude existencial? Pois é esse desejo infinito de falta, que me faz chegar à conclusão inevitável, que, se existe algo universal a todos os seres humanos, isso se chama angústia. Vou tentar traçar algumas linhas sobre esse sentimento, essa solidão existencial que nos fez criar as mais diversas formas de filosofias e de religiões.

Filosofia e religião, acredito, tenham nascido da mesma vertente. Nascem da fonte provocada por esse vazio existencial dito anteriormente. Tanto a filosofia, como a religião, num primeiro momento, buscam a mesma coisa. A primeira tem como ponto de partida a busca pelo saber, e a segunda, uma busca pela sintonia do ser diante do mundo. A filosofia criou a razão, e a religião criou formas para que pudéssemos suportar a razão.

Vivemos fugindo, não interessa para onde e de que forma. Não suportamos ficar parados, pensando, raciocinando, contemplando a cruel existência. A filosofia , seria isso, contemplar a existência e encontrar prazer mesmo no sofrimento que ela proporciona. Aí está a grande diferença entre a filosofia e a religião. Enquanto a primeira, mantém a liberdade de busca, a segunda dogmatiza essa busca dizendo: é este o caminho.

“Este é o caminho”, quando a religião afirma isso, ela nega a vida e separa-se da filosofia. Nada mais embrutecedor, anti-natural e anti-filosófico do que isso. Não que os filósofos também não tenham tentado criar formas de busca, mas eles sempre foram claros em dizer, que suas idéias eram suas idéias, ou seja, “idéias humanas”, formuladas racionalmente, e não o contrário, reveladas por algo além deles mesmos. Que lógica existe em ficarmos aqui todo esse tempo, sofrendo por nada? Que lógica existe na vida? perguntam os religiosos das verdades reveladas.

Quando percebem o espanto e o medo dos homens, diante dessas simples questões existenciais, os “mais sábios golpistas da história”, também percebem que o homem teme a vida, o pensamento, e a busca pela verdade. Eles percebem que os homens, não suportam a busca eterna proposta pela filosofia, e assim, criam rituais que possam preencher tal vazio. Nem eles imaginavam que algo desse tão certo e fosse tão lucrativo. Eles criam as igrejas, os templos, enfim lugares de adoração. Esses lugares tomam as religiões para si, e ensinam o caminho para o homem preencher sua angústia. Esse caminho é fácil e limitante, mas isso é o que menos importa aos angustiados seres humanos. Esses antros, quando revelam uma verdade, acabam com a filosofia e também com a própria religião. Acabam com a busca pessoal que o ser deveria buscar no universo e limitam o mesmo diante da vida.

Não condeno Cristo por se auto condenar à morte. Foi à forma dele se religar, de buscar sua própria sintonia. Porém, essa “re-ligação” é particular, intransferível. Se cristãos querem se religar como Cristo diante do universo, não devem seguir os rituais propostos pelas igrejas e suas fórmulas mágicas, e sim buscar ter uma vida como a de Cristo. Foram os rituais cristãos e a palavra sagrada que enriqueceram as igrejas e fizeram bilhões de pessoas negligenciarem a própria vida. Não foi a vida de Cristo a responsável por isso. Cristo viveu intensamente, foi um revolucionário, um filósofo que pregava o amor, o desapego das coisas matérias, e a busca pela igualdade. Foi um precursor do comunismo, poderíamos dizer. O ápice da hipocrisia eclesiástica é a cobrança do dízimo. Se Cristo, aquele pobre miserável, pudesse ver o que as sagradas igrejas, fizeram e exploraram em seu nome...com certeza, ou já teria voltado e acabado com toda essa vergonha ou teria se suicidado. Jamais imaginou ele que suas sábias palavras seriam sinônimo de arrecadação e enriquecimento.

Mas o que venho propor aqui é mais difícil e complexo, que a própria angústia existencial. Proponho o inverso do que as religiões reveladoras pregam e pregaram em suas sangrentas histórias. Se um dia “sábios espertalhões”, puseram fim a religião e a filosofia. Proponho hoje que acabamos com o dogmatismo religioso. Proponho que voltamos ao sentido original da palavra religião, ou seja, que novamente façamos busca pelo nosso próprio “religar”. Proponho que levamos a falência as igrejas, e com o dinheiro do dízimo buscamos formas de acabar com a desigualdade.

Não devemos renunciar a vida, e sim, viver, contemplar, e tentar superar todos os obstáculos que ela mesma nos impõe, isso de maneira pessoal e intransferível, da mesma forma que fizeram Cristo, Sócrates e vários outros verdadeiros sábios.

Devemos em última instância voltar a sermos filósofos.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Eu...d-existo

Eu queria, mas ela não existe.

Queria que me quisesse bem;
Queria que quisesse meu bem;

Mas ela não existe...
Ela quase-existe.

Ela existe em corpo;
Ela existe em palavras;

Ela que existe para o mundo;
Quase existe para mim...

Assim...decidi por "d-existir"

domingo, 18 de maio de 2008

Amazônia

'De quem é a Amazônia, afinal?', diz 'NY Times'

Jornal americano diz que Brasil se preocupa com soberania da floresta.
Uma reportagem publicada neste domingo (18) no jornal americano The New York Times afirma que a sugestão feita por líderes globais de que a Amazônia não é patrimônio exclusivo de nenhum país está causando preocupação no Brasil.

No texto intitulado "De quem é esta floresta amazônica, afinal?", assinado pelo correspondente do jornal no Rio de Janeiro Alexei Barrionuevo, o jornal diz que "um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território".

O jornal cita o ex-vice-presidente americano Al Gore, que em 1989 disse que "ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, ela pertence a todos nós".

"Esses comentários não são bem-aceitos aqui (no Brasil)", diz o jornal. "Aliás, eles reacenderam velhas atitudes de protecionismo territorial e observação de invasores estrangeiros escondidos."

Acesso restrito

O jornal afirma que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta aprovar uma lei para restringir o acesso à floresta amazônica, impondo um regime de licenças tanto para estrangeiros como para brasileiros.

"Mas muitos especialistas em Amazônia dizem que as restrições propostas entram em conflito com os próprios esforços (do presidente Lula) de dar ao Brasil uma voz maior nas negociações sobre mudanças climáticas globais - um reconhecimento implícito de que a Amazônia é crítica para o mundo como um todo", afirma a reportagem.

O jornal diz que "visto em um contexto global, as restrições refletem um debate maior sobre direitos de soberania contra o patrimônio da humanidade".

"Também existe uma briga sobre quem tem o direito de dar acesso a cientistas internacionais e ambientalistas que querem proteger essas áreas, e para companhias que querem explorá-las."

"É uma briga que deve apenas se tornar mais complicada nos próximos anos, à luz de duas tendências conflituosas: uma demanda crescente por recursos energéticos e uma preocupação crescente com mudanças climáticas e poluição."

sábado, 17 de maio de 2008

Ranking dos Últimos 5 anos no Futebol Brasileiro

Acesse e veja se seu time é grande, médio, pequeno ou minúsculo.Saiu na Revista VIP:
http://vip.abril.com.br/nova_vip/edicoes/278/brasileirao.shtml

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O Fim Trágico do Alexsander.

Quando nasci, sem me perguntarem nada, meus pais me deram o nome de Alexsander de Vargas. Até hoje não entendi porque, afinal, me chamam de Alex ou de Ale.
Acredito que essa nomenclatura extensa se deva ao fato de possuirem assim uma forma de me chamar a atenção quando estivessem nervosos: "ALEXSANDERRRRRRRRR " diriam eles.
Outro ponto, que penso que pode tê-los levado a escolha desse extenso nome, pode ser um certo desejo, ou também uma previsão de que seria alguém importante neste mundo. Imaginem isso:"Doutor Alexsander de Vargas, comparecer urgente a sala de cirurgia", não é lindo? Com certeza é um orgulho para qualquer pai, que o filho esteja sempre com a vida dos outros em suas mãos. Ou será que queriam que fosse médico só pelo bom salário?
Também devem ter pensado em que eu pudesse me tornar, engenheiro, advogado, dentista ou até maestro de uma orquestra...porém, erraram feio.
Serei no máximo Doutor em Filosofia, mas mesmo assim, meu extenso nome soará bem aos ouvidos da geração futura.
Vejamos as informações obituárias presentes nos jornais de 2058:
"Alexsander de Vargas, doutor em Filosofia, que em sua vida sempre defendeu causas idiotas, utópicas e sem cabimento, suicidou-se aos 79 anos de idade. O motivo que alegou para essa infeliz decisão foi não ter suportado a beatificação da "menina Isabella", morta covardemente pelo pai e pela madrasta há exatos 50 anos".
Um triste belo fim...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Zé e José.

Não sou daquelas pessoas que presta muita atenção nas letras das canções, mas essa, de uma forma ou de outra, me emocionou...a amizade, os pais, o sistema, a luta, os sonhos, a felicidade...achei ela, muito bela. Quando puderem ouvi-la. Vale a pena.

Zé e José

Composição: Zé Geraldo/Marcão Lima

Zé e José eram amigos de fé
e sentimentos
Se ajudavam nos momentos difíceis
Sorriam juntos na felicidade
Os pés no chão, o tempo a favor
Namoro com as moças bonitas
Noites e luas no interior

Ser feliz incomoda aos que são amargos
Alguns pais carrancudos
lhes chamavam vagabundos
Sejam como nós, diziam eles

Pela primeira vez
Zé e José se embriagaram
Não entenderam a culpa
agora instalada nos seus corações

Aprisionados foram aos compromissos
Apenas os domingos
programados para serem livres
Livres pra pensarem na segunda-feira
quando estariam atrás dos balcões
Cabeças treinadas para competir
Sementes de toda ambição

José...
José progrediu
Calculista e frio
Sorriso plástico
Frequentava a Câmara e o Senado
Enganava o povo
Não tinha amigos
Fez um pacto com o Diabo
e se perdeu na escuridão

E o Zé?
Zé não se deu bem no comércio
Se apaixonou por uma viola
que ganhou de um velho bêbado
que lhe contou uma história
sobre a cor dos sete mares
e de tesouros escondidos
no peito do próprio homem
Lhe disse também
Cante ao mundo
o que vier do fundo do seu coração
E a luz se fez

Zé cantou histórias das estradas
Reencontrou o sentimento perdido
Emocionou multidões
Aplaudiu
Foi aplaudido
Zé nunca mais sentiu culpa em ser vagabundo
Voltou a ser feliz

terça-feira, 13 de maio de 2008

Nosso Verdadeiro Amor.


Amamos não saber, não ter convicção. Amamos estar em busca de coisas novas.
O conhecimento, a Filosofia, nasceram dessa curiosidade pelo mistério, pelo o que não é sabido, descoberto. Mesmo a religião - que nos inventa e supostamente nos dá uma verdade - quando não explica, diz: "é mistério da fé". Não vamos aqui tratar do bloqueio que ela nos impõem, ao nos limitarmos em querer desvendar o mistério existencial...mas sim, salientar que ela também admite que somos movidos pelo mistério.
E no amor? Sim, nesse amor carnal, em que buscamos uma alma gêmea para tudo dividir, não é também o mistério, o "não saber algo sobre o outro", que nos joga contra ele? Não é quando estamos descobrindo o outro que nos sentimos apaixonados? Depois que o desvendamos completamente, as coisas perdem a graça, e tudo parece virar um grande marasmo. No amor, como na vida...o combustível é o mistério, a descoberta.
É contraditório: "Vivemos movidos pelo não saber, procurando saber, e quando sabemos parece que tudo perde a graça".
A ciência também se move em torno do que ela não sabe. Descobre-se algo hoje e apaga-se tudo amanhã. Tudo um constante movimento, que parece - pela nossa arrogância humana - nos levar um dia ao saber absoluto.
Feliz engano. Isso não vai acontecer, e se acontecesse, nos levaria a mais profunda depressão. Nos seria tirado o direito ao livre pensar. Nos seria arrancado o direito de filosofar, seria o fim do mistério. Seria o fim do combustível que move a existência. O fim do nosso verdadeiro amor.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Segunda - Feira

"Segunda - feira é um saco"...
"Esse dia não precisaria existir"...
"Aff...amanhã é segunda"...
Todos fizemos ou ouvimos essas queixas sobre a pobre segunda-feira. Mas por que esse ódio?
Será por ser o primeiro dia útil?Ou por amanhecermos de ressaca de um fim de semana de diversão e vagabundagem? Será por estarmos longe da sexta e do sábado? Afinal por que há odiamos?
Se respondermos essas questões acima afirmativamente, logo, chegamos a conclusão que não nascemos para o trabalho e sim para a diversão, para o ócio, para o não comprometimento com nada. Portanto o trabalho que uma vez foi dito como algo necessário, que dignifica o homem, nada mais é que uma cruz que temos que carregar para sobreviver.
Mas então? Será que odiamos trabalhar? Ou odiamos ter que estar num determinado lugar cumprindo um horário fixo? Conseguiríamos viver no mais puro ócio? Sem horário a cumprir? Sem funções pré-estabelecidas? Será que somos vagabundos por natureza e nosso grande martírio na vida é ter que forcejar para viver?
Para terminar: no céu, naquele lugar maravilhoso que ficamos ao lado de Deus e de todos os anjos na mais santa paz...existe a segunda? Lá...precisamos trabalhar?
Me digam...por favor...por que odiamos a segunda-feira? Pelo amor de Deus que maléficamente "a criou" me digam...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Vamos amar?

Chega de pessimismo. Chega de pensar que somos seres egoístas, maléficos, ruins, que só pensam em si e mais nada. Chega de pensar que mesmo apaixonados estamos apenas querendo nosso próprio bem, que somos incapazes realmente de amar.
Vamos nos render ao amor. Vamos nos render a idéia de que as coisas podem acontecer, que podemos ser felizes, não por toda vida, mas por um momento indefinível, porém inesquecível ao lado de alguém. Façamos a tentativa de buscar um amor perfeito, mas se não o encontrarmos, e provavelmente não o encontraremos, sugamos desse amor tudo o que ele nos trás de bom. Se acharmos que ele pode ser por toda vida...ótimo, se não der...busca-se um novo.
O amor não é passado, não é futuro, ele é presente. É o agora. Não é a lembrança passada nem a angústia do amanhã imprevisível. O amor não é planos e sim fatos. É atitude e não esperança. Dias atrás ouvi um padre dizer que não vivemos sem esperança. Vivemos sim, desde que consigamos amar no presente. A esperança serve apenas para procurarmos uma nova forma de amar ou um novo amor para viver.
Esqueçamos o passado frustrante, deixamos de sonhar com o futuro incerto e vivamos o presente.
Num mundo que nos leva a cada dia viver mais individualmente, a procurar as coisas sem a ajuda do outro, o que nos falta é exatamente dar valor a aquilo que temos ao nosso lado...e que nem percebemos amar.
"É hora de fazermos uma grande "suruba" e amarmos uns aos outros...da forma que melhor nos convir"
Abraço, ótimo fim de semana e muito amor a todos nós.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Somos Coisas ou Somos Gente?

Ontem tive o imenso prazer de assistir a palestra de Paulo César Carbonari. Não vou ficar fazendo menção as suas graduações, não acho isso necessário.
O importante foi o que abordou. O tema foi Filosofia e Direitos Humanos.
Ele conseguiu com sábias palavras ligar diretamente essas duas questões e dizer que as duas estão em descaso.
Disse que a Filosofia só nasce no ócio, no intervalo de nossas ocupações, sendo que no mundo moderno não podemos "não fazer". É pré-requisito nos dias de hoje, estarmos ocupados para sermos alguém na vida. Precisamos entrar no sistema e sermos úteis. Assim, a reflexão sobre o mundo deixa de existir e a Filosofia se torna inútil.
Já os Direitos Humanos só são abordados por aqueles que no ócio de seus afazeres "pensam" e se percebem excluídos da humanidade. Foi no ócio dos escravos, das mulheres, dos homossexuais e de todos os movimentos que até hoje reivindicaram por alguma causa, que algo foi feito. Contraditoriamente os direitos humanos só nascem a partir do "não direito aos humanos", pela exclusão de alguns humanos feita por "outra classe humana". Nunca foram os donos do poder que falaram em direitos humanos e sim os que estavam fora dele.
Assim fazendo uma ponte entre Direitos Humanos e Filosofia, poderíamos dizer que a Reflexão Filosófica - que só pode ocorrer nos momentos de ócio - é o que faz com que pensamos no "HUMANO".
Portanto se no mundo atual o ócio é sinônimo de preguiça e inutilidade, o HUMANO deixa de ser HUMANO, e acabamos por tratar nosso semelhante não mais como GENTE, mas como COISA.

"Sejamos mais OCIOSOS e consequentemente mais HUMANOS.

Ótima quarta feira a todos, que pensam como HUMANOS.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Ronaldo


Por muitas vezes sonhei em ser jogador de futebol, ganhar milhões, ter fama e consequentemente muitas mulheres. Porém vejo que mesmo o dinheiro, a fama, e a possibilidade de quem sabe ter as mulheres mais lindas do mundo, não são suficientes para que os "nossos ídolos" sejam felizes. Eles não conseguem se libertar das amarras sociais, da idéia de certo e errado que acreditamos existir, mas que nada mais são, que imposições do meio em que vivemos.
A pergunta da vez é: Ronaldo, o Fenômeno, quis ou não sair com travestis?
Minha resposta? Não interessa. Ele simplesmente fez a VONTADE dele. VONTADE só isso.
Me deu pena de vê-lo se humilhando diante das câmeras como se tivesse cometido um crime. Ele só cometeu, no máximo, um equívoco. Ele simplesmente poderia ter dito: "me enganei, estava bêbado"; ou simplesmente: "sim queria algo diferente, mas ao ver a "arma" dos travecos desisti".
Embora pudesse dizer isso, preferiu a humilhação. Preferiu não falar a verdade, continuar refém da sociedade, do que assumir sua bebedeira, sua VONTADE HUMANA de experimentar o diferente. Seja esse diferente, três mulheres ou três travecos. Se era essa sua VONTADE, deveria tê-la assumido.
Mas ele não pode, ele é um coitado. Não pode se expor, pois teme a quebra de contratos que prezam sua imagem. Ele não pode ir contra o sistema capitalista, que mantém ele, refém dele mesmo. Ele não pode ser ele. Ele é um produto e não um humano.
Literalmente, agradeço por ser um pobre humano anônimo que pode dizer: eu errei, eu tenho VONTADE; do que ser um Fenômeno com a VONTADE reprimida e sem personalidade.

domingo, 4 de maio de 2008

Inter Campeão Gaúcho 2008


Antes de iniciar a partida, a Orquestra responsável pelos Hinos, já previa o que estava por vir. Ela tocou os Hinos Nacional e Riograndense, sem o Juventude estar em campo. Ela já sabia que o jogo seria de um time só. Ela, a Banda, sabia do massacre. Ela quase tocou a marcha fúnebre quando o Ju entrou em campo, porém, manteve o respeito.
Mas sobre o jogo o que dizer?
O que?O que?Oito vezes "o que"?
Foi de lavar a alma. De reestabelecer a história. Eles falavam de 98 e 99 quando haviam eliminado nosso grande Colorado. Falavam das 3 vitórias no ano. Porém, esqueceram que estavam diante de um legítimo Campeão do Mundo. Esqueceram da sagrada camisa branca que nada perde. Esqueceram, que acidentes não acontecem a todo momento. São acidentes.
Sobre o jogo? O jogo?
Jogo só teve até os 25 minutos do primeiro tempo, quando Danny Morais marcou o primeiro gol. Depois foi sumanta, surra, palmada na bunda de criança mal criada.
Fernandão, aquele mesmo que perdeu a bola no gol do Juventude, lá no Jaconi, fez aos 29 e aos 32 minutos. Alex, numa cobrança de falta perfeita fez o quarto aos 37 . Parecia sonho, não era.
No segundo tempo se esperava um Juventude agressivo e um colorado retrancado. Que nada.
Fernandão novamente aos 5, e Nilmar aos 8 minutos, fizeram o Juventude não acreditar no que estava acontecendo. O gol do Juventude aos 12 (gol contra de Índio) e a pressão em busca do segundo gol até os 30 minutos, não impediram que o mesmo Índio fizesse o sétimo aos 32.
Parecia não faltar mais nada, mas faltava. Faltava o gol daquele que está lá, sempre para defender. Daquele que não pode falhar. Daquele que foi decisivo em todas nossas grandes conquistas. Faltava o gol de Clemer. E quando Andrezinho sofreu o penalti aos 46 minutos, a torcida enlouquecida, não teve dúvidas; gritou pelo nome de Clemer, que atravessou o gramado do Templo Sagrado, e, com extrema categoria cobrou, e mandou o Juventude, humilhado, batido, esfacelado para casa.
Uma sumanta, uma surra, um massacre para acabar com qualquer "touca" existente.
Num jogo de um time só, a Oquestra tinha razão, pois só um time merecia ter ouvido o Hino Nacional e Riograndense. Numa tarde mágica, jogamos por música.
"Sirvam nossas façanhas de modelo para toda a terra".

INTER CAMPEÃO GAÚCHO 2008

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Luto

O que quero abordar hoje é bem polêmico, muitas pessoas poderão se sentir ofendidas, e confesso que refleti muito em postar isso ou não. Porém, minha angústia aumenta pela aparente angústia alheia não diminuir. Além do mais, vejo que hoje em dia entrar em depressão é fácil, embora sair dela é custoso, complicado e dopante na maioria das vezes.
É fato que ainda sofremos, e que sofreremos sempre, ao lembrarmos dos nossos três amigos que se foram prematuramente. A lembrança é eterna e o sentimento de perda inevitável. Porém, ficarmos enlutados, nos debatendo com o passado, não nos leva a lugar nenhum, a não ser há despertarmos um sentimento de tristeza , que, se repetido sucessivamente nos levará a depressão.
Alguns podem estar se perguntando como tenho ciência que muitas pessoas ainda estão em luto.
É simples. Hoje em dia todos sabemos por meio do mundo virtual o que as pessoas estão sentindo. As frases no msn, os perfis no orkut, são eles que demonstram o que sentimos. São eles que dizem quando estamos felizes e também pedem ajuda dizendo: "estou sofrendo, estou em luto".
Espero estar me fazendo entender, e agora pretendo fazer que vocês entendam o quanto ainda são felizes apesar de muitos "estarem enlutados".
Meu primeiro conselho seria: não se debatam com o passado, ficar recordando é martírio. O passado serve para não cometermos os mesmos erros, e para repetirmos aquilo de bom que ele nos apresentou.
Meu segundo conselho é: que embora estejamos tristes e o passado nos pareça muito recente para ser esquecido, devemos lembrar que existem "pessoas vivas" ao nosso lado, pessoas que amamos muito e que sofreremos muito se as perdermos. Pessoas que inexplicavelmente não damos o devido valor agora, e só perceberemos o quanto as amamos quando também elas se forem.
Terceiro conselho? Vivam, dêem valor aos que os rodeam. Cheguem a seus amigos, a seus familiares e a todos aqueles que fazem parte da vida de vocês e digam um EU TE AMO do fundo do coração. Façam isso, e não se arrependerão de não ter dito essas profundas palavras quando essas mesmas pessoas partirem.
Boa quarta-feira a todos...se cuidem...e podem ter certeza que AMO TODOS VOCÊS.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Isabella

Alguém pode me explicar o que a Isabella tem de diferente: "das Marias que são estupradas, das Josefinas que são jogadas no lixo, das Madalenas que morrem de fome, e de todos os outros humanos que clamam pelas mais diversas necessidades, diga-se, necessidades que deveriam ser sanadas pelo poder público?
Afinal, será que a Isabella é sobre humana ou "todos humanos" que sofrem com a mais diversas formas de violência não são humanos?
Por favor me digam: o que a Isabella tem de diferente?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Seremos Campeões

Disse ontem, que pelas diversas adversidades que teríamos diante do Paraná - tanto pelo placar contra, como também por outros fatores, como o regulamento e a perda de nossos dois principais jogadores - que dificilmente passaríamos do jogo de ontem. Disse também, que se acaso passássemos seríamos campeões e...passamos, sim passamos.
Passamos por todos os obstáculos obstáculos previsíveis e mais alguns outros que não esperávamos, como a lesão de Jonas aos 30 seg de partida, e o gol do Paraná aos 3 minutos. Tudo parecia perdido, mas...Andrezinho empatou aos 5 e devolveu a esperança a torcida que lotou o Gigante da Beira-Rio.
Empurrado por uma torcida enfurecida, o Paraná tremeu e o árbitro também. Ele também foi protagonista da história, expulsou Ângelo por falta violenta, e depois Joélson do Paraná e o nosso Sidinei substituto de Jonas, por troca de empurrões.
"Índio Guerreiro Balboa", virou aos 32 min, após cruzamento de Bustos, e Andrezinho aos 41 minutos, disse a multidão que o impossível iria acontecer. A certeza absoluta da classificação veio quando Léo, livre, errou na frente de Clemer.
O segundo tempo foi um massacre, e o gol era questão de tempo. Aos 18 minutos, Andrezinho o nome do jogo, cruzou, e Magrão matou no peito e estufou as redes. O placar estava construído, mas não podíamos levar gol. E por muito pouco um desastre não acontece, aos 31 minutos cruzamento na área Éverton cabeceia na trave, mas a noite era colorada. Aos 47 Nilmar invade a área e é atropelado. Pênalti que Fernandão cobra e sacramenta os 5 a 1.
Uma vitória além do esperado, uma vitória para empurrar inevitavelmente o Colorado rumo ao título da Copa do Brasil.
Escrevam...É CAMPEÃO.

Obs: Para os chorões vale lembrar que em 2005 fomos roubados tanto na Copa do Brasil, como também no Brasileiro. E para os que falavam do "cavalo do Adão", me parece que levou 5 tiros ontem e acabou falecendo...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A Espera de um Milagre

Como se não bastasse a morte de dois amigos ocorrida ontem, hoje tenho mais um sofrimento pela frente, embora esse seja bem menos doloroso. Falo de Inter e Paraná.
Minha memória guarda apenas uma vez na história recente do Colorado que conseguimos reverter um 2 a 0.
Foi em 1997, mais precisamente dia 3 de abril. Naquele dia o Inter precisava reverter os 2 a 0 sofridos na Vila Belmiro diante do Santos e repetiu o resultado aqui no Beira Rio, acabando por vencer nos pênaltis. Hoje, após 11 anos e 20 dias novo nos superarmos.
Nosso forte nunca foi a Copa do Brasil e isso dimuni nossas esperanças. O regulamento também contribui para nosso pessimismo, um gol deles aqui e é necessário fazer quatro. Além do mais, perdemos nossos dois principais jogadores no jogo de domingo, Guinazu e Alex, e isso só aumenta a angústia. Mas é exatemente por todos esses obstáculos a serem ultrapassados que afirmo e reafirmo: Se passarmos hoje seremos campeões, não interessa quem vier pela frente. Hoje é a vitória da superação e é ela que vai nos deixar acima das outras equipes no decorrer da competição.
Querem saber minha opinião? Não passamos.
Porém, se eu estiver errado, meus amigos, podem preparar o grito: " É CAMPEÃO".
Não temos influência no resultado, mas torcer não faz mal a ninguém...Dá-lhe Colorado

terça-feira, 22 de abril de 2008

Por favor não aumentem a dor.

Nós "seres humanos superiores", somos tão "superiores", mas tão "superiores" aos outros animais, que não conseguimos encarar com naturalidade aquilo que sabemos que é comum a todos seres vivos: a morte.
Inventamos religiões para nos confortar, mas mesmo assim elas nos são inúteis. No fundo por mais que tentamos acreditar numa vida eterna, ficamos receosos com esta "certeza". Caso contrário não sofreríamos e ficaríamos felizes com a chegada desta que nos leva. Não conseguimos isso. Somos fracos diante da morte, incapazes, miseráveis, somos inferiores com relação a qualquer outro animal quando nos debatemos com este assunto.
Não estou gostando dessa história de me referir a morte com tanta frequência, mas hoje, novamente ela me deu as caras...e pior...duplamente.
Dois amigos se foram e como em todos acidentes de trânsito se vão assim, sem avisar. Mortes acidentais são as mais difíceis de aceitar. Elas são imprevisíveis e a única pegunta que fica é quem será o próximo? Eu? Você? Não sei, mas neste momento de dor, é o que menos interessa.
O que interessa agora?Ao meu ver, conseguir entender a fatalidade, a terrível perda, conseguir entender que estamos vivos e sujeitos constantemente a nos terminarmos.
Porém existem pessoas que adoram especular sobre a tragédia, e elas me apavoram, elas me indignam. Para elas o que interessa é encontrar um culpado, um motivo para aquilo que não tem como explicar. Escrevo tudo isso para pôr fim imediato a um dos tantos boatos que surgiram para esse terrível acidente. Desculpem minha frieza, mas vou tentar analisar os fatos sem emoção alguma.
O boato não está em volta do que provocou o acidente, e sim se os acidentados poderiam ter sido salvos. Isso porque teoricamente após o acidente, vários veículos passaram pelo local e nenhum avistou o acidentado e consequentemente não parou para prestar socorro.
Meus amigos, antes de falarem que isso era possível, olhem o veículo e vejam como ele ficou. Qualquer ser humano com suas "faculdades mentais em dia", consegue ver, que jamais alguém sobreviveria num carro naquelas condições.
Querer encontrar motivos e culpados num momento desses é só contribuir para aumentar a dor de todos. O acidente pode ter ocorrido por vários motivos, e o que menos interessa, é nós sabermos deles.
Nossos amigos estão mortos e nada trará eles de volta. Resta a nós, nos abraçarmos neste momento doloroso de perda, e juntos descobrirmos a melhor forma de suportá-lo.
Triste dia, mas por favor não o piorem.



Tragédia Dupla...

Só posso dizer:
"Merda...merda...merda...que merda".
Mais dois que se vão, e a única triste pergunta que faço é:
Quem será o próximo?
Merda..merda...merda..que merda.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

The Doors...The Doors...The Doors..

Pois bem, já coloquei logo ali na postagem abaixo que meu fim de semana foi maravilhoso.Agora vou compartilhar aqui o porquê de tamanha euforia.
Sexta não nego, estava preocupado, tinha gasto quase 200 reais para ver um show histórico e não tinha como eternizar. Faltava uma câmera...mas conseguimos uma...hehe. Antes de mais nada muito obrigado a esse anjo que possibilitou eternizarmos tal momento.
Problema resolvido, partimos sexta as 17 hrs e 15 min para Chapecó-SC, afim de no sábado embarcar rumo a POA.
Na sexta, embora a chuva, não saí de casa e também não durmi....a tempestade que caía me fazia lembrar "Riders on the Storm". Um bom presságio.
No sábado embarcamos no micro às 8hrs e 30 min e saímos de Chapecó as 9hrs e 09 min. Saímos e logo paramos.
Local: supermercado
Motivo: era necessário comprar ceva.
Cerveja comprada, iniciamos a viagem. Bebemos...viajamos. Viajando e bebendo...oooo beleza.
Paramos em Soledade para almoçar...mas dormir que é bom...nada ainda. Em Soledade...estamos nós fazendo a sagrada refeição, ansiosos em assistir o The Doors, quando nos damos de cara com o "Nenhum de Nós" . Eu já meio encachaçado, fui logo interromper o almoço dos caras. Eles iam para Barão de Cotegipe e nós para o The Doors. Neste momento acreditem...me senti superior a eles...e com razão né?
Depois de um bla bla bla e a foto característica, seguimos viagem. Agora sim...dormir um pouco faz bem. Dormi das 13 hrs às 16 hrs. Chegamos em POA pouco mais das 16 hrs e como o local do show era em frente ao Aeroporto aproveitamos para dar uma passadinha lá.
Credo...que coisa...lá só tem gente chique...hehe. Mas também me senti superior a eles, afinal também iria viajar e ir às alturas quando o som começasse a entrar em meus preciosos ouvidos.
Após mais umas latas de ceva, nossa preocupação estava se conseguiríamos entrar com a câmera. E é lógico...que conseguimos.
Entramos aproximadamente às 21 hrs.
Mais um pouco de espera e...Carmina Burana soa dentro do Pepsi on the Stage, a realidade naquele momento funde-se com a imaginação. Um sonho estava sendo realizado.
Logo depois entram os monstros da música psicodélica e tocam "Love me two times...após isso não tenho mais palavras para expressar o que senti...tocaram de tudo. Um intervalo e voltam com "Riders on the Storm"...mais um intervalo e voltam para encerrar com "Light my Fire".
Um show incrível, onde as palavras não são mais suficientes para dar significado ao que aconteceu. Basta dizer muito obrigado e agradecer a todos que proporcionaram este magnífico momento. Ao Tonho principalmente que organizou o micro, ao pai e mãe que sempre nos apóiam e ao anjo da câmera, em possibilitar hoje podermos recordar esse sábado incrível e diria inacreditável, se não fosse as fotos.
Um abração e uma ótima semana a todos.
Obs: As fotos vão estar no orkut...hehe

Feliz Aniversário Ale

Alguns dirão: "é um aviso". Outros simplesmente: "coincidência". Terão ainda aqueles que argumentarão dizendo: "é o destino". Eu definiria como um presente por aquilo que sempre busquei que foi a felicidade. A felicidade pura. Felicidade sem medo, sem pudor, sem moral, tudo em sintonia perfeita.
A feliz coincidência se dá pelo fato de toda essa felicidade ter vindo ocorrer pouco antes de eu completar meus 29 anos. Hoje estou fazendo aniversário e como num grande carnaval, a comemoração aconteceu anteriormente ao verdadeiro dia de se comemorar. Hoje estou assim: exausto por tamanha festa pré-níver.
Foi um fim de semana maravilhoso, daqueles ansiosamente aguardados, mas muito pouco planejado, o que dá uma sensação maior de felicidade. Planejado mesmo, tinha, que neste fim de semana deveria estar em POA para assistir ao show do "The Doors". E aí está outra grande coincidência: aquilo que idealizei durante mais de um mês, foi fundido neste fim de semana com a realidade. Idealizacão e realidade uniram-se para no fim de semana de aniversário gritarem juntas: "Feliz Aniversário Ale". E a mim simplesmente restar dizer: "Muito Obrigado".


quarta-feira, 9 de abril de 2008

O Mundo e as Fadas 2


Ontem escrevi sobre o mundo real e o mundo que sonhamos ter. Um mundo de sonhos, que nos leva inevitavelmente a cairmos por terra e nos decepcionarmos, pois tal mundo perfeito não existe. Porém, uma leitora do blog, em nosso diálogo diário, me acusou de estar tirando das pessoas a possibilidade de sonhar, a possibilidade de ao menos lutar pelos seus sonhos, pelo príncipe encantado e pelos mais variados objetivos de vida. Assim, para evitar ser incompreendido, decidi explicar melhor minha idéia.
Quero esclarecer, que não quero acabar com os sonhos das pessoas, afinal, são os sonhos que movem nossa existência, são eles que impulsionam nossa vontade de viver, de conquistar.
O que observo, e o que me levou a escrever sobre o perigo dos sonhos frustrados, é o fato de presenciar cada vez mais casos de depressão na sociedade e principalmente entre os jovens. Fico pensando nos motivos para tantos casos, e todos me levam a crer que são por razões amorosas, pela beleza inatingível vendida pela mídia, além de também me parecer que a tristeza não existe mais e se acordamos um dia tristes, já acreditamos estar em depressão. Parece que não conseguimos mais lidar com a nossa própria natureza, não aceitamos mais a tristeza como natural e a encaramos como uma doença.
Assim, o que queria e quero que vocês entendam, é que nosso mundo é feito mais de tristezas que felicidades. Que felicidades são momentos e a nossa vida é feita de sonhos, de projetos, mas que não devemos achar que a frustração desses projetos seja algo anormal. Quero que entendam que estamos mais sujeitos aos fracassos que ao sucesso, que nosso mundo não é isso que nos vendem ser, e que devemos sim sonhar, mas sonhar com os pés no chão, conscientes que acertos e erros, alcances e quedas são normais em nossa vida.
Façam isso, e com certeza serão realmente felizes na alegria, e bem menos tristes nas tristezas.
Digam não a ilusão dos "faixa preta"; e digam sim a vida encarando-a como ela realmente é.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Isso sim preocupa...hehe

Aquecimento global aumentará o preço da cerveja, diz estudo


da Efe, em Sydney

O preço da cerveja aumentará nas próximas décadas porque a mudança climática prejudicará a produção de cevada, ingrediente essencial dessa bebida, segundo um estudo de um cientista da Nova Zelândia.

Jim Salinger, especialista meio ambiental do Instituto de Água e Pesquisa Meteorológica neozelandês, assinala no relatório divulgado nesta terça-feira que o aquecimento global destruirá grande parte dos cultivos do citado cereal na Oceania.

As áreas secas da Austrália e Nova Zelândia receberão cada vez menos precipitações, por isso nelas se semeará menos cevada.

Salinger, que centrou sua investigação na Oceania, disse que essa circunstância levará a uma redução drástica da produção de cerveja nos próximos 30 anos.

"Nesse caso, os pubs terão de deixar de servir cerveja ou ela será muito mais cara", explicou o cientista, que especulou que a situação obrigará a indústria a buscar formas alternativas de obter a bebida.

A cevada é um dos ingredientes base da cerveja junto à água e ao lúpulo, responsável por seu sabor amargo após o processo de fermentação.

Obs: e não é mentira...confiram aí: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u390002.shtml

O Mundo e as Fadas


Quando Platão escreveu a alegoria da caverna, quis mostrar a diferença entre a idéia perfeita que temos em mente da realidade imperfeita que vivemos.
Escrevo isso, para tentar abrir os olhos daqueles que sofrem enormemente por amor.
Por que sofremos tanto por aquilo que chamamos de amor?Por que sofremos tanto nas nossas relações?
Eis a resposta. Simples, clara e objetiva.
Sofremos por vivermos no mundo das idéias, na idealização, na idéia de que a perfeição é possível. Não nos damos conta que o mundo é uma merda mesmo, que amor, fidelidade, alma gêmea e todas esse conto de fadas não existe.
Ficamos sonhando e muitas vezes achamos encontrar essa "nossa alma gêmea". Depositamos toda nossa esperança nessa pessoa, construímos sonhos juntos, alimentamos nossa fantasia com tudo o que há de possível, dizemos e mentimos a nós mesmos: "agora dá"... "é ela"..."combinamos em tudo"...e de repente...ela nos decepciona, mostra-se cruel, egoísta, insensível.
Tudo vem por água abaixo, caímos em desespero. Nos perguntamos: "onde foi que eu errei?".
Eu mesmo respondo: "não erramos em nossos atos, erramos na idealização sobre aquilo que sonhávamos ser possível, erramos em sonhar com o mundo das fadas, erramos em querer viver aquilo que o mundo não nos possibilita, erramos em querer viver a perfeição, num mundo imperfeito."
Um conselho? Parem de sonhar e quando se decepcionarem, sofrerão bem menos. É isso, simplesmente vivam o mundo real e não o conto de fadas que habita a mente de vocês.
Abraço e ótima terça-feira.

terça-feira, 1 de abril de 2008

E Deus e o Anjos vieram


Dizem que Paulo, aquele mesmo da Bíblia, após anos perseguindo cristãos, se converteu ao Cristianismo depois de ter tido algumas visões divinais. Abraão, bem antes de Paulo, teve sonhos, e através deles recebeu a Terra Sagrada de nosso Deus. Por fim, as religiões em sua maioria foram originadas por meio de sonhos e delírios.
Nunca dei muita credibilidade a isso. Mas, sempre há um porém, um embora, um apesar de. E o meu dia chegou. Ou melhor minha noite chegou.
Essa noite apareceu à minha pessoa aquilo que esperei a vida inteira. Aquilo que faltava e que sempre pedi para que viesse a mim revelar. Algo que aparece a poucos, e diria eu sem falta modéstia, somente aos iluminados.
Deus e vários anjos adentraram em meu recinto. Me acordaram, pediram que eu os ouvisse. Num primeiro momento não acreditei. Depois fui me convencendo. Os anjos nada falavam, apenas tocavam sons divinais e cantavam aquelas músicas que deixaram meus ouvidos entorpecidos com tamanha ternura.
Eu permaneci calado, perplexo, inebriado diante da situação. Só fui ouvidos para seu divino pedido, e foi então, quando os anjos diminuíram os sons de suas harpas, seus claríns e suas liras que ele falou:
"Alexsander, você que sempre duvidou da minha existência carnal, você que por tantas vezes disse que eu não passava de uma mentira. Eis que estou aqui em carne e osso para lhe provar minha eterna existência". Neste momento disse a ele que não duvidava de mais nada e fui a cozinha pegar uma jarra de água. Pedi a ele que transformasse a água em cerveja...ele transformou...falei para continuar...
"Pois bem, já que não duvidas mais de mim e tanto duvidou durante sua falsa vida, nada mais justo que agora vire meu servo e pregador do que te disser". Eu apenas concordei com a cabeça. Ele prosseguiu:
"Quero que vá pelos 4 cantos do mundo e pregue a verdade, diga que recebeu minha visita e que o mundo está em boas mãos (no caso do sistema capitalista). Diga, que como vocês infelizes terráqueos nascem com o pecado original, não tem como dele se livrar, e assim nada mais normal que sejam desiguais e que paguem o dízimo pela passagem ao meu céu. Diga ao mundo que nada de bom deverão esperar aqui, e essa história de células tronco é a maior mentira da história dos homens. Diga que os únicos criadores fui eu, criador de humanos e de tudo que existe; e o Bill Gates, criador do Windows e de tudo na web. Nunca ninguém conseguirá alienar e manter sob domínio tanta gente, quanto nós dois. Enfim diga que Marx e aquele seu ideal comunista são a encarnação de Lúcifer e de seus planos diabólicos; e que Jesus Cristo realmente é meu filho, e nasceu da Virgem Maria. Isso é verdade, mesmo que a ciência prove o contrário. Por fim, quero que diga que tudo que é vermelho é do inferno e tudo que for azul é do céu, então peço que troque de time e pregue que o único imortal é o tricolor da azenha". Neste momento quase morri, era o fim...gritei bem alto...nãooooooooooooooooooooooooooooooooooo...
Acordei...olhei para o calendário...era primeiro de abril....ufa.

domingo, 30 de março de 2008

Ao Anjinho.


Sempre que tenho que falar algo sobre a morte, principalmente quando essa é posta realmente diante de mim, sinto grande dificuldade de me expressar.
Um cristão católico se conforta dizendo: "não se preocupem, ele foi para uma melhor", um cristão protestante falará: "agora ele deverá aguardar Cristo voltar e escolher o seu novo povo", já um espírita dirá: "sua alma voltará ou entrará no reino da luz". Mas para mim, que não crê em nada disso, e sabe que a morte nada mais é que o fim de um cilclo consciente, se confortar diante dela é fácil, embora muito difícil seja confortar aquele que sofre ao lado.
Imagine quão ruim é, ter que confortar alguém dizendo: "Não se preocupe ele não existe mais, nunca mais o veremos e o que fica é a sua história". Difícil não é?
Mas a morte é isso. Ela é o fim de todos prazeres e sofrimentos que temos em vida.
E a eternidade? Bem, a eternidade nada mais é do que a história que aqui criamos, e que fica, mesmo depois que morremos. Essa história permanece a fim de lembrarmos o quanto aquele ser era importante para nós.
Hoje perdi mais um amigo nessa existência, o primeiro a se suicidar - os outros morreram acidentalmente - , mas o Anjinho como o chamávamos, se suicidou.
Não vou lamentar sua morte, afinal, ele sempre construiu sua existência de uma maneira autêntica, sem se importar com os outros, sugando o máximo da vida sem medo do que esse excesso de vida pudesse lhe ocasionar. Então nada mais justo e natural que ele mesmo definisse o destino dela. Ele dentro dos amigos que se foram, novamente foi original.
A única certeza que tenho? Ele viveu intensamente, e a mim basta guardar na memória tudo aquilo que vivenciamos juntos.
" Parabéns Cristiano "Anjinho" Marmentini, você realmente viveu". Viveu sem se importar com a sociedade, com seus amores, com sua família. Quem sabe seja essa "não importância" sobre tudo o que o rodeava, que o levou a tomar tal decisão. Porém, se foi isso que o levou a morte, isso é o de menos, " não dá nada" , como você mesmo dizia.
Um abraço eterno do Ale....sendo que aos familiares e amigos a única coisa que posso dizer é:" guardem na memória tudo o que ele viveu, e tenham forças para superar tal momento de perda".

quarta-feira, 26 de março de 2008

Espaço Aberto

Hoje aqui no Espaço Aberto, este espaço destinado aos colaboradores do Blog do Ale, vão duas poesias, uma do Rodrigo e outra da Monique. Apreciem.

Oremos...

A vocês massas,
multidões,
nádegas de nada
Que não refletem,
pensam com a cabeça dos outros.
Que andam aos bandos,
que se divertem com
barulhos de peidos,
bebidinhas em potreiros
com luzes de pisca-pisca,
com sorrisos
de nausêa...
A vocês que tornaram o
mundo seu espelho,
ou seja, uma merda!

Cheios com seus empreguinhos fétidos,
com suas morais dogmáticas,
com suas palavras de auto-ajuda,
com seus ideais de liberdade individual...

FODAM-SE
FODAM-SE
Deixem-me em minha paz inquieta,
eu sou muito para vocês porque nunca farei parte disso!

Enquanto vocês me derem nojo
eu sei que sou eu mesmo.

Rodrigo Adriano Machado



Você me fez Feliz?

Você me fez feliz,

Você me fez feliz,

Você me fez feliz,

Você me fez feliz,

Você me fez feliz,

Você me fez feliz,

Você me fez feliz,

Você me fez feliz,

Eu não sou feliz...

Monique Cescon

terça-feira, 25 de março de 2008

Invistam na Igreja que ela investe....em..."pasmem".



A denúncia saiu na TV de Espanha. O arcebispado de Madrid, presidido por Rouco Varela e o de Burgos, com Mgr. Francisco Gil, têm investido nos últimos anos na Bolsa o dinheiro da igreja. Dentre as várias empresas escolhidas para fazer frutificar o dinheiro da instituição figuram algumas, como o laboratório farmacêutico Pfizer. Se trata de una multinacional que produz o Viagra e um contraceptivo muito difundidos no mundo.

Se trata do Depo-Provera, um contraceptivo que se administra no braço a cada três meses. Ele é usado por aproximadamente 30 milhões de mulheres no mundo. Pfizer fabrica também outros anticoncepcionais.

A igreja católica é contra o uso de esses medicamentos para prevenir a gravidez e também é contra as camisinhas, mas aplica seu dinheiro neste lucrativo negócio e também em fábricas de bebidas.

Tem que rir para não chorar...uhahahaha

Fonte Cristina Civale - Canal 4 - Espanha

domingo, 23 de março de 2008

Mulheres sem sentido


Volta e meia me bate uma vontade enorme de deixar a vida, em outras palavras de me suicidar. Isso me vem a cabeça, principalmente quando noto que o mundo está cada vez mais sem sentido. Não no sentido das injustiças mundanas que observamos, mas no sentido humano. Essa minha angústia de hoje, é resultado de uma festa ontem.
Imaginem a festa. Duas mil pessoas, três ambientes, pessoas lindas. Tudo perfeito para acontecerem trocas e para a felicidade ali reinar. Trocas verbais, salivares, o ambiente era propício para isso. O que observei? Nada disso.
Por um momento pensei: deve ser um problema meu. Sou feio e minha aparência assusta. Fui no banheiro, me olhei no espelho, olhei para os outros machos, e cheguei a conclusão que não. Não estava feio e mesmo que estivese, deveria encontrar alguém para ao menos conversar. Voltei para a festa, novas tentativas de aproximação e nada. Voltei a observar. Vi que não era só comigo, era com todos. A festa poderia ser descrita dessa maneira: várias mulheres lindas, algumas dançando, e muitos homens tentando aproximação. A cada passo avante masculino, um recuo de passo feminino. Incrível, inacreditável.
Já cansado das tentativas, fiquei pensando...O que fazem ali? Não conversam, não beijam e dançam muito pouco. O que querem ali? Para que vão as festas? Algumas dirão: para se divertir. Mas que diversão é essa que não possibilita o mínimo contato? Onde mal mexem o quadril e olham mais para a roupa da outra do que para o macho que ali está a tentar um contato?
Cheguei a seguinte conclusão: elas estão ali para se exibir e aumentar o ego. Com a exibição atraem o macho que logo depois é expulso sem dó nem piedade como que dizendo: " Muito obrigado por dizer que sou atraente, seu imbecil". E assim fazem sucessivamente. Quanto mais foras dão, mais vão para casa triunfantes.
Para nós homens, já cansados de abordar e nada conseguir uma única saída resta: beber e observar tamanha decadência e perda de sentido por parte de nossas mulheres. Deve haver alguma exceção, mas deve estar bem escondida. Para as ofendidas com minhas palavras e meu desabafo, uma dica: me provem o contrário...
Abraço e até a próxima.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Feliz Páscoa


Tenho uma característica que é considerada pela ampla maioria uma qualidade: sou sincero. E essa sinceridade torna-se paradoxalmente um defeito. Incrível não é? Mas é.
Acredito que já perdi muita coisa por ela e adquiri vários preconceitos pela mesma.
No amor, depois de quebrar a cara aprendi: não se pode ser sincero. Se formos totalmente sinceros no amor, nosso parceiro(a) nos descobrirá totalmente, e assim, o mistério que move a conquista terminará. Então se quiser que seu relacionamento dê certo: minta, ou melhor não seja sincero, mantenha o mistério na relação. Ela é movida por isso.
Na política então...se formos sinceros...minha nossa... seremos chamados de mentirosos, afinal, não existe esse adjetivo na nossa política. Assim a melhor maneira de sermos sinceros politicamente, é paradoxalmente sermos mentirosos. A prova disso é que mesmo sabendo que os políticos nos mentem, ainda continuamos votando neles. Não esquecendo..que esse ano temos eleições e, portanto, vá aos comícios, converse com os candidatos e vote...no mais mentiroso.
Temos ainda outras questões como o comércio, que não passa de um jogo de mentiras, onde o mais mentiroso é o que mais enriquece; e a mídia, onde se formos querer sinceridade...vix... desligamos a TV, rasgamos o jornal e quebramos o rádio.
Bem...ainda temos a religião...minha santa natureza...a religião...Vocês já imaginaram se formos sinceros com nós mesmos no quesito religião?
Meu Deus do céu...escreveria uma "Bíblia" se fosse mostrar todas mentiras e contradições existentes nela. Mas como estamos na véspera da Páscoa...vou lhes deixar uma questão para ser explicada: Jesus morre na sexta, e ressuscita 3 dias depois certo? (Se não é isso me mentiram a vida inteira...)
Assim: de sexta para sábado, um dia; de sábado para domingo, dois dias; e de domingo para segunda, três dias. Pera aí, ele não ressuscitou no domingo? Aff...até Deus me mentiu. Viva a mentira e saudamos toda e qualquer enganação. Feliz Páscoa.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Escolhas, mudanças...possibilidades.


Já abordei neste espaço, que nossa vida é construída na maioria das vezes por pequenas escolhas. Nosso dia a dia nos demonstra isso, eu por exemplo, domingo passado, escolhi fazer um retorno com meu carro e..."pá"...bati ele. Aquela pequena escolha determinou uma mudança no meu domingo, tive que deixar do que estava fazendo para resolver os problemas que me originaram aquela minha pequena escolha...
Por outro lado, algumas vezes somos surpreendidos em termos de fazer uma grande escolha. Uma escolha que temos consciência que vai mudar drasticamente nossa vida. Pode ser uma escolha profissional ao sair do colégio, e ter que optar por um curso na universidade. Uma escolha por morar junto com nosso amor ou até mesmo uma escolha pela ruptura com esse grande amor.
Essa grande escolha pode ter de acontecer porque o emprego sonhado apareceu do outro lado do mundo, embora ao mesmo tempo, saibamos que essa mudança acarretará no fim de muitos outros projetos construídos no presente. Amigos do nosso dia a dia se tornarão amigos distantes , e pessoas com que nunca sonhávamos farão parte do nosso dia a dia e poderão se tornar grandes amigos.
Tudo isso, nos deixa apreensivos, ansiosos, sem saber realmente o que fazer.
Analisar e optar por aquilo que achamos o mais cômodo? Pode ser uma alternativa. Embora seja uma escolha sem muita expectativa, sem luta. Optar pelo desconhecido? Isso é angustiante, embora a cada descoberta nos sintamos criadores de algo novo, criadores de nosso destino.
Enfim, o que devemos fazer, depende em última instância, apenas de nós mesmos. Sendo que o mais importante é simplesmente tomar consciência da existência e tentar caminhar com as próprias pernas. Acho que é isso, façam suas escolhas, criem e sintam-se donos de si mesmos.
Abraço e um ótimo fim de semana a todos.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Essa Noite...Rezei


Essa noite rezei. Sim sim, isso mesmo, rezei. Não sei exatamente para quem rezei, se foi para Deus, Alá, Buda, Vishna, Brahma ou qualquer outro Ser Supremo que temos por aí. Só sei que rezei, ou melhor, desejei do fundo do meu coração, da minha consciência, que hoje, os cultos Ministros do Supremo Tribunal Federal, votem a favor da liberação da pesquisa com células - tronco.

Rezei, pelas milhares de pessoas, que aguardam ansiosamente por essas pesquisas e que perderam a dignidade de serem seres humanos, que perderam a vontade de viver, e que vêem nas mesmas pesquisas uma real esperança de voltar a vida. Rezei pelo Estado Brasileiro, que embora dito “Laico”, ainda tem estampada em suas cédulas o dizer: “Deus Seja Louvado”.

Rezei para que todos aqueles cristãos que dizem ter amor ao próximo, realmente tenham amor ao próximo, e não amor àquilo que não vêem e nem sabem o que é: no caso, um embrião.

Rezei pela razão, pela racionalidade, e quando pensei que Deus pudesse ser tão cruel, ao ponto de não iluminar a cabeça de nossos ministros, e deixar que vetem tais pesquisas; usei sua própria crueldade, para orar, e pedir que castigasse todos aqueles que são contra essas pesquisas com as maiores desgraças existentes, desgraças possíveis de serem solucionadas com a pesquisa embrionária. Essa noite...rezei.

terça-feira, 4 de março de 2008

A Garotinha do Sistema

Hoje vai para vocês, um texto, um conto, uma história (isso é o que menos importa), que um amigo escreveu, e que, com sua permissão será aqui compartilhado. O texto contém palavras fortes, então, se você não se sentir capaz de ler algo relativamente amoral, pare de ler por aqui. Uma boa leitura e uma ótima terça-feira a todos vocês.

A Garotinha do Sistema


Uma garota sentada no sofá.
Tarde de domingo, diz:
_Preciso de pessoas idiotas!...não suporto mais intelectuais, artistas ou poetas!
É muito para minha cabeça estúpida.

Todo cosmos treme.
Seu desejo foi atendido!
O gênio da televisão à atendeu...
Agora ela será feliz...agora ela será feliz.

Nada do que eles disserem vai lhe escapar, ora, tudo que seus novos amigos disseram ela já sabe!
Não entrará mais na conturbada crise de valores - O assunto nunca chega a tanto!

Fica fácil de compreender, há apenas a verdade do senso comum; a linguagem é arcaica...
A vida é maravilhosa.

Com flores, com mel, com abelhas...
Deus...

Um outro mundo!
Agora ela acredita sentir.
Mas sente o mesmo que toda multidão...

Bem, ela não se incomoda com isso mais! O cara mais desejado é o que tem carro, dinheiro, roupa de marca (marcado como o gado no campo), corpo estético de academia...daquele jeito, cheio de músculos e uma cabeça oca.

A melhor amiga, é a que apresenta os "caras", empresta as roupas, e ouve quando conta-lhe como sua vagina ficou úmida. Fora quando inventa transas extra-ordinárias...

Cada fim de semana, uma balada diferente...
Meramente passa por sua cabeça que são todas a mesma bosta!...
Ela ignora, evita pensar...e os desejos, ainda os mesmos da multidão.

Agora uma vida feliz, toda moderna, "SÓ NA BOA"...

E os intelectuais, artistas e poetas, sentem vergonha de um dia tê-la conhecido, e ela, sente falta deles, enquanto sai do motel com um belo ardume no ânus...

E de longe...eu observo... todos estes tipos de decadência.

Rodrigo Adriano Machado

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O que você está sentindo?

Vocês já perceberam que no nosso dia a dia, disfarçamos nos preocupar com os outros com a típica pergunta: Tudo bem? Como vai? e perguntas do gênero?
Essas perguntas são feitas de uma forma geral a todo mundo que encontramos, e todos ou quase todos, embora não bem nos respondem: tudo bem, tudo jóia, tudo tranquilo...e assim por diante. É difícil de alguém dizer: estou mal, péssimo. Será que realmente todos estamos bem? Ou seria o contrário?
Na verdade existe em ambos um disfarce. Quem pergunta não está interessado em saber se o outro está bem ou mal, e quem responde, também não está interessado em responder a verdade. Experimentem, após o "tudo bem" respondido, seguir com a seguinte pergunta: e porque está bem? Com certeza ele ficará sem saber responder. Uma provável resposta é "porque sim", e o diálogo termina logo ali.
E porque isso acontece? Porque será que não queremos nem ouvir, nem falar dos problemas de nossas vidas?
Será um problema de confiança no próximo? Ou é porque não conseguimos mais parar para dialogar?
Será pelo fato de não conseguirmos mais viver o presente? Ou é porque permanecemos permanentemente olhando para o futuro, futuro promissor que nunca chega?
Será porque somos "parafusinhos ordenados", cumprindo um planejamento vindo de nossos manipuladores, que nos ordenam tarefas a serem cumpridas em determinado tempo, tornando-nos malucos ansiosos? Ou é porque realmente não somos feitos para dialogar e sim para cumprir?
Não sei por que isso acontece, mas experimentem substituir o "tudo bem", pelo "o que está sentindo" e sintam o espanto diante desse novo questionar.
Um abraço e uma ótima quarta-feira a todos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A amizade é um amor com "S"

Porque os mais belos poemas falam de amor?
Porque falar de amizade não poderia ser mais belo que falar de amor?
Quando perdemos um amor que consideramos verdadeiro, sofremos muito, refletimos mais ainda, talvez pela vida toda. Muitas vezes nem mesmo outro amor, que insistimos em encontrar em alguma esquina, ocupa o espaço vazio que ali ficou, aquele pequeno orifício que teimamos em dizer que não existe, mas, que aumenta aos poucos toda vez que tentamos nos enganar.
Porém, quando perdemos um amigo e tentamos recuperá-lo, também sofremos, também refletimos, mas se fracassamos nessa tentativa, veremos então, que essa pessoa não era um verdadeiro amigo, e por incrível que pareça, nosso coração entende.
Quando perdemos "este amigo", ao olharmos ao nosso redor e também em nossas costas, estarão pessoas, muitas pessoas. Pessoas que até então, eram consideradas somente pessoas para você. Algumas dessas pessoas lhe oferecerão a mão, e um dia, quem sabe, poderão se tornar pessoas a quem poderemos confiar todos nossos sonhos e segredos. Pessoas que poderão ocupar um lugar especial em nossa vida. Pessoas que podem ter o poder de fechar o vazio que o amor deixou. Porque o amor é singular, e a amizade é plural, e tenta nos mostrar os diversos caminhos para a tão sonhada "felicidade terrena".


Monique Cescon

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Aprendendo a como não dar uma aula.


A raiva, a angústia, o sofrimento de nada fazer diante do ridículo me fazem bem. É essa raiva e essa angústia que me deixam atônitos, com vontade de acabar com tudo. Esses sentimentos, que num primeiro momento, gostaria de jamais sentir, são os que alimentam a minha escrita, e tudo ou quase tudo o que me disponho a escrever. É ela, a escrita, que funciona para mim como uma arma, onde posso disparar contra o ridículo escancarado e incrivelmente aceito. Não, não se preocupem, os religiosos de plantão, muito menos os publicitários e agentes propagandistas da mídia alienadora, minha crítica hoje, não vai para vocês. Minha crítica, e toda minha raiva contida, e aqui desabafada, vai para os educadores, para aqueles que dizem querer libertar, despertar e construir o conhecimento nos alunos.
Ontem tive aula de didática. A princípio, deveríamos aprender a como ministrar nossas aulas, quando formos educadores. Ontem, adquiri um grande aprendizado: aprendi como não devo ministrar minhas aulas.
O ambiente "sala de aula" por si só é ridículo. É impossível, dar aula a cinquenta alunos. Colocar cinquenta alunos numa sala de aula e querer que eles aprendam, não é educação, é arrecadação. Mas o que me causou riso e raiva foi a justificativa da matéria. A justificativa, é o porquê aquela matéria existe, enfim, porquê temos que estar ali. Vejamos. Diz lá: "devemos tornar vivo o exercício da democracia, da pluralidade, do realizar e avaliar os problemas e as ações planejadas". Lindo não é? E continua: " O planejamento participativo ( que é o que a mestre propõe), necessita de liberdade de expressão e da capacidade de reflexão crítica do grupo..."( embora ela, a todo momento estivesse preocupada em acabar todo o conteúdo e falasse contanstemente da metodologia que deveremos aplicar em sala de aula). Não quis complicar a aula( não senti liberdade para isso), mas existe um mar de contradições. Primeiro, porquê ela fala em liberdade, e depois, em planejamento, metodologia e formas de fazer um todo aprender tudo. Segundo, quando se fala em reflexão crítica, onde na verdade a preocupação não está na criticidade do aluno e sim na obrigatoriedade do professor em acabar com o conteúdo previamente planejado. Não entendo como que dentro de algo planejado e que tem que ser ministrado, pode haver liberdade para a opinião, para o diálogo e para a criticidade. Não vou ficar citando todas contradições da aula, é perda de tempo, porém quero deixar um reflexão.
O que realmente importa? O professor livrar-se de um conteúdo pré-estabelecido, sem ninguém entende-lo? Ou o professor fazer o aluno entender um pouco do que existe no conteúdo, mas com ao menos a satisfação de ver que algo foi assimilado?
Por fim, agradeço a péssima aula, pois além de me inspirar a escrita, ao menos assimilei o que não devo ser como professor, ou melhor, como não devo ministrar minhas futuras aulas.
Uma ótima terça a todos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Fofoca e Suruba


Não é de hoje que penso que somos maravilhosos atores. Vivemos constantemente preocupados com nossa imagem, seja no ambiente escolar, de trabalho, seja onde quer que desejamos ir. Nossa imagem fala mais que as palavras. Assim, nós homens, nos tornamos "bons de papo" não pelo o que falamos mas pelo o que demonstramos. Somos "bons de papo", quando, andamos na moda, temos um ótimo carro, um som invejável. Se você não tiver isso, pode considerar-se, fora dos padrões exigidos para uma boa conversa. Além disso, um bom de papo, deve ter atitudes que não intimidem o próximo. Ele pode ficar calado, mas sua ação, sua forma de se colocar diante dos outros fala muito alto. Pode ser o modo de sentar, de parar, de andar. Um bom de papo, precisa de tudo isso. Ele, antes de falar, precisa ser um bom ator, precisa saber representar. Feito isso, suas palavras são meras complementações sobre algo que já foi pré-estabelecido pela sua imagem. Com as mulheres, é um pouco diferente. As mulheres não precisam de carro, de som, mas precisam estar como a mídia manda (a roupa, o cabelo, o sapato), porque, ao contrário, é um vexame estar num ambiente, fora dos padrões estabelecidos pela mídia. Além do mais, mulher se mostra e se veste para mulher, e quem veste a mulher é a novela, o BBB e os programas de fofoca. E nessa última palavrinha aí, que está a chave de tudo. Toda essa nossa preocupação com a aparência, só existe pela fofoca, pelo comentário que os outros formam sobre nós. A fofoca, alimenta a aparência, e, nos preocupamos com a aparência, com o objetivo que a fofoca feita sobre nós, seja uma "boa fofoca". Só tem uma coisa, que quebra, pelo menos em parte, com essa preocupação com a imagem. A bebida.
Observem uma festa. No começo, todos tímidos, contidos, quietos. Vai um gole, outro gole e as coisas começam a modificar. A bebida, faz com que a timidez diminua e a libido aumente. As imagens começam a ruir. As mulheres dançam, atraindo as presas masculinas ao seu encontro. Os homens, atraídos, vão em busca do acasalamento, por hora ficam perdidos, não sabem para onde ir. Gostariam de ter todas, e elas também gostariam de ter todos, mas a moral não permite. A dança do acasalamento não deixa mentir. E a bebida, deixa ambos os sexos, por um tempo, sem aquilo que chamamos de moral. A vontade aos poucos está acima da moral, e os já bêbados estão cada vez mais livres para fazerem suas vontades.
Uma festa seria uma grande suruba, se não tivéssemos a memória. Memória, que um dia após, nos faz lembrar e falar de como aquele ou aquela estava "feio ou feia na foto". Memória que nos faz sentir na pele a ressaca moral provocada pela vontade de viver aquilo que nos causa prazer. Assim, se não existisse memória, não existiria fofoca, e o mundo... O mundo seria uma grande suruba.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Deus conversa com o Ale.



Estava eu, acomodado em meu lar, descansando tranquilamente, quando aquele, que só aparece de vez em quando(para desabafar algo ou para pedir ajuda), me chama ao celular. Eu, ao ver tal chamada pensei comigo: "que que houve agora".


Quem acompanha o blog já deve saber de quem estou falando, mas para quem é novo por estas bandas, informo quem era. Era Deus. Sim, ele mesmo, Deus.


Não é de hoje que ele se dirige a mim para desabafar e fazer pedidos incessantes para ajudá-lo a abrir os olhos dos seus fiéis e principalmente de seus representantes.


Atendi prontamente (não tenho audácia de deixar Deus esperando). Desconfiado de que sua ligação seria de revolta, tentei deixá-lo de bom humor e atendi dizendo:


_ E aí Deusinho querido do meu coração, com o vai a vida?Como passou o carnaval? Enfim como vossa divindade está?


Ele com um fala seca e bruta diz:
_ Estressado, péssimo, revoltado, com vontade de morrer. Mas nem isso posso, tenho vida eterna Ale. Que merda.


Começo a interrogá-lo mas antes disso dou-lhe um puxão de orelha:


_ O meu Deus, você poderia ao invés de vir a mim, sempre reclamar, enviar alguma notícia alegre, alguma boa nova, algo de bom para nós simples mortais.


Ele retruca:


_ Gostaria, mas não consigo. Depois que coloquei esse Papa Bento para me representar, só me estressei, perdi minha identidade, não sei mais quem sou.


_ Eu sei disso. Mas continue.


_ Sim Ale, continuarei. Pois bem, já disse que sou a favor de uma reforma, que possibilite as mulheres terem uma representante divina, os homossexuais serem felizes e respeitados e as pessoas poderem ser dignas da sua existência aí na terra. Mas meu Papa...Você viu a última dele? Lançou a campanha da fraternidade, a meu pedido, com o lema: "Defesa da Vida". A princípio nada de errado, ele apenas fez aquilo que pedi, mas quando fui ver o que ele pregou com isso....nanananana...o FDP, na verdade é contra a vida. Veja bem Ale...


_ Sim "migo" continue.


_ A idéia da campannha foi minha, mas parece que aquela anta aí embaixo não entende o que é vida. Ele diz que vida é aquele embriãozinho, e as vezes até a porra ejaculada, imagine como estariam os ralos dos banheiros dos adolescentes, seria um novo mundo se isso fosse vida. Ele diz que a vida já existe, antes mesmo do feto criar a base neurológica no seu cérebro...Minha santa inteligência Ale, quanta burrice, o que eu fiz para merecer isso...


_ Te entendo...mas me explique, de que "Defesa da Vida" você falava ao abordar a campanha?


_ Ale, Ale, para você sei que isso não é necessário, mas já que insiste, falarei. A vida consciente, somente existe, quando o cérebro está formado, ou na pior das hipóteses quando existir dois neurônios interligados. Quando falei em defesa da vida, quis dizer que defendia o aborto, pois sei que é injusto, milhares de mulheres terem filhos sem condições de tê-los, tanto no sentido psíquico como financeiro.


Quando falei em defender a vida, quis dizer, que devemos aproveitar os avanços da ciência, por exemplo na pesquisa com células tronco, que possibilitaria devolver a vida àquelas pessoas que tiveram a desgraça de terem sido vítimas de uma fatalidade existencial. Enfim Ale, defendo a vida existente e não a vida futura que ainda não existe. Entendeu né?


_ Claro que sim, mas quer que faça algo?


_ Claro que gostaria, e por isso que me dirigi a você. Sei que seu blog exerce uma forte influência, não tanto quanto o que aquele imbecil de Roma diz, mas peço que publique nossa conversa e que assim, pelo menos os leitores do Blog saibam de que vida estou falando.


_ Caro amigo, que honra poder ajudá-lo novamente. Fico muito feliz com isso. Com certeza publicarei nossa conversa e meus leitores espalharão suas belíssimas palavras em defesa da vida pelo mundo.


_ Muito obrigado Ale. Muito obrigado mesmo. Desculpe apenas me dirigir a você quando estou estressado, mas é que esse Papa me deixa louco. Mas prometo lhe enviar boas novas, assim que tiver.


_ Está perdoado meu Deus, pois como seu filho Jesus mesmo diz: " Quando lhe pedirem perdão, não lhe perdoe sete, mas sete vezes setenta"...Abraço aí e até.


Protesto contra a Igreja Católica reúne duas mil pessoas em Roma


Um protesto contra a Igreja Católica reuniu neste sábado duas mil pessoas em Roma. A passeata contou com a presença de representantes de movimentos sociais, grupos de esquerda, homossexuais e feministas.
Os manifestantes acusam o Papa Bento XVI de se intrometer nas discussões do parlamento sobre as leis de aborto, inseminação artificial e o casamento de homossexuais.
Neste sábado, na abertura de um congresso sobre as relações entre homens e mulheres, o Papa criticou o machismo e a discriminação contra as mulheres. Bento XVI reafirmou que Deus criou homens e mulheres de modo que completassem um ao outro.
http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1672050-3586,00.html

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A Contribuição de Lula

Já citei aqui, que sempre gostei da política. Tudo bem que me revoltei, logo após, o Luiz Inácio FH Cardoso da Silva, assumir o poder. Me revoltei após ele ter expulsado seus colegas de luta, e ter dado cargos a seus opositores. Eu achava que estava certo na minha revolta, achava...
Eu estava equivocado, admito. Lula fez o certo e continua fazendo. Ele leu o Príncípe de Maquiavel e mandou ver.
O governo Lula usa a lógica e por isso causa pavor aos opositores, que nem sabem o que mais são. Teve uma época, que o PT era coisa de pobre, comunista, revoltado. O PT causava pavor a elite brasileira.
Hoje o PT, continua sendo dos pobres, através do assistencialismo do governo, mas também é dos ricos, através do contínuo enriquecimento. Assim...a oposição se sente perdida, sem rumo, sem caminho para retomar o poder.
Lula está blindado contra as críticas. Descobrem algum podre no governo e prontamente ele diz: "não sabia, mas vamos investigar". Para atormentar a oposição que o acusa, Lula continua: "vamos investigar não só o nosso governo, mas também o governo passado". A oposição solitária só pensa consigo: "aí fodeu". Vejam o recente episódio dos cartões corporativos.
Lula conseguiu o que parecia impossível há um tempo atrás: acabar com a oposição. E diga-se, que sem golpe militar. Fidel Castro e todos os outros ditadores devem estar enciumados do "nosso barbudo". Ele está sendo fantástico.
Lula conversa com Chaves (odiado no mundo), e dá risada com Bush( deve ser porque ele é um palhaço mesmo).
Lula, dá o peixe para o pobre e o barco pesqueiro para o rico. Lula é incrível.
Uma das maiores contribuições de Lula, como presidente, foi acabar com os partidos políticos. Lula acabou com aquilo que chamamos de ideologia partidária.
Isso existia...até Lula entrar no poder.
Lula acabou com os idealistas, e possibilitou que esquerdistas vissem bondade na direita e direitistas vissem maravilhas na esquerda. Lula acabou comigo e me fez ver a política com outros olhos. Lula veio à terra para trazer a paz entre os homens.
Acredito que na próxima eleição presidencial vai haver consenso...pelo menos não teremos gastos em campanha. Obrigado Lula.
Abraço e ótima quinta.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Os Grilos e as Baratas.



Dias atrás em uma de nossas habituais conversas, eu e meu admirável pai, tivemos uma discussão em torno dos grilos e das baratas. Meu pai não mata grilo, eu não mato barata. Salvo em alguns casos impensados.
A barata, é o inseto mais injustiçado do planeta. Se alguém avista uma barata...plaft...logo mete uma chinelada, sem dó nem piedade.
Já o grilo...que lindo bichinho. "Coloca o grilo pra fora de casa e mate aquela barata" diz a mãe com a maior naturalidade. O grilo mandam embora, a barata é morta. Que injustiça.
Perguntei ao meu pai porque matava barata e não matava grilo. Pedi a ele que analisasse os incômodos ocasionados pela barata e pelo grilo. Tudo uma questão racional, de análise. "As baratas são nojentas" disse ele. "Mas o nojo é uma questão histórica cultural e obviamente moral" retruquei. Mas vejamos:
As baratas não cantam, isso se podemos chamar aquele estrilado terrível do grilo, de canto. Só por esse "canto" insuportável, as baratas já deveriam ser mais bem recebidas que os grilos. Mas não.
Alguns dirão: "as baratas vivem em canos, são sujas, nojentas, comem de tudo". Pesquisei na internet. Os grilos também. Porém, continuarão a dizer: "as baratas são em maior número, vivem em bandos".
Sim elas são. Mas que culpa elas têm se conseguem sobreviver dias sem comer e sem beber , e se são menos individualistas? Elas são superiores por isso, e será pela superioridade delas, que devem ser exterminadas? Pode ser. Nós humanos odiamos seres fortes, que conseguem fazer o que não somos capazes. Qualquer greve de fome entre nós , é motivo de espanto, e viver em bando, é coisa ou de marginal ou de comunista. Certo?
Pensei que essa injustiça pudesse ser resultado da cor. As baratas em sua maioria são marrons, pretas...e os grilos, embora existam também nessas cores, foram vendidos por Walt Disney como aqueles insetos verdinhos, simpáticos, e cantadores, com uma cartola na cabeça e com um guarda chuva na mão....estão lembrados? Olhem a foto ali à direita. Não é lindo? Quem sabe aí esteja o motivo de tanto amor pelos grilos, e tanto ódio pelas baratas: a cor. Será que até aí, somos racistas?
Mas a questão agora é racional, e, amor ,ódio, racismo, nojo, são sentimentos, são questões irracionais.
Então vejamos: os grilos incomodam com seu estrilado, que ousamos chamar de canto. As baratas não estrilam, ou melhor, não cantam. Os grilos trituram nossas roupas, as baratas não. Por enquanto 2 a o para as baratas. Ambos vivem no mesmo ambiente, comem de tudo e são insetos. No oriente, ambos são comestíveis, e portanto, exclui-se a questão doença, nos colocando diante de um nojo moral, o que nos faz crer que tudo isso é humanamente construído. Portanto, continua Baratas 2 x O Grilos.
Deve ser Walt Disney. Só pode ser ele. Quando a mídia pende para um lado...adeus razão. É emoção total. E aí, neste sentido...adeus razão...adeus baratas.